Revista Norte Mineira de Enfermagem RENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
1
ANAIS DA XVII MOSTRA CIENTÍFICA DE ENFERMAGEM DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROSUNIMONTES
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(ISSN 2317-3092)
2
EXPEDIENTE
REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
WAGNER DE PAULO SANTIAGO
VICE REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
DALTON CALDEIRA ROCHA
PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO
ROGÉRIO OTHON TEIXEIRA ALVES
DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
SSIA PÉROLA BRAGA PIRES
COORDENAÇÃO GERAL DO EVENTO
Profa. Raquel Gusmão SoaresCOORDENADORA DO CURSO
ENFERMAGEM UNIMONTES
COMISSÃO CIENTÍFICA
Profa. Aurelina Gomes e Martins
Profa. Joanilva Ribeiro Soares
Profa. Raquel Guso Soares
Ac. Ana Karolina Correa Oliveira
Ac. Tayná Goalves Barbosa
Ac. Yan Lucas Martins Silva
Ac. Anna Flávia dos Santos Ramos
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(ISSN 2317-3092)
3
COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO E MÍDIA
Profa. Karine Suene Mendes de Almeida Ribeiro
Prof. Emerson Willian Santos Almeida
Ac. Patrícia Pereira Alves Braz
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4
COMISSÃO DE PATROCÍNIO E FOMENTO
Profa. Ana Paula Ferreira Maciel
Prof. Otávio Henrique Oliveira Macedo
Profa. Raquel Guso Soares
Profa. Beatriz Rezende Marinho
Ac. Patrícia Pereia Alves Braz
Ac. Maria Fernanda Batista Rocha
Ac. Samuel Recier Cerqueira Castro
Ac. Alexander Quesede Fonseca Freitas
Ac. Maria Eduarda Rocha Cardoso
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5
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SUMÁRIO
CRIANÇAS E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EM TEMPOS DE PANDEMIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
……………………………………..……………………………………………………………………………….……………………….……17
RAMOS, Dayara de Souza; BRANT, Camila Magalhães; ALVES, Anne Esther Rodrigues; SANTOS, José
Elson Amaral dos; SILVA; Maria Luiza Soares; COSTA, Fernanda Marques da; SOUZA, Ana Augusta
Maciel de.
QUALIDADE DE VIDA DE PORTADORES DE LESÕES CRÔNICAS ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE
REFERÊNCIA………………..…………..……………………….…………………………………………………………………….……19
PRADO, Patrícia Fernandes; RUAS, Edna de Freitas Gomes; SOUTO, Simone Guimarães Teixeira; E
MARTINS, Aurelina Gomes; PIMENTA, Hugo Emanuel Santos; E SILVA, Carla Silvana de Oliveira.
A COVID-19 E SEU IMPACTO EM FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL
……………………………………..……………………….……………………………………………………………………………….……20
SILVA, Yan Lucas Martins; OLIVEIRA, Débora Virgínia; BARCO, Giovana Galante; DE ARAÚJO, Valéria
Gonçalves; DE PAIVA, Patrícia Alves; DE PINHO, Lucineia; DIAS, Orlene Veloso.
A HISTÓRIA DE ANNA NERY: ENFERMEIRA PIONEIRA DO BRASIL…………………………..….……………….22
DE PAULA, Isabella Higino; MARINHO, Bianca Pabline Veiga; QUEIROZ, Ellem Vitória Ferreira;
PINHEIRO, Marcia Eduarda Mendes; DIAS, Orlene Veloso.
CUIDADOS PALIATIVOS: O PAPEL DA ENFERMAGEM NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
……………………………………..…………………………….………………………………………………………………………….……23
ROCHA, Ana Julia Torres Bonfim; FREITAS, Ana Luiza Ferreira; RAMOS, Dayara de Souza; AZEVEDO,
Ester Fonseca; BRITO, Cardoso Lucilaura; DIAS, Orlene Veloso.
A CONSULTA DE ENFERMAGEM COMO FERRAMENTA NA ASSISTÊNCIA DO PORTADOR DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA……………………………………………………………….……24
DIAS, Rhaissa Souza; SA, Ellen Caroline Gonçalves de; CORRÊA, Santos Rafaella; DIAS, Carlos Daniel
Gonçalves; MENDONÇA, Ian Paulo; MARTINS, Aurelina Gomes.
ASPECTOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS DAS CRIAAS COM LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA NA REGIÃO NORTE-MINEIRA…………………………………………………………………………….……26
JESUS, Michele Caroline Maurício; PRADO, Patrícia Fernandes; SOUZA, Ana Augusta Maciel;
FIGUEIREDO, Mirela Lopes.
VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA PRÁTICA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA
PEDIATRIA……………………………………………………………..……………………………………………………………….……28
LOPES, Ana Cecília Melo; SOUZA, Sarah Gonçalves; SOUZA, Ana Augusta Maciel; PRADO, Patrícia
Fernandes; SOUTO, Simone Guimarães Teixeira; FIGUEIREDO, Mirela Lopes.
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EDUCAÇÃO CONTINUADA: IMPORTÂNCIA DO CALENDÁRIO VACINAL INFANTIL ATUALIZADO
PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE…………………………………………………………………………………30
CARVALHO, Jordana Nayara de Souza; GUIMARÃES, Luana; MARINK, Ana Flávia; CARVALHO, Angela
Patrícia Souza; FONSECA, José Ronivon.
MATERIAL EDUCATIVO EM SAÚDEBLICA SOBRETODOS NÃO FARMACOLÓGICOS DE ALÍVIO
DA DOR NO PARTO………………………………………………………………………………………………………………………31
BRANT, Camila Magalhães; RAMOS, Dayara de Souza; AZEVEDO, Ester Fonseca; RODRIGUES,
Samantha Lemes; MARQUES, Talles Rodrigues; SOUSA, Rafael Gomes; VERSIANI, Clara de ssia.
O TRABALHO DA ENFERMAGEM NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA POR COVID- 19 NO
BRASIL.………………………………………………………..………………………………..………………………………….……33
ALVES, Saulo Aquino; AQUINO, Denise Costa Silva; BARROS, Leonardo Pereira; LOPES, João Paulo
Dias; RIBEIRO, Mara Daisy Alves; MAIA, Thays Rodrigues; COSTA, Simone de Melo
ENFERMAGEM E SUAS DIMENSÕES SOB A VISÃO DE WANDA DE AGUIAR HORTA………………………35
SILVA, Camilla Ferreira; NASCIMENTO, Maria Izabela Marques do; SILVA, Maria Cecília Marques da;
NETO, Maria Eduarda Pereira; LINO, Jennifer Oliveira Pinto, DIAS, Orlene Veloso.
INFECÇÃO URINÁRIA NO PRÉ-NATAL E O PAPEL DA ENFERMAGEM NA SAÚDE BLICA…………….36
FREITAS, Ana Luiza Ferreira; AZEVEDO, Ester Fonseca; BRANT, Camila Magalhães; DIONÍZIO, Andra
Aparecida da Silva; PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes.
RECÉM-NASCIDOS SEGUNDO APGAR DE QUINTO MINUTO E MORTALIDADE NEONATAL EM UMA
MACRORREGIÃO DE MINAS GERAIS…………..………………………………..………………………………………..……37
OLIVEIRA, Sthefany Soares; TAVARES, Bruna Lorena Souza; MACHADO, Nathallya Lopes Machado;
BORGES, Aniele Alves; OLIVEIRA, Lorena Ferreira; QUEIROZ, Suzy Emanuelle Lourenço; PEREIRA,
Luciana Barbosa.
IMPORTÂNCIA DO REGISTRO DE DADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA…….39
CALDEIRA, Ana Flávia Marink; RAMOS, Anna Flávia dos Santos; FONSECA, Kristian Junielly Pereira;
DA SILVA, Priscila Aquino; SOARES,ssica Rejane Durães; DIONIZIO, Andra Aparecida da Silva.
ELABORAÇÃO DE UMA HISTÓRIA INFANTIL ABORDANDO A TEMÁTICA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA…………………………..……..………………………………………..……40
RODRIGUES, Aislin Julia Mota; OLIVEIRA, bora Virginia; OLIVEIRA, Ana Karolina Correa; SILVA, Yan
Lucas Martins; QUEIROZ, Suzy Emanuelle Lourenço; LEITE, Tania Rachel de Oliveira Medeiros;
FIGUEIREDO, Mirela Lopes.
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E PRÁTICA DE EXERCÍCIOS SICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA
EDUCAÇÃO EM SAÚDE……………………..…………………………………………………….……………………………..……42
CARDOSO, Maria Fernanda Goes; OLIVEIRA, Raissa Yasmin Rodrigues; DA SILVA, Sara Oliveira;
NOBRE, Maria Gabriela Braga; CARDOSO, Thiago Sales; FRÓES, Aline Pereira; RUAS, Edna de Freitas
Gomes.
USO DE PRESERVATIVO ENTRE MULHERES USUÁRIAS DE UM CENTRO DE TESTAGEM E
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ACONSELHAMENTO……………………..………………………………………………………………………………………..……43
HOLZMANN, Ana Paula Ferreira; DIAS, Cristiano Leonardo ; VERSIANI, Clara de Cássia; OLIVEIRA,
Emilly Laísse Cordeiro; PEREIRA, Juliana Silva; SILVA, Maria Alice Fróes; RIBEIRO, Talita Ferreira.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES CAUSADOS POR ANIMAIS PEÇONHENTOS EM MINAS
GERAIS NO ANO DE 2022……………………..………………………………………………………………………………..……44
DIAS, Carlos Daniel Gonçalves; SÁ, Ellen Caroline Gonçalves; DIAS, Rhaissa Souza; SOUTO, Simone
Guimarães Teixeira.
PRÁTICAS ASSISTIDAS SOBRE IMUNIZAÇÃO NA ESF SANTOS REIS: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA.…………………..…………………………………………………………………………………………………….……45
RAMOS, Lavínia da Cruz; CASTRO, Samuel Reciêr de Cerqueira; VIEIRA, Melissa da Silva; BRAZ,
Patrícia Pereira Alves; FREITAS, Alexsander; SOARES, Raquel Gusmão; MACIEL, Ana Paula Ferreira.
AÇÃO COLETIVA CONTRA O MOSQUITO TRANSMISSOR DA DENGUE E OUTRAS ARBOVIROSES EM
UM MUNICÍPIO NORTE-MINEIRO…………………..……………………………………………………………………..……47
SILVA, Maria Alice Fróes; SILVA, Yan Lucas Martins; SILVA, Luane Caroline Alves da; DOMINGUES,
Isadora de Freitas Fraga; CRUZ, Camila Gonçalves da; DIAS, Bruna Botelho Borges; CARVALHO,
Priscilla Durães de.
TERRITORIALIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE MAPA INTELIGENTE EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA
FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA…………………..……………………….…………………………………………..……48
SANTOS, Anne Caroline Chaves Queiroga; SILVA, Rayane Goalves da; TORRES, Jaqueline DPaula
Ribeiro Vieira; TELES, Mariza Alves Barbosa; DINIZ, Hellen Juliana Costa4; DAVID, Gizele Ferreira;
PEREIRA, Alessandra Silva.
ANÁLISE DO PERFIL NUTRICIONAL DE GESTANTES DA CIDADE DE MONTES CLAROS ENTRE 2016 E
2020…………………..…………………………………………………………………………………………………………………..……50
REZENDE, Maria Isabel Pereira de; Yan, Lucas Martins Silva; ARAÚJO, Valéria Gonçalves de; DIAS,
Orlene Veloso; PINHO, Lucinéia de.
HIGIENE DO SONO NA ADOLESCÊNCIA: QUAIS OS CUIDADOS NECESSÁRIOS?……………………………52
MIRANDA, Gabriel Vinicius Silva; XAVIER, Mariza Dias; REIS, Luiz Binicio; SILVA, Rosângela Ramos
Veloso; DIAS, Orlene Veloso.
ADESÃO DE UMA DIETA EQUILIBRADA E PRÁTICA DE EXERCÍCIOS SICOS PARA UM GRUPO DE
HIPERTENSOS..……………………………………….……………………………………………………………………………………54
CUNHA, Priscila Silva; SOUSA, Luís Henrique; VELOSO, Kelvlin Pereira; SOUZA, Luana Guimarães;
SANTOS, Tacyanne Karolayne Ramos de Oliveira; SANTOS, Silvânia Paiva.
PERFIL DAS NOTIFICAÇÕES DA FEBRE CHIKUNGUNYA EM MONTES CLAROS-MG, ANOS DE 2022 E
2023………………..………………………………………………………………………………………………………………..…………55
ARAUJO, Gheisa Ferreira; CARDOSO, Maria Fernanda Goes; OLIVEIRA, Raissa Yasmin Rodrigues;
SIQUEIRA, Leila das Graças.
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ATENDIMENTO DE ARBOVIROSES EM UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO: REVISÃO DE
LITERATURA………………..……………………………………………………………………………………………………………….56
PAIXÃO, Ana Clara Damasceno da; ANDRADE, Giovana Ferreira; TEIXEIRA, Sophia Rodrigues;
CARRASCO, Viviane.
SEGURANÇA DO PACIENTE E A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM………………………………………………………57
MENDES, Adriana da Rocha; AMORIM, Bruna Santos; GONÇALVES, Tayná Barbosa; PAIVA, Silvania
dos Santos.
FLORENCE NIGHTINGALE E SUAS CONTRIBUIÇÕES NOCONTROLE DAS DOENÇAS: REVISÃO
NARRATIVA DA
LITERATURA…………..…………………..……………………………………………………………………….58
DINIZ, Victoria Thereza Oliveira; PEREIRA, Ana Flávia Lea; DURÃES, Ana Giulia Nobre Vieira Durães;
ANJOS, Larissa Gomes Cardoso dos; ARAÚJO, Manuela Soares; NOBRE, Maria Gabriela Braga; DIAS,
Orlene Veloso.
COBERTURA DO ESTADO NUTRICIONAL NOS GRUPOS RURAL-URBANO DA MACRORREGIÃO DE
SAÚDE DO NORTE DE MINAS GERAIS………………………………………………………………………………………….59
ANDRADE, Ruth Emanuele Silva; SILVA, Graciele Helena Fernandes; VITORINO, Santuzza Arreguy
Silva; DE PINHO, Lucinéia
PERFIL DE MORBIDADE E FATORES ASSOCIADOS À FRAGILIDADE EM IDOSOS PÓS INFECÇÃO PELA
COVID-19……………………………………………………………………………………………………………………………….…….61
PEREIRA, Victor Guilherme; JESUS, Ely Carlos Pereira de; PEREIRA, Rafael Soares; SILVA, Dayane
Indyara de Sá; ALVES, Ellen Patrícia Fonseca; RIBEIRO, Claudia Danyella Alves Leão; MAIA, Luciana
Colares.
LASERTERAPIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO COMBATE ÀS DORES CAUSADAS PELA
CHIKUNGUNYA: RELATO DE EXPERIÊNCIA……………………………………………………..…………………………….63
SOBRINHO, Diego Armando Marques; LIMA, Ana Laura Silveira; CALDEIRA, Janette Fonseca;
PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM NDROME INFLAMATÓRIA MULTISSISTÊMICA
PEDIÁTRICA………………………………………………………………………………………………………………………………….64
CARDOSO,ssica de Castro; FIGUEREIDO, Mirela Lopes.
O PAPEL DA ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE USUÁRIOS DE COCAÍNA ATENDIDOS EM
CENTROS ESPECIALIZADOS: REVISÃO
INTEGRATIVA…………………………………………………………………….65
SOARES, Thaís Emanuelle Barros; SILVA, Maria Luiza Almeida; RAMOS, Savyo Gonçalves; FONSECA,
José Ronivon; GUSMÃO, Ricardo Otávio Maia; ARAÚJO, Diego Dias de; PEREIRA, Fabíola Afonso
Fagundes.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM CHIKUNGUNYA EM UM MUNICÍPIO NORTE
MINEIRO………………………………………………………………………………………………………..…………………………….67
ALVES, Carolina Maia; VELOSO, Elton Carlos2; GUIMARÃES, Junivever Rodrigues Santos; VELOSO, Ivana
Aparecida Mendes; BALDO, Thaís De Oliveira Faria; TIBÃES, Hanna Beatriz Bacelar
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TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO RELACIONADOS COM O TRABALHO:
SÍNDROME DE BURNOUT…………………………………………………………………………………………………………….68
SOARES, Joyce Pereira; BARBOSA, Henrique Andrade.
EPIDEMIOLOGIA DA DENGUE EM MONTES CLAROS-MG…………………………………………………………….69
CARDOSO, Mayra Domingues; ROCHA, Ana Julia Torres Bonfim; SANTOS, Mateus Dias; SILVA,
Samuel Dos Reis; TEIXEIRA, Sophia Rodrigues; SIQUEIRA, Leila das Graças.
A ADESÃO ÀS MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA PELOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NOS
SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA…………………………………………………………………………………….70
MARTINS, Bianca Gonçalves; SILVA, Larissa Gonçalves; OLIVEIRA, Luca Ribeiro de; SOUZA, Vitória
Cristina Ferreira; CARRASCO, Viviane.
VULNERABILIDADE ÀS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS DE MULHERES USUÁRIAS DE
UM CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO…………………………………………………………..………….71
VERSIANI, Clara de ssia; HOLZMANN, Ana Paula Ferreira; DIAS, Cristiano Leonardo; MARQUES,
Fernanda; SANTOS, Anne Caroline Chaves Queiroga; QUINTINO, Raissa Maciejewsky; SILVA, Rayane
Gonçalves da.
ACIDENTES COM MATERIAIS BIOLÓGICOS COM MEMBROS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM:
REVISÃO INTEGRATIVA………………………………………………………………………….…………………………………….73
ALMEIDA, Débora Natália Menezes; SILVA, Lavínya Cardoso da; GUSMÃO, Ricardo Otávio Maia
Gusmão; ARAÚJO, Diego Dias de.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: RELATO
DE EXPERIÊNCIA……………………………………………………………………………….………………………………………….74
SILVA, Victória Peres; BARBOSA, Tayna Gonçalves; LIMA, Iandhela Cristiny Alves; AGUIAR, Bruna
Menezes; RIBEIRO, Raiana Araújo; DIONÍZIO, Andra Aparecida da Silva.
ASSISTÊNCIA INTERPROFISSIONAL À GESTANTE NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA…………..75
RAMOS, Anna Flávia dos Santos; OLIVEIRA, Ana Karolina Correa; CAMPUS, Ana Clara Nascimento;
GUSMÃO, Karine Rocha; BARBOSA, Emilly Araújo; DIONIZIO, Andra Aparecida da Silva; PEREIRA,
Fabíola Afonso Fagundes.
USO DAS FERRAMENTAS DE ABORDAGEM FAMILIAR NA SAÚDE MENTAL: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA……………………………………………………………………………………………………………………………….76
CARNEIRO, Helen Maria Sousa; FREITAS, Alexsander Quésede Fonseca; DIONÍZIO, Andra Aparecida
da Silva; PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes
AUTOAVALIAÇÃO DE SAÚDE E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE
SAÚDE DE MONTES CLAROS - MG……………………………………………………………………………………………….77
PEREIRA, Isabel Cristina Alves; DUARTE, Cecília Paiva; MAGALHÃES, Tatiana Almeida de; PINHO,
Lucinéia de.
SINTOMAS DE ANSIEDADE EM ADOLESCENTES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO…………………..………78
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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11
QUEIROZ, Camila Lopes; SANTOS, Matheus Santiago Nunes dos; AMORIM, Ítala Apoliana
Guimarães; PESSOA, Vitor José Viana; PARREIRAS, Lucas Henrique Morais; OLIVEIRA, Camila Rosa
de; SILVA, Rosângela Ramos Veloso.
PRÁTICA DE CAFÉ DA MANHÃ E SUA ASSOCIAÇÃO AO SEXO EM ADOLESCENTES ESCOLARES……80
SILVA, Maria Fernanda Gomes da; PESSOA, Vitor José Viana; SOUZA, Lucas Faustino de; OLIVEIRA,
Ana Luiza Veloso Fernandes de; FREITAS, João ctor Souza; SILVA, Rosângela Ramos Veloso; PINHO,
Lucinéia de.
FATORES ASSOCIADOS AO DESCARTE DE LEITE HUMANO DOADO………………………….………………….82
ANTUNES, Verônica Isabel Veloso Fonseca; VERSIANI, Clara de ssia; PEREIRA, Luciana Barbosa
Pereira; SOUSA, Rafael Gomes; GOMES, Bruna Katerine Godinho; VERSIANI, Heloise Cohen Pereira;
VOGT, Sibylle Emilie.
AUTOAVALIAÇÃO RUIM DE SAÚDE E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO DOS AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS - MG……………………………….……..84
PEREIRA, Isabel Cristina Alves; DUARTE, Cecília Paiva; MAGALHÃES, Tatiana Almeida de; PINHO,
Lucinéia de.
CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS SEGUNDO TRIMESTRE GESTACIONAL POR
MULHERES ASSISTIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE………………………………………………………….85
RODRIGUES, Carolina Amaral Oliveira; SILVA, Daniel Vinícius Alves; OLIVEIRA, Priscila Antunes;
OLIVEIRA, Maria Eduarda Amaral; SILVA, Rosângela Ramos Veloso; BRITO, Maria Fernanda Santos
Figueiredo; PINHO, Lucinéia.
APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DE ABORDAGEM FAMILIAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA……………………………………………….………………………………………………………………………….87
SOUZA, Luan Martins de; BRANT, Camila Magalhães; RAMOS, Dayara de Souza; RODRIGUES, Maria
Eduarda Silva; MARQUES, Talles Rodrigues; SANTOS, José Elson Amaral dos; SOARES, Joanilva
Ribeiro.
CUIDADOS NECESSÁRIOS À TIMA DE PCR E O USO DO DEA…………………………………….……………….89
ALVES, lia Maria Ferreira; ANDRADE, Isadora Fernanda Vieira; SOUZA, Luana Guimarães; SILVA,
Maria Alice Fróes; ANDRADE, Giovana Ferreira; EVANGELISTA, Christiane Borges.
PERCEPÇÃO DAS GESTANTES QUANTO À ASSISNCIA INTERPROFISSIONAL NO PRÉ-NATAL NA
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA…………………………………………………………………………………………….90
OLIVEIRA, Ana Karolina Correa; FREITAS, Ana Luiza Ferreira; SILVA, Maria Luiza Almeida; RAMOS,
Anna Flávia dos Santos; PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes; DIONÍZIO, Andra Aparecida da Silva.
ANÁLISE DA CULTURA DE SEGURANÇA DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
PERIOPERATÓRIOS………………………………………………………………………………………………………..…………….92
BARBOSA, Tayna Goalves; SOUTO, Edna de Freitas Gomes; MARTINS, Aurelina Gomes.
VACINAS CONTRA A COVID-19: DA EXPECTATIVA À REALIDADE………………………………………………….93
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DURÃES, Jacqueline Nascimento; SOARES, Raquel Guso; BRAZ, Patrícia Pereira Alves; GUEDES,
Ana Beatriz Mota, BASTOS, Sabrina Durães.
LEVANTAMENTO E MONITORAMENTO VACINAL EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA……………………………………………………………………………………………….…………….94
SILVA, Rayane Goalves da; SANTOS, Anne Caroline Chaves Queiroga; TORRES, Jaqueline DPaula
Ribeiro Vieira; TELES, Mariza Alves Barbosa; DINIZ, Hellen Juliana Costa; DAVID, Gizele Ferreira;
BINS, Ilka Santos
A UTILIZAÇÃO DO PERICÁRDIO BOVINO NA REALIZAÇÃO DE CIRURGIAS CARDÍACAS………………..96
MARINHO, Bianca Pabline Veiga; QUEIROZ, Ellem Viria Ferreira; PEREIRA, Esther Martins; ARAÚJO,
Diego Dias de.
OS CUIDADOS PALIATIVOS ASSOCIADOS AOS INSTRUMENTOS SICOS DA ENFERMAGEM………98
SERPA, Danielle Fernanda Santos; SILVA, Jeniffer Eduarda Firmino Almeida; DIAS, Orlene Veloso.
PAPEL DO ENFERMEIRO NA SALA DE VACINA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA…………………………….….99
RESENDE, Lucas Gabriel Pimenta; VIANA, Maria Eduarda Martins; CASTRO, Samuel Reciêr de
Cerqueira; ROCHA, Maria Fernanda Batista; BRAZ, Patrícia Pereira Alves; SOARES, Raquel Gusmão;
MACIEL, Ana Paula Ferreira
CAMPANHA DE SENSIBILIZAÇÃO NA PREVENÇÃO DO DIABÉTICO COMO ESTRATÉGIA DE
EDUCAÇÃO CONTINUADA E PROMOÇÃO À SAÚDE……………………………………………………………..…….100
TEIXERA, Nadine Antunes; AMORIM, Itala Apoliana Guimarães; SOUZA, Lucas Faustino de;
ANDRADE, Kaue Batista; ALMEIDA, Júlia Maria Gonçalves de; RIOS, Everton Barroso; SILVA,
Rosângela Ramos Veloso.
ESCUTA COMPARTILHADA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA…….……101
LIMA, Ana Laura Silveira; BARBOSA, Tayna Gonçalves; AGUIAR, Bruna Menezes, SANTOS, Marcos
Antônio Sousa dos; DIONÍZIO, Andra Aparecida da Silva.
BENEFÍCIOS DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA EM NEONATOS: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA………………………………………………………………………….……………………….…………………..…….102
LEOPOLDO, Anielly Geovanna Santos; ALVES, Ellen Patricia Fonseca; OLIVEIRA, Sabrina Ferreira de;
SILVA, Adrielle Lorrany Pereira Monteiro; CARDOSO, Nayara Ruas
FATORES QUE INFLUENCIAM NO CONSENTIMENTO PARA A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: REVISÃO
INTEGRATIVA…………………………………………………………………………………………………………….……………….10
3
DURÃES, Ana Giulia Nobre Vieira; ALMEIDA, Evelyn Lopes; RODIGUES, Gabriel Marques Aquino;
GUSMÃO, Ricardo Otávio Maia; ARAÚJO, Diego Dias de.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: PRIMEIROS SOCORROS NO CENÁRIO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA………..105
ROCHA, Ana Paula; CARNEIRO, Jair Almeida; BARROS, Leonardo Pereira; COSTA, Maisson Santhiago
Soares; RIBEIRO, Mara Daisy Alves; SILVA, Rosângela Ramos Veloso; ALVES, Saulo Aquino.
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(ISSN 2317-3092)
13
PET-SAÚDE E AÇÕES ESTRATÉGICAS DE UMA EQUIPE DE ENFERMAGEM PARA ALCANÇAR OS
INDICADORES DO PREVINE BRASIL……………………………………………………………….……..……………..…….107
TAVARES, Bruna Lorena Souza; OLIVEIRA, Luca Ribeiro; PEREIRA, Felipe Alves; SÁ, Ellen Caroline
Gonçalves; DIAS, Carlos Daniel Gonçalves; GUIMARÃES, Camilla Freitas; RIBEIRO, Cláudia Danyella
Alves Leão.
SENTIMENTOS VIVENCIADOS PELA CRIANÇA HOSPITALIZADA…………………………………………..…….108
CARVALHO, Ângela Patrícia Souza; CARVALHO, Jordana Nayara de Souza; SOUZA, Ana Augusta
Maciel de; PRADO, Patrícia Fernandes do; FIGUEIREDO, Mirela Lopes
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA……………………………………………………………………………………..……………..…….109
SILVA, Larissa Gonçalves; DIAS, Rhaissa Souza; BRAGA, Julia Vieira; SA, Ellen Caroline Gonçalves de;
DIAS, Carlos Daniel Gonçalves; MENDONÇA, Ian Paulo; SOUZA, Ana Augusta Maciel de.
PERFIL DA MORTALIDADE INFANTIL POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS…………………..……………..…….110
SILVA, Maria Luiza Soares; RODRIGUES, Maria Eduarda Silva; SILVA, Maria Luiza Almeida;
CAETANO, Vitoria Almeida; SOUZA, Ana Augusta Maciel de.
SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ: UM OLHAR EPIDEMIOLÓGICO………………………………………..…….111
OLIVEIRA, Larissa Mota de; VELOSO, Ivana Aparecida Mendes; VIEIRA, Patrícia de ssia, QUEIROZ,
Anne Caroline Rodrigues, LOPES, Fabiana de ssia Cordeiro Mezedis; GOMES, Arilton.
PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO EM MONTES CLAROS-MG……………………………………………………….……..……..………..…….113
NASCIMENTO, Camila Kellen Teixeira; BARBOSA, Henrique Andrade; CARRASCO, Viviane.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE: CONSCIENTIZAÇÃO DA PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA E
ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL……………………………………………….………………………….……..……..………..…….114
SANTOS, Danielle Ladeia; GOMES, Beatriz Efigênia Nogueira Machado; COSTA, Karine Melo de
Freitas; SOUZA, Leoanardo Rodrigues; MELO, Lilian de Souza; RODRIGUES, Nadson Henrique
Gonçalves; SILVA, Rosângela Ramos Veloso.
MANEJO DE PACIENTE ESQUIZOFRÊNICO HOSPITALIZADO COM NDROME DE FOURNIER:
RELATO DE EXPERIÊNCIA…………………………………………………………………………….……..……..………..…….115
CAETANO, Vitoria Almeida; RODRIGUES, Maria Eduarda Silva; SILVA, Maria Luiza Almeida; SILVA,
Maria Luiza Soares; ESTEVES,nia Alencar Fróes.
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EM UM GRUPO DE IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA…………………….117
SOUZA, Meriele Santos; SANTOS, Danielle Ladeia; GOMES, Beatriz Efigênia Nogueira Machado;
SOUZA, Camilla dos Santos; SOARES, Wivian Mariana Fonseca; TELES, Mariza Alves Barbosa;
CALDEIRA, Antônio Prates
O IMPACTO DAS SEQUELAS EM PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM NEUROCISTICERCOSE: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA…………………………………………..……….………………………….……..……..………..…….119
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(ISSN 2317-3092)
14
SILVA, Dayane Indyara de ; LOMES, Mariany Lara Rocha; FERREIRA, Roger Vicente dos Reis;
RODRIGUES, Sarah Michaele Coimbra; PEREIRA, Victor Guilherme; JESUS, Ely Carlos Pereira de.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE, EM MONTES CLAROS-MG ENTRE OS ANOS DE 2010 A
2023…………………………………………………………….………………….………………………….……..……..………..…….121
SANTOS, Andressa Francine Souza; ANTUNES, Herick Antônio Mendes; CORDEIRO, Higor da Siva;
SOUZA, Jady Nayara Mendes de; SIQUEIRA, Leila das Graças.
ABORDAGEM FAMILIAR NO TRANSTORNO AUTISTA: IMPORTÂNCIA DA FERRAMENTA NA
MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA……………………………………………….………….……..….…..………..…….122
MELO, Giovanna Cristina Carneiro de; MARQUES, Talles Rodrigues; BRANT, Camila Magalhães;
BATISTA, Maria Geovania Cardoso; OLIVEIRA, Débora Virgínia; DIONÍZIO, Andra Aparecida da Silva;
PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes
FATORES ASSOCIADOS À O ADESÃO AOS IMUNOBIOLÓGICOS CONTRA A COVID-19 NO
BLICO INFANTIL……………………………………….………………….………………………….……..……..………..…….124
VIEIRA, Michele Meira; ALVES, Ellen Patrícia Fonseca; PEREIRA, Victor Guilherme; MURÇA, Lady
Tainara Santos; JESUS, Ely Carlos Pereira de; RIBEIRO, Claudia Danyella Alves Leão; MENEZES, Agna
Soares da Silva
VIVÊNCIAS PET-SAÚDE GESTÃO – SETOR DE COMPRAS………………….………….……..……..………..…….126
ROCHA, Amanda Steffane Gomes de Jesus; FERNANDES, Felipe Alves; LIMA, Renata Francine
Rodrigues; FERNANDES, Viviane Braga Lima.
FILIS EM GESTANTES E SÍFILIS CONGÊNITA EM INDÍGENAS EM MINAS GERAIS………………………127
DIAS, Cristiano Leonardo de Oliveira; BATISTA, Maria Geovania Cardoso; HOLZAMANN, Ana Paula
Ferreira; VERSIANI, Clara de Cássia; VOGT, Sibylle Emilie; DIAS, Orlene Veloso; PEREIRA, Luciana
Barbosa.
AS VANTAGENS DO USO DO PERICÁRDIO BOVINO NAS CIRURGIAS CARDÍACAS EM COMPARAÇÃO
AOTODO DE DACRON……………………….………………….…………………………..….……..……..………..…….128
MARINHO, Bianca Pabline Veiga; QUEIROZ, Ellem Vitória Ferreira; PEREIRA, Esther Martins e
ARAÚJO, Diego Dias de.
PREVALÊNCIA DE CASOS DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM ADOLESCENTES E
ADULTOS: REVISÃO INTEGRATIVA……………………….………………….………………….……..……..………..…….129
PINHEIRO, Marcia Eduarda Mendes; PAULA, Isabella Higino de; SANTOS, Kaíky Guilherme Macedo;
ARAÚJO, Diego Dias de.
SINTOMAS MAIS PREVALENTES RELATADOS POR MULHERES DURANTE A FASE DE TRANSIÇÃO
MENOPAUSAL……………………….………………….…………………………….………………….……..……..………..…….130
BARCO, Giovana Galante; OLIVEIRA, bora Virginia; SILVA, Yan Lucas Martins; DE OLIVEIRA, Patrícia
Alves Paiva; DIAS, Orlene Veloso; SILVA, Jefferson Oliveira; RIOS, Everton Barroso.
ALEITAMENTO MATERNO NA PRIMEIRA HORA DE VIDA DE PARTOS NORMAIS EM UM HOSPITAL
AMIGO DA CRIANÇA……………………….………………….…………………………..………….……..……..………..…….132
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(ISSN 2317-3092)
15
SOUSA, Rafael Gomes; PINTO, Brenda Oliveira Nascimento; LOPES, Kahena Giullia de Deus Lopes;
RODRIGUES, Viviane Alves; PEREIRA, Luciana Barbosa; VERSIANI, Clara de ssia; VOGT, Sibylle
Emilie.
EPIDEMIOLOGIA DOS PACIENTES NOTIFICADOS COM TUBERCULOSE EM MONTES CLAROS-MG NO
ANO DE 2022…………………………………..…….………………….………………………….……..……..………..…….133
RABELO, lice Néria Leite; ARAUJO, Nathália Kamilly Santos; SANTOS, Luiza Vitória Lopes; ALMEIDA,
Sarah Silva; SIQUEIRA, Leila das Graças.
A CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM NOS CUIDADOS DIRECIONADOS A PACIENTES COM
FIBROMIALGIA………………………………..…….……………….……….………………………….……..……..………..…….135
OLIVEIRA, Débora Virginia; SILVA, Yan Lucas Martins; GUEDES, Ana Beatriz Mota; RODRIGUES, Aislin
Julia Mota; DE MELO, Giovanna Cristina Carneiro; DE OLIVEIRA, Patrícia Alves Paiva; DIAS, Orlene
Veloso.
PREVANCIA E FATORES ASSOCIADOS A AMPUTAÇÕES POR PÉ DIABÉTICO: REVISÃO
INTEGRATIVA DA
LITERATURA……..…….……………….…….…………………………..………..……..………..…….137
SILVA, Gabriela Karine Mendes; TEIXEIRA, Daiane Santos; REIS, Isabella Cristina Alves; DURÃES,
Nathalia Lorenny Souza; ARAÚJO, Diego Dias de.
RODA DE CONVERSA COMPAIXÃO: CUIDAR E SER CUIDADO……..…….……………….……….….………….138
ALVES, Elaine Cristina Santos; LOPES, Joanilva Ribeiro; SOUSA, Luis Henrique; SILVA, Yan Lucas
Martins; FERREIRA, Lorena de Souza; LIMA, Ana Laura Silveira; DIAS, Orlene Veloso
PERFIL SOCIOECONÔMICO E DEMOGRÁFICO DE PUÉRPERAS ACOMPANHADAS NA MATERNIDADE
DE UM HOSPITAL EM MINAS GERAIS……..…….……………….……….…………..……..…….139
ALVES, Ellen Patrícia Fonseca; PEREIRA, Victor Guilherme; LEOPOLDO, Anielly Geovanna Santos;
OLIVEIRA, Sabrina Ferreira de; CRUZ, Brenda Letícia Moura; JESUS, Ely Carlos Pereira de; RIBEIRO,
Claudia Danyella Alves Leão.
EDUCAÇÃO CONTINUADA: UMA ABORDAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA SOBRE O CANCER DE
TESTÍCULO…..…….……………….……………………………………………………………………..…….…………..……..…….141
RIBEIRO, Renata Monise Nascimento; ANDRADE, Giovana Ferreira²; OLIVEIRA, Valdira Vieira.
MITOS E VERDADES SOBRE VACINAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA
AGENTES COMUNITÁRIOS………….……………………………………………………………..…….…………..……..…….142
ANDRADE, Nadia Jordana Oliveira; BARBOSA, Laura Victória; MACIEL, Ana Paula Ferreira; BRITO,
Maria Fernanda.
OFICINA TERAPÊUTICA COM PACIENTES COM DOR CRÔNICA POR CHIKUNGUNYA NA ESTRATÉGIA
SAÚDE DA FAMÍLIA………….……………………………………………………………………..…….……………..……..…….144
AMARAL, Laís Lopes; VELOSO, Ivana Aparecida Mendes; PEREIRA, Zilá Aparecida Soares; VELOSO,
Cleide Rocha; REIS, Luiz Binício; ARAÚJO, Valéria Gonçalves de; SILVA, Rosângela Ramos Veloso.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM HEMODIÁLISE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA…145
FREITAS, Alexsander Quésede Fonseca; CARNEIRO, Helen Maria Sousa; PEIXOTO, Maria Fernanda
Rodrigues; DIONÍZIO, Andra Aparecida da Silva; PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes.
A CARTOGRAFIA PROCESSUAL APLICADA À SAÚDE……………………………………………………………..……146
GOMES, Beatriz Efigênia Nogueira Machado; SANTOS, Danielle Ladeia; SOUZA, Camilla dos Santos
SOUZA, Meriele Santos; DIAS, Orlene Veloso; SILVEIRA, Aparecida Rosângela.
ENFERMAGEM E A REPRESENTATIVIDADE POLÍTICA……………………….…………………………………..……147
MAGALHÃES, Luciana Gabriella Caires Sousa; ARAÚJO, Diego Dias de.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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CRIANÇAS E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EM TEMPOS DE PANDEMIA: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
RAMOS, Dayara de Souza1; BRANT, Camila Magalhães1; ALVES, Anne Esther Rodrigues1; SANTOS,
José Elson Amaral dos1; SILVA; Maria Luiza Soares1; COSTA, Fernanda Marques da2; SOUZA, Ana
Augusta Maciel de3
1 Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2 Doutora em Ciências da Saúde, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade
Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3Mestre em Ciências da Saúde. Professora do Departamento de Enfermagem, Universidade
Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: relatar a experiência acerca da elaboração de uma cartilha educativa e um vídeo animado,
voltados à compreensão da importância da alimentação saudável para crianças em tempos de
pandemia. Metodologia: trata-se de um estudo do tipo relato de experiência envolvendo a
construção de material educativo sobre hábitos alimentares saudáveis durante a pandemia do
SARS-CoV-2, tendo como público-alvo as crianças de 8 a 11 anos, pais e responsáveis. O trabalho foi
desenvolvido por acadêmicos da graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes
Claros, no ano de 2021, como objeto de avaliação de disciplinas curriculares. Após a definição do
tema, inicialmente realizou-se um levantamento bibliográfico, com busca em bases de dados por
materiais científicos que embasaram a elaboração da cartilha. Assim, definiu-se o tulo Crianças,
pandemia e alimentação saudável”, com o conteúdo dividido entre os picos: Introdução”,
“Nutrientes essenciais, consumo e alimentação sauvel”, “Limpeza dos alimentos e higiene no
preparo”, contando ainda com receitas e atividades direcionadas às crianças. A cartilha elaborada
resultou em 28 páginas, estruturadas através da ferramenta Canva®, contando com ilustrações do
banco de imagens gratuitas Freepik® e texto escrito em linguagem clara e acessível ao público-alvo.
Resultados: para desenvolver o trabalho, os estudantes se pautaram na intenção de discutir
melhores bitos alimentares para o público que pouco conhece ou pratica a ingestão de alimentos
saudáveis, uma vez que, perante a situação pandêmica iniciada no ano de 2020, acentuaram-se os
questionamentos acerca da alimentação na manutenção da saúde. O material foi produzido para
ser disponibilizado em meio virtual e físico e, de forma complementar, seu conteúdo foi adaptado
em formato de deo animado através da plataforma Videoscribe®, visando facilitar a compreensão
da temática pelas crianças. A cartilha explicita o tema da alimentação saudável de forma didática e
prática, que pode ser aplicada na rotina diária de compra e preparo dos alimentos, o que influencia
direta e indiretamente as crianças na construção de uma alimentação baseada em produtos
naturais, reduzindo deficiências nutricionais e agravos futuros. Conclusão: os hábitos alimentares
saudáveis na infância beneficiam a saúde e influenciam práticas futuras, associando-se à proteção
contra doenças em adultos, sendo a família um dos fatores que influenciam a alimentação das
crianças. Além disso, uma dieta rica em vitaminas e nutrientes favorece a atuação significativa do
sistema imunológico. Tendo em vista que durante o isolamento social motivado pela pandemia de
COVID-19, reduziram-se as práticas esportivas e aumentou-se o consumo de alimentos
ultraprocessados e de alta densidade energética pelos brasileiros, destaca-se a importância da
compreensão pelos pais sobre as demandas nutricionais infantis durante o período de restrição
social. Assim, percebe-se a importância da alimentação para o desenvolvimento saudável das
crianças, especialmente durante um cenário singular de pandemia vivenciado pela sociedade, que
pode afetar os hábitos de vida da população infantil e seu estado de saúde. O material desenvolvido
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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possui potencial para ser aplicado em unidades de saúde, escolas e mídias sociais, visando informar
os pais sobre as necessidades nutricionais das crianças e incentivar uma forma de alimentação mais
positiva para os mais jovens.
Palavras-chave: Alimentação Sauvel. Crianças. COVID-19.
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QUALIDADE DE VIDA DE PORTADORES DE LESÕES CRÔNICAS ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE
REFERÊNCIA
PRADO, Patrícia Fernandes1; RUAS, Edna de Freitas Gomes1; SOUTO, Simone Guimarães Teixeira1;
E MARTINS, Aurelina Gomes1; PIMENTA, Hugo Emanuel Santos2; E SILVA, Carla Silvana de Oliveira3
1Enfermeira, Mestre em Ciências da Saúde, Docente do Departamento de Enfermagem,
Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeiro do Ambulatório de Feridas do Município de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3Enfermeira, Doutora em Ciências da Saúde, Docente do Departamento de Enfermagem,
Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: avaliar a qualidade de vida de portadores de lesões crônicas atendidos em um
ambulatório de referência. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, exploratório-descritivo,
com abordagem quantitativa, que está sendo desenvolvido com os portadores de feridas crônicas
assistidos pelo ambulatório de feridas de uma cidade do norte de Minas Gerais, durante os anos de
2020 a 2023. A amostra foi constituída por 26 pacientes e foi utilizado, além de um questionário
sociodemográfico, o instrumento The World Health Organization Quality of Live (WHOQOL-bref),
composto por 26 questões, sendo duas a respeito da qualidade de vida em geral e as demais estão
divididas em quatro domínios (físico, psicológico, relações sociais e ambiente). As questões do
WHOQOL-bref são formuladas para respostas em escalas tipo Likert, incluindo intensidade (“nada
a extremamente”), capacidade (“nadaa completamente”), frequência (“nuncaa sempre”) e
avaliação (“muito insatisfeito a “muito bom”). Para a análise dos dados da qualidade de vida dos
domínios estudados, foi utilizada uma escala adaptada categorizada da seguinte forma: valores
entre 0 e 40 foram considerados insatisfatório; de 41 a 69, correspondem a indefinido; e, acima de
70, como satisfatório. Para o presente estudo, foi considerado como ponto de corte o valor abaixo
de 70 e igual ou maior que 70, sendo que, níveis abaixo de 70 foram considerados como insatisfação
com a qualidade de vida e níveis acima, como satisfação com a mesma. As análises foram realizadas
empregando-se o programa estatístico Statistical Package Social Science (SPSS®) versão 24.0. Este
estudo es ancorado pelo projeto de pesquisa intitulado “Uso de Laser de Baixa Potência no
Tratamento de Feridas Crônicas: Um Ensaio Clínico Randomizado”. Resultados: participaram da
pesquisa adultos e idosos, com média de idade de 59 anos, variando entre 35 e 82 anos, com
predomínio do sexo masculino (53,8%). Quanto à etiologia das lesões dos pacientes, houve
destaque para o diabético (42,3%) e as úlceras venosas (34,6%). A maioria (53,8%) dos
participantes classificou como boa a sua autoavaliação da qualidade de vida geral, seguido pelo nem
ruim/nem boa (30,8%). Em relação à satisfação com a sua saúde, 34,6% referiram que estão
satisfeitos e 23,1% insatisfeito. As maiores médias da qualidade de vida foram observadas no
domínio relações sociais e a menor média no domínio psicológico. No geral, a qualidade de vida foi
considerada satisfatória (85,78), considerando o ponto de corte igual ou maior que 70. Conclusão:
estes resultados poderão contribuir para melhor compreensão dos efeitos da ferida crônica na
qualidade de vida relacionada à saúde do portador de lesões e subsidiar ações que favoreçam uma
assistência qualificada voltada às necessidades dessa população.
Palavras-chave: Qualidade de Vida. Ferimentos e Lesões. Doença Crônica.
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros parecer . 4.332.499.
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A COVID-19 E SEU IMPACTO EM FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL
SILVA, Yan Lucas Martins1; OLIVEIRA, Débora Virgínia1; BARCO, Giovana Galante2; DE ARAÚJO,
Valéria Gonçalves3; DE PAIVA, Patrícia Alves4; DE PINHO, Lucineia5; DIAS, Orlene Veloso6
1Acadêmico(a) de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2 Acadêmica de Medicina, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3Enfermeira, mestranda em Cuidado Primário em Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
4Enfermeira, doutoranda em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil
5Nutricionista, docente do Departamento de Saúde Mental e Coletiva, Universidade Estadual de
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
6Enfermeira, docente do Departamento de Enfermagem, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: compreender o impacto da pandemia causada pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2) na
vulneração social de famílias. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura
realizada nas bases de dados: LILACS, BDENF e SCIELO. Foram selecionados estudos compreendidos
nos últimos 3 anos- que corresponde ao início da pandemia- a partir da rmula de busca:
“vulnerabilidade social” AND Famílias AND COVID-19 AND Bioética”. Ao rmino da pré-
seleção dos estudos, foram selecionados 4 artigos. À guisa de critérios de inclusão e exclusão: foram
incluídos estudos de campo escritos em língua portuguesa que tratassem da temática, e foram
excluídos trabalhos que não eram artigos científicos ou aqueles que estavam incompletos.
Resultados: no ano de 2020, a pandemia causada pelo Novo Coronavírus (SARS-CoV-2) foi
oficialmente decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Esse fato histórico foi de grande
impacto para a coletividade, pois afetou globalmente as esferas econômicas, sociais. A vulneração
pode ser compreendida como um estágio, em que o indivíduo se encontra, que lhe priva do gozo
pleno do bem-estar social e de saúde. Alguns autores colocam que, de acordo com as concepções
bioéticas, todos os seres humanos o vulneráveis, mas nem todos estão vulneráveis. Isso decorre
principalmente das disparidades de distribuição de renda e das diferenças socioeconômicas
locorregionais próprias de cada território, o que predispõe uma situação de vulneração naqueles
sujeitos mais susceptíveis. Nesse sentido, a crise de saúde pública instalada interferiu, segundo
alguns autores, de forma contundente em diversos determinantes sociais de saúde, como:
condições de trabalho, serviços sociais de saúde, educação, habitação e produção agrícola de
alimentos. Neste último ponto, a Organização Mundial das Nações Unidas endossa que a agricultura
familiar é considerada o principal meio de subsistência para cerca de 2,5 bilhões de pequenos
agricultores; devido a isso, o setor agrícola e seus trabalhadores foram muito prejudicados pela
pandemia, principalmente devido às medidas restritivas quanto ao trabalho presencial, culminando
na redução da mão de obra disponível. Secundariamente, a situação vivenciada pela área rural
também impactou a área urbana, notadamente quanto ao aumento dos preços dos alimentos,
ensejando quadros de desnutrição em famílias cujos proventos também foram igualmente
cerceados pela inexorável quarentena. Além disso, um dos estudos afirma categoricamente que
uma dicotomia entre a instituição de medidas para controle da dispersão do vírus e as necessidades
econômicas dos indivíduos; e esse fato torna-se mais patente quando se trata de famílias em
situação prévia de vulnerabilidade social. Conclusão: diante do exposto, percebe-se que a pandemia
ampliou as desigualdades socioeconômicas, de forma global, afetando tanto o campo, quanto as
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cidades. Assim, a instituição de uma distribuição equitativa de renda é fulcral para que se mitiguem
os danos ocasionados pela crise saniria vivenciada.
Palavras-chave: Bioética. Vulnerabilidade Social. COVID-19. Família.
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A HISTÓRIA DE ANNA NERY: ENFERMEIRA PIONEIRA DO BRASIL
DE PAULA, Isabella Higino¹; MARINHO, Bianca Pabline Veiga¹; QUEIROZ, Ellem Vitória Ferreira¹;
PINHEIRO, Marcia Eduarda Mendes¹; DIAS, Orlene Veloso²
¹Acadêmicas de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
²Enfermeira, Doutora, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: descrever a trajetória da enfermeira Anna Nery, associada aos marcos histórico para a
profissão de enfermagem. Metodologia: realizou-se uma revisão narrativa da literatura, no mês de
abril de 2023, para conhecer a bibliografia, descrever e discutir os estudos identificados na Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico. Foram utilizados como critérios de inclusão: textos
completos e em português. Resultados: Anna Justina Ferreira Nery foi uma grande precursora da
profissão de enfermagem, ganhando notoriedade devido a sua atuação voluntaria na Guerra do
Paraguai, diante desse contexto, tornou-se reconhecida nacionalmente como a pioneira da
enfermagem brasileira. Anna Nery nasceu em 1814, ocupava a classe média alta da sociedade
baiana, teve três filhos fruto do seu casamento com Isidoro Antônio Nery, o qual faleceu no ano de
1844. Com a entrada do Brasil na Guerra do Paraguai, Nery presenciou a convocação dos seus filhos
para o conflito, considerando o seu desejo de estar perto dos seus filhos e servir a pátria, ela se
ofereceu como voluntária para atuar no cuidado dos feridos com a sua experiência adquirida por
meio da associação de caridade da qual participava. Durante sua atuação na guerra, Ana Nery foi
reconhecida como a primeira enfermeira brasileira, a qual presenciou situações desafiadoras como
locais insalubres e a falta de materiais. Nesse contexto, Anna Nery utilizou a criatividade e suas
habilidades de comunicação, destreza manual, pois foi necessário inovar devido à ausência de
equipamentos, e precisou aguçar sua observação e estimular o trabalho em equipe para identificar
e intervir nas necessidades dos militares. Estabeleceu uma enfermaria limpa e modelo para oferecer
o cuidado de enfermagem de forma mais segura e trabalhou de forma abnegada, até o fim da guerra.
Após o seu retorno ao Brasil, ela foi reconhecida pela sua dedicação com os feridos, sendo aclamada
pela população, a qual recebe o título de “mãe dos brasileiros” e posteriormente a sua morte foi
homenageada pelo professor Carlos Chagas com a nomeação da “Escola de Enfermagem Anna
Nery, primeiro curso de graduação em enfermagem do Brasil, no Rio de Janeiro. Em 20 de maio de
1880, Anna Nery faleceu no Rio de Janeiro vítima de pneumonia, mês no qual é comemorada a
semana da enfermagem em sua homenagem. Conclusão: este estudo possibilitou descrever a
trajetória da enfermeira Anna Nery, associada aos marcos históricos da profissão de enfermagem.
Ficou evidente a importância da enfermeira Anna Nery para a enfermagem nacional, sendo
reconhecida com várias homenagens como referência da enfermagem.
Palavras-chave: Anna Nery. Enfermagem. História
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CUIDADOS PALIATIVOS: O PAPEL DA ENFERMAGEM NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
ROCHA, Ana Julia Torres Bonfim¹; FREITAS, Ana Luiza Ferreira¹; RAMOS, Dayara de Souza¹;
AZEVEDO, Ester Fonseca¹; BRITO, Cardoso Lucilaura²; DIAS, Orlene Veloso³
1 Acadêmica de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
² Acadêmica de Enfermagem, Centro Universitário FIPMoc, Minas Gerais, Brasil.
³ Doutora em Ciências, Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade
Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: descrever sobre a importância do papel dos profissionais de enfermagem durante a
assistência aos pacientes em Cuidados Paliativos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa de literatura, parte do projeto de extensão
intitulado Liga Acadêmica de Enfermagem em Oncologia e Cuidados Paliativos (VITAL), aprovado
pela Resolução Cepex/Unimontes n.° 315, de 08 de dezembro de 2021. Utilizou-se a base de dados
da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a partir dos descritores “Cuidados Paliativos”, “Cuidados de
Enfermagem”, Sistema Único de Saúde e o booleano AND”. Obtiveram-se 5 artigos como
resultado, sendo, ao final, selecionados 4 relacionados à temática proposta. Os critérios de inclusão
aplicados foram: textos completos; disponíveis em português; publicados nos últimos 5 anos.
Resultados: os cuidados paliativos propiciam uma maior qualidade de vida diante de diagnósticos
de doenças incuráveis visando o alívio dos sintomas e sofrimento. A assistência de enfermagem está
presente desde o início do tratamento até a alta por meio do cuidado na dimensão sica, psicológica
e emocional. É importante salientar que esse cuidado perpassa a execução de prescrições de
Enfermagem e aplicação de técnicas, o profissional deve ter um olhar holístico por estar diante de
pacientes em momentos de extrema fragilidade e ter uma conduta humanizada com ele e os
familiares. Ademais, a partir do cenário atual analisado, percebe-se a necessidade de avanços na
criação e implementação de políticas governamentais no Brasil acerca dos cuidados paliativos, visto
que hodiernamente ainda são escassos os recursos no sistema único de saúde. Além disso, os
profissionais de Enfermagem na assistência aos pacientes em Cuidados Paliativos visam uma maior
atenção e cuidado, oferecendo conforto e amenizando o sofrimento a partir de uma atenção mais
humanizada e integralizada através de um tratamento holístico o que colabora para melhorar e
aprimorar a qualidade de vida desses pacientes. Conclusão: portanto, evidencia-se que para que o
cuidado possa ser exercido de forma ampla, faz-se necessária a criação e implementação de
políticas blicas sobre os cuidados paliativos, para aumentar a abrangência da atenção aos
usuários do sistema de saúde. Como também, é importante salientar a necessidade de capacitação
na assistência de enfermagem, como, por exemplo, integrar o assunto sobre os cuidados paliativos
nas grades curriculares dos estudantes de enfermagem, pois havendo maior domínio e
conhecimento do conteúdo, melhora-se a capacidade de identificar as necessidades e
individualidades de cada paciente e a partir disso, estabelecer um plano de cuidados e as
intervenções que propiciarão melhor qualidade de vida ao paciente.
Palavras-chaves: Cuidados Paliativos. Cuidados de Enfermagem. Sistema Único de Saúde.
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A CONSULTA DE ENFERMAGEM COMO FERRAMENTA NA ASSISTÊNCIA DO PORTADOR DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
DIAS, Rhaissa Souza1; SA, Ellen Caroline Gonçalves de1; CORRÊA, Santos Rafaella1; DIAS, Carlos
Daniel Gonçalves1; MENDONÇA, Ian Paulo 2; MARTINS, Aurelina Gomes³
1Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Acadêmico de Medicina, UniFipMocAFYA, Minas Gerais, Brasil.
³Enfermeiro, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes
Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: relatar a experiência de acadêmicas na aplicação da assistência de enfermagem durante
consulta com paciente portador de hipertensão arterial. Metodologia: estudo descritivo do tipo
relato de experiência desenvolvido por acadêmicas de enfermagem durante estágio curricular em
uma Estratégia de Saúde da Família de Montes Claros-MG. Foram realizadas consultas de
enfermagem com portadores de Hipertensão Arterial (HA) no mês de março de 2023 sendo as
mesmas divididas em etapas: busca ativa dos portadores de HA, juntamente com agente
comunitária de saúde; realização das consultas de enfermagem, observando-se anamnese e exame
físico. Escolha de um paciente-alvo. Aplicação do Processo de Enfermagem em visita domiciliar
devido dificuldade de deambulação, por motivo de dores musculares acarretadas por contágio de
Arbovirose. Resultados: diagnostica com Hipertensão Arterial 20 anos, fazendo uso de Maleato
de Enalapril e Selozok, uma vez ao dia. Bons hábitos alimentares, dieta rica em legumes e verduras
e baixo teor de sódio. Baixa ingesta hídrica, menor que um litro por dia. Não possuia exames
laboratoriais recentes impedindo a realização da estratificação do risco cardiovascular. Na primeira
consulta a mesma não conseguia se levantar, sentar ou movimentar-se sozinha. Ao exame físico
apresentava membros inferiores hiperemiados e descamativos, causados por Chikungunya. Nas
duas primeiras consultas a pressão arterial (PA) encontrava-se elevada, PA= 180 x 100 mmHg. A
terceira consulta foi realizada em visita domiciliar pela médica da unidade a qual solicitou novos
exames e prescreveu medicamentos para as dores nas articulações. Na quarta consulta, a paciente
relatou melhora da sensibilidade dolorosa, sendo observado que a mesma movimentava-se no leito
sem dificuldade e deambulava com apoio. Realizada nova aferição da pressão arterial encontrando-
se PA= 160 x 90 mmHg. Relatou acompanhamento da PA via aparelho de pressão aneroide.
Realizada educação em saúde sobre cuidados durante a deambulação, aumento da ingesta hídrica,
uso correto do aparelho aneroide com registro dos valores pressóricos em ficha para
monitoramento. Conclusão: a enfermagem desempenha um papel importante no manejo do
paciente portador de Hipertensão Arterial intervendo em fatores considerados de risco e mantendo
adesão ao tratamento proposto. Ao realizar a consulta observou-se que vários fatores podem
influenciar nos veis pressóricos apresentados e, consequentemente, no bem-estar do paciente. O
Processo de Enfermagem (PE) mostrou-se como uma importante ferramenta a ser utilizada na
promoção, tratamento e reabilitação em saúde devendo o mesmo ser utilizado no
acompanhamento de pacientes diagnosticados com Hipertensão Arterial. Com isso, a construção
deste estudo possibilitou os estudantes perceberem a importância do PE como parte do cuidado
em saúde dos hipertensos, proporcionando a mudança de hábitos e estimulação dos cuidados em
saúde.
Palavras-chave: Processo de Enfermagem. Hipertensão Arterial. Intervenção em Saúde.
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ASPECTOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS DAS CRIANÇAS COM LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA NA REGIÃO NORTE-MINEIRA
JESUS, Michele Caroline Maurício¹; PRADO, Patrícia Fernandes²; SOUZA, Ana Augusta Maciel 3;
FIGUEIREDO, Mirela Lopes4
1Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeiro, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
3Enfermeiro, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
4Enfermeiro, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: descrever os aspectos clínico-epidemiológicos das crianças internadas com Leishmaniose
Tegumentar Americana (LTA) em um hospital no Norte de Minas Gerais. todos: estudo de
caráter exploratório, descritivo e transversal, de abordagem quantitativa, que avaliou os casos de
LTA em crianças de 0 a 12 anos internadas em um hospital universitário de Minas Gerais, no período
de janeiro de 2016 a dezembro de 2021. As varveis pesquisadas foram: faixa etária, sexo, tipo de
entrada, procedência, forma clínica, critério confirmativo e evolução do caso. Para análise
estatística, utilizou o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS)® versão 24.0 for
Windows®. O estudo foi aprovado pelo Comi de Ética em Pesquisa. Resultados: foram analisados
os dados de 39 pacientes pediátricos, sendo as maiores frequências de casos observadas em 2020
(n=12), 2021 (n=10) e 2019 (n=6). No que diz respeito à faixa etária, a maioria (41%) dos casos foram
identificados em crianças de 1 a 4 anos de idade, seguida da faixa etária de 9 a 12 anos (30,8%). A
amostra apresentou predomínio do sexo feminino (53,8%). No que concerne à zona de moradia, a
maioria (56,4%) dos pacientes era de área rural. Quanto à provável fonte de infecção, 41,0% dos
casos foram autóctones de Montes Claros e 59,0% ocorreram em outros municípios do Norte de
Minas. Do total de casos investigados, 6 (15,3%) apresentaram recidiva da doença no período
analisado, sendo que 5 crianças tiveram o primeiro tratamento no hospital estudado e um paciente
em outra instituição. Em relação ao método de diagnóstico, 36 (92,3%) tiveram o parasito
identificado em esfregaços obtidos por meio de biópsia de lesão de pele, 2 (5,1%) o diagnóstico foi
por meio da Intradermorreação de Montenegro e 1 (2,5%) não apresentava esta informação em
prontuário. As formas clínicas da doença foram predominantemente cutâneas, sendo que 30,8%
das lesões situavam-se em face, 28,2% nos membros superiores e 23,1% nos membros inferiores,
com uma área média de 2,97 cm². A média de dias de internação foi de 18,4 dias. No que tange à
evolução clínica, 35 (92,3%) das crianças obtiveram alta, um caso foi eleito a transferência externa
e dois pacientes foram encaminhados para continuidade de tratamento ambulatorial. Não houve
registro de óbitos nos casos analisados. Conclusão: a investigação realizada permitiu traçar o perfil
clínico-epidemiológico das crianças internadas com LTA no Norte do estado, disponibilizando
informações epidemiológicas adequadas, uma vez que a literatura científica é escassa no que se
refere ao acometimento dessa enfermidade na população pediátrica.
Palavras-Chave: Leishmaniose Tegumentar. Saúde da Criança. Epidemiologia. Perfil de Saúde.
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros, parecer consubstanciado
5.257.196.
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VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA PRÁTICA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA
PEDIATRIA
LOPES, Ana Cecília Melo1; SOUZA, Sarah Gonçalves²; SOUZA, Ana Augusta Maciel; PRADO, Patrícia
Fernandes³; SOUTO, Simone Guimarães Teixeira³; FIGUEIREDO, Mirela Lopes⁴
¹Enfermeira, graduada pela Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
²Acadêmica de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
³Enfermeira, Mestre em Ciências da Saúde, Docente do Departamento de Enfermagem,
Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
⁴Enfermeira, Doutora em Ciências da Saúde, Docente do Departamento de Enfermagem.
Objetivo: identificar as experiências vivenciadas por acadêmicos de enfermagem sobre a prática da
contação de histórias como ferramenta de humanização em pediatria. Metodologia: trata-se de um
estudo qualitativo, descritivo e de caráter exploratório, seguindo como referencial teórico-
metodológico uma abordagem fenomenológica. A pesquisa foi realizada com onze acadêmicos do
curso de graduação de Enfermagem de uma universidade blica do Norte de Minas Gerais,
colaboradores do projeto de extensão Pró-Brincar: programa de atenção integral à criança
hospitalizada”. O projeto conta com docentes e discentes voluntários, e tem como proposta
desenvolver atividades dicas com crianças internadas e seus acompanhantes, visando promover
a humanização no ambiente hospitalar. A coleta de dados foi realizada no primeiro semestre de
2022, por meio de uma entrevista semiestruturada. Os dados obtidos foram submetidos a uma
análise temática. Resultados: os estudantes revelaram que os principais aspectos que os motivaram
a participar das ações propostas pelo projeto Pró-Brincar, foram a vontade de querer fazer a
diferença no cuidado à criança hospitalizada, o aprimoramento da aprendizagem e a contribuição
para as horas curriculares em projetos de extensão do curso. Os graduandos de enfermagem, assim
que entram no projeto, são capacitados com estratégias de abordagem à criança com foco na
comunicação, com o intuito de reunir técnicas, experiências e despertar a criatividade quanto aos
recursos expressivos que podem ser utilizados durante a prática de humanização. Para os
acadêmicos entrevistados, a prática de contação de histórias na rotina da unidade pediátrica, é uma
ferramenta dica que proporciona um ambiente mais acolhedor e agradável, logo, além de
minimizar os impactos do processo de internação, esta prática traz conforto e alívio para a
comunidade assistida. Os discentes apontaram que para a realização dessa estratégia terapêutica é
necessário um planejamento adequado, tendo cuidado na organização prévia da atividade, como a
escolha das histórias a serem contadas, adaptações e materiais necessários. Para a execução da
contação de história, os extensionistas relataram utilizar vários recursos como fantoches, desenhos,
encenações, livros e outros recursos que estiverem disponíveis na unidade para a prática proposta.
Os estudantes, através de suas falas, ressaltaram ainda a importância das ações do projeto na
preparação do fazer humanizado em pediatria, permitindo que vivenciem e propaguem práticas
humanizadas no serviço de saúde. Conclusão: a vivência extensionista da prática de contar histórias
em unidade pediátrica propiciou experiências ampliadas aos acadêmicos durante o cuidado
hospitalar, contribuindo intrinsecamente para sua formação, bem como para a possibilidade de
mudanças de paradigmas acerca do processo saúde-doença.
Palavras-chave: Brinquedos e Jogos. Criança Hospitalizada. Enfermagem. Extensão Universitária.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
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Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros parecer 5.105.759.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
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EDUCAÇÃO CONTINUADA: IMPORTÂNCIA DO CALENDÁRIO VACINAL INFANTIL ATUALIZADO
PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
CARVALHO, Jordana Nayara de Souza¹; GUIMARÃES, Luana²; MARINK, Ana Flávia³; CARVALHO,
Angela Patrícia Souza4; FONSECA, José Ronivon5
1Discente Curso de Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros
2Discente Curso de Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros.
3Discente Curso de Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros.
4Discente Curso de Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros.
5Mestre em Cuidado Primária em Saúde Unimontes.
Objetivo: objetivou-se a realização de educação em saúde sobre a importância do controle no
cartão-espelho do calendário vacinal infantil. Metodologia: realizou-se uma educação em saúde
com Agentes Comunitários de Saúde - ACS de uma Unidade Básica de Saúde do Município de
Montes Claros-MG pelas acadêmicas do Oitavo período do curso de Graduação em Enfermagem da
Universidade Estadual de Montes Claros. Se tornou necessário a elaboração de um planejamento
da Educação saúde em um quadro organizacional contendo conteúdo a ser ministrado, tempo para
apresentação, recursos (humanos, financeiro e tecnológicos) a serem empregados e método de
avaliação. No primeiro momento se fez necessário uma pesquisa de referências bibliográficas sobre
a composição do calendário vacinal infantil e taxa de cobertura vacinal no Brasil nos anos de 2020
2023 para demonstração em dados quantitativos da queda de cobertura, em um segundo
momento ocorreu uma conversa com a gerente da unidade para questionamentos acerca do fluxo
de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde e quais pontos deveriam ser frisados durante a
apresentação. Houve o agendamento prévio da educação em saúde com local, data e hora, sendo
escolhido a sala dos agentes como local mais adequado por possuir recursos de multimídia. Utilizou-
se de apresentação expositiva dialogada sobra importância da atualização do cartão vacinal, quais
as vacinas que as crianças devem receber até os dois anos e sua finalidade. Apresentou-se todo
tecnológico de se obter informações pertinentes sobre o tema: SAIV- Vacinas e Calendário Vacinal®,
aplicativo com disponibilidade de download gratuito com interface simples que permite o usuário
ter acesso a todas as vacinas separadas por faixa etária e grupos especiais (gestantes, idosos) bem
como composição, indicação e contraindicação. Resultados: o link para download do aplicativo e
orientações para uso adequado foi disponibilizado, observando-se uma absorção satisfatória do
conteúdo ministrado por meio de questionamentos realizados aos ACS e o empenho na utilização
do aplicativo que possibilitará o acesso à informação de cunho científico, representando um avanço
na prática assistencial do profissional ao qual poderá orientar a população com maior domínio,
manifestou-se o entendimento da importância do controle do cartão vacinal da população da área
de abrangência. Conclusão: conclui-se que a reciclagem do aprendizado referente a vacinação é de
fundamental importância no contexto da Atenção Primária, metodologia válida mesmo para
profissionais que estão atuantes algum tempo e que necessitam ser atualizados visto que protocolos
vacinais são atualizados e dúvidas podem surgir no momento de acolhimento dos cidadãos quem
deve receber uma correta informação, é necesrio elaboração de estratégias para ampliar o acesso
dos ACS a conhecimento de qualidade e transmissão deste para a população.
Palavras-Chaves: Vacinação. Criança. Atenção Primária.
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MATERIAL EDUCATIVO EM SAÚDEBLICA SOBRETODOSO FARMACOLÓGICOS DE
ALÍVIO DA DOR NO PARTO
BRANT, Camila Magalhães1; RAMOS, Dayara de Souza1; AZEVEDO, Ester Fonseca1; RODRIGUES,
Samantha Lemes1; MARQUES, Talles Rodrigues1; SOUSA, Rafael Gomes2; VERSIANI, Clara de
ssia3
1Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2 Enfermeiro, Residente em Enfermagem Obstétrica, Hospital Universitário Clemente de Faria,
Minas Gerais, Brasil.
3 Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes
Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: relatar a experiência acerca da construção de uma cartilha educacional sobre os métodos
não farmacológicos (MNF) para o alívio da dor durante o trabalho de parto (TP). Metodologia: trata-
se de um relato de experiência relativo à produção de material educativo tendo como público-alvo
gestantes e parturientes, no gênero cartilha e formato de história em quadrinhos (HQ),
desenvolvido por acadêmicos de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros, durante
o segundo semestre de 2022. Resultados: a primeira etapa para a elaboração do material baseou-
se em um levantamento bibliográfico, com busca em bases de dados por artigos publicados em
português entre 2012 e 2022, que abordassem a relevância e a forma de uso dos MNF no manejo
da dor, incluindo: aromaterapia, musicoterapia, massagem, bola suíça, hidroterapia e banho. Foram
selecionados 10 artigos que mais se adequaram ao objetivo do projeto, e embasaram a estrutura
textual da história, na segunda fase da construção, em que o texto explica a aplicação e os benefícios
de cada método proposto. Seguiu-se para a confecção da HQ, nomeada “Conhecendo sobre os
métodos não farmacológicos para alívio da dor do parto”, realizada por meio da ferramenta online
Pixton®. O formato escolhido consiste em um meio de abordagem lúdica e didática do tema, que
mescla informações verbais e não verbais para facilitar a compreensão do conteúdo, aliado à
adaptação da linguagem científica para um vocabulário acessível ao público-alvo. Depois, o design
final das páginas foi elaborado na ferramenta Canva®, com a escolha de ilustrações, elementos
gráficos e cores visando captar a atenção do público ao material educativo e promover maior
interação com o leitor. O produto obtido conta com 13 páginas e, além da HQ, ainda conta com
imagens para ilustrar as técnicas que podem ser aplicadas e as posições que podem ser adotadas
durante o parto. Conclusão: a presença de sentimentos de ansiedade, medo e dor podem dificultar
a evolução do TP, sobretudo quando dor intensa, persistente e associada ao estresse, o que pode
fomentar efeitos negativos ao binômio materno-fetal. Os MNF de alívio da dor são uma alternativa
na promoção do conforto às parturientes, que favorecem o TP fisiológico, reduzem as intervenções
e o uso de analgesia e anestesia, minimizam a ocorrência de traumas à mãe e ao feto e colaboram
para melhoria da assistência ao parto. Assim, destaca-se a importância da promoção do
conhecimento sobre os MNF para o alívio da dor no TP, como uma medida de saúde pública, visando
seus benefícios à sociedade. Percebeu-se a relevância da temática em proporcionar melhor
progressão do TP, com benefícios à mãe e ao feto. No entanto, salienta-se a demanda por ampliação
da literatura sobre as técnicas e sua aplicação, assim como por ações de educação em saúde que
fomentem o conhecimento das gestantes e parturientes sobre os MNF, considerando sua
contribuição à saúde pública e à humanização da assistência nos serviços de saúde.
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Palavras-chave: Educação em Saúde. Trabalho de Parto. Dor do Parto. Manejo da dor. Saúde
Pública.
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O TRABALHO DA ENFERMAGEM NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA POR COVID- 19 NO
BRASIL
ALVES, Saulo Aquino¹; AQUINO, Denise Costa Silva²; BARROS, Leonardo Pereira ³; LOPES, João
Paulo Dias⁴; RIBEIRO, Mara Daisy Alves ⁵; MAIA, Thays Rodrigues ⁶; COSTA, Simone de Melo
¹Enfermeiro intervencionista no SAMU Macro Norte e Enfermeiro do cleo de Educação
Permanente do HUCF.
²Psicóloga, Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional.
³Enfermeiro. Mestrando do Programa de s-graduação em Cuidado Primário em SaúdePPGCPS
da UNIMONTES
Enfermeiro. Especialização em Enfermagem em Emergência.
Enfermeira. Especialização em Saúde da Família na modalidade residência multiprofissional.
Enfermeira. s-graduação em gestão hospitalar- Fundação Hospitalar Doutor Moises Magalhães
Freire.
Cirurgiã-dentista. Doutora em Odontologia - Saúde Coletiva. Professora do Programa de s-
Graduação em Cuidado Primário em Saúde - PPGCPS da UNIMONTES.
Objetivo: revisar a literatura sobre o trabalho dos profissionais da enfermagem no enfrentamento
da pandemia por COVID-19 no Brasil. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa de
literatura, com métodos mistos, que permite a seleção, avaliação e síntese de conhecimentos de
estudos com diferentes delineamentos. A formulação da questão de pesquisa foi inspirada na
estratégia PICo (População, Interesse, Contexto), definindo como População Enfermagem;
Interesse percepção profissional; Contexto pandemia por COVID-19. A busca na literatura foi
realizada pelo pesquisador, no período de abril de 2022, através do portal U.S. National Library of
Medicine (PubMed); Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); no buscador acadêmico
Science Direct; no banco de dados da SciELO. O acesso às fontes de pesquisas ocorreu por acesso
remoto via Comunidade Acadêmica Federada (CAFe), por meio do portal de periódicos da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Para estratégia de busca,
utilizaram-se descritores controlados concatenados com o operador booleano AND, dispostos no
Medical Subject Headings (MeSH) e no Descritores das Ciências da Saúde (DeCS), sem determinar
um campo específico de busca, optando por all fields. Resultados: a estratégia de busca aplicada
possibilitou a captura de 22 artigos, dos quais quatro compuseram a amostra final por atenderem
aos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. Sendo notório que a COVID-19 conduziu ao
mundo uma nova realidade, em que todos foram obrigados a se adequarem e criarem estratégias
de controle de danos, principalmente o sistema de saúde, que sofreu inúmeras alterações,
superlotações e escassez de materiais. Os profissionais de saúde se depararam com um desafio
complexo de enfrentar um rus que circulou o mundo, tendo que cumprir jornadas exaustivas de
trabalho, com desgastes fisiológicos e emocionais. O trabalho dos enfermeiros tem como
característica as diversas obrigações, gerenciamentos e situações e fatos que os fazem lidar com a
dor, sofrimentos, mortes e perdas. Em adição, encontram-se as circunstâncias inadequadas de
trabalho e a baixa remuneração dos profissionais da enfermagem. Além do medo de morrer, a
pandemia resultou em mudanças nos vários eixos, incluindo a rotina familiar, rotinas de trabalho,
isolamento e fechamento de estabelecimentos, como empresas e escolas. Conclusão: ressaltou-se
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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a importância da enfermagem na prestação de cuidados na linha de frente da COVID-19,
identificando a existência de diversos fatores que ocasionam os desgastes na atuação do
profissional, relacionados ao pouco reconhecimento, aos déficits de material e pessoal nos serviços
de atenção, aos aspectos psicossociais e interpessoais. Nessa perspectiva, se a necessidade de
valorizar o trabalho da enfermagem em todos os seus atributos, fortalecendo os processos de
trabalho.
Palavras-chave: Enfermagem. COVID-19. Pandemia. Percepção.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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ENFERMAGEM E SUAS DIMENSÕES SOB A VISÃO DE WANDA DE AGUIAR HORTA
SILVA, Camilla Ferreira1; NASCIMENTO, Maria Izabela Marques do1; SILVA, Maria Cecília Marques
da1; NETO, Maria Eduarda Pereira¹; LINO, Jennifer Oliveira Pinto1, DIAS, Orlene
Veloso2
¹Acadêmicos de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
²Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: refletir sobre as dimensões acerca da visão da Enfermeira Wanda de Aguiar Horta com
destaque em sua importância para o desenvolvimento do ensino da enfermagem. Metodologia:
trata-se de uma revisão da literatura do tipo descritivo que teve por objetivo conhecer a história de
vida da Enfermeira Wanda de Aguiar Horta, na qual executou-se uma busca de artigos por meio de
uma pesquisa eletrônica nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific
Electronic Library (Scielo) e Banco de dados da Enfermagem (BDENF), com intuito de incorporar
conhecimentos sobre o tema estudado. A observação dos artigos utilizados foi realizada em abril de
2023 e foram estabelecidos como critérios de inclusão: texto completo, idioma português e sem
restrição de data. Foram utilizados 8 artigos voltados para a temática estudada. Resultados: a
Enfermeira Wanda de Aguiar Horta foi graduada pela Escola de Enfermagem da USP, Licenciada em
História Natural pela UFPR, Pós-graduada em Pedagogia e Didática Aplicada à Enfermagem pela
USP, Doutora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Ana Néri da UFRJ, com a tese intitulada
“A observação sistematizada na identificação dos problemas de enfermagem em seus aspectos
físicos”. Sua notável trajetória contribuiu para a história da enfermagem de maneira ímpar,
sobretudo com a criação dos Instrumentos Básicos da enfermagem, um conjunto de conhecimentos
e habilidades fundamentais para a solidificação das atividades profissionais da área. Wanda
identificou o método a partir de oito conceitos base: comunicação, planejamento, avaliação,
método científico, observação, trabalho em equipe, destreza manual e criatividade. Os
instrumentos são de imensa importância para o trabalho do profissional da enfermagem, dado que
por meio deles é possível sintetizar as ações e tomadas de decisão dos trabalhadores. Conclusão:
compreende-se que a história de Wanda Horta influência no ensino da enfermagem no Brasil.
Entende-se portanto, que a teoria e a prática devem andar juntas para alcançar as mudanças
necessárias para evolução da profissão, e faz-se necessário o saber e a consciência do enfermeiro,
em conjunto com a sua responsabilidade, para o fornecimento de um atendimento de qualidade.
Todavia, evidencia-se que existem impasses para a prática dos Instrumentos Básicos de
Enfermagem, uma vez que, apesar de sua indistinta relevância, sua aplicação tem sido
descontinuada. Espera-se que o estudo traga implicações positivas para a área, favorecendo as
tomadas de decisão para o desenvolvimento de um cuidado com vista ao desenvolvimento das
necessidades do paciente, visto que a metodologia desenvolvida por Wanda Horta impacta de
maneira assertiva o ensino da enfermagem.
Palavras-chave: Enfermagem. Visão. Wanda Horta.
INFECÇÃO URIRIA NO PRÉ-NATAL E O PAPEL DA ENFERMAGEM NA SAÚDEBLICA
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FREITAS, Ana Luiza Ferreira¹; AZEVEDO, Ester Fonseca¹; BRANT, Camila Magalhães¹;
DIONÍZIO, Andra Aparecida da Silva2; PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes²
1 Acadêmicas de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
² Enfermeira, Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes
Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: identificar o papel do enfermeiro na assistência às infecções do trato urinário em
gestantes assistidas na atenção primária à saúde. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa
de literatura, realizada na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores
Infecção urinária”, “Cuidado pré-natal”, “Enfermagem”, Gestantes e Saúde pública” e o
booleanoAND”. Foram utilizados como critérios de inclusão para o levantamento das publicações:
textos completos, artigos publicados em português e inglês, sem definir um limite para data de
publicação. Os critérios de exclusão baseavam-se em publicações repetidas e artigos que não
responderam à questão norteadora ao ler os resumos. Localizaram-se 14 artigos, sendo
selecionadas 4 produções ao final que mais se adequaram à temática proposta, considerando a
leitura dos textos. Resultados: as ações da enfermagem são parte essencial do atendimento ao pré-
natal, pois o enfermeiro, como parte da equipe multidisciplinar na atenção primária à saúde, utiliza
a anamnese crítica, diagnósticos de enfermagem e avaliação do risco gestacional, além de
diagnóstico precoce, intervenções e tratamento mais adequado às infecções do trato urinário. Entre
os principais diagnósticos obtidos na assistência às gestantes, evidenciam-se: risco de infecção do
trato urinário, eliminação urinária prejudicada, dor aguda (pelve e lombar) e volume de quido
excessivo. Ademais, o enfermeiro atua na orientação às pacientes e realização de ações de educação
em saúde em grupo para as gestantes, de modo a aprimorar a assistência de enfermagem no pré-
natal, reduzir possíveis complicações ao binômio materno-fetal e atenuar a incidência desse tipo de
infecção. Informações a serem fornecidas para prevenção da infecção urinária incluem: orientar as
gestantes a manter uma boa ingesta hídrica (em média de 2 litros por dia), instruir as pacientes a
evitar reter a urina, informar sobre a importância de manter a higiene pessoal após a micção,
evacuação e antes e após as relações sexuais, cuidados de higiene durante o banho, a investigação
da dor lombar, assim como evitar o uso de desodorantes vaginais. Dessa forma, os autores abordam
que os profissionais de enfermagem capacitados conseguirão fornecer uma assistência mais
holística e intervenções mais assertivas às pacientes, de forma humanizada e individualizada de
acordo com as suas necessidades. Conclusão: o papel do enfermeiro na assistência às infecções do
trato urinário em gestantes é de grande importância, sendo necessário que o profissional apresente
resolutividade, detenha de julgamento crítico e raciocínio clínico na identificação precoce, manejo
correto e aplicação das condutas baseando-se em evidências científicas, de modo a evitar possíveis
complicações gestacionais.
Palavras-chave: Infecção Urinária. Cuidado Pré-natal. Gestantes. Saúde Pública.
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RECÉM-NASCIDOS SEGUNDO APGAR DE QUINTO MINUTO E MORTALIDADE NEONATAL EM UMA
MACRORREGIÃO DE MINAS GERAIS
OLIVEIRA, Sthefany Soares1; TAVARES, Bruna Lorena Souza 1; MACHADO, Nathallya Lopes
Machado 1; BORGES, Aniele Alves1; OLIVEIRA, Lorena Ferreira1; QUEIROZ, Suzy Emanuelle
Lourenço1; PEREIRA, Luciana Barbosa 2
1Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: identificar recém-nascidos que não apresentaram uma boa vitalidade no quinto minuto
de vida e verificar fatores relacionados à mortalidade neonatal. Metodologia: trata-se de um estudo
observacional, transversal, de base populacional. Os dados foram coletados de fonte secundária, em
bases oficiais do Ministério da Saúde (MS) disponibilizados no DATASUS por meio do TabNet-
Estatísticas Vitais, e utilizou-se os programas Microsoft Excel e o SPSS (Statistical Package for Social
Science) versão 28.0 para análises estatísticas. A população alvo foi a integrante da macrorregião
norte de Minas Gerais, o período escolhido para análise foi de 2016 a 2020 e os dados foram
coletados pelos pesquisadores no mês de julho de 2022. Por se tratar de um estudo com dados
epidemiológicos que inviabiliza a identificação de indivíduos, esta pesquisa o necessitou da
avalião do Comitê de Ética em Pesquisa, conforme resolução 466/2012. Resultados: o estudo
possibilitou a análise de fatores que podem influenciar no Apgar menor ou igual a sete, no quinto
minuto de vida, a exemplo do mero de consultas de pré-natal menor do que seis. Destaca-se, que
a consulta pré-natal, configura-se como prática crucial na promoção da educação em saúde e, por
conseguinte, fundamental que os profissionais realizem o aconselhamento adequado e
individualizado, considerando as singularidades de cada mulher e família, e sejam analisadas as
vinculações familiares da mulher. Outra característica que possui influencia na manutenção do
recém-nascido deprimido é a idade gestacional, pois a prematuridade pode ser relacionada a
manutenção do recém-nascido deprimido ao nascer. Somado a isso, observou-se o perfil de
mortalidade neonatal precoce e tardio na macrorregião Norte. Nesse aspecto, os indicadores de
mortalidade infantil são importantes pametros biossociais e de assistência à saúde de uma
localidade, tendo em vista que a mortalidade neonatal precoce tem se mantido com índices mais
elevados do que o esperado, o que demonstra a importância da assistência sica e hospitalar
adequada em todos os veis de complexidade. Conclusão: a realização de uma assistência perinatal
de qualidade, cientificamente embasada é fator determinante para boa vitalidade do recém-
nascido, pois o atendimento efetivo durante o período gestacional proporciona a descoberta e a
intervenção a fatores de riscos presentes. Dessa forma, consultas de pré-natal ineficientes e idade
gestacional reduzida possuem influência negativa no escore de Apgar, assim, a assistência adequada
pelo enfermeiro é fundamental para a avalião e prevenção de adversidades materno-infantis.
Palavras-chave: Índice de Apgar. Nascido Vivo. Recém-nascido. Óbito Neonato.
Aprovação Comitê de Ética: Por se tratar de um estudo com dados epidemiológicos, com obtenção
de forma agrupada, que inviabiliza a identificação de indivíduos, e atrelado ao sistema de saúde,
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esta pesquisa o necessitou da avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa, conforme resolução
466/2012.
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IMPORTÂNCIA DO REGISTRO DE DADOS NA ATENÇÃO PRIRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
CALDEIRA, Ana Flávia Marink1; RAMOS, Anna Flávia dos Santos1; FONSECA, Kristian Junielly
Pereira2; DA SILVA, Priscila Aquino2; SOARES, Jéssica Rejane Durães3; DIONIZIO, Andra Aparecida
da Silva4
1 Acadêmica de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2 Acadêmica de Odontologia, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3 Especialista em Saúde da Família e mestranda em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
4 Mestre em Ciências. Docente da Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: o estudo busca descrever a experiência de acadêmicas de enfermagem e odontologia
integrantes da assistência no Programa Educação pelo Trabalho em Saúde (PET - Saúde) durante
intervenção sobre a importância e os desafios enfrentados pela equipe de saúde no registro de
dados. Metodologia: trata-se de um relato de experiência de uma intervenção que aconteceu na
Unidade Básica de Saúde - UBS José Corrêa Machado em dezembro de 2022. Planejou-se esta ação
em decorrência do diagnóstico situacional realizado previamente na unidade. Tal atividade foi
realizada sob a coordenação da preceptora do PET. O tema central da interveão era a importância
do registro de dados da Atenção Primária a Saúde - APS. Foi realizada uma roda de conversa com
profissionais da UBS para o levantamento das dificuldades no registro de dados. Abordou-se a
importância de registrar as informações no sistema em vigência, as dificuldades para fazer o registro
e o que poderia ser feito para superar esses desafios. A roda de conversa contou com 14
participantes, dentre eles profissionais da odontologia, enfermagem, medicina e agentes
comunitários de saúde. Resultados: dentre as dificuldades relatadas pelos profissionais
destacaram-se: inconstância no sistema de registro de dados e suas atualizações por vezes não
comunicadas pelo suporte técnico, instabilidade da internet da unidade, necessidade de melhorias
por parte do suporte do sistema e concomitância de registros digitais e manuais na sala de vacina e
de procedimentos em razão do receio do sistema não registrar adequadamente. Posteriormente,
foi abordada a pertinência da qualidade dos registros por todos os profissionais, sobre o respaldo
jurídico que estes asseguram, assim como a questão do repasse financeiro, uma vez que os
indicadores em saúde são um dos critérios para tal. Por fim, as acadêmicas se reuniram com a
preceptora para definir quais problemas o passíveis de intervenção, sendo sugerido até o
momento, check list simplificado dos procedimentos para reduzir o tempo gasto com os registros
manuais, sugerir ao suporte do sistema utilizado capacitações coletivas periódicas principalmente
após atualizações e verificar o motivo da instabilidade da internet. Conclusão: o registro de dados
na APS é de suma relevância, pois impacta diretamente na assistência prestada aos cidadãos, bem
como na gestão da unidade. A ação permitiu às autoras conhecer um pouco a realidade dos
profissionais no seu cotidiano e compreender os fatores que interferem diretamente no registro de
dados, buscando pensar em futuras intervenções para solução das dificuldades conforme o
contexto do território.
Palavras-Chave: Atenção Primária à Saúde. Gestão da Informação em Saúde. Registros Eletrônicos
de Saúde.
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ELABORAÇÃO DE UMA HISTÓRIA INFANTIL ABORDANDO A TEMÁTICA DE VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
RODRIGUES, Aislin Julia Mota¹; OLIVEIRA, Débora Virginia1; OLIVEIRA, Ana Karolina Correa1; SILVA,
Yan Lucas Martins1; QUEIROZ, Suzy Emanuelle Lourenço1; LEITE, Tania Rachel de Oliveira
Medeiros1; FIGUEIREDO, Mirela Lopes2
1Acadêmico do curso de graduação em Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeira, docente do departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: relatar a experiência de elaboração de uma história infantil, construída com uma narrativa
de abordagem dica, quanto à ocorrência de violência dentro âmbito familiar. Metodologia: trata-
se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência frente à criação de um conto infantil
ilustrativo desenvolvido pelos acadêmicos de Graduação em Enfermagem, sendo que o processo de
confecção do material foi dividido em três etapas. Na primeira, o grupo de estudantes, juntamente
com a docente orientadora, definiu a violência dostica como temática individualizada de
estudo, o que deu início ao segundo momento, que consistiu na busca bibliográfica em vista da
obtenção de base informacional a respeito do tema citado e das técnicas de escrita preconizadas
pela literatura infantil. E, por fim, na terceira etapa, foi iniciado o processo de escrita que, ao ser
revisado e aprovado pela orientadora, deu origem à execução do projeto visual da narrativa, através
da plataforma gratuita denominada Canva®. Resultados: foi desenvolvido um conto infantil
intitulado como “A Árvore Encantada”, sendo composto por 22 páginas, incluindo a capa e o
colofão. Ademais, por meio do discurso informal, com narrador onisciente e desenhos ilustrativos,
o produto literário possui como público-alvo as crianças em fase escolar e aborda como os atos
violentos podem ocorrer no meio familiar, explicitando o modo como estas ações afetam a
interação e o vínculo afetivo entre os membros. Assim, a história apresenta literalmente o contexto
de vida do sujeito principal chamadoBimbo”, um filhote de lontra com os sentimentos conectados
a uma árvore encantada, que se decompõe na medida em que são praticados atos violentos por
parte do personagem pai lontracom os outros membros da família representada. Conclusão: a
elaboração desse produto infantil possibilitou aos acadêmicos a oportunidade de utilizarem a
criatividade e bases teóricas para abordarem tanto a vivência de crianças com parentes agressivos,
quanto os sinais clínicos corporais e psicológicos consequentes dos maus-tratos sicos ou verbais.
Assim, o conteúdo criado pode ser aplicado como um produto educativo, sendo lido e dissipado
para crianças, em diversos locais, como nas estratégias de saúde da família (ESFs), hospitais, clínicas
de reabilitação e ações de saúde pública nas escolas, promovendo a conscientização dos leitores
acerca do contexto prejudicial e efeitos maléficos deste tipo de violência sob o crescimento e
desenvolvimento infantil. Além disso, essa produção é uma ferramenta que viabiliza a expressão
afetiva e verbal das crianças que sofrem com essas experiências de violência doméstica, de maneira
que, ao se identificarem com o Bimbo”, estes podem conseguir assimilar às suas próprias
realidades, buscando alternativas de ajuda e apoio profissional, assim como é demonstrado no final
da história narrada.
Palavras-chave: Ciência na Literatura. Enfermagem Pediátrica. Maus-tratos Infantis. Saúde Pública.
Violência Doméstica.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
CARDOSO, Maria Fernanda Goes1; OLIVEIRA, Raissa Yasmin Rodrigues1; DA SILVA, Sara Oliveira1;
NOBRE, Maria Gabriela Braga1; CARDOSO, Thiago Sales1; FRÓES, Aline Pereira2; RUAS, Edna de
Freitas Gomes2
1Acadêmico (a) de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: relatar a experiência de uma educação em saúde realizada sobre alimentação saudável e
equilibrada, associada à prática de exercícios físicos para o controle da obesidade e das doenças
cardiovasculares. Metodologia: estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado em uma
ação durante as atividades práticas em atenção primária, por acadêmicos do Curso de Graduação
em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais. A ação foi efetuada em
conjunto com os profissionais de uma Unidade de Saúde, como quesito parcial da disciplina
Produção do Conhecimento aplicado à Enfermagem, ancorado pelo projeto de pesquisa intitulado
“Promoção à Saúde na Atenção Primária”. A ação aconteceu no dia 09 de novembro de 2022, com
a presença de 17 participantes. A Educação em saúde foi realizada em três etapas. Na primeira,
houve a definição do tema a ser trabalhado entre os acadêmicos e preceptor, e, optou-se pelo tema
obesidade após relato da equipe sobre o aumento de casos verificados na Estratégia Saúde da
Família em questão. Na segunda etapa, fez-se uma busca na literatura por informações atuais e
pertinentes ao tema escolhido, bem como, a definição do local da ação, data prevista, público alvo
e tipo de ferramenta educativa, a qual definiu-se por uma conversa interativa com entrega de um
folder e explicação sobre o tema. O público alvo escolhido, foram os pacientes que estavam
presentes aguardando atendimento na recepção, juntamente com os colaboradores da unidade de
saúde. Na última etapa, aconteceu a Educação em Saúde. Realizou-se a explicação do tema junto
aos participantes, feito a aferição dos dados antropométricos, tais como, o cálculo da relação
cintura-quadril e o índice de massa corporal. O atendimento foi finalizado com orientações sobre
alimentação saudável, incentivo à prática de exercício físico e entrega do folder. Resultados:
participaram da ação 17 indivíduos com idade entre 23 a 81 anos e verificou-se que, 57% dos
participantes adultos estavam acima do peso e 50% dos idosos estavam com sobrepeso. No que se
refere às medidas da relação cintura-quadril, prevaleceram os indivíduos que estavam com essa
medida elevada (76%), entre eles, todos os idosos. Considerações finais: o conhecimento acerca da
importância de uma alimentação saudável e da prática de exercício físico é de grande relevância
para a saúde da população, visto que, manter o peso corporal adequado, previne o
desenvolvimento de doenças crônicas e metabólicas, além de outros benefícios. A ação educativa
realizada foi significativa, uma vez que os participantes demonstraram interesse e obtiveram
informações a respeito dos benefícios de uma alimentação balanceada e da prática de exercícios
físicos para prevenção e promoção à saúde.
Palavras-chave: Educação em Saúde. Alimentação Saudável. Exercíciosico.
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros parecer nº. 3.979.477
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
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USO DE PRESERVATIVO ENTRE MULHERES USUÁRIAS DE UM CENTRO DE TESTAGEM E
ACONSELHAMENTO
HOLZMANN, Ana Paula Ferreira1 ; DIAS, Cristiano Leonardo 1 ; VERSIANI, Clara de Cássia1 ;
OLIVEIRA, Emilly Laísse Cordeiro2; PEREIRA, Juliana Silva2; SILVA, Maria Alice Fróes2; RIBEIRO, Talita
Ferreira2
1Enfermeiro(a), docente do departamento de Enfermagem da Unimontes;
4 Estudante do Curso de Graduação de Enfermagem da Unimontes.
Objetivo: investigar a frequência do uso de preservativo e os motivos que interferem na sua adesão,
entre as mulheres usuárias do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), da cidade de Montes
Claros, MG. Metodologia: estudo descritivo, de corte transversal, realizado no CTA de Montes
Claros. A População de estudo foi constituída pelas mulheres que procuraram o serviço para
realização de testagem para infecção sexualmente transmissível (IST) (HIV, sífilis e hepatites) no
período de 2018 a 2019. A amostra foi selecionada pelo método de amostragem aleatória e
sistemática, considerando-se um erro amostral de 5% e um nível de confiança de 95%. As variáveis
de interesse foram coletadas a partir dos formulários do Sistema de Informação dos CTA (SI-CTA),
preenchidos pelos aconselhadores durante o atendimento individual e arquivados no serviço. Para
aquelas mulheres que realizaram mais de um atendimento no período, foi considerado o formulário
do primeiro atendimento. Os dados coletados foram digitados e organizados em planilhas do
programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 20 onde foram analisados de forma
descritiva. Este estudo faz parte de um estudo maior intitulado “Perfil Epidemiológico, Prevalência
e Incidência das Infecções Sexualmente Transmissíveis entre Usuários do Centro de Testagem e
Aconselhamento de Montes Claros MG”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), sob o parecer de número 2112313.
Resultados: a amostra do estudo foi constituída por 164 mulheres, representada por uma maioria
de solteiras (71,3%), de cor não branca (84,3%), com idade igual ou maior que 25 anos (54,3%),
escolaridade de 8 anos ou mais (77,3%) e que procuraram o serviço como medida de prevenção
(51,8%). Quanto ao número de parceiros sexuais no último ano, a maioria relatou parceiro único.
Sobre o uso do preservativo, observou-se uma baixa adesão por parte das mulheres, tanto com
parceiros fixos (4,2%) quanto nas relações eventuais (20%). O principal motivo alegado pelas
mulheres para a não utilização do preservativo com parceiros fixos foi a confiança (69,9%) e com
parceiros eventuais, a falta do preservativo no momento da relação (41,9%). Conclusão: constatou-
se que as mulheres usuárias do CTA de Montes Claros são vulnéráveis às IST principalmente pela
baixa adesão ao uso de preservativos, inclusive em relações eventuais que são, tradicionalmente,
consideradas de maior risco. A confiança no parceiro, a dificuldade de negociar o uso do
preservativo e de negar o sexo na ausência dele, são fatores relacionados à baixa percepção de
risco e às desigualdades de poder entre os gêneros que, em pleno século XXI, persitem como
barreiras para a tomada de decisão acerca da relação sexual segura e que, portanto, precisam ser
temas incluídos nos debates sobre prevenção nos diversos cenários das áreas da saúde e educação.
Palavras- chave: Preservativo. Mulheres. Vulnerabilidade Sexual. Desigualdade de Gênero.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES CAUSADOS POR ANIMAIS PEÇONHENTOS EM MINAS
GERAIS NO ANO DE 2022
1DIAS, Carlos Daniel Gonçalves; 1SÁ, Ellen Caroline Gonçalves; 1DIAS, Rhaissa Souza; 2SOUTO,
Simone Guimarães Teixeira
1Acadêmicos de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: descrever o perl epidemiológico de acidentes com animais peçonhentos no estado de
Minas Gerais no ano de 2022. Metodologia: trata-se de estudo transversal, descritivo e
retrospectivo a respeito dos acidentes causados por animais peçonhentos notificados no estado de
Minas Gerais (MG) no ano de 2022. Foram utilizados dados secundários, obtidos no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Embora seja um estudo envolvendo características
de seres humanos, a aprovação do comitê de ética não foi necessária, visto que são dados
secundários disponíveis na internet. Para a coleta dos dados, foram utilizadas as variáveis
relacionadas: 1) relacionadas à vítima: sexo, faixa etária ;2) relacionadas ao acidente: tipo de
acidente e evolução do caso. Para análise dos resultados, os dados foram agrupados em planilhas
elaboradas no programa Microsoft Excel e foi determinado o percentual das variáveis. Resultados:
no ano de 2022, foram notificados 48251 casos de acidentes por animais peçonhentos no estado de
Minas Gerais. A respeito das variáveis relacionadas à vítima, a maioria dos acidentes ocorreu com
indivíduos do sexo masculino (56%), com faixa etária de 20 a 39 anos (29%). Em relação ao tipo de
acidente, observou-se maior predominância nos acidentes com escorpiões (71%), seguido por
acidentes com aranha (9%), serpentes (6%), abelhas (6%), lagarta (3%), outros (4%) e não informado
(1%). A maior parte dos acidentes evoluiu para cura (94%), foram a óbito 86 indivíduos
representando um percentual de (0,17%) do total de casos notificados. Conclusão: embora os
acidentes por animais peçonhentos não apresentem altas taxas de letalidade no estado de Minas
Gerais, é importante destacar a alta incidência desse agravo entre janeiro e dezembro de 2022. A
partir dos resultados encontrados, é possível afirmar que no estado de Minas Gerais entre janeiro
de 2022 a dezembro do mesmo ano, a população mais acometida por acidentes causados por
animais peçonhentos foram os adultos jovens (20 a 39 anos) do sexo masculino. Apesar da maioria
dos acidentes por animais peçonhentos no estado terem sido ocasionados por escorpiões, também
houve um grande número de casos relacionados a aranhas, serpentes, e abelhas. Em relação aos
dados obtidos, cabe ressaltar que existem informações subnotificadas. Contudo, os dados
epidemiológicos como esses, disponíveis na internet, o de extrema importância para que os
gestores estaduais e municipais identifiquem o blico mais susceptível a esse tipo de acidente e a
partir disso elabore estratégias de prevenção para a população de risco e adote medidas de
controle.
Palavras-chave: Araneísmo. Escorpionismo. Mordeduras de serpentes. Ofidismo. Picadas de
escorpião.
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PRÁTICAS ASSISTIDAS SOBRE IMUNIZAÇÃO NA ESF SANTOS REIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
RAMOS, Lavínia da Cruz ¹; CASTRO, Samuel Reciêr de Cerqueira1; VIEIRA, Melissa da Silva1; BRAZ,
Patrícia Pereira Alves1; FREITAS, Alexsander1; SOARES, Raquel Guso2; MACIEL, Ana Paula
Ferreira2
1Acadêmico(a) de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Mestre em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: relatar experiências vivenciadas pelos acadêmicos de enfermagem do período da
Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes, na sala de vacinas da ESF Santos Reis.
Metodologia: trata-se de um estudo de natureza descritiva do tipo relato de experiência.
Resultados: a prática foi realizada por três grupos de acadêmicos ao longo de quatro encontros
cada, em períodos diferentes na sala de vacinas da UBS Santos Reis, assistidos pela preceptora e
técnicas de enfermagem responsáveis, a fim de integrar a teoria à prática, e aprender sobre os
imunobiológicos disponíveis, calendário vacinal e as atribuições do enfermeiro na sala de vacinas. A
vacinação é uma importante ferramenta da atenção primária, uma vez que esta permite a
prevenção, controle e erradicação de doenças imunopreviníveis, sendo sua utilização bastante
custo-efetiva. A equipe responsável é composta pelo enfermeiro, que assume o funcionamento da
sala de vacinas, e o técnico ou auxiliar de enfermagem (Ministério da Saúde, 2014). Ao enfermeiro
é dada a responsabilidade pela supervisão e pelo gerenciamento do serviço desenvolvido em
vacinação e pela metodologia de educação e treinamento regular da equipe (COREN, 2016). Nesse
sentido, o enfermeiro da sala de vacinas é responsável pelo acolhimento do usuário, triagem do
cartão vacinal, orientação quanto aos possíveis efeitos adversos e aprazamento, além de
conservação, manuseio e administração dos imunobiológicos e insumos, descarte de resíduos
sólidos, funcionamento do sistema de registros e documentações tanto das vacinas administradas
quanto do sistema de frio, e capacitação e treinamento dos profissionais técnicos. Na prática, todas
as funções do enfermeiro tornaram-se visíveis, de modo a aplicar as atribuições da equipe para que
se mantenha a sala de vacinas funcional. No entanto, ao longo dos encontros, o refrigerador de
armazenamento dos imunobiológicos e o ar-condicionado da sala apresentaram problemas
elétricos, sendo assim, os acadêmicos tiveram a oportunidade de observar a elaboração de atas de
notificação realizados pela equipe técnica responsável, além do mecanismo de resolução deste
problema (utilização de caixas térmicas, refrigeradas com placas de gelo e todas as medidas
necessárias preservar as vacinas), ressaltando, assim, o papel da equipe de enfermagem na
resolução de possíveis intercorrências na conservação dos imunobiológicos. Também foi possível
acompanhar, além das vacinas de rotina, a campanha de vacinação de Influenza, Meningo C e COVID
Bivalente. Com relação à estrutura da sala de vacinação, trata-se de uma sala completa e organizada
conforme as normas da Anvisa e SBIM. Como produto foi elaborado um banner informativo
simplificado, com intuito de educação em saúde, fixado no ambiente de espera da sala de vacinas.
Conclusão: tais experiências relatadas contribuíram de maneira direta para o arcabouço de
conhecimentos de todos os envolvidos. Ao entender o funcionamento da sala de vacinas e como
mantê-la operacional mesmo com contratempos, os acadêmicos tiveram uma visão realista dos
possíveis desafios que podem ser enfrentados em sua carreira. Entende-se, portanto, que o
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resultado da prática foi satisfatório onde foi possível adquirir conhecimento teórico-prático sobre a
imunização e sua importância.
Palavras-chave: Imunização. Enfermagem. Relato de Experiência. Vacinas. Atenção Primária.
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AÇÃO COLETIVA CONTRA O MOSQUITO TRANSMISSOR DA DENGUE E OUTRAS ARBOVIROSES
EM UM MUNICÍPIO NORTE-MINEIRO
SILVA, Maria Alice Fróes1; SILVA, Yan Lucas Martins1; SILVA, Luane Caroline Alves da2;
DOMINGUES, Isadora de Freitas Fraga2; CRUZ, Camila Gonçalves da3; DIAS, Bruna Botelho Borges3;
CARVALHO, Priscilla Durães de4
1Acadêmico(a) de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Acadêmica de Medicina, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3Acadêmica de Odontologia, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil
4Enfermeira, Doutoranda em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
Objetivo: relatar a experiência de acadêmicos na realização de uma ação na comunidade no
combate à dengue, Zika, chikungunya e outras arboviroses que afetam a população do município.
Metodologia: trata-se de um relato de experiência elaborado a partir da vivência de acadêmicos
membros do Programa para Educação e Trabalho em Saúde (PET-Saúde) na execução do “Dia D no
combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya”. O PET-Saúde é um projeto
idealizado pelo Ministério da Saúde e em Montes Claros está vinculado à Secretaria Municipal de
Saúde e Universidade Estadual de Montes Claros. O referido evento foi realizado no dia 18 de Março
de 2023, em dois pontos estratégicos do Município de Montes Claros: Praça do Maracanã e Avenida
João XXIII e contou com a participação de servidores da Secretaria Municipal de Saúde e estudantes
dos cursos de enfermagem, medicina e odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros
(Unimontes), além do apoio operacional da Empresa Municipal de Planejamento, Gestão e
Educação em Trânsito e Transportes de Montes Claros (MCTRANS). Resultados: a ação teve como
objetivo orientar a população quanto às formas de prevenção/combate ao mosquito Aedes aegypt
transmissor das arboviroses, devido aos elevados índices das doenças na região, principalmente no
período de janeiro a junho. Diante disso, foi realizada uma blitz educativa, onde foram distribuídos
materiais de apoio do tipo panfletos e adesivos. Durante a educação em saúde em questão foram
explanados questões a respeito do aumento do número de casos das arboviroses no Munipio,
sinais e sintomas das doenças, formas de crescimento e disseminação da larva e do mosquito, como
evitar criadouros e reservatórios, associação entre lixo, entulhos, água parada e o ciclo de vida do
mosquito e essencialmente de como fazer o descarte de lixos e entulhos da maneira apropriada.
Além disso, foram realizados mutirões de limpeza em mais de 100 bairros da cidade, onde foi
disponibilizado um caminhão para recolhimento do material inservível. Com o desenvolvimento da
ação educativa pôde-se perceber como a população estava afetada negativamente com o aumento
das infecções e a preocupação sobre como minimizar o problema que é um dever social. Conclusão:
as arboviroses representam um grave problema de saúde pública e, apesar de ser um tema
amplamente difundido, é nítido o desconhecimento no que tange às medidas de combate ao Aedes
aegypt. Sendo assim, é fundamental endossar intervenções para promover a prevenção e minimizar
os danos, por meio de capacitações de acadêmicos e profissionais de saúde, realização de mutirões
e fortalecimento de campanhas e mídias sociais, de modo a ampliar e promover a saúde.
Palavras chave: Saúde Coletiva. Arboviroses. Ações Integradas de Saúde, PetSaúde
Apoio financeiro: Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde)
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TERRITORIALIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE MAPA INTELIGENTE EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE
DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
SANTOS, Anne Caroline Chaves Queiroga¹; SILVA, Rayane Gonçalves da1; TORRES, Jaqueline D’
Paula Ribeiro Vieira 2; TELES, Mariza Alves Barbosa3; DINIZ, Hellen Juliana Costa 4; DAVID, Gizele
Ferreira5; PEREIRA, Alessandra Silva6
1Acadêmica Do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros.
2Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros.
3Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros.
4Mestre em Saúde, Sociedade e Ambiente pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
MucuriUFVJM.
5Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais.
6Enfermeira. Unidade de Estratégia de Saúde da Família de Montes Claros.
Objetivo: relatar a experiência de construção de mapa inteligente como produto das atividades de
territorialização desenvolvidas em uma equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF)
Metodologia: trata-se de um relato de experiência, produto das atividades curriculares da Atenção
Primária à Saúde, realizado por acadêmicas do nono período do curso de Graduação em
Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros. A atividade foi realizada no período de
Março a Abril de 2023, na área de abrangência de uma equipe de ESF, localizada no município de
Montes Claros/MG. Resultados: para realização do processo de territorialização, fez-se necessário
o levantamento dos aspectos históricos, geográficos, epidemiológicos, culturais, demográficos,
dentre outros, da área de abrangência. A fim de se obterem as informações, foi utilizado o
documento de territorialização elaborado no ano anterior, sendo que todos os dados
epidemiológicos e perfil populacional foram atualizados, considerando os dados do E-SUS, das fichas
B e C dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), do SIAB e do VIVVER. Também foram realizadas
várias visitas ao terririo pelas acadêmicas para verificação de possíveis mudanças estruturais.
Posteriormente, foram elaboradas planilhas em ferramenta disponível do Google Drive para
mapeamento de todas as crianças com idade menor ou igual a dois anos e das gestantes. As
varveis selecionadas para as planilhas foram: nome, endereço, data de nascimento, nome da mãe
(no caso das crianças), mero de telefone e vacinas. Após completada a etapa de produção das
planilhas, foi iniciada a construção do mapa inteligente. Para isso, foi utilizado o mapa constante
na unidade. Visando à identificação da população selecionada, as acadêmicas colocaram adesivos
coloridos: cor rosa para gestantes, e verde para crianças, de acordo com os respectivos endereços.
Conclusão: o processo de territorialização possibilitou a análise dos aspectos vigentes na
comunidade, como os culturais, sociais, econômicos e estruturais. Foi também possível identificar
como todos esses aspectos interferem diretamente na atuação da equipe da ESF. o Mapa
Inteligente constitui-se como um recurso prático e eficiente para aprimorar o processo de
comunicação entre a equipe, em especial entre os ACS e a equipe de enfermagem, por permitir a
visualização da quantidade e distribuição dos usuários selecionados, como grupo prioritário para
desenvolvimento de ações de saúde de melhoria da cobertura vacinal, além da identificação dos
mesmos. Às graduandas proporcionou a experiência da aplicação do ensino- aprendizagem, ao
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possibilitar o uso de um recurso que visa orientar o planejamento e as ações de saúde da equipe
multidisciplinar, qualificando, de forma mais equitativa a assistência da ESF.
Palavras-Chave: Estratégia Saúde da Família (ESF). Mapa. Territorialização da Atenção Primária.
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ANÁLISE DO PERFIL NUTRICIONAL DE GESTANTES DA CIDADE DE MONTES CLAROS ENTRE 2016 E
2020
REZENDE, Maria Isabel Pereira de¹; Yan, Lucas Martins Silva²;
ARAÚJO, Valéria Gonçalves de³; DIAS, Orlene Veloso 4; PINHO, Lucinéia de 4
1 Acadêmica de Medicina, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2 Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3 Enfermeiro, Programa de s-graduação de cuidado primário em saúde, Universidade Estadual
de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
4 Doutorado em ciências da Saúde. Professor do programa de s-graduação em cuidados
primários e saúde da Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: analisar os marcadores de consumo alimentar da população gestante de Montes Claros-
MG. Metodologia: estudo epidemiológico, ecológico, descritivo. O blico-alvo são grávidas
atendida na atenção primária do SUS entre 2016 e 2020. Utilizou-se dados secundários oriundos do
SISVAN Web Relatórios blicos. Foram utilizados os marcadores de consumo alimentar de
gestantes, que o: bito de realizar no nimo as três refeições principais do dia; bito de
realizar as refeições assistindo televisão; consumo de feijão; consumo de fruta; consumo de
verduras e legumes; consumo de alimentos ultraprocessados; consumo de hamrguer e/ou
embutidos; consumo de bebidas adoçadas; consumo de macarrão instantâneo, salgadinho de
pacote ou biscoito salgado; e consumo de biscoito recheado, doces ou guloseimas. As variáveis
sociodemográficas e de saúde empregadas para medir a relação com a cobertura total do
acompanhamento do estado nutricional foram: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDH-M); Produto Interno Bruto (PIB) per capita; população residente; e mero de nutricionistas
na atenção sica e nas Redes de Atenção à Saúde (RAS). Resultados: a população estimada de
Montes Claros é de 413.487 habitante (IBGE, 2020), considerada de porte dio, exercendo uma
força de articulação com outros centros urbanos. A população é predominantemente jovem, mas
passa por transição demográfica. A renda per capita dia era de R$ 640,75 em 2010. O município
possui IDH-M de 0,770, considerado de alto desenvolvimento humano. Em gestantes, o bito de
realizar no nimo as três refeições principais do dia, apresentou, respectivamente, os seguintes
percentis de 2016 a 2020: 14%, 76%, 91%, 71%, 100%. Houve as seguintes variações percentuais no
bito de realizar as refeições assistindo televisão no período analisado: 86%, 64%, 63%, 84%, 80%.
Sobre o consumo de feijão os percentuais foram, respectivamente: 100%, 93%, 95%, 100%, 96%.
Em relação ao consumo de frutas: 57%, 79%, 80%, 87% e 84%. Consumo de verduras e legumes:
71%, 90%, 94%, 84%, 96%. Já o consumo de alimentos ultraprocessados variou da seguinte forma:
86%, 67%, 75%, 84%, 92%, respectivamente. O consumo de hambúrguer e/ou embutidos: 14%,
33%, 22%, 32%, 52%. O consumo de bebidas adoçadas: 71%, 55%, 70%, 61%, 68%. Consumo de
macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado: 43%, 24%, 39%, 42%, 52%.
Consumo de biscoito recheado, doces ou guloseimas: 23%, 45%, 41%,
42%, 64%. Conclusão: em gestantes, em relação aos anos de 2016 a 2020, nota-se que houve
aumento do bito de realizarem pelo menos as três refeições principais do dia, e ampliaram
também seu consumo alimentar de frutas, verduras e legumes, porém, passaram a consumir mais
alimentos ultraprocessados, hambúrguer e/ou embutidos, macarrão instantâneo, salgadinhos de
pacote ou biscoito salgado, e biscoito recheado, doces ou guloseimas. Percebeu-se a necessidade
da criação de um plano de ação para o fortalecimento da agenda da Política de Alimentação e
Nutrição da cidade de Montes Claros voltado para as gestantes, visto que a política existe no
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município, maspouca interlocução entre os setores e é pouco visível no âmbito do Conselho de
Saúde.
Palavras-chave: Perfil Nutricional. Marcadores de Consumo Alimentar. Montes Claros. Política de
Alimentação e Nutrição. Gestantes.
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da UnimontesBIC/UNI
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HIGIENE DO SONO NA ADOLESCÊNCIA: QUAIS OS CUIDADOS NECESSÁRIOS?
MIRANDA, Gabriel Vinicius Silva1; XAVIER, Mariza Dias2; REIS, Luiz Binicio3; SILVA, Rosângela
Ramos Veloso4; DIAS, Orlene Veloso5
1Acadêmico de Educação Física Bacharelado, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
2Acadêmica de Medicina, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3Mestrando em Cuidados Primários, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
4 Professora do Departamento de Educação Física, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
5 Professora Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
Objetivo: compreender o cuidados necessários que adolescentes precisam para ter um sono
reparador. Metodologia: realizou-se uma revisão narrativa da literatura para conhecer a
bibliografia, descrever e discutir a problemática identificados nas bases de dados da Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Scientific Electronic Library (Scielo)
e sites especializados (Associação Brasileira do Sono, World Sleep Society, Associação portuguesa
de Sono). Foram utilizados o operador booleano and juntamente com os descritores
“adolescência”, “sono, e “higiene do sono” de forma combinada. Foram considerados estudos
publicados nos últimos 5 anos, em português e que estavam disponíveis na integra. Ao fazer a leitura
do artigos, foram selecionados 15 artigos que correspondiam ao tema proposto e aos critérios
estabelecidos. Resultados: o sono é um processo fisiológico necessário para todo ser humano, pois
tem várias funções importantes como, por exemplo, a restauração de tecidos, liberação de
hormônios e neurotransmissores responsáveis pelo descanso, crescimento, desenvolvimento e
consequente boa qualidade de vida. Dessa maneira, a presença de insônia e sono de péssima
qualidade gera um sono não reparador, trazendo diversos prejuízos como desenvolvimento de
quadros de ansiedade, aumento do peso, sonolência durante o dia, prejuízo na qualidade do
aprendizado, etc. Destaca-se que em termos individuais a duração adequada de sono é subjetivo
para cada adolescente, mas, apesar disso, no âmbito da saúde do adolescente e da saúde pública,
são de suma importância para a saúde dos adolescentes possíveis recomendações mínimas da
quantidade de horas de sono, necessárias para melhor aproveitamento e rendimento escolar. Em
média, a literatura aponta que é necessário pelo menos seis horas de sono diária, apesar do
recomendado ser de oito horas por dia. Estudos atuais tem discutido a necessidade das pessoas,
principalmente adolescentes, em realizarem a higiene do sono, que compreende em deixar o
ambiente adequado para ter o sono reparador. Dentre as descritas na literatura, as principais
estratégias são: prática de atividade física, dieta adequada, reduzir contato com luz pelo menos uma
hora antes de dormir (celular e luminárias), reduzir sons ou barulhos, fechar cortinas e deixar o
quarto escuro, cama com colchão adequado, evitar ingestão de bebidas alcoólicas, ter um horário
especifico para dormir e acordar todos os dias, ao longo do dia evitar ficar muito na tela de
computadores, etc. Conclusão: de acordo com os dados evidenciados, para ter um sono de
qualidade e reparador é preciso muitos cuidados antes e durante, pois se não houver, pode haver
muitos prejuízos.
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(ISSN 2317-3092)
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Palavras-Chave: Adolescência. Sono. Higiene do Sono.
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ADESÃO DE UMA DIETA EQUILIBRADA E PRÁTICA DE EXERCÍCIOSSICOS PARA UM GRUPO DE
HIPERTENSOS
CUNHA, Priscila Silva1; SOUSA, Luís Henrique2; VELOSO, Kelvlin Pereira2; SOUZA, Luana
Guimarães1; SANTOS, Tacyanne Karolayne Ramos de Oliveira1; SANTOS, Silvânia Paiva2
1Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
Objetivo: apresentar a experiência de um grupo de acadêmicos do período de Enfermagem da
Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), situada no norte de Minas Gerais, acerca de
uma intervenção educativa destinada a um grupo de idosos hipertensos de uma Estratégia de Saúde
da Família (ESF). Metodologia: trata-se de um relato de experiência que emerge das atividades
desenvolvidas na disciplinaAtenção Primária à Saúde e Capacitação Pedagógicadoperíodo do
curso de graduação em Enfermagem da Unimontes. O processo de intervenção se deu em três fases:
a) realização do diagnóstico educativo, observação da realidade e definição da situação- problema
por meio da coleta de dados acerca da realidade local por meio da Estimativa pida Participativa,
avaliação dos dados secundários disponíveis na unidade e observação direta da realidade; b)
planejamento da intervenção momento em que os acadêmicos, com o auxílio da supervisora de
estágio, selecionaram os temas a serem abordados, realizaram a pesquisa bibliográfica em meios
eletrônicos e estabeleceram o todo da intervenção; c) intervenção na realidade última fase que
consistiu na ação educativa com execução do plano de ação junto ao grupo de hipertensos.
Intervenção na realidade - fase que consiste na Educação em Saúde, realizada na unidade de ESF
com os participantes do grupo de hipertensos, esta foi dividida em quatro etapas: A primeira etapa
consistiu na chegada dos participantes, com checagem da pressão arterial. Na segunda etapa
desenvolveu-se a roda de conversa sobre as vantagens das frutas oferecidas no café da manhã e os
benefícios da prática de exercícios. E na terceira etapa realizou-se junto aos hipertensos a
caminhada pelo bairro. Após o rmino das atividades, no encontro seguinte na ESF, foi
desenvolvida a última etapa, um questionário de satisfação e adesão dos usuários às práticas
apresentadas pelos estudantes. Resultados: percebeu-se que a necessidade de oferecer aos
hipertensos espaços capazes de oportunizar a análise de sua situação de saúde e a adesão de
medidas para o futuro dentro de suas experiências de vida se faz fundamental. Sendo assim,
percebesse que as atividades realizadas contribuíram para um começo de novas práticas, quanto à
alimentação e à prática de exercícios sicos, atuando em um processo de suma relevância no
trabalho do enfermeiro: educar em saúde. Esse processo auxilia os sujeitos na corresponsabilização
pela sua saúde, de um modo reflexivo à própria conduta e sua relação com o processo saúde-
doença, o que implica o desenvolvimento social, intelectual e moral da sociedade. Conclusão: a
prática educativa com o grupo de hipertensos de uma ESF possibilitou a troca de conhecimento,
sendo possível destacar a importância prática de exercícios sicos e a possível adesão a uma dieta
hipossódica e a dieta Dash. Dessa forma, a ação educativa em saúde na ESF para hipertensos
viabilizou aos acadêmicos de Enfermagem o conhecimento de novos todos de conduzir ações
em saúde na atenção primária, tendo uma interface do cuidado de enfermagem na atenção
primária em saúde.
Palavras-chave: Atenção Primária. Educação em Saúde. Hipertensos.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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PERFIL DAS NOTIFICAÇÕES DA FEBRE CHIKUNGUNYA EM MONTES CLAROS-MG, ANOS DE 2022 E
2023
ARAUJO, Gheisa Ferreira¹ ; CARDOSO, Maria Fernanda Goes¹; OLIVEIRA, Raissa
Yasmin Rodrigues¹; SIQUEIRA, Leila das Graças2
1Estudante de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES - Montes
Claros-MG, Brasil.
2Professora de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros -
UNIMONTES- Montes Claros - MG, Brasil.
Objetivo: analisar o número de casos de febre de chikungunya (CHIKV) notificados no município de
Montes Claros MG no período de tempo entre 2022 e 2023. Metodologia: trata-se de estudo
transversal e descritivo, com uso de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN) referentes aos casos de notificações de Chikungunya do município de Montes
Claros/MG realizado a partir do levantamento de informações disponíveis on-line no banco de
dados do Painel de Monitoramento de Casos da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. Os
dados analisados referem-se aos indivíduos montes-clarenses com a doença chikungunya e as
variáveis analisadas referem-se ao: numero de casos e o desfecho clinico referente a óbitos dos
casos. Após a inserção dos dados no Microsoft Excel® foi realizada a análise estatística descritiva e
discutidos os resultados sob o olhar da literatura publicada. Ressalta-se que nesta pesquisa, foram
seguidos os preceitos éticos da Resolução 466 de 2012, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e, por
se tratar de dados públicos, disponibilizados na internet, não houve submissão do projeto ao Comitê
de Ética. Resultados: em Montes Claros/MG, foram notificados 10.897 casos suspeitos referentes à
febre de chikungunya, sendo que, 1.546 casos foram no ano de 2022 e 9.351 casos apenas no
quadrimestre do ano de 2023. Em relação ao desfecho, ressalta-se que do total de casos notificados
em 2022, que 1.526 casos (98,70%) foram confirmados e não houve nenhum registro de óbito.
em relação aos dados do quadrimestre (janeiro a abril de 2023), destaca se que do total
notificados que foi confirmado a febre por chikungunya em 4.346 casos de notificações,
representando (46,47%) do total e também foram registrados 04 óbitos até a 16ª semana
epidemiológica de 2023 Assim, pode se afirmar que houve um aumento de mais de 200% dos casos
confirmados de chikungunya em Montes Claros-MG em apenas 4 meses do ano de 2023 E diante
desse fato o município declarou-se situação de emergência, tendo sido considerado um município
de alto risco de transmissão de arboviroses, de acordo, aos parâmetros do Ministério de Saúde,
onde alto índice é considerado acima de 3,9% de casos confirmados. Conclusão: ss dados
encontrados nesse estudo permitem afirmar que a febre de chikungunya perpetua a mais de um
ano e com uma quantidade maior de pessoas acometidas, sendo assim necessário a realização de
estudos sobre o assunto. Desse modo percebe-se a necessidade de ações de prevenção e
intervenção da vigilância sanitária na cidade, sendo capaz de verificar o impacto e promover a saúde
da população para que as vidas sejam preservadas, necessitando também de um ensinamento de
como prevenir a doença para a população.
Palavras-chave: Chikungunya Vírus. Perfil Epidemiológico. Arbovirose.
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ATENDIMENTO DE ARBOVIROSES EM UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO: REVISÃO DE
LITERATURA
PAIXÃO, Ana Clara Damasceno da¹; ANDRADE, Giovana Ferreira1; TEIXEIRA, Sophia Rodrigues1;
CARRASCO, Viviane²
1 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros
(Unimontes).
2 Doutora em Ciência da Saúde. Professor do Departamento de Enfermagem da Universidade
Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Objetivo: examinar artigos que abordam a temática de arboviroses e atendimento de emergência,
com o intuito de identificar as fragilidades, bem como a existência ou inexistência de protocolos
padronizados para o atendimento nas unidades de pronto atendimento. Metodologia: trata-se de
uma revisão de literatura, parte do Projeto de Extensão: Liga Acadêmica de Urgência e Emergência
- Resolução CEPEx/UNIMONTES nº. 284, de 15 de dezembro de 2022. Foi realizada a busca na
Biblioteca Virtual de Saúde, no período de abril de 2023, com estratégia seguindo os descritores
"Infecções por Arbovirus", "Serviços de Atendimento de Emergência", "Dengue", "Vírus
Chikungunya", "Infecção por Zika vírus", "Emergências", "Pronto Atendimento", e "Protocolo
Clínico". Foram selecionados artigos originais publicados nos últimos 5 anos que estivessem
disponíveis na íntegra e abordassem o atendimento de arboviroses em serviços de urgência e
emergência. Foram excluídos estudos que não estavam disponíveis na íntegra, artigos de revisão
sistemática, relatos de casos isolados e estudos que não fossem relacionados à temática proposta.
No total foram encontrados 17 artigos, dos quais 4 artigos foram selecionados. Resultados: as
arboviroses acontecem de forma epidêmica no Brasil, sendo mais incidente nas estações mais
chuvosas do ano. Essa manifesta-se com variações no decorrer dos anos e no tipo de vírus, podendo
apresentar sobreposição de um vírus em detrimento de outro. Segundo estudo, a prevalência dos
casos em 2015 era de Dengue, entretanto, nos anos seguintes evidenciou prevalência de
Chikungunha e de Zika. O principal local para o diagnóstico desse agravo foram as unidades de
pronto atendimentos, as quais se comportam como serviço de urgência e emergência para a
população. Em serviços latinos, evidenciou que 11,9% desses apresentavam um protocolo para
atendimento às enfermidades tropicais, entretanto constata-se que mediante a sua prevalência,
ainda mantém deficiente o diagnóstico. Em uma cidade metropolitana brasileira, por uma
infestação de arbovírus, iniciou-se a validação de um protocolo de atendimento a fim de manter
uma identificação mais precisa e rápida. Tal ação permitiu uma assistência mais integrada por
informatização em sistema local. Acrescenta-se que em um estudo retrospectivo em Recife,
verificou-se que grande parte dos pacientes apresentavam testes laboratoriais inespecíficos que
combinados com a sintomatologia poderiam indicar a presença de dengue. No entanto, a falta de
testes rápidos prejudicava a conclusão do diagnóstico e a notificação fidedigna de casos de dengue.
Conclusão: a alta incidência de arboviroses no Brasil representa um grande desafio para o sistema
de saúde pública. A identificação precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar
complicações e reduzir o impacto dessas doenças na população. Nesse sentido, a implementação
de protocolos de atendimento e a disponibilidade de recursos laboratoriais nas unidades de pronto
atendimento são medidas essenciais para garantir a precisão dos diagnósticos e a notificação
fidedigna dos casos.
Palavras-Chave: Arbovirus. Pronto Atendimento. Emergências.
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SEGURANÇA DO PACIENTE E A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM
MENDES, Adriana da Rocha1; AMORIM, Bruna Santos1; GONÇALVES, Tay Barbosa1; PAIVA,
Silvania dos Santos2
1 Acadêmico do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
2 Doutor em Ciência da Saúde. Professor do Departamento de Enfermagem da Universidade
Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Objetivo: analisar a contribuição da enfermagem para segurança do paciente nos atendimentos
hospitalares. todo: estudo do tipo revisão integrativa, pesquisados nas bases de dados Lilacs,
SciELO e PubMed, a partir dos descritores: “segurança do paciente”, "cuidados de enfermagem”,
“Enfermagem”. Foram encontrados 25 artigos, e selecionados 9 artigos para análise, disponíveis
integralmente no idioma português, referente aos últimos 5 anos. Os critérios de exclusão foram
artigos científicos que não possuíam acesso em texto completo, com duplicidade e que não
respondiam a questão norteadora. Resultados: a Organização Mundial da Saúde (OMS) define
segurança do paciente como a redução do risco de danos desnecessários a um nimo aceitável,
considerado componente constante e diretamente relacionado com o atendimento ao paciente. O
Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) aderido pelo Ministério da Saúde (MS) com o
objetivo de programar medidas assistenciais, educativas e programáticas por meio da gestão de
risco e do cleo de Segurança do Paciente mantém o foco nas seis metas de segurança, sendo:
identificar o paciente corretamente, melhorar a eficácia da comunicação, melhorar a segurança dos
medicamentos de alta-vigilância, assegurar cirurgias com local de intervenção correto,
procedimento correto e paciente correto e reduzir o risco de infecções associadas a cuidados de
saúde. Sendo assim, problemas relacionados as falha na assistência estão diretamente ligadas à
equipe de enfermagem, responsáveis por grande parte das ações assistenciais. Estudos apontam
que a sobrecarga de trabalho, relacionamento entre as equipes, falha da comunicação e baixa
continuidade da atenção prestada aos pacientes têm prejudicado a assistência nas instituições de
saúde contribuindo efetivamente nos atendimentos dos pacientes. Conclusão: neste contexto, uma
das estratégias para melhorar a segurança do paciente é o processo da realização das notificações
que consiste no registro da ocorrência dos eventos e falhas assistenciais. Bem como, treinamentos
voltados para a melhoria da segurança do paciente e aprendizagem organizacional, contribuindo
para que danos aos pacientes em serviços de saúde não venham a se repetir, impactando em menos
sobrecarga e ajudando na comunicação, aja vista, que os treinamentos estão diretamente ligados a
melhoria da produtividade, aprimoramento dos fluxo e trabalhos em equipe.
Palavras-Chave: Segurança do Paciente. Cuidados de enfermagem. Enfermagem.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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FLORENCE NIGHTINGALE E SUAS CONTRIBUIÇÕES NOCONTROLE DAS DOENÇAS: REVISÃO
NARRATIVA DA LITERATURA
DINIZ, Victoria Thereza Oliveira ¹; PEREIRA, Ana Flávia Leal ¹; DURÃES, Ana Giulia Nobre Vieira
Durães ¹; ANJOS, Larissa Gomes Cardoso dos ¹; ARAÚJO, Manuela Soares ¹; NOBRE, Maria Gabriela
Braga ¹; DIAS, Orlene Veloso²
1Acadêmicos de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
Objetivo: identificar na literatura a importância de Florence Nightingale na desmistificação de
crenças referentes às doenças contaminantes e como esses ensinamentos foram resgatados e
utilizados no enfrentamento da pandemia de SARS-COV-2. Metodologia: trata-se de uma revisão
narrativa da literatura sobre o legado de Florence Nightingale e suas teorias, a qual foi realizada
uma busca nas plataformas digitais do PubMed e da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A execução
da pesquisa foi feita em abril de 2023. Como modelo para a seleção das publicações científicas, foi-
se utilizado como fundamento apenas artigos no idioma português, publicados entre os anos de
2013 a 2023. Resultados: Florence Nightingale, também conhecida como a pioneira da enfermagem
moderna ou como a dama do lampião, foi uma figura fundamental na prestação de cuidados da
saúde durante a Guerra da Crimeia e em todo o setor da saúde, por desenvolver teorias que se
apresentam essenciais na promoção do cuidado para com os enfermos, destacando a atuação dos
enfermeiros no processo de recuperação. Nightingale percebeu a importância de o paciente estar
inserido em um ambiente devidamente higienizado e como as condições do meio podem afetar de
diferentes modos, o desenvolvimento do processo de cura. Ademais, a sua Teoria Ambientalista
evidenciou a relevância da presença de determinados princípios, que em harmonia, auxiliam na
eficácia do processo de cura, os quais são: a inserção do paciente em locais com a presença de
ventilação, iluminação apropriada, limpeza, ausência de barulhos e fortes odores, além da
indispensabilidade de uma alimentação qualificada. Florence Nightingale apresentou uma relação
fundamental para com as práticas de saúde atuais, exercidas pelos profissionais e pela sociedade
no enfrentamento do coronavírus por meio de sua teoria, onde foi enfatizado a primordialidade da
higienesica (o simples ato de lavar asos), limpeza do estabelecimento da saúde e domiciliar,
a imperiosidade da circulação do ar, os padrões de cuidados e de sanitarismo, todos estes, como
mecanismos utilizados com o intuito de evitar o desencadeamento de novas infecções. Conclusão:
evidencia-se, portanto, a atemporalidade do legado de Florence Nightingale e a sua relevância para
a efetiva desmistificação relacionada às doenças infecciosas em ambientes hostis. Logo, espera-se
que essa revisão narrativa da literatura promova a disseminação dos princípios estabelecidos por
Florence, os quais foram utilizados como a base fundamental para o enfrentamento da recente
pandemia do Covid-19, durante os anos 2021 e 2022, e que estes possam ser instaurados como
modelo estabilizador no combate e na prevenção de diversas doenças infecciosas.
Palavras-Chave: Enfermagem. Contaminantes. Pandemia.
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COBERTURA DO ESTADO NUTRICIONAL NOS GRUPOS RURAL-URBANO DA MACRORREGIÃO DE
SAÚDE DO NORTE DE MINAS GERAIS
ANDRADE, Ruth Emanuele Silva1; SILVA, Graciele Helena Fernandes2; VITORINO, Santuzza Arreguy
Silva3; DE PINHO, Lucinéia4
1Acadêmica de Medicina, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2 Pós-graduada em Saúde Pública e da Família. Especialista em Políticas e Gestão de Saúde na
Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3Doutora em Saúde Pública, Docente em Escola Nacional de Saúde blica Sérgio Arouca, FioCruz,
Rio de Janeiro, Brasil
4Doutora em Ciências da Saúde, Docente do Programa de s-Graduação em Cuidado Primário em
Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: avaliar a cobertura do estado nutricional da população dos munícipios da Macrorregião
de Saúde do norte de Minas Gerais pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) entre
os anos de 2015 e 2019 de acordo com a tipologia municipal rural-urbano do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Metodologia: trata-se de um estudo descritivo que incluiu os 86
municípios componentes da Macrorregião de Saúde do Norte de Minas Gerais. Os dados de
cobertura do estado nutricional dos munícipios do ano de 2015 ao ano de 2019 foram coletados no
site SISVAN web, onde encontram-se disponibilizados em relatórios de acesso blico. Esses dados
foram inicialmente avaliados macrorregionalmente pela soma da cobertura nutricional de todos os
munícipios. Em seguida os municípios foram divididos nos grupos Rural, Intermediário e Urbano
respectivamente a partir da junção dos grupos tipológicos municipal rural-urbano do IBGE, rural
remoto e rural adjacente, intermediário remoto e intermediário adjacente e urbano. Para essa
classificação, o IBGE considera a densidade populacional, proximidade dos grandes centros e
facilidade de acesso a bens e serviços, como os de saúde. Assim, quanto maior a prevalência desses
fatores, maior o vel de urbanização do município. A população total foi estimada pelo IBGE e
Tribunal de Contas da União (IBGE/TCU) 2021, também em relatórios blicos. A análise descritiva
dos dados foi feita pelo cálculo de frequências absolutas e relativas no software IBM SPSS Statistics
versão 22.0 para Windows®. Resultados: em 2015, a cobertura nutricional macrorregional foi de
24,74% e em 2019 esse índice foi de 32,6%, o que representa 133.422 novas pessoas sendo
acompanhadas nesse período. Entretanto, entre 2018 e 2019 houve queda da cobertura, visto que
em 2018, ano de maior cobertura, o percentual da população atendida foi de 36,0%. Em todos os
grupos, ocorreu aumento progressivo entre 2015 e 2018 (Rural: 2015 = 32,52%, 2016 = 33,49%,
2017 = 41,38%, 2018 = 46,67; Intermediário: 2015 = 32.03%, 2016 = 31,0%, 2017 = 38,25%, 2018
=44,15%; Urbano: 2015 = 17,76%, 2016 = 20,58%, 2017 =23,21%, 2018 = 26,79%) com queda no ano
de 2019 (Rural = 42,44%; Intermedrio = 39,14%; Urbano = 24,14%), sendo que todos os grupos
terminaram o período, em 2019, com percentuais de cobertura maiores que os índices iniciais, em
2015. Durante todos os anos avaliados, o grupo Rural obteve o maior percentual de cobertura da
macrorregião, seguido de Intermediário e Urbano. Conclusão: entre 2015 e 2019 houve aumento
na cobertura do estado nutricional em todos os grupos analisados. Houve diferenças percentuais
da cobertura populacional entre os grupos, sendo que houve uma tendência de diminuição da
cobertura de acordo com o aumento do grau de urbanização. Isso evidencia a necessidade de
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estudos mais primorosos acerca das diferenças da dinâmica rural e urbana neste aspecto,
objetivando a formulação de políticas públicas de cobertura nutricional e alimentar mais assertivas.
Palavras-Chave: Vigilância Nutricional. Estado Nutricional. Sistemas de Informação de Saúde.
Tipologia Rural-urbana.
Apoio Financeiro: À FAPEMIG pela bolsa de iniciação científica de ANDRADE, R.E.S
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PERFIL DE MORBIDADE E FATORES ASSOCIADOS À FRAGILIDADE EM IDOSOSS INFECÇÃO
PELA COVID-19
PEREIRA, Victor Guilherme1; JESUS, Ely Carlos Pereira de2;
PEREIRA, Rafael Soares2; SILVA, Dayane Indyara de1;
ALVES, Ellen Patrícia Fonseca1; RIBEIRO, Claudia Danyella Alves Leão3;
MAIA, Luciana Colares3
1Acadêmico de Enfermagem, Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna, Minas Gerais, Brasil.
2Acadêmico de Medicina, Centro Universitário UNIFIPMoc, Minas Gerais, Brasil.
3Docente pela Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: descrever o perfil de morbidade e identificar os fatores associados à síndrome da
fragilidade em idosos pós-COVID-19, acompanhados no único Centro de Referência em Assistência
à Saúde do Idoso (CRASI) localizado ao norte de Minas Gerais. Metodologia: estudo exploratório,
analítico, a partir de série de casos de pacientes idosos referenciados e assistidos no CRASI após
registro de infecção pela COVID-19. O processo de amostragem foi por conveniência, mas o
intencional, a partir da identificação e seleção sequencial dos idosos acometidos pela COVID-19,
atendidos a partir da reabertura dos serviços do centro especializado, em maio de 2021. A coleta
de dados incluiu um questionário socioeconômico e demográfico, o Índice de Vulnerabilidade
Clínico-Funcional-20 e a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) para caracterização e avaliação das
condições de saúde do grupo. Foram realizadas comparações entre as características do grupo a
partir do teste qui-quadrado de Person. Para definição das variáveis associadas à síndrome da
fragilidade, conduziu-se análise bivariada, seguida de análise múltipla, por meio da regressão
logística binária, mantendo-se no modelo final apenas as variáveis associadas até o nível de 5%. As
análises dos dados foram processadas por meio do software Statistical Packages for the Social
Sciences (SPSS), versão 28.0. Resultados: foram avaliados 204 idosos, com predomínio do sexo
feminino (63,7%), faixa etária entre 60 a 79 anos (77,5%) e escolaridade entre um e quatro anos de
estudos (64,7%). Observou-se uma maior proporção de mulheres com alguma limitação funcional.
Adicionalmente, constatou-se maior proporção de polifarmácia no sexo feminino, com uso de cinco
ou mais medicamentos. Analisando de forma particular o contexto da COVID-19, cabe ressaltar que
a maioria da população idosa neste estudo apresentou situação vacinal incompleta e uma parte
considerável do grupo avaliado necessitou de hospitalização em decorrência da doença. A avaliação
do grupo em relação ao estado de fragilidade revelou que 93 idosos (45,6%) foram classificados
como robustos, 80 (39,2%) foram classificados como pré-frágeis e 31 (15,2%) foram classificados
como frágeis. As varveis associadas a maior fragilidade foram o comprometimento do exame
mental (p=0,029), capacidade comprometida para realização de atividades de vida diária (p<0,001)
e maior mero de comorbidades (p=0,004). Conclusão: o perfil de saúde do grupo é caracterizado
por idosos que apresentam limitações em funcionalidade e autonomia, além de elevado percentual
de comorbidades associadas. Predominantemente, o grupo avaliado apresentava-se em condição
frágil ou em esgio pré-frágil. As variáveis que se mostraram associadas à fragilidade foram
comprometimento cognitivo, comprometimento para a realização de atividades instrumentais de
vida diária e a presença de multimorbidades. Esses resultados ressaltam a necessidade de uma
coordenação do cuidado integrado bem estabelecida e preparada para atender as demandas da
população idosa pós-COVID-19.
Palavras-chaves: Saúde do Idoso. Fragilidade. Perfil Epidemiológico. COVID-19. Pandemias.
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O estudo conta com apreciação por Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), com deferimento de
parecer consubstanciado integrado à plataforma Brasil de 5.145.444.
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LASERTERAPIA NA ATENÇÃO PRIRIA À SAÚDE NO COMBATE ÀS DORES CAUSADAS PELA
CHIKUNGUNYA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
SOBRINHO, Diego Armando Marques¹; LIMA, Ana Laura Silveira²; CALDEIRA, Janette Fonseca³;
PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes4
¹Acadêmico de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
²Acadêmica de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
³Enfermeira. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
4Enfermeira. Mestre em Ensino em Ciências da Saúde. Docente do Departamento de Enfermagem
da Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: relatar a experiência dos acadêmicos do período (Internato) da Graduação em
Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) acerca de consultas de
Enfermagem a pacientes com dor s Chikungunya utilizando a terapia sistêmica de laserterapia
ILIB - I em uma Estratégia de Saúde da Família. Metodologia: trata-se de um relato de experiência
da vivência dos acadêmicos durante os meses de março a maio de 2023. O relato retrata a rotina
de atendimentos de uma Enfermeira em um Município de Minas Gerais durante as intervenções
para alívio das dores crônicas de Chikungunya, utilizando a terapia de baixa potência (ILIB-1) na
recuperação de pacientes com queixas de dor em decorrência desse contágio. Resultados: durante
os atendimentos de enfermagem observou-se uma grande demanda de pacientes com queixas de
dor relacionadas à arbovirose Chikungunya, cuja característica clínica mais considerável e
debilitante é a artralgia provocada pelo rus Chikungunya (CHIKV). Em virtude dos efeitos colaterais
relacionados à dor, a terapia por laserterapia pode ser um tratamento o farmacológico, seguro e
efetivo para o cuidado dos indivíduos acometidos por esta doença. Ele é um método seguro e eficaz
especialmente para distúrbios sistêmicos, trazendo benefícios de analgesia. A demanda advém de
encaminhamentos médicos. Em primeiro lugar, o cliente é acolhido pela enfermeira para
preenchimento de um termo padronizado pelo município e disponibilizado para os profissionais
habilitados na aplicação do laser. O documento contém uma anamnese específica com as
contraindicações para a terapia, a saber: uso de próteses na região em que se irradiado o laser;
utilização de creme com ação ácida; diagnóstico de câncer, se possui alergia, uso de medicamentos
fotorreagentes; histórico de cirurgias; se está gestante e se tem glaucoma. Tais questionamentos
são efetuados para prevenção de eventos adversos com a laserterapia. Ao final da anamnese, a
pressão arterial do paciente é aferida e, então, é entregue óculos escuros para proteção dos olhos
enquanto acontece o procedimento. Programa-se o equipamento para sessão de 30 minutos, onde
a aplicação é feita com uma pulseira ILIB que direciona a radiação do laser para a artéria radial, no
punho. O profissional de saúde que acompanha o processo também utiliza óculos especial. São
indicadas cerca de cinco sessões para cada paciente. Conclusão: As intervenções de enfermagem
com a laserterapia para o tratamento da dor s-chikungunya são fundamentais para evolução
positiva do quadro do paciente com dor. O enfermeiro, desde a graduação, deve sempre buscar a
qualidade da assistência, inteirando-se de novas tecnologias para o cuidado, conforme
disponibilidade do sistema de saúde.
Palavras-chave: Arboviroses. Chikungunya. Enfermagem. Terapia a Laser.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM SÍNDROME INFLAMATÓRIA MULTISSISTÊMICA
PEDIÁTRICA
CARDOSO, Jéssica de Castro ¹; FIGUEREIDO, Mirela Lopes²
1Acadêmica do Curso de Enfermagem da UNIMONTES.
2Enfermeira. Docente do Curso de Enfermagem da UNIMONTES.
Objetivo: caracterizar o perfil clínico e descrever os diagnósticos de enfermagem de acordo com a
clínica e terapêutica de crianças portadoras de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica
(SIM-P), a partir da literatura científica. Método: trata-se de uma revisão integrativa que mapea os
conceitos fundamentais mediando na cobertura da literatura e identificando as lacunas existentes
nas pesquisas. Baseando-se, assim no questionamento: quais os principais diagnósticos de
enfermagem, em crianças e adolescentes nos casos do desenvolvendo da Síndrome Inflamatória
Multissistêmica ? Foram identificados 34 artigos após busca nas bases de dados, e estabelecidos
critérios de inclusão e exclusão, definindo a amostra final com 16 artigos. Foram selecionadas
publicações na modalidade de artigo, texto completo, que abordassem a SIM-P e grupados textos
que discorriam sobre temáticas semelhantes. Esses textos, disponibilizados nos idiomas português
e inglês em analise no período de 2020 a 2022. Baseando-se, assim no questionamento: quais os
principais diagnósticos de enfermagem, em crianças e adolescentes no caso do desenvolvendo da
Síndrome Inflamatória Multissistêmica? Resultados: observou-se, que a maior parte das produções
são realizadas por médicos, correspondendo em 80% das publicações, o local do estudo não
delimitou em uma determinada região do Brasil. Para melhor organização do estudo, os critérios
abordados se destacam pelo registro, origem, tipo de estudo, amostra e abordagem do estudo.
Conclusão: a assistência de enfermagem à criança e ao adolescente com SIM-P ainda é pouco
explorado pelo profissional da enfermagem e apresenta limitação de evidências científicas. Além
disso, os enfermeiros devem se atualizar sobre a SIM-P, na busca de analisar com uma avaliação
clínica minuciosa, incluindo anamnese, exame físico, vínculo epidemiológico com casos suspeitos
ou confirmados de COVID-19 na a semana anterior, além da solicitação de exames
complementares para avaliar o processo inflamatório e acometimento de órgãos, a fim da
identificação precoce, como objetivo a recuperação plena dos pacientes. Alguns artigos evidenciam
os sinais e sintomas presentes para direcionamento da assistência de enfermagem de acordo com
a faixa etária e sintomas pré-estabelecidos na literatura. Utilizando como principal instrumento de
identificação os principais diagnósticos de enfermagem e intervenções baseados no NANDA, NIC e
NOC, em destaque o padrão respiratório ineficaz, risco de sangramento, hipertemia e nutrição
desequilibrada, entre outros. Desse modo, é essencial a importante do profissional da enfermagem
na compreensão sobre a temática. Em virtude de buscativa de novos estudos bibliográficos que
auxilia no diagnóstico de enfermagem na assistência e com isso na intervenção da assistência de
qualidade para o tratamento de novos casos dessa síndrome.
Palavras-chave: Diagnósticos de Enfermagem. Pediatria.ndrome.
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O PAPEL DA ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE USUÁRIOS DE COCAÍNA ATENDIDOS EM
CENTROS ESPECIALIZADOS: REVISÃO INTEGRATIVA
SOARES, Thaís Emanuelle Barros¹; SILVA, Maria Luiza Almeida¹;
RAMOS, Savyo Gonçalves¹; FONSECA, José Ronivon²;
GUSMÃO, Ricardo Otávio Maia3; ARAÚJO, Diego Dias De4;
PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes5
¹Acadêmico (a) do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
²Enfermeiro, Doutorando Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros
(Unimontes). Professor do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes
Claros (Unimontes).
³Enfermeiro, Doutorando em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG). Professor do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de
Montes Claros (Unimontes).
4Enfermeiro, Doutor em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Docente
do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
5Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes
Claros (Unimontes).
Objetivo: identificar na literatura sobre o papel da enfermagem no tratamento de usrios de
cocaína em centros de atenção psicossocial álcool e outras drogas. Metodologia: trata-se de uma
revisão integrativa realizada no portal regional da Biblioteca Virtual em Saúde, nas bases de dados
BDENF, LILACS, MEDLINE e Index Psicologia. Para a formulação de um método de busca foram
utilizados os seguintes descritores: Assistência ao Paciente”, “Cuidados de Enfermagem”,
Cocaína”, “Saúde Mentale Serviços de Saúde Mental e utilizou o boleando AND. Os critérios de
inclusão foram: textos completos; publicados no idioma português e inglês; com foco nas
intervenções ou cuidados de enfermagem ao paciente em uso de cocaína atendido em centros de
atenção psicossocial. O levantamento das publicações indexadas foi realizado no período de abril
de 2023, consoante aos critérios de inclusão com foco nas intervenções ou cuidados de enfermagem
ao paciente em uso de cocaína atendido em centros de atenção psicossocial, utilizando publicações
dos últimos 10 anos. Desse modo, foram observados inicialmente 9 artigos, sendo 2 artigos pré-
selecionados devido à análise do tulo e conteúdo, após a leitura na íntegra, a amostra final
continuou com os 2 artigos que estavam relacionados diretamente ao tema proposto, atendendo
aos critérios de inclusão. Resultados: estes artigos destacaram a necessidade de estratégias de
atuação na atenção ao usuário de cocaína e outras drogas, uma vez que o rótulo "usuário de álcool
e drogas" é utilizado muitas vezes para reduzir as chances de atendimentos, o que dificulta os
cuidados de enfermagem no tratamento desse grupo social. Outro ponto é a dificuldade do cuidado
profissional sair do campo hospitalar e isolado e caminhar para uma abordagem multiprofissional
que acompanhe o paciente na rede de atenção básica e na estratégica, ato que viabiliza ações
complementares entre as áreas da saúde promovendo atendimento continuado, tal qual é
necessário para a criação de vínculos e, assim, fornecimento de um melhor atendimento. Além
disso, indica o carecimento para que haja maiores pesquisas sobre o perfil dos pacientes assistidos
nos servos de saúde mental, a fim de que o direcionamento do planejamento e implementação
de ações impactem a qualidade de vida dos usuários Conclusão: portanto, nota-se a falta de
pesquisa relacionada aos cuidados de enfermagem com o grupo específico dos usrios de cocaína.
Evidencia a necessidade de um maior investimento na área para que os profissionais possam
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fornecer aos pacientes da saúde blica um atendimento humanizado e integralizado, capaz de
proporcionar um acolhimento multiprofissional que estimule os indivíduos a darem os primeiros
passos rumo à abstinência. Presume-se que esta revisão contribua no direcionamento e
desenvolvimento de estudos sobre a temática, com a finalidade de apresentar evidências científicas
que colaborem para que sejam implementados cuidados baseados em evincias científicas.
Palavras-chave Assistência ao Paciente. Cuidados de Enfermagem. Cocaína. Saúde Mental.
Serviços de Saúde Mental.
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM CHIKUNGUNYA EM UM MUNICÍPIO NORTE
MINEIRO
ALVES, Carolina Maia¹; VELOSO, Elton Carlos2;
GUIMARÃES, Junivever Rodrigues Santos 3; VELOSO, Ivana Aparecida Mendes4
BALDO, Thaís De Oliveira Faria5; TIBÃES, Hanna Beatriz Bacelar6
1Odontóloga. Faculdades Unidas do Norte de MinasFUNORTE
2Psicólogo. Especialista em Saúde Mental. Secretaria Municipal de Saúde. Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
3Enfermeira. Especialista. Vigincia Epidemiológica. Secretaria Municipal de Saúde. Montes
Claros, MG, Brasil.
4Mestranda. Cuidados Primários em Saúde. Universidade Estadual de Montes Claros Montes
Claros, MG, Brasil.
5 Docente do Centro Universitário Unifipmoc - Afya e Universidade Estadual de Montes Claros.
6 Doutora. Docente da Faculdade Prominas e Universidade Estadual de Montes Claros.
Objetivo: identificar o perfil epidemiológico dos pacientes notificados com Chikungunya no
município de Montes Claros, Minas Gerais, no período de janeiro de 2019 a novembro de 2022.
Metodologia: trata-se de um estudo epidemiológico, com abordagem quantitativa, realizado a
partir de dados secundários obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação-
SINAN, através de registros de casos notificados de Chikungunya no município de Montes Claros,
Minas Gerais/Brasil, no período 01 de janeiro de 2019 a 14 de novembro de 2022. A ficha de
notificação auxiliou como instrumento na seleção das variáveis, tais como, sexo, faixa etária, casos
positivos e internações. Os dados foram selecionados e agrupados através do programa tabwin32
do Ministério da Saúde, e em seguida analisados no programa Microsoft Office Excel® 2010. Foi
realizada análise descritiva com apresentação de frequências absolutas (n) e relativas (%).
Resultados: no período analisado, foram identificados 3.274 casos notificados de Chikungunya, em
destaque para o ano 2022 com 3.151 notificações, com um elevado mero de casos positivos 1.477
(47%). Nos anos de 2019, 2020 e 2021 foi observado um mero menor de notificações para esse
agravo, no entanto, no ano de 2022, o estudo permitiu evidenciar aumento significativo de casos
suspeitos notificados e de casos positivos para a Chikungunya. Em relação ao sexo, houve
predomínio do feminino 1.946 (62%), a idade mais acometida foi de 20 a 34 anos com (25%) dos
casos. O estudo apontou 14 internações durante o ano de 2022 em decorrência de agravamento
dos sintomas, e não houve registro de óbito pela doença no período estudado. Conclusão: o elevado
mero de casos notificados reforça para a importância da vigilância em saúde e ressalta-se a
necessidade de fortalecer ações de prevenção e traçar estratégias importantes de combate ao vetor
e também para a conscientização da população em toda a rede de atenção à saúde.
Palavras-chave: Alphavirus. Chikungunya. Epidemiologia. Serviços de Saúde.
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TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO RELACIONADOS COM O TRABALHO:
NDROME DE BURNOUT
SOARES, Joyce Pereira¹;
BARBOSA, Henrique Andrade²
¹ Acadêmica de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
² Enfermeiro, Professor adjunto do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: investigar transtornos mentais e do comportamento: ndrome de Burnout, distúrbio
emocional que tem se tornado comum entre profissionais que atuam sob pressão e com
responsabilidades constantes, como os da área da saúde. Metodologia: trata-se de uma pesquisa
descritiva com abordagem quantitativa. Foi feita uma busca ativa dos dados do Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), banco de dados públicos, o que dispensa
parecer do comitê de ética em pesquisa. Como critério de inclusão foi utilizado o município de
Montes Claros; no período de 2013 a 2022 e variáveis estratificadas por sexo. A Classificação
Internacional de Doenças (CID-10), apesar de sua relevância para saúde, ainda não classificada essa
ndrome, mas, no Brasil, a previdência social, por meio da portaria1339 de 18 de novembro de
1999, do Ministério da Saúde, assegura a Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho, que inclui a
Sensação de Estar Acabado (“Síndrome de Burnout”, “Síndrome do Esgotamento Profissional”)
(Z73.0), nos transtornos mentais e do comportamento relacionados com o trabalho. Entre os
agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional que acarretam esse transtorno
estão o ritmo de trabalho penoso (CID-10 Z56.3) e outras dificuldades físicas e mentais relacionadas
com as atividades laborais (CID-10 Z56.6). Resultados: a partir da análise dos dados apresentados
pelo DATASUS, verifica-se, no período de estudo, significativas variações de incidência desse
transtorno mental na população de Montes Claros. Desse modo, considerando a frequência
absoluta de casos entre os anos de 2013 a 2016, observa-se percentis oscilantes desse problema,
com identificação de maior prevalência em indivíduos do sexo masculino, 57,69%, no ano de 2016
em um grupo de 208 profissionais. Em consonância, durante o período pandêmico, apesar da
redução do número absoluto de casos, esse esgotamento profissional, apresentou crescimento no
último ano, sendo os homens, 57,34%, ainda os mais afetados pelo distúrbio, em uma amostra de
143 trabalhadores. Sendo assim, é notória a ocorrência dandrome de Burnout entre profissionais,
sobretudo nos homens, bem como sua real ascensão nesseblico, uma vez que estão vulneráveis
a fatores predisponentes encontrados nas atividades ocupacionais. Conclusão: percebe-se a
relevância desse problema, o qual necessita de maior reconhecimento pelos órgãos de saúde
mundial a fim de que estratégias de enfrentamento eficazes sejam implementadas aos profissionais
acometidos, de modo a melhorar sua qualidade de vida o que, por conseguinte, promoverá também
melhoria na qualidade de assistência aos usuários; e é notória a necessidade da inclusão dessa
condição na Classificação Internacional de Doenças, pelo crescentemero de casos desse evento.
Palavras-chave: Transtornos Mentais. Comportamento. Trabalho. Burnout.
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EPIDEMIOLOGIA DA DENGUE EM MONTES CLAROS-MG
CARDOSO, Mayra Domingues¹; ROCHA, Ana Julia Torres Bonfi; SANTOS, Mateus Dias¹
SILVA, Samuel Dos Reis¹; TEIXEIRA, Sophia Rodrigues¹; SIQUEIRA, Leila das Graças²
¹ Acadêmica de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
² Enfermeiro, Professor adjunto do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivos: descrever a epidemiologia da Dengue no município de Montes Claros Minas Gerais.
Metodologia: trata-se de um estudo documental, transversal e descritivo realizado a partir de dados
coletados no tio eletrônico e acesso livre do Boletim Epidemiológico publicado no Painel de
Monitoramento de Casos da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES/MG). Este estudo
foi desenvolvido com a utilização de dados secundários referentes aos casos notificados (prováveis),
casos confirmados e registro de óbitos por Dengue no estado de Minas Gerais, Macro Norte e
Montes Claros Minas Gerais, referentes ao primeiro quadrimestre de 2023. Nesse estudo foram
seguidos todos os princípios éticos da Resolução 466 de 2012 do Conselho Nacional de Saúde, sendo
assim, por se tratar de dados blicos disponibilizados na internet, o houve a submissão do
estudo ao Comi de Ética. Resultados: de acordo com os dados levantados no painel de
monitoramento da SES/MG no primeiro quadrimestre de 2023identificou-se que houve 253.058
notificações, destas, 112.313 pacientes foram confirmados com dengue e 61 evoluíram para óbito
no estado de Minas Gerais. A região Macro Norte do estado notificou no mesmo período um total
de 35.981 casos, destes 9.914 foram confirmados e 04 evoluíram para óbito. Em relação ao
município de Montes Claros - Minas Gerais, foi evidenciado um total de 18.443 notificações, destas,
4.617 foram confirmadas. Um paciente apenas evoluiu para óbito. Assim pode-se descrever que a
maioria dos casos foram classificados como dengue comum, não precisaram ser hospitalizados e
evoluíram para cura. Com isso, através da listagem de informações pelas varveis analisadas, foi
viável identificar o número de casos registrados e confirmados de Dengue no município estudado.
Conclusão: após análise do perfil epidemiológico da dengue em Montes Claros Minas Gerais,
durante os 4 primeiros meses do ano de 2023, foi possível observar uma situação preocupante na
cidade, com um alto número de casos suspeitos notificados da doença. Além disso, tornou-se
possível também a observação de um elevado número de casos confirmados de dengue na região
Macro Norte e no estado de Minas Gerais. Por fim, nota-se a importância desse estudo para se
conhecer o perfil epidemiológico da dengue na população em âmbito regional e estadual e, o
mesmo ainda contribuiu com dados e informações importantes a serem utilizadas na elaboração e
planejamentos de medidas de combate e prevenção desta doença, a fim de que haja uma
implementação de políticas públicas efetivas que atendam às necessidades da população de
maneira satisfaria.
Palavras-chave: Dengue. Epidemiologia. Casos Notificados. Saúde Coletiva.
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A ADESÃO ÀS MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA PELOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NOS
SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
MARTINS, Bianca Gonçalves¹; SILVA, Larissa Gonçalves¹; OLIVEIRA, Luca Ribeiro de¹; SOUZA, Vitória
Cristina Ferreir; CARRASCO, Viviane²
¹ Acadêmico(a) do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
² Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros
(Unimontes).
Objetivo: verificar a adesão às medidas de biossegurança pelos profissionais de enfermagem nos
serviços de urgência e emergência de acordo com publicações científicas dos últimos 5 anos.
todo: trata-se de uma revisão integrativa de literatura, parte do projeto de extensão Liga
Acadêmica de Urgência e Emergência aprovado pela resolução Cepex/Unimontes 284 de 15 de
dezembro de 2022. Foi realizado um levantamento na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS), utilizando os seguintes descritores: "Biossegurança"; "Enfermagem"; "Serviço Hospitalar de
Emergência", em abril de 2023 e obedecendo os seguintes critérios de inclusão: textos completos
disponíveis na íntegra; publicados nos últimos 5 anos; em português, inglês e espanhol. Foram pré-
selecionados 4 artigos e após leitura integral 3 artigos foram escolhidos, adotando o critério de
exclusão para publicações repetidas. Resultados: a equipe de Enfermagem nos serviços de urgência
e emergência é a mais suscetível, principalmente, aos riscos biológicos, com exposição a fluidos
corporais durante a realização de procedimentos assistenciais. A maior parte tem conhecimento
das medidas de segurança e de precaução padrão (PP) a serem seguidas, com a implementação de
barreiras físicas, químicas e biológicas e o gerenciamento dos resíduos. No entanto, um número
baixo a intermediário de profissionais são aderentes a estas medidas e isto se deve à falta de
conscientização, sobrecarga de trabalho, escassez de EPI 's (equipamentos de proteção individual),
incentivo e capacitação profissional. Sendo as precauções mais utilizadas as luvas, durante
procedimentos invasivos, e os cuidados com o descarte dos perfurocortantes. Entretanto, o uso de
avental, scara e óculos, bem como a separação de resíduos contaminados e execução dos cinco
momentos para higienização das mãos (antes de tocar o paciente, antes de realizar procedimento
limpo/asséptico, após risco de exposição a fluidos corporais, após tocar o paciente e após tocar
superfícies próximas do paciente), possuem menor adesão. Conclusão: em decorrência disso,
percebe-se o quão é necessário o assentimento de medidas de biossegurança por profissionais nos
serviços de urgência e emergência, pois, têm muitos riscos biológicos, ergonômicos e químicos. Para
que possa evitar esses tipos de situações, os profissionais atuantes no serviço devem realizar como
forma principal de prevenção, a padrão. A solução é possível de ser implementada e permite a
correção nas áreas que estão com inconformidades, resultando num processo laboral com menos
riscos e melhor qualidade na assistência prestada. Portanto, torna-se indispensável o
desenvolvimento de ações para promover orientação aos profissionais. Ademais, destaca-se a
importância de mais estudos com este tema, que ainda é pouco difundido na literatura.
Palavras-Chave: Contenção de Riscos Biológicos. Enfermagem. Emergências.
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VULNERABILIDADE ÀS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS DE MULHERES USUÁRIAS DE
UM CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO
VERSIANI, Clara dessia2; HOLZMANN, Ana Paula Ferreira2; DIAS, Cristiano Leonardo2;
MARQUES, Fernanda2; SANTOS, Anne Caroline Chaves Queiroga1; QUINTINO, Raissa Maciejewsky1;
SILVA, Rayane Gonçalves da1
1Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeiro, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: descrever o perfil sociodemográfico e fatores relacionados ao risco de infecções
sexualmente transmissíveis (IST) entre mulheres atendidas em um Centro de Testagem e
Aconselhamento (CTA). Metodologia: trata-se de um estudo de corte transversal e de natureza
quantitativa, realizado no CTA de Montes Claros, MG. Foram incluídas no estudo as mulheres
atendidas neste serviço, no período de 2014 a 2019. A amostra foi calculada pela cnica de
amostragem aleatória e sistemática, considerando-se um erro amostral de 5% e um vel de
confiança de 95%. As variáveis de interesse foram coletadas a partir dos formulários do Sistema de
Informação dos Centros de Testagem e Aconselhamento (SI-CTA), preenchidos pelos
aconselhadores durante o atendimento individual e arquivados no serviço. Para aquelas mulheres
que realizaram mais de um atendimento no período, foi considerado o formulário do primeiro
atendimento. Os dados coletados foram digitados e organizados em planilha do programa Statistical
Package for Social Sciences (SPSS) versão 20, onde foram analisados de forma descritiva. Este
estudofaz parte de um estudo maior intitulado Perfil Epidemiológico, Prevalência e Incidência das
Infecções Sexualmente Transmissíveis entre Usuários do Centro de Testagem e Aconselhamento de
Montes Claros MG, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da universidade Estadual de
Montes Claros (UNIMONTES) sob o parecer de mero 2112313. Resultados: verificou-se maioria
de mulheres solteiras (66,1%), na faixa etária de 25 a 50 anos (57%), de cor não branca (81,7%), em
exercício de atividade remunerada (54,7%) e com oito anos ou mais de estudos concluídos (79,4%).
Quanto aos motivos da procura pelo CTA destacaram-se a prevenção (53,9%), seguida pela
exposição à situação de risco (20,4%) e o encaminhamento por outro serviço (17,5%). Em relação
às características comportamentais, o uso de álcool e outras drogas no último ano foi relatado por
214 mulheres (51,7%). A maioria das mulheres se declarou heterossexual (97,3%) e informou
apenas um parceiro sexual no último ano (61,6%). Quanto ao uso do preservativo, observou-se que
a minoria das mulheres fez uso regular do insumo no último ano, tanto nas relações fixas (7,5%)
quanto nas eventuais (24,3%). Conclusão: os resultados encontrados permitiram constatar que o
blico feminino que busca atendimento no CTA de Montes Claros é composto, principalmente, por
mulheres adultas jovens, em plena idade reprodutiva e produtiva, solteiras e com boa escolaridade.
A prevenção foi a motivação da maioria das mulheres para realização da testagem, revelando a
baixa percepção de risco desse grupo. Verificou-se maior vulnerabilidade destas mulheres às IST em
virtude do uso de álcool e/ou outras drogas, possivelmente relacionado a baixa adesão ao
preservativo, observada nesse estudo, tanto com parceiros fixos quanto casuais. Tais
comportamentos podem também estar relacionados à baixa percepção de risco no sexo, comum
nos contextos de relacionamentos estáveis, à submissão feminina e à dificuldade de negociação do
uso do preservativo, condições normalmente associadas às desigualdades de poder entre homens
e mulheres.
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Palavras-chave: Mulheres. Vulnerabilidade. Infecções Sexualmente Transmissíveis
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ACIDENTES COM MATERIAIS BIOLÓGICOS COM MEMBROS DA EQUIPE
DE ENFERMAGEM: REVISÃO INTEGRATIVA
ALMEIDA, Débora Natália Menezes1; SILVA, Lavínya Cardoso da1;
GUSMÃO, Ricardo Otávio Maia Gusmão2; ARAÚJO, Diego Dias de2
¹Acadêmico do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes),
Minas Gerais, Brasil.
²Professor do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros
(Unimontes), Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: identificar na literatura o perfil e fatores associados aos acidentes com materiais biológicos
envolvendo profissionais da equipe de enfermagem. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa
da literatura realizada no Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O levantamento das
publicações indexadas foi realizado em abril de 2023, utilizando estratégia de busca composta pelos
seguintes descritores “Materiais biológicos AND “acidentes” AND “Enfermagem”. Após pesquisa
nas bases de dados LILACS, IBECS e BDENF foram adotados para seleção dos artigos os seguintes
critérios de inclusão: textos completos; publicados no idioma português nos últimos 5 anos.
Resultados: inicialmente foram identificados 12 estudos potencialmente elegíveis, selecionando-se
ao final 6 artigos. Ao analisar os artigos na íntegra, verificou-se que, a prevalência dos acidentes com
materiais biológicos nas equipes é de aproximadamente 38%. Dentre os profissionais de
enfermagem envolvidos nesses acidentes, o perfil encontrado foi: profissionais de nível técnico, do
sexo feminino, na faixa etária de 30 a 49 anos e em trabalhadores com carteira assinada que
trabalham por um longo período de tempo em uma mesma instituição. Quanto a forma de exposição
a materiais biológicos mais citadas destaca-se a percutânea (cerca de 75,8%). A circunstância dos
acidentes foi maior durante punção arterial/venosa, seguida de administração de medicação
endovenosa. Entre os materiais orgânicos que os profissionais citados tiveram maior contato nos
acidentes ressalta-se o sangue e acerca do tipo de agente em que esses trabalhadores se lesionaram,
destaca-se a agulha com men. Após a exposição, alta porcentagem dos acidentados não
oficializaram a notificação e, a respeito da cobertura vacinal contra hepatite B, muitos o estavam
imunizados. Em relão aos possíveis fatores associados aos acidentes com materiais biológicos, os
mais citados foram: falhas de supervisão, falta de treinamento, desconhecimento das normas de
biossegurança, dupla jornada de trabalho, sobrecarga de trabalho, distrações, turno, baixos salários
e/ou atrasos salariais, o mero insuficiente de trabalhadores para realização das rotinas de
enfermagem, não utilização ou uso inadequado de equipamentos de proteção individual (EPI’s),
fragilidade no descarte de materiais perfuro-cortantes ou descuido no seu manuseio, inexperiência
profissional, burocratização, fragilidade na adoção de precauções padrão, cansaço físico e mental,
e condições de trabalho inadequadas. Conclusão: evidencia-se a importância da identificação das
condições que contribuem para a ocorrência dos acidentes laborais, havendo a necessidade da
ampliação da discussão acerca da temática, a fim de implementar intervenções fundamentadas em
evidências científicas nos ambientes de trabalho, contribuindo para a prevenção do problema e
promoção da saúde dos profissionais.
Palavras-chave: Biossegurança. Materiais Biológicos. Acidentes. Enfermagem
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DO PLANEJAMENTO FAMILIAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: RELATO
DE EXPERIÊNCIA
SILVA, Victória Peres1; BARBOSA, Tayna Gonçalves1; LIMA, Iandhela Cristiny Alves2; AGUIAR, Bruna
Menezes2; RIBEIRO, Raiana Araújo2; DIONÍZIO, Andra Aparecida da Silva3
1 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem. Universidade Estadual de Montes Claros
(UNIMONTES).
2 Enfermeira Residência Multiprofissionalem Saúde da Família. Universidade Estadual de Montes Claros
(UNIMONTES).
3 Mestre em Ciências da Saúde. Docente do Departamento de Enfermagem. Universidade Estadual de
Montes Claros(UNIMONTES).
Objetivo: relatar a experiência vivenciada por acadêmicas durante uma educação em saúde sobre
planejamento familiar. Metodologia: trata-se de um relato da experiência vivenciada por
acadêmicas de enfermagem, integrantes do Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-
Saúde), durante o acompanhamento e participação em uma educação em saúde sobre
planejamento familiar, conduzida por enfermeiras da Equipe de Saúde da Família, para usuários
atendidos em uma unidade básica de saúde. A ação foi constituída por duas etapas: inicialmente,
com uma educação em saúde acerca do sistema reprodutor e métodos contraceptivos e,
posteriormente, a realização de atendimento individualizado. Resultados: a educação em saúde foi
conduzida de forma dialogada, com linguagem clara e objetiva, possibilitando melhor compreensão
do assunto. Com o auxílio de imagens ilustrativas, foram descritos a composição do sistema
reprodutivo masculino e feminino e explicado como ocorre o processo de concepção. Além disso,
também, por meio da exposição dos dispositivos contraceptivos, foram explanados os diferentes
métodos disponibilizados gratuitamente pela rede de atenção à saúde, bem como o seu mecanismo
de funcionamento, sendo apresentadas as opções hormonais injetáveis e não injetáveis, reversíveis
e não reversíveis, e também, os métodos de barreira. Foi aberto momento para que os participantes
pudessem sanar as vidas ou compartilhar alguma experiência. Em seguida, os usuários foram
orientados e conduzidos para consulta de enfermagem individual. Inicialmente, ocorreu a escuta e
acolhimento do desejo do paciente, em relação a opção contraceptiva escolhida, e também, era
coletado informações acerca de sua identificação e histórico de saúde, como a idade e estado civil,
os métodos utilizados, o número de filhos, período no qual surgiu o desejo de aderir a
determinado, patologias e uso de medicações, entre outros. No transcurso do atendimento de
enfermagem, foram feitas as prescrições, orientações sobre a alternativa escolhida, além de
informações sobre os fluxos, documentações e encaminhamentos que seriam necessários.
Conclusão: a experiência permitiu com que as acadêmicas pudessem integrar o conhecimento
teórico com a prática vivenciada pelos profissionais de enfermagem da atenção primária. Uma vez
que, é garantido aos usuários, o acesso à informações seguras, pôde-se observar que as educações
em saúde sobre planejamento familiar, permite com que os usuários compreendam os mecanismos,
funcionamentos e opções que são disponibilizadas na rede, tornando possível a escolha de um dos
métodos que melhor atenda a sua necessidade e respeite a sua realidade. Também, os
atendimentos individualizados proporcionam maior centralidade nas especificidades do usuário.
Assim, foi possível perceber, que o enfermeiro possui importante função para a execução das
reuniões sobre o planejamento familiar.
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Educação em Saúde. Enfermagem. Planejamento
Familiar.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
72
ASSISTÊNCIA INTERPROFISSIONAL À GESTANTE NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
RAMOS, Anna Flávia dos Santos1; OLIVEIRA, Ana Karolina Correa1; CAMPUS, Ana Clara
Nascimento2; GUSMÃO, Karine Rocha3; BARBOSA, Emilly Araújo3; DIONIZIO, Andra Aparecida da
Silva4; PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes4
1 Acadêmica de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Acadêmica de Odontologia, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3 Acadêmica de Medicina, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
5 Mestre em Ciências. Docente da Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais,
Brasil.
Objetivo: descrever as percepções e atitudes de profissionais da Estratégia de Saúde da Família
sobre as relações interprofissionais na assistência ao pré-natal. Metodologia: trata-se de um estudo
descritivo de caráter qualitativo realizado no período de dezembro de 2022 a abril de 2023 em
Estratégias de Saúde da Família (ESF) no município de Montes Claros-MG. A pesquisa ainda se
encontra em andamento, pois o ponto de saturação de dados ainda não foi atingido, sendo assim,
serão descritos os resultados parciais. Participaram do estudo profissionais de curso superior que
compunham as equipes de ESF. Os critérios de inclusão utilizados: ser dico ou enfermeiro ou
cirurgião dentista integrantes da equipe de saúde e foram excluídos aqueles que estavam emrias
ou licença durante o período da coleta. O levantamento de dados ocorreu a partir de entrevistas
semiestruturadas que foram gravadas e transcritas utilizando o todo de análise de discurso.
Resultados: foram coletadas 13 entrevistas com seis Cirurgiões Dentistas, três dicos e quatro
Enfermeiros. O perfil dos entrevistados: Idade entre 25 a 30 anos, a maioria do sexo feminino e
atuando mais de um ano na ESF. Quanto à temática investigada, percebe-se que não um
entendimento claro sobre a interprofissionalidade no atendimento à gestante, visto que grande
parte desses profissionais entendem como sendo o atendimento integral aquele feito por todas as
categorias profissionais separadamente. Sendo assim, é possível constatar que poucos especialistas
aplicam corretamente essa ferramenta em seu dia a dia, por falta de conhecimento acerca da
temática,que demonstraram achar necessário discutir a situação do binômio materno-fetal com
outros profissionais somente em caso de uma gestação de risco, quando a presença de condições
sistêmicas que tornam o caso mais complexo ou quando possuemvidas a respeito do estado de
saúde da gestante. Além disso, foi observado que os profissionais que assistem a essa gestante elaboram
um plano de cuidado sem discutir enquanto equipe, de forma individual. Como consequência disso, os
atendimentos em conjunto acontecem poucas vezes e, quando ocorrem, na maioria das vezes são
entre enfermeiros e dentistas. Conclusão: os profissionais de saúde participantes da pesquisa não
percebem a interdisciplinaridade como uma prática que colabore para uma assistência de maior
qualidade no pré-natal. Falta um entendimento claro do que seja o trabalho interprofissional,
fazendo com que a reduzam a uma discussão esporádica de casos, sem construção colaborativa da
assistência. Há, portanto, necessidade de intencionalidade na implementação dessa prática no
cotidiano das equipes de Saúde da Família.
Palavras-Chave: Atenção Primária à Saúde; Assistência Pré-Natal; Gestação; Relações
Interprofissionais.
Aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa: CEP/UNIMONTES 4.436.577/2022.
Apoio financeiro: Bolsista FAPEMIG.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
73
USO DAS FERRAMENTAS DE ABORDAGEM FAMILIAR NA SAÚDE MENTAL:
UMA REVISÃO INTEGRATIVA
CARNEIRO, Helen Maria Sousa1; FREITAS, Alexsander Quésede Fonseca1; DIONÍZIO, Andra
Aparecida da Silva2; PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes2.
1Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: identificar a efetividade do uso das ferramentas de abordagem familiar na compreensão
da dinâmica familiar de pacientes com doenças mentais. Método: trata-se de uma revisão
integrativa da literatura, na base de dados da biblioteca virtual de saúde (BVS). Foram encontrados
treze estudos com a estratégia de busca “Ferramentas de abordagem familiar” AND “Saúde mental”
AND “Estratégia de saúde da família”. Com base nos critérios de inclusão: estudos disponíveis na
íntegra nos últimos seis anos e que abordaram o uso das ferramentas em famílias com integrantes
portadores de doenças mentais, três estudos foram selecionados para este estudo a partir da leitura
do resumo. Os critérios de exclusão foram: não responder à questão norteadora e revisão de
literatura. Resultados: com a aplicação dos instrumentos, dois estudos evidenciaram que durante o
processo, criou-se um espaço terapêutico à família, que possibilitou a ela formas diferentes de
enfrentamento dos problemas, permitiu o melhor conhecimento e entendimento sobre a doença e
as condições biopsicossociais do núcleo familiar, bem como ampliou e aprofundou o diálogo e
relacionamento entre os membros e, estabeleceu uma relação de confiança com a equipe de saúde.
Houve o aumento da sensibilidade e expressão dos sentimentos, com a abordagem de assuntos que
dificilmente conversariam entre si, se não fosse pela abordagem familiar. Nos três estudos, o uso
do genograma proporcionou uma fácil compreensão das patologias presentes na família e a
avaliação de possíveis causas genéticas; os instrumentos quando compartilhados com a família,
foram capazes de reduzir o sofrimento do paciente e sua família, além de auxiliar na plena
percepção da situão psicossocial pelos próprios profissionais de saúde. Em um dos estudos, a
realização da Conferência Familiar, possibilitou a equipe compreender a situação da família, suas
preocupações, sentimentos, impasses, dinâmica, estrutura, nculo e funcionamento. A partir disso,
foi possível a delimitação de propósitos, discussão das opções para resolução dos problemas e
estabelecimento de um plano terapêutico. A aplicação do APGAR, proporcionou a reflexão de que,
embora a doença mental seja, muitas vezes, vista como uma sobrecarga, não é o fator principal de
diminuição da satisfação e boa convivência com os familiares. Conclusão: conclui-se que a aplicação
das ferramentas em famílias com membros portadores de doenças mentais, é eficaz para direcionar
as ações de promoção e prevenção a saúde da família.
Palavras-chave: Abordagem Familiar. Saúde Mental. Enfermagem.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
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AUTOAVALIAÇÃO DE SAÚDE E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO DE AGENTES COMUNITÁRIOS
DE SAÚDE DE MONTES CLAROS - MG
PEREIRA, Isabel Cristina Alves ¹; DUARTE, Cecília Paiva²;
MAGALHÃES, Tatiana Almeida de³; PINHO, Lucinéia de4
¹Mestranda em Cuidado Primário à Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais,
Brasil.
²Acadêmica de Medicina, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
³Doutora em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
4Doutora em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: descrever a autopercepção de saúde associado e o comportamento sedentário dos
Agentes Comunitários de Saúde (ACS) do município de Montes Claros, Minas Gerais. Metodologia:
trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa analítica, no ano de 2018. A
amostra foi probabilística e constituída por 675 ACS em atuação nas equipes da Estratégia de Saúde
da Família de Montes Claros, Minas Gerais. Foi utilizado um questionário estruturado com variáveis
relacionadas às condições sociodemográficas (sexo e idade), autopercepção de saúde obtida por
meio da pergunta: Em comparação com pessoas da sua idade, como você considera o seu estado
de saúde? As quatro categorias de resposta foram muito bome bome regulare ruim”. O
comportamento sedentário foi mensurado por meio do tempo sentado total (TST), com base nas
informações fornecidas pelo Questionário Internacional de Atividade sica (IPAQ). Realizou-se
análise descritiva e os dados coletados foram categorizados e processados eletronicamente atras
do software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 20.0. Resultados: participaram
do presente estudo 675 ACS, sendo 83,8% do sexo feminino com média de idade de 36,7 anos,
mínimo de 19 e máximo de 68 anos. Em relação à autopercepção de saúde, 7,3% dos participantes
avaliaram sua saúde negativamente, como ruim. O comportamento sedentário esteve presente em
42,2% daqueles que relataram permanecer mais de quatro horas sentados por dia. Conclusão: a
prevalência de autopercepção negativa da saúde e de comportamento sedentário dos ACS é
relevante no presente estudo. Espera-se que os resultados encontrados possam contribuir para
sensibilizar os agentes comunitários da importância da atividade sica para a melhoria da qualidade
de vida e do seu bem-estar geral.
Palavras-chave: Autopercepção. Agentes Comunitários de Saúde. Comportamento Sedentário.
O projeto foi aprovado pelo Comi de Ética em Pesquisa, sob o parecer mero 2.425.756.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
75
SINTOMAS DE ANSIEDADE EM ADOLESCENTES DA REDEBLICA DE ENSINO
QUEIROZ, Camila Lopes1; SANTOS, Matheus Santiago Nunes dos2; AMORIM, Ítala Apoliana
Guimarães3; PESSOA, Vitor José Viana4; PARREIRAS, Lucas Henrique Morais5; OLIVEIRA, Camila
Rosa de6; SILVA, Rosângela Ramos Veloso7.
1Mestranda, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Acadêmico de Medicina, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3Mestranda, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
4Acadêmico de Medicina, Bolsista Desenvolvimento Ciência, Tecnologia e Inovação (BCTI-VI)-
Fapemig
Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
5Acadêmico de Medicina, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
6Doutora, Universidade Estadual de Minas Gerais, Minas Gerais, Brasil.
7Doutora, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: o presente estudo tem como objetivo identificar sintomas de ansiedade entre
adolescentes escolares. Metodologia: este estudo faz parte do Projeto Elcas “Estudo Longitudinal
do Comportamento do adolescente na Atividade sica e Saúde”. Estudo epidemiogico
transversal, realizado com adolescentes, de ambos os sexos, regularmente matriculados no
primeiro ano do ensino médio da rede pública de ensino da cidade de Montes Claros - MG. A coleta
de dados iniciou-se em setembro de 2022, por meio de um questionário auto aplicado. O projeto
foi aprovado pelo Comi de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros (nº:
5.287.269/2022). Os sintomas de ansiedade foram analisados por intermédio das questões da
Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21): “Achei difícil me acalmar”, “Senti minha boca
seca” e “Tive dificuldade em respirar em alguns momentos”. Os adolescentes indicaram o quanto o
sintoma aplicou-se na última semana. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva
por meio do programa estatístico SPSS®. Resultados: foram avaliados 563 adolescentes, sendo 51%
do sexo feminino, com idade média de 15,4 anos (DP±0,74), 71,7% se declararam não brancos,
96,4% encontram-se solteiros e 77,6 o estão trabalhando. Referente ao sintoma Achei difícil me
acalmar”, constatou-se que 38,6% permaneceram a maior parte do tempo ou boa parte do tempo.
para a sintomática “Senti minha boca seca”, evidenciou-se que 36,4% dos adolescentes
permaneceram a maior parte do tempo ou boa parte do tempo com essa manifestação. Enquanto
para o sintoma “Tive dificuldade em respirar em alguns momentos”, os dados apontaram que 28,7%
permaneceram a maior parte do tempo ou boa parte do tempo com essa ocorrência. Conclusão:
pode-se inferir, portanto, que prevalência considerável de adolescentes com os sintomas de
ansiedade avaliados. Sendo assim, esses dados corroboram que o número de adolescentes que
apresentam sintomas de ansiedade é preocupante, pois afeta a capacidade de interagir entre pares,
autoestima, capacidade de concentração e, consequentemente, corrobora para alteração do
desempenho escolar . Além de ser desencadeador de doenças mais graves, como transtorno de
ansiedade, depressão e doenças cardíacas. É importante ressaltar que esse estudo apresenta dados
parciais e que são necessárias mais pesquisas para entender a prevalência de sintomas de ansiedade
em adolescentes escolares e suas possíveis causas. Ademais, é fundamental que sejam
desenvolvidas estratégias para prevenir e tratar a ansiedade em adolescentes, com o objetivo de
promover a higidez, que engloba tanto a saúde mental quanto o bem-estar sico.
Palavras-chave: Ansiedade. Adolescentes. Estudantes.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
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Apoio financeiro: FAPEMIG - Processo: n.APQ-00711-22
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
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PRÁTICA DE CAFÉ DA MANHÃ E SUA ASSOCIAÇÃO AO SEXO EM ADOLESCENTES ESCOLARES
SILVA, Maria Fernanda Gomes da1; PESSOA, Vitor José Viana2,4; SOUZA, Lucas Faustino de3;
OLIVEIRA, Ana Luiza Veloso Fernandes de4; FREITAS, João Víctor Souza4; SILVA, Rosângela Ramos
Veloso5; PINHO, Lucinéia de5
1Bolsista Desenvolvimento Ciência, Tecnologia e Inovação (BCTI-III)FAPEMIG
2Bolsista Desenvolvimento Ciência, Tecnologia e Inovação (BCTI-VI)FAPEMIG
3Mestrando do Programa de s-Graduação em Cuidado Primário em Saúde, Universidade
Estadual de Montes ClarosUNIMONTES
4Graduando(a) do curso de medicina da Universidade Estadual de Montes Claros UNIMONTES
5Docente do Programa de s-Graduação em Cuidado Primário em Saúde, Universidade Estadual
de Montes ClarosUNIMONTES
Objetivo: estimar a frequência do consumo diário de café da manhã por adolescentes escolares e
sua associação quanto ao sexo. Metodologia: este estudo faz parte do Projeto Elcas “Estudo
Longitudinal do Comportamento do adolescente na Atividade sica e Saúde”. Estudo
epidemiológico transversal, realizado com adolescentes regularmente matriculados no primeiro
ano do ensino médio da rede estadual de ensino de Montes Claros - Minas Gerais. A coleta de dados
foi realizada in loco e iniciada em setembro de 2022 por meio de um questionário estruturado auto
aplicado. As informações coletadas foram organizadas e em seguida analisadas no programa
Statistical Package for the Social Sciences® (SPSS). Para avaliar a prática de café da manhã pelos
adolescentes escolares foram investigadas varveis direcionadas ao consumo do café da manhã,
frequência semanal de consumo e distinção em relação ao sexo dos entrevistados. Para análise dos
dados foi realizada estatística descritiva (frequência simples e relativa) e para observar a associação
entre o consumo de café da manhã nos adolescentes escolares e o sexo, teste estatístico qui-
quadrado de Pearson, assumindo nível de significância de p<0,05. Resultados: os resultados desse
trabalho se referem a dados parciais da pesquisa em questão. Foram avaliados 563 adolescentes
com idade média de 15,4 anos (DP±0,74). Destes, 51% (n=287) eram do sexo feminino, 49% (n=276)
do sexo masculino e 71,7% (n=404) não brancos. O hábito de realizar café da manhã diariamente
foi relatado por 47% (n=264) dos adolescentes, 20% (n=110) relataram consumir raramente e 18%
(n=99) relataram não consumir. Em relação ao sexo, 39,9% (n=114) das adolescentes do sexo
feminino realizam diariamente o café da manhã, enquanto 60,1% (n=172), não o realizam, nos
adolescentes do sexo masculino, a prática diária da refeição foi verificada em 54,2% (n=149) dos
entrevistados, enquanto 45,8% (n=126) não a realizam. Foi observada uma associação
estatisticamente significativa entre a prática diária do café da manhã e o sexo (p<0,001). Conclusão:
o consumo do café da manhã foi relatado por aproximadamente metade dos adolescentes do
presente estudo, com uma variação no consumo diário do café da manhã no que se diz respeito ao
sexo. As motivações para esse comportamento ainda o são claras. A prática de ca da manhã
está diretamente relacionada a hábitos e práticas alimentares saudáveis, se destacando como uma
das principais refeições diárias, devido a qualidade do seu aporte nutricional e energético após um
período de jejum. Em vista disso, destaca-se a importância em incentivar este hábito nos
adolescentes escolares.
Palavras-chave: Adolescentes. Consumo Alimentar. Desjejum.
Apoio financeiro: FAPEMIG - Processo: n.APQ-00711-22
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
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Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros
(nº: 5.287.269/2022).
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
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FATORES ASSOCIADOS AO DESCARTE DE LEITE HUMANO DOADO
ANTUNES, Verônica Isabel Veloso Fonseca1; VERSIANI, Clara dessia2; PEREIRA, Luciana Barbosa
Pereira3; SOUSA, Rafael Gomes4; GOMES, Bruna Katerine Godinho5; VERSIANI, Heloise Cohen
Pereira6; VOGT, Sibylle Emilie7
1,2, 3, Mestres em Ciências da Saúde. Universidade Estadual de Montes Claros.
4,5 Enfermagem Obstétrica da Universidade Estadual de Montes Claros.
6 Acadêmica de Medicina. Faculdades Integradas do Norte de Minas
7 Doutora em Saúde da Mulher e da Criança. Universidade Estadual de Montes Claros.
Objetivo: identificar percentual de perda do leite materno doado e fatores associados em um posto
de coleta de leite humano, vinculado a um hospital blico. Metodologia: foi realizada pesquisa
documental, de caráter quantitativo, com dados obtidos a partir dos registros do caderno de
doações e retirada de leite de um posto de coleta de leite humanoPCLH em um hospital público
do norte de Minas Gerais, detentor do tulo “Hospital Amigo da Criança”, no período de janeiro à
dezembro de 2022. Resultados: no período mencionado foram coletados 648,9 litros de leite
materno pelo PCLH da instituição (média mensal de 54,07 litros). A maior quantidade de leite
humano foi coletada em novembro correspondendo a 72,04 litros (11,1% do total de leite coletado).
Em contrapartida, no mês de janeiro foram coletados apenas 26,09 litros, o equivalente a 4,4% do
total. A heterogeneidade do volume coletado pode estar relacionada ao mero de recém-nascidos
internados na unidade de terapia intensiva neonatal da instituição e a aspectos sociais, tais como
as férias escolares. A perda do leite humano doado chegou a 50,3 litros representando 7,7% do total
de leite coletado no período, percentual menor do que o apresentado em outros serviços que
apresentam até 30% de perda. Contudo, os dados foram coletados de fontes secundárias, com risco
de subnotificação. Os motivos associados à perda foram: alteração de PH do leite, após análise de
acidez Dornic realizada no Banco de Leite Humano de referência, representando 50,3% das perdas.
Além de quebras de frascos de armazenamento de leite ocorridos no transporte ou no processo de
pasteurização (34,5%); sujidades (3,9%) e perdas ligadas ao processamento (manipulação dos
frascos 2,9%). O grau de acidez, titulação Dornic, recomendável para o leite humano situa-se entre
1,0 e 8,0°D. Os valores alterados podem estar relacionados ao modo de armazenamento/transporte
ou contaminação do leite por microbiota secundária, o que reforça a necessidade de orientação
adequada às doadoras sobre cuidados e normas para a ordenha, coleta e armazenamento do leite
materno. Neste estudo, a quebra de frascos foi a segunda causa de perda de leite humano
ordenhado LHO, o que reforça a importância da qualidade dos materiais utilizados nesse processo,
dado a todo esforço empregado na doação do leite. Outra causa destacada, a sujidade, também se
relaciona com inadequações do processo de coleta do leite como a falta de proteção de boca e nariz,
não prender cabelos e lavagem inadequada de mãos. Por fim, houveram perdas ligadas à
manipulação dos frascos no processamento, o que envolve a capacitação dos profissionais que
realizam a pasteurização do LHO e qualidade do material utilizado. Conclusão: o percentual de
perda encontrado neste estudo se mostrou menor que dados observados na literatura. Entretanto,
ao analisarmos as causas percebe-se a possibilidade de melhoria no processo, como capacitações
contínuas e avaliação da forma de como essas orientações são repassadas para as mães doadoras.
Sugere-se um maior incentivo por parte dos gestores em formar equipes multiprofissionais no
âmbito da saúde materno-infantil com ênfase na proteção, promoção e incentivo ao aleitamento
materno.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
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Palavras-chave: Aleitamento Materno. Leite Materno. Banco de Leite. Hospital de Ensino.
Enfermagem.
Aprovação Comitê de Ética: CEP/UNIMONTES 4272156/2020.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
81
AUTOAVALIAÇÃO RUIM DE SAÚDE E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO DOS AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS - MG.
PEREIRA, Isabel Cristina Alves ¹; DUARTE, Cecília Paiva²; MAGALHÃES, Tatiana Almeida de³;
PINHO, Lucinéia de4
¹Mestranda em Cuidado Primário à Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais,
Brasil.
²Acadêmica de Medicina, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
³Doutora em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
4Doutora em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: descrever a autopercepção de saúde associado e o comportamento sedentário dos
Agentes Comunitários de Saúde (ACS) do município de Montes Claros, Minas Gerais. Metodologia:
trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa analítica, no ano de 2018. A
amostra foi probabilística e constituída por 675 ACS em atuação nas equipes da Estratégia de Saúde
da Família de Montes Claros, Minas Gerais. Foi utilizado um questionário estruturado com variáveis
relacionadas às condições sociodemográficas (sexo e idade), autopercepção de saúde obtida por
meio da pergunta: Em comparação com pessoas da sua idade, como você considera o seu estado
de saúde? As quatro categorias de resposta foram muito bome bome regulare ruim”. O
comportamento sedentário foi mensurado por meio do tempo sentado total (TST), com base nas
informações fornecidas pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Realizou-se
análise descritiva e os dados coletados foram categorizados e processados eletronicamente através
do software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 20.0. Resultados: participaram
do presente estudo 675 ACS, sendo 83,8% do sexo feminino com média de idade de 36,7 anos,
mínimo de 19 e máximo de 68 anos. Em relação à autopercepção de saúde, 7,3% dos participantes
avaliaram sua saúde negativamente, como ruim. O comportamento sedentário esteve presente em
42,2% daqueles que relataram permanecer mais de quatro horas sentados por dia. Conclusão: a
prevalência de autopercepção negativa da saúde e de comportamento sedentário dos ACS é
relevante no presente estudo. Espera-se que os resultados encontrados possam contribuir para
sensibilizar os agentes comunitários da importância da atividade sica para a melhoria da qualidade
de vida e do seu bem-estar geral.
Palavras-chave: Autopercepção. Agentes Comunitários de Saúde. Comportamento Sedentário.
Aprovação Comitê de Ética: CEP/UNIMONTES2.425.756.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
82
CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS SEGUNDO TRIMESTRE GESTACIONAL POR
MULHERES ASSISTIDAS NA ATENÇÃO PRIRIA À SAÚDE
RODRIGUES, Carolina Amaral Oliveira1; SILVA, Daniel Vinícius Alves2; OLIVEIRA, Priscila Antunes3;
OLIVEIRA, Maria Eduarda Amaral4; SILVA, Rosângela Ramos Veloso5; BRITO, Maria Fernanda
Santos Figueiredo6; PINHO, Lucinéia7
1Mestranda em Cuidado Primário em Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
2Enfermeiro, Hospital Santa Casa de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3Enfermeira, Hospital das Clínicas do Hospital Universitário de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.
4Acadêmica de Medicina, Faculdades Unidas do Norte de Minas, Montes Claros, Minas Gerais,
Brasil.
5,6,7Docentes do Programa de s-Graduação em Cuidado Primário em Saúde, Universidade
Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: analisar o consumo de ultraprocessados segundo trimestre gestacional por gestantes
assistidas na Atenção Primária à Saúde. Metodologia: trata-se de um estudo epidemiológico,
populacional, quantitativo, vinculado ao projeto de pesquisa “ALGE: Avaliação das condições de
saúde das gestantes de Montes Claros, Minas Gerais”. A população da pesquisa foi composta por
gestantes cadastradas em equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Montes
Claros, Minas Gerais, entre os anos de 2018 a 2019. Para a coleta de dados foi utilizado questionário
estruturado contemplando características sociodemográficas e obstétricas; para avaliar o consumo
alimentar utilizou-se o Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFA). Na análise dos
dados, as frequências de consumo dos alimentos foram transformadas em valores diários através
do software Diet Pró®. Para encontrar o Valor Energético Total dos alimentos, os macronutrientes
foram calculados em gramas e multiplicados por 4kcal (Proteína e Carboidrato) e 9kcal (Lipídios) e
em seguida fez-se regra de três para saber o valor de consumo dos alimentos ultraprocessados
(AUP). Em seguida foram feitas análises descritivas com média e desvio padrão para as variáveis
contínuas e frequência absoluta e relativa para as variáveis categóricas. Para estimar e testar a
associação entre a variável dependente (consumo de AUP) e a variável independente (trimestre
gestacional) empregou-se o teste qui-quadrado de Pearson. Os dados foram analisados no software
IBM SPSS Statistics versão 22.0 para Windows®. Resultados: a amostra deste estudo incluiu 820
gestantes de 14 a 46 anos, com idade média de 27,03 anos (±6,68). Cerca de 78,0% viviam com
companheiro, 64,0% tinham concluído o ensino médio e 38,4% tinham renda familiar entre 1 a 2
salários mínimos. Sobre a idade gestacional, 42,8% da amostra estavam no segundo trimestre de
gravidez. A média de consumo dos ultraprocessados na amostra total foi de 700,8 kcal/dia (DP ±
500,5), representando cerca de 30,0% do consumo alimentar diário dessas mulheres. Quando
comparados o consumo de AUP entre os trimestres gestacionais, observou-se que, no primeiro
trimestre 42,7% das gestantes apresentaram consumo de AUP acima da média; quanto ao segundo
e terceiro trimestres, 48,7% das entrevistadas também apresentaram um consumo de
ultraprocessados acima da média. Na análise de associação não houve diferença significativa do
consumo de AUP entre os diferentes trimestres gestacionais (p=0,472). Conclusão: os resultados
deste estudo apontam que os AUP o consumidos com alta frequência na população de gestantes
do município de Montes Claros em todos os trimestres gestacionais. Considerando que a gestação
é um período marcado por grandes transformações para o bimio mãe-feto, é importante que a
mulher mantenha hábitos alimentares saudáveis ao longo desse processo, sendo assim, cabe aos
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profissionais de saúde proporcionarem maiores orientações a esse blico sobre consumir mais
alimentos in natura e minimamente processados e que se evite o consumo de alimentos
ultraprocessados por serem nutricionalmente desbalanceados.
Palavras-chave: Alimentos Industrizalizados. Ingestão de Alimentos. Nutrição da Gestante.
Aprovação Comitê de Ética: CEP/UNIMONTES 2.483.623/2018
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APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DE ABORDAGEM FAMILIAR NA ATENÇÃO PRIRIA: UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA
SOUZA, Luan Martins de¹; BRANT, Camila Magalhães¹; RAMOS, Dayara de Souza¹; RODRIGUES,
Maria Eduarda Silva¹; MARQUES, Talles Rodrigues¹;
SANTOS, Jo Elson Amaral dos²; SOARES, Joanilva Ribeiro³
¹ Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
² Acadêmico de Enfermagem, Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna, Minas Gerais, Brasil.
³ Doutora em Ciências da Saúde, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade
Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: relatar a experiência acerca da aplicação de ferramentas de abordagem familiar a uma
família cadastrada em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) na cidade de Montes Claros - MG.
Metodologia: trata-se de um relato de experiência acerca de um estudo de família na Atenção
Primária à Saúde (APS), desenvolvido por acadêmicos de Enfermagem durante o primeiro semestre
de 2022, acompanhados pela preceptora de estágio. Realizaram-se quatro visitas domiciliares para
coleta de dados, com base em um roteiro semiestruturado segundo o Modelo Calgary. Para o início
do estudo foi apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, o qual foi assinado pela
família, demonstrando sua concordância de participação. Nomes fictícios foram utilizados no
trabalho a fim de preservar a identidade dos envolvidos. Resultados: a família é composta pelo
paciente-índice, Joaquim (61 anos) e sua esposa Joana (58 anos), que possui três filhos: Marta (40
anos), Marcos (37 anos), Mariana (35 anos). O paciente-índice possui Diabetes Mellitus tipo II (DM
II), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), hipotireoidismo e tem mobilidade física prejudicada
relacionada à artrite gotosa e osteoartrose, com uso anterior de dispositivo auxiliar de marcha.
Joaquim, ao momento do estudo, estava em uso de seis medicações de uso contínuo para controle
de suas enfermidades. A família tem suas necessidades de saúde atendidas principalmente pela ESF,
exceto Joaquim, que apresenta dificuldade em se deslocar até a unidade básica devido a sua
mobilidade restrita. O paciente-índice depende da esposa para atender suas demandas, de modo
que Joana é responsável por visitar a ESF para realizar renovações de receitas e retirada de
medicações, o que afeta a qualidade do acompanhamento das suas condições crônicas de saúde. A
partir da entrevista foram estruturadas as ferramentas genograma e ecomapa, que possibilitaram
melhor compreensão da organização e interações familiares. A família possui relação harmoniosa e
se encontra no estágio do ciclo de vida “Casais de meia idade”. Conclusão: Conceber a família como
um complexo e dinâmico sistema, pode possibilitar um entendimento mais claro de como o
processo de saúde-doença afeta seus integrantes. Na família em questão, percebeu-se dificuldade
na adesão ao tratamento correto da HAS, DM II e hipotireoidismo de Joaquim, justificada pela
mobilidade física prejudicada, resultante da artrite gotosa e osteoartrose. Assim, a experiência
vivenciada pelo grupo de acadêmicos possibilitou conhecer o núcleo familiar e a partir de então
entender como a equipe de saúde pode utilizar as ferramentas da abordagem familiar a fim de
compreender a dinâmica familiar para estruturar um cuidado eficaz e com intervenções específicas
necessárias.
Palavras-chave: Estágios do Ciclo de Vida. Abordagem Familiar. Estratégia de Saúde da Família.
Doenças crônicas não transmissíveis.
Aprovação Comitê de Ética: CEP/UNIMONTES 2.896.761/2018.
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CUIDADOS NECESSÁRIOS À VÍTIMA DE PCR E O USO DO DEA
ALVES, Júlia Maria Ferreira1; ANDRADE, Isadora Fernanda Vieira1;
SOUZA, Luana Guimarães1; SILVA, Maria Alice Fróes1;
ANDRADE, Giovana Ferreira1; EVANGELISTA, Christiane Borges2
1Acadêmica de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: este estudo tem como objetivo relatar a experiência da realização do treinamento de uma
equipe sobre os procedimentos e cuidados necessários durante o atendimento a uma tima de
parada cardiorrespiratória PCR) utilizando o Desfibrilador Externo Automático (DEA). Metodologia:
trata-se de um relato de experiência das acadêmicas do timo período da Graduação de
Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros realizado no mês de dezembro de 2022,
em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). O treinamento foi realizado com oito agentes de saúde e
dois técnicos de enfermagem, sob supervisão da preceptora e enfermeira da UBS uma semana antes
da educação foi realizado convites contendo dia, local e horário para o treinamento. Inicialmente,
a ação ocorreu por meio de apresentação de slides ilustrativos explicando sobre o suporte básico
de vida, dando enfoque no reconhecimento dos principais sinais de uma parada cardiorrespiratória,
posteriormente foi demonstrado como utilizar o DEA nesses casos, sozinho ou com a presença de
outras pessoas, o equipamento que estava disponível na unidade, serviu para visualização de todos,
seguindo então passo a passo para que os participantes compreendessem. Resultados: em relação
aos picos, a equipe capacitada demonstrou não ter conhecimentos sobre o uso do DEA,
entretanto, alguns possuíam entendimento sobre as manobras da reanimação cardiorrespiratória,
o que facilitou na simulação do atendimento a tima, tendo a participação dos dois cnicos de
enfermagem, realizando assim as manobras de forma segura e dica. Foram cessadasvidas em
relação ao manuseio do Desfibrilador, e para complemento da educação realizada, foi passado um
deo detalhado explicando sobre a utilização do instrumento. Diante disso, foi produzido um
Procedimento Operacional Padrão, pelas acadêmicas e preceptora, contendo, objetivo, resultados
esperados, quais são os executantes, os recursos necessários e principalmente a descrição
detalhada dos procedimentos, no qual foi impresso e disponibilizado na pasta de documentos da
Unidade para acesso de todos os profissionais, além de disponibilizar em PDF o documento para
todos, facilitando o acesso de leitura em seus smartphones. Foi orientando também quanto ao local
de armazenamento do aparelho, que fosse de cil visualização e acesso. Conclusão: a ação
desempenhada contribuiu para o conhecimento dos profissionais de saúde, em relação à prática do
suporte sico de vida e especialmente como manipular o DEA, uma vez que treinamentos
impactam positivamente no trabalho em equipe e na qualidade da assistência prestada aos
indivíduos. Paras as acadêmicas foi uma experiência desafiadora, que realizar treinamentos da
equipe é papel do enfermeiro e devem ser bem conduzidos, porém serviu para ampliar o
conhecimento da prática educativa sobre os temas abordados, e para a realização de futuros
treinamentos.
Palavras-chave: Treinamento. Parada Cardiorrespiratória. Suporte Básico de Vida.
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PERCEPÇÃO DAS GESTANTES QUANTO À ASSISTÊNCIA INTERPROFISSIONAL NO PRÉ-NATAL NA
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
OLIVEIRA, Ana Karolina Correa¹; FREITAS, Ana Luiza Ferreira¹;
SILVA, Maria Luiza Almeida¹; RAMOS, Anna Flávia dos Santos¹;
PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes²; DIONÍZIO, Andra Aparecida da Silva²
1Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeiro, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: descrever a perspectiva das gestantes sobre a assistência interprofissional ao pré-natal
dentro do contexto das Estratégias de Saúde da Família (ESFs) de Montes Claros - MG. Metodologia:
trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa realizada no período de dezembro de 2022 a
abril de 2023, nas ESFs do município. Como a pesquisa está em andamento, serão descritos apenas
os resultados parciais, uma vez que ainda não se atingiu o ponto de saturação de dados. A população
foi composta por gestantes de baixo risco cadastradas e assistidas totalmente pelas equipes de ESF.
O levantamento de dados aconteceu de forma presencial, por meio de entrevistas
semiestruturadas, individuais e as seguintes perguntas norteadoras: Quais profissionais estão
prestando assistência/ acompanhamento a você? Você foi atendida por mais de um profissional
na mesma consulta? Quais eram? Vo percebe uma comunicação ou diálogo entre estes
profissionais que estão te atendendo? Descreva como. Você acha que as informações e orientações
que foram passadas para você foram decididas em conjunto? Essas perguntas foram gravadas,
transcritas e analisadas segundo o método de análise de discurso, com a devida autorização das
partes entrevistadas. Resultados: até o momento foram entrevistadas cinco gestantes atendidas na
Atenção Primária à Saúde (APS), com idade entre 22 a 36 anos, sendo a maioria com ensino médio
completo, e apenas uma delas com ensino superior incompleto. Em relação a vida profissional, duas
são autônomas, uma atendente de telemarketing, uma está desempregada e a outra é estudante.
No que diz respeito ao estado civil, três declararam-se solteiras e duas casadas. Identificou-se que
quatro iniciaram o acompanhamento pré-natal dentro do preconizado de até doze semanas, com
idade gestacional descrita em três, seis, nove e dez semanas, respectivamente. Nota-se que, apesar
das gestantes terem tido consulta com os profissionais: médico clínico geral, enfermeiro e dentista,
somente uma gestante teve a experiência de passar por um atendimento interprofissional. Logo,
constata-se que não uma clareza ou conhecimento por parte delas quanto à conduta
interprofissional adotada em relação às suas consultas. Ademais, três gestantes citam que a
assistência ocorreu com apenas um profissional na mesma consulta, e duas relatam acreditar
que esses profissionais se comunicam entre si a respeito do seu atendimento. Conclusão: conclui-
se que não uma comunicação clara da equipe com as pacientes assistidas no pré-natal,
interferindo diretamente no conhecimento das mesmas a respeito das informações prestadas sobre
sua saúde. Sendo assim, faz-se necessário que haja o devido compartilhamento das considerações
profissionais a respeito do pré-natal com a gestante, a fim de assegurar uma prestação de cuidados
de modo integral. Todavia, mais entrevistas serão realizadas no intuito de obter mais resultados
conclusivos, pois não atingimos o ponto de saturação de dados.
Palavras-chave: Relações Interprofissionais. Gestantes. Cuidado Pré-Natal. Atenção Primária à
Saúde.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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Aprovação Comitê de Ética: CEP/UNIMONTES 5.580.755.
Apoio Financeiro: Bolsista BIC/UNI.
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ANÁLISE DA CULTURA DE SEGURANÇA DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIOS
BARBOSA, Tayna Gonçalves1; SOUTO, Edna de Freitas Gomes2; MARTINS, Aurelina Gomes3
1 Graduanda em Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)
2 Enfermeira, Mestre em Ciências da Saúde, Docente do Departamento de Enfermagem,
Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)
3 Enfermeira, Mestre em Saúde Pública, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade
Estadual de Montes Claros (UNIMONTES).
Objetivo: analisar a cultura de segurança de profissionais de enfermagem perioperatórios em um
hospital universitário. Metodologia: trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, descritiva e
transversal, ocorrido no período de outubro/2022 a abril/2023, realizado com profissionais de
enfermagem que atuavam na linha cirúrgica em um hospital universitário. Os critérios de inclusão
consistiram em profissionais de enfermagem, que prestavam assistência direta aos pacientes no
processo cirúrgico e que concordaram em participar da pesquisa. Os dados foram coletados por
meio do instrumento validado, Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC), que possui 12
dimensões e 42 itens, referentes a elementos existentes em uma cultura de segurança. Considerou-
se áreas fortes da cultura, aquelas cujos itens obtiveram percentual de 75% ou mais de respostas
positivas, e as áreas frágeis da cultura, englobou aquelas cujos itens obtiveram percentual de 50%
ou menos de respostas positivas. As informações obtidas foram armazenadas em um banco de
dados no Excel e posteriormente importados para o software Statistical Package for the Social
Sciences versão 20.0, para a análise descritiva dos dados. Resultados: participaram da pesquisa 34
profissionais de enfermagem. Destes, predominaram, participantes do sexo feminino (79%), com
idades entre 36 e 45 anos (59%). Quanto ao grau de instrução, grande parte possuía pós-graduação
(35%), seguido de ensino médio completo (32%). A maioria dos participantes eram Técnicos de
Enfermagem (79%), atuavam na clínica cirúrgica (62%) e possuíam entre 11 e 15 anos de atuação
no serviço (62%). Em relação à análise da cultura de segurança, do total de 12 dimensões, em 8
obteve-se percentual de respostas positivas inferiores a 50%, sendo consideradas, portanto, como
áreas frágeis da cultura, sendo elas: apoio da gerência do hospital para segurança do paciente;
percepção geral da segurança do paciente; feedback e comunicação sobre os erros; frequência de
eventos relatados; trabalho em equipe entre as unidades hospitalares; adequação de profissionais;
passagens de plantão/turno e transferências internas e respostas não punitivas aos erros. Além
disso, 64,7% dos participantes apontaram não ter realizado nenhuma notificação de eventos nos
últimos 12 meses. Conclusão: A partir da análise da cultura de segurança dos profissionais, por meio
da identificação das áreas frágeis e fortes da cultura, é possível direcionar as medidas de melhoria
e aperfeiçoamento. O instrumento HSOPSC permitiu identificar as dimensões da cultura que
carecem de maior intervenção e sobretudo, avaliar a eficácia das medidas implementadas para
promoção da segurança do paciente. Como a enfermagem realiza importante atuação no cuidado
ao paciente ao longo do processo cirgico é fundamental que sejam estabelecidas medidas que
garantam a prevenção de eventos adversos e redução dos riscos aos pacientes ocasionados pela
assistência à saúde.
Palavras-chave: Enfermagem Perioperatória. Cultura Organizacional. Segurança do Paciente.
Aprovação do Comitê de Ética em PesquisaUNIMONTES, 5.691.896
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VACINAS CONTRA A COVID-19: DA EXPECTATIVA À REALIDADE.
DURÃES, Jacqueline Nascimento 1; SOARES, Raquel Guso2; BRAZ, Patrícia Pereira Alves3;
GUEDES, Ana Beatriz Mota4, BASTOS, Sabrina Durães5
1Enfermeira graduada pela Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2 Mestre em Ciências da Saúde pelo PPGCS, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
3 Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
4 Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
5 Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: avaliar, os possíveis efeitos das vacinas contra a Covid-19 na taxa de morbimortalidade na
população da cidade de Montes Claros/MG. Metodologia: pesquisa documental, retrospectiva e
descritiva, com abordagem quantitativa realizada no ano de 2022, a partir da coleta dos dados
blicos dos Sistemas de Informação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Resultados: o
primeiro caso de Covid-19 foi confirmado em Montes Claros, no dia 05/04/2020. A imunização foi
iniciada em janeiro de 2021 e até setembro de 2022 atingiu 83,6% de cobertura vacinal com duas
doses de um dos imunizantes. Foram notificados, no período estudado, 337.221 casos suspeitos de
Covid-19, sendo que 89.335 casos foram confirmados 2.634 hospitalizações e 1.089 que evoluíram
para o óbito (1,22%). Por esse viés, em relação à mortalidade, apesar de o sexo feminino possuir
percentual maior de adoecimento, 55% dos óbitos ocorreram em indivíduos do sexo masculino,
com predominância da faixa etária ³ 60 anos (67,4%). Observou-se ainda que a faixa etária de 30 a
39 anos possui o maior percentual de casos confirmados, enquanto os indivíduos com idade ³ 60
anos possuem o maior quantitativo de óbitos. Nesse âmbito, dentre os 1089 óbitos, 25,89%
ocorreram em cidadãos com esquema vacinal completo (duas doses de um dos imunizantes).
Destes, a maioria pertencia a faixa etária ³ 60 anos (86,87%), e ao sexo masculino (54,29%). Em
relação aos não vacinados, a maioria pertencia à faixa etária ³ 60 anos (61,46%), destes 56,79%
morreram antes da disponibilidade do imunizante para sua idade. E 13,96% dos óbitos ocorreram
em indivíduos que apesar de elegíveis à imunização não foram vacinados, com prevalência dos
indivíduos com 60 anos ou mais. Sendo assim a taxa de incidência manteve média de 713,29/100
mil habitantes no período de abril de 2020 a setembro de 2022, a taxa de mortalidade 8,69/100 mil
habitantes e a taxa de letalidade 1,69%. Comparando-se os períodos de agosto e setembro de 2020,
março a abril de 2021, janeiro e fevereiro de 2022 e junho e julho de 2022, denominados
respectivamente: primeira, segunda; terceira; e quarta ondas da Covid-19, observaram-se períodos
com crescimento exponencial da taxa de incidência, entretanto houve uma redução gradual, apesar
da variabilidade de mutações, quanto às taxas de mortalidade e letalidade. Conclusão: nesse
sentido, foi possível constatar que após a introdução da vacinação houve uma diminuição na taxa
de mortalidade e observou-se ainda que o mero de óbitos entre os vacinados foi inferior em
relação aos não vacinados. E quando consideradas as porcentagens de óbitos entre vacinados por
tipo de vacina, houve resultado superior à eficácia sugerida pelos laboratórios produtores, o que
ratifica a importância das vacinas como estratégia de grande relevância para o combate à Covid-19.
Palavras-chave: Vacinas Contra COVID-19. Cobertura Vacinal.
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LEVANTAMENTO E MONITORAMENTO VACINAL EM UMAESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
SILVA, Rayane Gonçalves da¹; SANTOS, Anne Caroline Chaves Queiroga2; TORRES, Jaqueline D’
Paula Ribeiro Vieira3; TELES, Mariza Alves Barbosa4; DINIZ, Hellen Juliana Costa5; DAVID, Gizele
Ferreira 6; BINS, Ilka Santos7
1,2Acadêmica Do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes
Claros;
3Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros;
4Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros
5Mestre em Saúde, Sociedade e Ambiente pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
MucuriUFVJM;
6Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais;
7Residência em Medicina de Família e Comunidade pela Universidade Estadual de Montes Claros.
Objetivo: relatar a experiência de acadêmicas de graduação em enfermagem no desenvolvimento
de ações para o levantamento e monitoramento da situação vacinal de crianças com idade menor
ou igual a dois anos e das gestantes, em uma equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) de
Montes Claros/MG. Metodologia: trata-se de um relato de experiência, fruto das atividades
curriculares na Atenção Primária à Saúde, realizado por estudantes do nono período do curso de
Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros. As ações ocorreram no
período de março e abril de 2023, na área de abrangência de uma ESF, localizada no município de
Montes Claros/MG. Resultados: para a realização do processo de levantamento e monitoramento
vacinal fez-se necessário desenvolver um plano de ação baseado na ferramenta 5W2H, a fim de
alinhar as atividades a serem desenvolvidas pela equipe multiprofissional e acadêmicas durante o
semestre letivo, tendo por objetivo melhorar a cobertura vacinal da população alvo. Inicialmente as
acadêmicas elaboraram uma planilha no Excel, disponibilizada no Google Drive, contendo os dados
de identificação de todas as crianças e gestantes cadastradas na área de abrangência, disponíveis
nos relatórios do E-SUS, além de conter todas as vacinas recomendadas para as faixas etárias do
público-alvo. Posteriormente, essas planilhas foram preenchidas e revisadas com dados referentes
à imunização encontrados nas fichas B e C utilizadas pelos agentes comunitários de saúde (ACS) e
no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Após, foi realizado e
apresentado o levantamento atual da situação encontrada para a equipe multiprofissional da ESF.
Posteriormente, foi elaborado um cronograma de consultas mensais de puericultura e pré-natal, de
acordo com a frequência recomendada pelo Ministério da Saúde, e incluindo consultas médicas e
de enfermagem, para garantir o acompanhamento efetivo das crianças e gestantes. Conclusão: a
importância da vacinação no contexto pós-pandemia vem crescendo a cada dia mais, pois devido
as medidas de segurança adotadas, o registro e a própria vacinação com os imunobiológicos
constantes no PNI, ficaram prejudicadas. Sendo assim, o processo de levantamento e
monitoramento vacinal possibilitou a análise das vacinas que contém baixa adesão ou a baixa
alimentação no sistema de informação do PNI. Além disso, as atividades contribuíram na percepção
crítica e reflexiva das acadêmicas de enfermagem a respeito da importância do correto
acompanhamento e atualização das informações sobre a situação vacinal real da população e assim,
desenvolver estratégias voltadas ao aumento da cobertura vacinal da população.
Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família (ESF). Vacina. Levantamento de Dados.
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A UTILIZAÇÃO DO PERICÁRDIO BOVINO NA REALIZAÇÃO DE CIRURGIAS CARDÍACAS
MARINHO, Bianca Pabline Veiga1; QUEIROZ, Ellem Vitória Ferreira¹; PEREIRA, Esther
Martins1; ARAÚJO, Diego Dias de2
1Acadêmicas de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2 Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
Objetivo: identificar na literatura a utilização do pericárdio bovino como enxerto na realização de
cirurgias cardíacas no tratamento de cardiopatias congênitas. Metodologia: trata-se de uma revisão
integrativa da literatura realizada no Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases
de dados intenacionais MEDLINE e LILACS, juntamente com a base de dados brasileira Sec. Est.
Saúde SP. O levantamento das publicações indexadas foi realizado em março de 2023. Para a
identificação dos estudos sobre a temática foi utilizada estratégia de busca composta pelos
seguintes descritores: procedimentos cirúrgicos cardiovascularesAND pericárdioe prótese
ANDpericárdio”, empregando-se como critérios de seleção: textos completos em português, sem
limitação de tempo. Resultados: inicialmente foram identificados sessenta e cinco estudos
potencialmente elegíveis, selecionando-se ao final nove artigos relacionados diretamente com o
tema. Ao analisar os artigos na íntegra, verificou-se que a maioria dos pacientes portadores de
cardiopatias congênitas foram submetidos a reconstruções cardiovasculares utilizando-se o
conduto valvulado de uma membrana de pericárdio bovino, fixada em glutaraldeído e conservada
em formaldeído, que possui propriedades sicas (tensão, elasticidade e resistência), que são
indispensáveis para sua utilização, pois torna o manuseio cirúrgico do conduto mais cil e garante
uma melhor adaptabilidade dentro do saco do pericárdico. Dentre as utilizações da prótese bovina,
as principais reconstruções cirúrgicas realizadas foram a comunicação interventricular,
comunicação interatrial, dissecções, aneurismas rticos e ventriculares, que são graves
complicações do miocárdio, com importante repercussão clínica (insuficiência cardíaca,
tromboembolismo, angina pectoris e arritimias), sendo responsável pela diminuição da função
ventricular e por grande parte da mortalidade dos pacientes infartados. Evidenciam-se que,
ocorreram poucas incidências de complicações e rejeições, houve alguns casos raros, surgidos
tardiamente, que comprometeram os resultados das cirurgias, como infecções envolvendo o
conduto valvulado, essas infecções geraram uma degeneração secundária do conduto valvulado
que resultaram na formação de pseudo-aneurismas. em outros casos, os pacientes operados
apresentaram uma ótima evolução clínica pós-operatória, tendo o conduto valvulado com um
excelente aspecto e sem nenhuma evidência de obstrução. Conclusão: conclui-se, portanto, que a
utilização de pericárdio bovino tem evidenciado um importante avanço no todo de reconstrução
cardiovascular no tratamento de cardiopatias congênitas, mostrando resultados funcionais
superiores e baixa mortalidade, na grande maioria dos casos houve o aumento da função
ventricular, com uma boa evolução clínica pós-operatória sem ocorrência significativa de
intercorrências, no entanto, mais estudos devem ser realizados para determinar com maior
exatidão as consequências de sua utilização a longo prazo e conferir sua viabilidade na qualidade
de vida dos pacientes.
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Palavras-chaves: Bovino. Cardiovascular. Cirurgia. Pericárdio. Realização.
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OS CUIDADOS PALIATIVOS ASSOCIADOS AOS INSTRUMENTOS BÁSICOS DA ENFERMAGEM
SERPA, Danielle Fernanda Santos¹; SILVA, Jeniffer Eduarda Firmino Almeida¹; DIAS, Orlene Veloso²
¹Graduanda em Enfermagem – Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais,
Brasil;
²Doutora, Professora Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: compreender como os instrumentos básicos da enfermagem influenciam positivamente
nos cuidados paliativos. Metodologia: realizou-se uma revisão narrativa da literatura para obtenção
de conhecimento acerca da influência dos instrumentos básicos nos cuidados paliativos. A questão
norteadora foi: Como os instrumentos básicos influenciam no cuidado a pacientes terminais? Os
artigos foram identificados na base de dados Scientific Eletronic Library (SciElo). Foram considerados
artigos em português, disponíveis na íntegra e dos últimos cinco anos e documentos de órgãos
oficiais, Organização Mundial de Saúde e Conselho Federal de Enfermagem. Resultados: os
cuidados paliativos são definidos pela Organização Mundial de Saúde como cuidados promovidos
por uma equipe multidisciplinar que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus
familiares, diante de uma doença que ameace a vida. O Conselho Federal de Enfermagem
reconheceu, no ano de 2021, a enfermagem em cuidados paliativos como área de conhecimento da
enfermagem. Os cuidados paliativos exercidos pela enfermagem devem ser baseados em princípios
éticos e humanizados, associados a destreza manual, comunicação, observação, criatividade e
também a aplicação dos princípios científicos. É necessário que o profissional desses serviços tenha
uma visão holística e saiba oferecer um conforto que abranja não o bem estar físico, mas também
o emocional e social, de maneira a auxiliar o paciente no convívio com a doença que o atinge sem
afetar de maneira extrema sua vida e seu psicológico. Os instrumentos básicos da enfermagem são
fundamentais para o profissional prestar um atendimento personalizado, de maneira que possa
atender as necessidades do usuário de forma integral e individualizada. Conforme os conceitos
éticos, o enfermeiro deve priorizar o bem estar do paciente, fazendo o possível para atender suas
necessidades e respeitar sua autonomia. Nesse contexto, é essencial que o profissional de
enfermagem, inserido em uma equipe multiprofissional, aja com compaixão, aplicando
conhecimentos científicos de forma humanizada e criativa nos cuidados de enfermagem oferecidos
na prevenção e alívio do sofrimento, por meio da identificação precoce, avaliação e tratamento de
dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Conclusão: os estudos apontaram
como o uso dos cuidados baseados nos instrumentos básicos da enfermagem interferem
positivamente no cuidado ao paciente paliativo, desse modo, oferecendo um conforto maior a esse
paciente e apoio aos familiares. A influência desses cuidados na vida não do paciente, mas
também dos familiares é de extrema importância, pois atende a pessoa com doença que ameace a
vida, considerando sua individualidade.
Palavras-chave: Cuidados Paliativos. Instrumentos Básicos. Enfermagem.
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PAPEL DO ENFERMEIRO NA SALA DE VACINA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
RESENDE, Lucas Gabriel Pimenta¹; VIANA, Maria Eduarda Martins1; CASTRO, Samuel Reciêr de
Cerqueira1; ROCHA, Maria Fernanda Batista1; BRAZ, Patrícia Pereira Alves1; SOARES, Raquel2
Gusmão2; MACIEL, Ana Paula Ferreira2
¹Acadêmico de Enfermagem da Unimontes;
2Mestre em Ciências da Saúde – Unimontes.
Objetivo: realizar uma revisão integrativa de literatura acerca da atuação do profissional de
enfermagem na sala de vacina. Metodologia: trata-se de um estudo de natureza descritiva em que
foi feito um levantamento nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando os
seguintes Descritores em Ciências da Saúde: “Enfermagem” and “Vacinação”; os critérios de
inclusão foram: textos completos, publicações no idioma português dos últimos cinco anos, com o
assunto principal: Atenção Primária à Saúde. Foram excluídos os artigos que não tratavam
diretamente do tema, sendo identificados inicialmente 48 resultados potencialmente elegíveis.
Após leitura dos títulos e resumos, permaneceram oito artigos utilizados nesta revisão. Resultados:
os estudos apontam que o enfermeiro exerce um papel primordial no que se refere à supervisão e
registro de vacinação, pois deve ser responsável por todas as atividades desenvolvidas na sala de
vacina. O cumprimento da função de supervisionar assegura uma correta conservação dos
imunobiológicos, que deve ser praticada de forma direta, sendo o enfermeiro o responsável por:
conhecer, controlar e garantir a reposição semanal do estoque de vacinas do setor, fazer o
gerenciamento da cadeia de frio, verificar semanalmente as validades dos imunobiológicos, e
realizar o controle de materiais logísticos, a fim de garantir que todos os procedimentos sejam
realizados de forma adequada pela equipe de enfermagem. A conservação de vacinas é considerada
a etapa mais essencial no processo de imunização. Dessa maneira, o enfermeiro deve sempre buscar
manter o elo da cadeia de frio em todas as instâncias, garantindo a manutenção da temperatura de
acordo com as orientações do fabricante. A presença do enfermeiro na sala de vacina mostrou-se
fundamental, uma vez que, se houver intercorrências, o profissional tem responsabilidade na
resolução de problemas, evitando maiores danos aos pacientes, aos imunobiológicos e aos
equipamentos da sala, além de supervisionar e orientar os pacientes e acompanhantes nos
momentos de administração da vacina. Em relação ao registro de vacinação, o Ministério da Saúde
(MS) alerta importantes funções que o enfermeiro deve observar e executar, como: o registro no
cartão de vacina deve ser completo, contendo todas as informações necessárias para o
acompanhamento da situação vacinal de cada indivíduo, além do aprazamento, que deve ser
calculado com base no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Conclusão: diante do exposto,
elucida-se a importância do papel do enfermeiro na sala de vacinação que envolve a supervisão e
registro adequado da imunização. O profissional de enfermagem deve assegurar a conservação
adequada dos imunobiológicos, gerenciar a cadeia de frio e orientar pacientes e acompanhantes
durante a administração das vacinas. Sua presença é crucial para garantir a segurança dos pacientes
e dos equipamentos da sala. Ademais, é necessário que este profissional esteja atualizado quanto
às práticas e diretrizes do PNI e Ministério da Saúde. A atuação responsável do enfermeiro é
fundamental para prevenir doenças infecciosas.
Palavras-chave: Enfermagem. Imunização. Vacinas. Supervisão de Enfermagem.
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CAMPANHA DE SENSIBILIZAÇÃO NA PREVENÇÃO DO DIABÉTICO COMO ESTRATÉGIA DE
EDUCAÇÃO CONTINUADA E PROMOÇÃO À SAÚDE
TEIXERA, Nadine Antunes1; AMORIM, Itala Apoliana Guimarães1;
SOUZA, Lucas Faustino de2; ANDRADE, Kaue Batista2; ALMEIDA, Júlia Maria Gonçalves de3; RIOS,
Everton Barroso4; SILVA, Rosângela Ramos Veloso5
1Enfermeira, Mestranda em Cuidado Primário à Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeiro, Mestrando em Cuidado Primário à Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
3Cirurigiã-Dentista, Mestranda em Cuidado Primário à Saúde, Universidade Estadual de Montes
Claros, Minas Gerais, Brasil.
4Cirurigião-Dentista, Mestranda em Cuidado Primário à Saúde, Universidade Estadual de Montes
Claros, Minas Gerais, Brasil.
5Doutora, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: descrever as ações desenvolvidas pela campanha de sensibilização do diabético
“PÉrmita”. Metodologia: a campanha fez parte da disciplina de Seminário em Educação em Saúde
do programa de s-graduação do mestrado em cuidados primários em saúde. As ações foram
desenvolvidas entre os meses de março a abril de 2023 e realizadas em dois momentos distintos.
Na primeira ação, realizou-se educação continuada com enfermeiros da rede de atenção primária à
saúde a fim de capacitar estes profissionais sobre os cuidados com o diabético. Foram
disponibilizados dois formulários durante a capacitação, sendo o primeiro para avaliar o
conhecimento dos profissionais sobre o tema e o outro para avaliar a satisfação com a capacitação.
Em um segundo momento, foi realizada uma ação em uma Unidade Básica de Saúde, com os
profissionais anteriormente capacitados para avaliar os usuários da unidade, bem como os orientar
sobre os cuidados a serem tomados. Além das ações presenciais, também foi criado um perfil da
campanha em uma rede social como forma de divulgar as ações desenvolvidas. Resultado:
percebeu-se grande satisfação dos profissionais que participaram da capacitação, bem como maior
aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos nas avaliações dos pacientes diabéticos. Conclusão:
Em suma,rmitatorna-se uma iniciativa crucial na sensibilização e prevenção de complicações
decorrentes do diabetes. Através do trabalho conjunto de profissionais de saúde e pacientes, foi
possível promover uma abordagem abrangente e eficaz para o cuidado com o diabético,
culminando em melhores resultados de saúde e qualidade de vida para os pacientes atendidos na
ESF.
Palavras-chave: Educação Continuada. Estragia Saúde da Família. Diabético. Promoção da
Saúde.
Aprovação Comitê de Ética: CEP/UNIMONTES 5.691.870
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ESCUTA COMPARTILHADA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
LIMA, Ana Laura Silveira¹; BARBOSA, Tayna Gonçalves²; AGUIAR, Bruna Menezes³, SANTOS,
Marcos Antônio Sousa dos4; DIONÍZIO, Andra Aparecida da Silva5
¹ Acadêmica de Enfermagem. Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
² Acadêmica de Enfermagem. Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
³Enfermeira. Residente em Saúde da Família pela Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
4Psicólogo. Residente de Psicologia em Saúde da Família pela Universidade Estadual de Montes
Claros, Minas Gerais, Brasil.
5Enfermeira. Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo. Docente da
Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: relatar a vivência de acadêmicas de enfermagem durante uma consulta compartilhada na
Estratégia Saúde da Família de atuação. Metodologia: trata-se de um relato de experiência sobre a
vivência da prática interdisciplinar de uma escuta compartilhada de Saúde Mental em uma das
Estratégias de Saúde da Família, polo de Assistência do PET-Saúde na cidade de Montes Claros - MG,
vinculada à pesquisaVivências no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde/PET-SAÚDE:
Gestão e Assistência, Montes Claros, Minas Gerais” aprovada pelo Comi de Ética da Universidade
Estadual de Montes Claros. Iniciou-se com a chegada para a equipe da demanda de uma usuária, a
qual solicitou atendimento psicológico para o filho adolescente diagnosticado com Transtorno do
ficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Foi agendada uma escuta compartilhada com a
enfermeira da equipe, o psicólogo de referência da unidade e a mãe do adolescente, além das
acadêmicas de enfermagem do PET-Saúde. Resultados: a usuária foi acolhida e relatou o motivo
pelo qual procurou ajuda, respondendo posteriormente às indagações realizadas pelos profissionais
que buscavam compreender melhor o contexto da situação. Permitiu-se que a usuária apresentasse
amplamente a sua demanda. A investigação se deu por meio da coleta do histórico de vida da mãe
e do filho, como o círculo social ao qual fazem parte, a história pregressa e familiar da mãe, o
processo de gestação, parto e puerpério, bem como o crescimento, os acontecimentos da infância,
o diagnóstico, tratamento e rotina do filho. Foi possível observar que a ambiência e o acolhimento
ofertado pelos profissionais à usuária permitiram que a mesma se sentisse confortável para expor
os seus relatos de experiências vividas, as suas angústias, aflições e as preocupações que trazia.
Após a escuta, os profissionais fizeram suas considerações iniciais para a mãe do adolescente e
agendaram uma próxima consulta para a escuta individualizada do filho, buscando compreender a
percepção de ambos. Ao término do atendimento, a enfermeira, o psicólogo e as acadêmicas
discutiram o caso entre si expondo as observações feitas durante a fala da usuária, seu
comportamento e o contexto autorrelatado. As discussões dos casos devem ser realizadas a partir
de uma visão biopsicossocial, garantindo uma abordagem integral da família acompanhada.
Conclusão: a participação na consulta compartilhada deu às acadêmicas a percepção de uma visão
ampliada do cuidado, a qual permite um acompanhamento integral dos usuários e o
estabelecimento de um plano de cuidados específico para a demanda individual e/ou familiar.
Palavras-chave: Prática Interdisciplinar. Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (Saúde
da Família). Atenção Primária à Saúde. Enfermagem. Psicologia.
Aprovação Comitê de Ética: CEP/UNIMONTES5.691.884.
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BENEFÍCIOS DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA EM NEONATOS: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
LEOPOLDO, Anielly Geovanna Santos1; ALVES, Ellen Patricia Fonseca1; OLIVEIRA, Sabrina Ferreira
de1; SILVA, Adrielle Lorrany Pereira Monteiro1;
CARDOSO, Nayara Ruas2
1Acadêmicas do curso de graduação em enfermagem pela faculdade de Saúde e Humanidades
Ibituruna -FASI.
2Docente no curso de graduação em enfermagem pela faculdade de Saúde e Humanidades
Ibituruna-FASI.
Objetivo: relatar a experiência vivenciada pelas acadêmicas do curso de graduação em enfermagem
durante estágio curricular realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Metodologia:
trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência vivenciado pelas acadêmicas em
estágio curricular uma unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital na cidade de Montes
Claros, Minas Gerais. Inicialmente as acadêmicas conheceram a unidade de terapia intensiva,
fizeram os exames físicos de alguns neonatos admitidos na unidade e posteriormente observaram
a realização da inserção do PICC por uma profissional da enfermagem, em seguida discutiram sobre
as vantagens e cuidados ao realizar esse procedimento. Assim, esse relato foi construído com base
nas percepções e discussões produzidas pelas acadêmicas em relação ao procedimento que
acompanharam e por isso não foi submetido ao comitê de ética em pesquisa, todos os critérios de
respeito à ética e dignidade humana foram respeitados. Resultados: observou-se que o cateter
central de inserção periférica (PICC) se caracteriza como um cateter semelhante aos demais
cateteres, porém posicionado através de uma veia periférica até a altura da veia cava superior ou
inferior, o que o torna um dispositivo menos invasivo quando comparado aos outros. É indicado
quando se faz necessário administrar antibióticos por períodos prolongados ou dietas parenterais.
O enfermeiro com especialização na inserção desse tipo de dispositivo é um dos profissionais que
estão aptos a realizar a sua inserção quanto retirada e é também o profissional responsável
pela capacitação da equipe de enfermagem quanto os cuidados no manuseio e identificação de
sinais flogísticos que são aqueles indicadores da presença de infecção. Entre os benefícios
oferecidos pelo PICC estão a redução múltiplas punções, preservação da rede venosa que é bem
escassa e frágil nos neonatos, a inserção na beira leito, tempo de permanência prolongado e não
necessitar de incisão para posicioná-lo. No entanto, não está isento de complicações, por isso o uso
da técnica asséptica na inserção e a vigilância quanto aos sinais de infecção ou obstrução são
fundamentais para que o dispositivo não seja retirado de forma precoce. Conclusão: percebe-se
que uma relação entre o tempo de permanência do dispositivo e a qualidade dos cuidados
prestados pela equipe de saúde, portanto, a minimização de possíveis contaminações e de
obstruções são fundamentais para tornar o prognostico de saúde mais favorável ao paciente. Assim
a constante vigilância do número de casos de infecções relacionadas ao uso do dispositivo e a
correção de falhas identificadas não devem ser negligenciadas, a fim de que torne mais seguro o
uso desse dispositivo.
Palavras-chave: Cateter Central. Neonatos. Infecção.
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FATORES QUE INFLUENCIAM NO CONSENTIMENTO PARA A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: REVISÃO
INTEGRATIVA
DURÃES, Ana Giulia Nobre Vieira¹; ALMEIDA, Evelyn Lopes ¹; RODIGUES, Gabriel Marques Aquino¹;
GUSMÃO, Ricardo Otávio Maia2; ARAÚJO, Diego Dias de²
¹Acadêmicos de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
²Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: identificar na literatura os fatores que influenciam no consentimento para a doação de
órgãos. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura efetuada no Portal Regional
de Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). O levantamento das pesquisas foi realizado em março de 2023.
Como meio de identificação das publicações relacionadas ao tema, foi utilizada uma estratégia de
busca com os seguintes descritores doação de órgãos and "consentimento”. Os critérios de
inclusão foram artigos que continham como assunto principal família”, “consentimento livre e
esclarecido” e transplante de órgãos”. Resultados: inicialmente, identificaram-se 25 publicações
potencialmente elegíveis, selecionando-se ao final 12 que estavam diretamente interligadas à
temática e atenderam aos critérios de inclusão. Ao analisar os artigos, verificou-se a presença de
diversos fatores que influenciam no consentimento para a doação de órgãos, entre os principais
destacam-se: as crenças religiosas -na qual possuem impacto positivo quando tratam a morte de
forma mais consciente e ao manifestarem incentivo à doação, entretanto podem causar impacto
negativo quando se trata de religes que incorporam estigmas e dogmas contrários à doação. Uma
das principais crenças com influência negativa é o pensar que manter a integralidade do corpo sico
é importante para a entrada no "pós vida", atrelado a religião pode-se ver uma esperança de
ressurreição. Além disso, o nível de escolaridade e o conhecimento prévio a respeito do processo
de morte encefálica, são também aspectos que causam influência, uma vez que, pode-se perceber
maior nível de consentimento entre os familiares que dispõem de maior conhecimento a respeito
do tema. Ademais, foram notados também fatores quanto a atuação dos profissionais da saúde,
como: o vínculo criado com a família e paciente, capacitação no processo de captação, notificação
e manutenção do PO, a realização de uma abordagem que respeite o luto familiar, oferta de
conforto à família e precisão nas informações fornecidas. Haja vista, que em geral famílias que não
se sentem acolhidas e respeitadas pela equipe de saúde, ou não recebem uma explicação clara e
precisa acerca da morte encefálica e do procedimento de doação tendem a não aprovar o
procedimento. Ainda, tem-se questões que variam a depender da legislação vigente, modelo de
consentimento e incentivos da nação, o órgão a ser doado e outros coeficientes. Conclusão: espera-
se que esta revisão contribua para a discussão da temática, bem como para a implementação de
ações que visem a capacitação de profissionais da saúde para obtenção do consentimento para a
doação de órgãos, práticas de educação em saúde que objetivem a conscientização da comunidade
quanto a sua importância, por fim que o processo seja enxergado como algo complexo e permeado
de diversas varveis que precisam ser apontadas, analisadas e estudadas formas de arrefece-las em
todos os seus contextos, considerando a subjetividade de cada indivíduo e situação.
Palavras-Chave: Doação de Órgãos. Fatores Sociais. Morte Encefálica. Doadores.
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RELATO DE EXPERIÊNCIA: PRIMEIROS SOCORROS NO CENÁRIO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA
ROCHA, Ana Paula1; CARNEIRO, Jair Almeida2; BARROS, Leonardo Pereira 3; COSTA, Maisson
Santhiago Soares4; RIBEIRO, Mara Daisy Alves 5; SILVA, Rosângela Ramos Veloso6; ALVES, Saulo
Aquino7
1 Enfermeira, Hospital Universitário Clemente de Faria, Minas Gerais, Brasil.
2 dico, Docente do Programa de Pós Graduação em Cuidado Primário em Saúde, Universidade
Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3 Enfermeiro, Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais SES/MG, Minas Gerais, Brasil.
4 Dentista, Preceptor da Residência Multiprofissional em Saúde da Família, Universidade Estadual
de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
5 Enfermeira, Atenção Primária de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
6 Educadorasica, Docente do Programa de Pós Graduação em Cuidado Primário em Saúde da
Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
7 Enfermeiro, Hospital Universitário Clemente de Faria, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: capacitar profissionais de uma unidade básica de saúde acerca do tema primeiros
socorros, tornando-os multiplicadores aptos a agirem de forma adequada diante das situações
estressantes de urgência/emergência. Metodologia: trata-se de um relato de experiência sobre a
capacitação em primeiros socorros, temática incluída nas atividades a serem realizadas por um
grupo de mestrandos do Programa de s-Graduação em Cuidado Primário em Saúde - PPGCPS da
Universidade Estadual de Montes Claros. Realizou-se o treinamento em primeiros socorros com
ênfase em Obstrução de Vias Aéreas por Corpos Estranhos - OVACE e Manobra de Heimlich, o
mesmo foi coordenado pelo Grupo Especial de Treinamento em Saúde-GETs, ocorreu-se no período
vespertino do dia 24 de abril de 2023 em uma unidade básica de saúde - UBS de Montes Claros-
MG. Fez parte do público alvo técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, professores
do ensino infantil, pais e/ou responsáveis, cuidadores de idosos e estudantes de enfermagem,
totalizando 23 profissionais. Abordaram-se os seguintes assuntos: OVACE, avaliação primária e
avaliação secundária, ressuscitação cardiopulmonar - RCP, imobilização/transporte da vítima e
controle de hemorragias. A princípio foram elucidados alguns conceitos e posterior foram
levantadas as principais situações de urgência/emergência na atenção primária, logo após os
participantes apresentaram suas principais vidas, promovendo discussões ao longo da
capacitação. Foram utilizados os seguintes recursos: apresentação Power Point, bonecos para
práticas de simulação, computador, internet, enfermeiros/ dentistas capacitados, e apoio
administrativo. Resultados: os resultados foram satisfatórios, pois houve o envolvimento ativo dos
integrantes, com discussões, relatos de experiências e esclarecimento de dúvidas, demonstrando
assim interesse pelos temas discorridos. Conclusão: percebeu- se que insegurança por parte dos
profissionais em executar as manobras de primeiros socorros e falta de conhecimento sobre como
identificar situações de urgência/emergência, nos mostrando o quão é importante que os
profissionais da atenção primária estejam minimamente preparados para identificarem e agirem de
forma segura e correta um possível evento de urgência/emergência que venha surgir. Ao final foi
disponibilizado um guia prático de bolso aos participantes, confeccionado pelo GETs, o guia
contempla o conteúdo de primeiros socorros que foi abordado durante a capacitação, possui trinta
e seis páginas e apresenta uma linguagem clara e de fácil compreensão a fim de garantir o
entendimento dos leitores, além de várias imagens ilustrativas. Sabe-se que a educação
permanente em saúde é uma importante estratégia de transformação e aprendizado, sendo capaz
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de refletir o aprimoramento e a qualificação dos profissionais, visando a melhoria permanente da
qualidade dos serviços e cuidado de saúde.
Palavras-chave: Primeiros Socorros. Urgência. Emergência. Atenção Primária à Saúde.
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PET-SAÚDE E ÕES ESTRATÉGICAS DE UMA EQUIPE DE ENFERMAGEM PARA ALCANÇAR OS
INDICADORES DO PREVINE BRASIL
TAVARES, Bruna Lorena Souza ¹; OLIVEIRA, Luca Ribeiro¹; PEREIRA, Felipe Alves ¹; SÁ, Ellen Caroline
Gonçalves¹; DIAS, Carlos Daniel Gonçalves1; GUIMARÃES, Camilla Freitas²; RIBEIRO, Cláudia
Danyella Alves Leão³
1Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeira, Preceptora do Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde, Montes Claros,
Brasil.
3Enfermeira, Tutora do Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde, Montes Claros, Brasil.
Objetivo: relatar a experiência obtida na atuação em ações estratégicas realizadas por uma equipe
de Enfermagem em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) para alcançar os indicadores do
Previne Brasil. Metodologia: trata-se de um relato de experiência de acadêmicos do curso de
Enfermagem, Integrantes do PET-Saúde/MG, baseado nas atividades gerenciais e assistenciais
realizadas entre agosto de 2022 e abril de 2023 em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) polo
do Pet-Saúde/MG. Os estudantes participaram de ações táticas desenvolvidas pela equipe de
Enfermagem para alcançar as metas estabelecidas pelo Previne Brasil. Para elaborar as ações,
realizou-se uma análise da realidade da ESF, sendo idealizadas formas de cuidado a saúde para
abranger grupos de usuários, a exemplo de mulheres na faixa etária do rastreio para o câncer de
colo uterino, pessoas com hipertensão, diabetes e gestantes. Resultados: foi oportunizado aos
graduandos em Enfermagem o conhecimento sobre os indicadores do Previne Brasil e, também, a
atuação em atividades que contribuiriam para a obtenção das metas esperadas. Os estudantes
participaram de mutirões de exame preventivo de colo uterino (PCCU) em dias planejados e em
horários alternativos, principalmente aos sábados com o intuito de realizar o rastreio do câncer de
colo uterino em mulheres entre 25 e 64 anos. A flexibilização da agenda foi satisfatória, pois
promoveu uma boa taxa de adesão ao PCCU pelo público alvo, visto que a procura pelo exame foi
maior do que em dias comerciais, ampliando os índices do indicador 2 do Previne Brasil. Outra ação
efetuada foi a busca ativa de hipertensos e diabéticos, a partir do levantamento de dados dos
indivíduos que não realizaram consulta no último ano e, assim, foram agendadas consultas médicas
em horários alternativos e flexíveis para esses usuários. A promoção dessa prática foi eficaz, pois
incentivou a atenção à saúde dos indivíduos que possuem doenças crônicas, bem como determinam
os indicadores 6 e 7. Além disso, outra estratégia foi a realização de exames para sífilis e HIV durante
a assistência inicial do pré-natal, ação direcionada ao indicador 2. Nesse aspecto, na primeira
consulta de pré-natal prestada pelas enfermeiras com a participação dos acadêmicos, foram
realizados os testes rápidos, garantindo a testagem efetiva das gestantes atendidas, assim como
delimita o Previne Brasil, demonstrando a eficácia desta ação. Conclusão: a experiência
proporcionou aos graduandos em Enfermagem a oportunidade de conhecer o funcionamento do
Previne Brasil e o gerenciamento dos serviços da Atenção Primária à Saúde (APS). Portanto, o PET-
Saúde tem proporcionado vivências produtivas aos alunos, qualificando-os para o entendimento
das demandas da gestão e da assistência da APS.
Palavras-Chave: Atenção Primária. Indicadores sicos de Saúde. Enfermagem de Atenção Primária.
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SENTIMENTOS VIVENCIADOS PELA CRIANÇA HOSPITALIZADA
CARVALHO, Ângela Patrícia Souza¹; CARVALHO, Jordana Nayara de Souza1; SOUZA, Ana Augusta
Maciel de2; PRADO, Patrícia Fernandes do3; FIGUEIREDO, Mirela Lopes4
1Graduanda em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros- UNIMONTES.
2Mestre em Ciências da Saúde. Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade
Estadual de Montes Claros e das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, Minas Gerais,
Brasil.
3Mestre em Ciências da Saúde. Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade
Estadual de Montes Claros. Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
4Mestre em Ciências. Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de
Montes Claros. Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: conhecer os sentimentos vivenciados pela criança durante a internação hospitalar.
todo: trata-se de um estudo descritivo, exploratório e de abordagem qualitativa que utilizou o
Interacionismo Simbólico como referencial teórico. As abordagens utilizadas foram: a observação
participante e entrevista semiestruturada mediada pela leitura da obra infantil "O Decreto da
Alegria" de Rubem Alves. As entrevistas foram realizadas com análise de conteúdo de Bardin e
avaliadas usando o Interacionismo Simbólico com foco no comportamento das crianças. O número
de participantes foi definido no decorrer do trabalho de campo, quando alcançado o “ponto de
saturação” por meio da organização das entrevistas. Todos os aspectos éticos que envolvem
pesquisas com seres humanos foram respeitados de acordo com a Resolução 466/2012. Resultados:
participaram do estudo dez crianças, com idades entre 7 e 11 anos, internadas em um hospital
público da cidade de Montes Claros, MG, com os seguintes diagnósticos: diarréia, asma, pneumonia,
osteomielite, artrite séptica, fratura de maléolo e anemia falciforme. A análise das falas das crianças
que participaram do estudo possibilitou a elaboração de duas categorias temáticas: Sentindo
tristezas durante a internação e Vivenciando alegrias durante a internação, esta última gerou como
subcategoria: brincando e aprendendo na escolinha, recebendo o aconchego da equipe entendendo
que o hospital representa o alívio da dor. Conclusão: as crianças revelaram suas perspectivas e
experiências vivenciadas durante o período de internação, mostrando os aspectos positivos e
negativos desse momento, sendo expressos através dos sentimentos de alegria e tristeza e
caracterizando os procedimentos hospitalares, os cuidados da equipe de saúde e os momentos de
descontração. Nesse sentido, os profissionais tornam -se de extrema relevância durante o processo
de internação infantil, pois ao adotar estratégias que visam promover a incorporação das atividades
dicas na prática cotidiana hospitalar torna a internação menos traumática e atua como agente de
humanização na prática hospitalar.
Palavras-chave: Criança Hospitalizada. Sentimentos. Emoções. Pediatria. Enfermagem.
Aprovação Comitê de Ética: CEP/UNIMONTES 5.468.633 de 2022
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
SILVA, Larissa Gonçalves1; DIAS, Rhaissa Souza1; BRAGA, Julia Vieira1; SA, Ellen Caroline Gonçalves
de1; DIAS, Carlos Daniel Gonçalves1; MENDONÇA, Ian Paulo 2; SOUZA, Ana Augusta Maciel de³
1Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Acadêmico de Medicina, UniFipMocAFYA, Minas Gerais, Brasil.
³Mestre em Ciências da Saúde. Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade
Estadual de Montes Claros e das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, Minas Gerais,
Brasil.
Objetivo: relatar a aplicação do processo de enfermagem em um paciente com transtorno do
espectro autista (TEA) acompanhado durante aulas práticas curriculares. Metodologia: trata-se de
um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado por acadêmicas do curso de graduação
em Enfermagem durante estágio na pediatria de um hospital no norte de Minas Gerais. Durante
cinco dias foram realizadas visitas ao setor, e dividido as tarefas em etapas. No primeiro dia, foi
realizado uma corrida de leito, visando definir um paciente-alvo para aplicação da sistematização
da assistência em enfermagem (SAE). Após definição, realizou-se a anamnese e histórico de saúde
pediátrica, junto com a responsável. No terceiro dia, fez-se uma conversa com a criança através de
perguntas, para melhor compreensão dos seus padrões alimentares. No quarto e quinto dia, foi
realizado a intervenção em saúde e sua avaliação. Resultados: a internação da criança foi devido às
crises de mitos e diarreia, e aguardava realização colonoscopia. Diagnosticado com TEA há 2 anos.
A responsável relatou seletismo alimentar severo desde os primeiros anos de vida, onde recusava-
se leite materno e rmula infantil. Criança com obesidade grau I e glicemia capilar alterada. Os
alimentos que estavam presentes em sua dieta eram ricos em carboidratos, como pão de queijo,
arroz, polvilho e pipoca. Refere que os padrões alimentares mudaram por cores nos últimos anos,
tendo preferência por cores claras, como o branco. Relata possuir medo de alimentos de
determinados formatos e texturas, e devido a isso, nunca provou algumas frutas e legumes, e expõe
que ao tentar provar se sente nauseado, na qual acarreta as crises de mito. Após definir os três
principais diagnósticos de enfermagem, estabeleceu o planejamento e intervenção. Foi sugerido
aulas de culinária, manuseio de alimentos e apresentações dos alimentos em rias formas.
Ressaltando a importância de cada alimento e o valor nutricional. Assim, a criança apresentou
interesse na mudança e entendimento sobre o seu estado nutricional e a importância do consumo
de frutas e legumes. Melhorando a forma como interage com alimento e possuindo autonomia para
escolha de apresentação de cada um. Conclusão: a assistência em enfermagem é de suma
importância para prevenção de riscos e promoção da saúde. Somado a isto, a educação em saúde,
junto à criança, promove o autocuidado e gera interesse no seu processo de saúde-doença. Então,
a intervenção em saúde se faz necessária para a mudança através do conhecimento sobre alimentos
em crianças com seletismo alimentar a fim de melhorar sua relação com o alimento e
consequentemente, os seusbitos alimentares.
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista. Seletismo Alimentar. Sistematização da Assistência
em Enfermagem.
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PERFIL DA MORTALIDADE INFANTIL POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
SILVA, Maria Luiza Soares1; RODRIGUES, Maria Eduarda Silva1; SILVA, Maria Luiza Almeida1;
CAETANO, Vitoria Almeida1; SOUZA, Ana Augusta Maciel de2
1Acadêmico (a) do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes
Claros (UNIMONTES).
2Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Professora do
Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES).
Objetivo: investigar o perfil da mortalidade infantil por doenças do trato respiratório em território
nacional. Metodologia: este estudo é uma análise sistematizada de dados de mortalidade infantil
realizado por acadêmicas de enfermagem no período de abril de 2023, através da extração de dados
no Departamento de Informática da base do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O levantamento
foi realizado através do Tabnet, que permite organizar dados e gerar tabelas a partir dos seguintes
processos: seleção do grupo de informações, escolha da abrangência geográfica, seleção das
variáveis, seleção de período/filtros e visualização dos resultados. A escolha da tabulação foi
Estatísticas Vitais e como opção Mortalidade, os parâmetros selecionados foram: óbitos infantis,
todo o território brasileiro, doenças do trato respiratório, tipo de parto, tempo de gestação, faixa
etária da mãe e filho, no período de 2016 a 2020. Resultados: os resultados revelaram que durante
o período analisado ocorreram 5.652 óbitos infantis relacionados às doenças do aparelho
respiratório, sendo a pneumonia a principal causa de mortalidade. Do total de óbitos infantis, 0,4%
ocorrem entre 0 e 6 dias, 5,1% em 7 a 27 dias e 94,5% em crianças de 28 a 364 dias, respectivamente,
óbito neonatal precoce, tardio e pós-neonatal. A faixa etária da mãe mais acometida situa-se entre
os 20 a 24 anos e 15 a 19 anos. Referente a duração da gestação os óbitos ocorreram principalmente
naqueles indivíduos que nasceram entre a 37° e 41° semanas, relativo ao tipo de gestação, houve
uma maior incidência nas gestações únicas e duplas. O ano que dispôs da maior taxa de mortalidade
foi em 2019 com 23%, seguido de 2016 (22,5%), 2018 (22,4%), 2017 (20,7%), e 2020
(11,4%). Conclusão: o conhecimento das características de Mortalidade Infantil deve ser
considerado na elaboração de intervenções na Atenção Primária à Saúde, pois possibilita a
formulação de ações que promovam a melhoria da assistência prestada, e consequentemente a
redução dos óbitos evitáveis nessa faixa etária. Portanto, nota-se a necessidade de um maior
investimento na educação dos profissionais de saúde, em especial dos enfermeiros, para que
possam aplicar não somente o conhecimento na assistência curativa, como também na preventiva.
Assim, o enfermeiro capacitado, como gestor da saúde, pode promover ações de promoção à saúde
voltadas para o crescimento e desenvolvimento da criança como, por exemplo, no Programa de
Puericultura que dentre os objetivos possui o incentivo ao aleitamento materno exclusivo,
introdução adequada da alimentação complementar, imunização na faixa etária preconizada e na
identificação e tratamento de doenças prevalentes na infância.
Palavras-chave: Mortalidade Infantil. Doenças Respiratórias. Sistema de Informação. Enfermagem
e Fatores de Risco.
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SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ: UM OLHAR EPIDEMIOLÓGICO
OLIVEIRA, Larissa Mota de1; VELOSO, Ivana Aparecida Mendes2; VIEIRA, Patrícia de ssia3,
QUEIROZ, Anne Caroline Rodrigues3, LOPES, Fabiana de Cássia Cordeiro Mezedis4; GOMES, Arilton5
1Enfermeira. Especialista Auditoria em Saúde. Vigilância Epidemiológica. Secretaria Municipal de
Saúde de
Montes Claros, MG, Brasil.
2Mestranda em Cuidado Primário em Saúde. Universidade Estadual de Montes Claros, MG, Brasil.
3 Enfermeira Especialista em Saúde da Família. Vigilância Epidemiológica. Secretaria Municipal de
Saúde de
Montes Claros, MG, Brasil.
4Enfermeira. Vigilância Epidemiológica. Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros, MG,
Brasil.
5Acadêmico cnico de enfermagem, de Montes Claros, MG, Brasil.
Objetivo: descrever o perfil epidemiológico da Síndrome de Guillain-Barré (SGB) no município de
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil no período de 2020 a 2022. Metodologia: trata-se de um estudo
descritivo com abordagem quantitativa documental. Para sua implementação, foi utilizada a base
de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), da qual foram obtidas
informações sobre casos suspeitos de SGB residentes no município de Montes Claros no período de
2020-2022. As fontes dos laudos da SGB foram as unidades hospitalares do município de Montes
Claros. Posteriormente, os dados foram digitados em planilha eletrônica no Microsoft Excel® 2007
que permitiu o agrupamento das variáveis: (i) dados demográficos (sexo, idade e faixa etária); e
submetidos ao programa Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 20.0 para realização
das análises descritivas das variáveis, com a apresentação de frequências absolutas (n) e relativas
(%). A variação percentual anual foi estimada para taxa de incidência/100 mil habitantes.
Resultados: durante todo o período de observação, o município registrou 39 casos suspeitos de
Síndrome de Guillain-Barré, sendo 12 confirmados, dos quais 27 em investigação pelo Centro de
Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS). Destes, 6 casos ocorreram em 2020, 5
(83,34%) homens e 1 (16,66%) mulher, incidência 0,72/100 mil habitantes. Olhando para 2021, o
número de casos notificados aumentou para 18, com uma incidência de 2,87/100 mil habitantes,
11 homens (61,12%) e 7 mulheres (38,88%). Em 2022 foram 15 casos suspeitos, sendo 10 (66,66%)
homens e 5 (33,34%) mulheres, foi observado uma tendência de estabilidade na taxa de incidência
de 0,72/100 mil habitantes. A diferença entre as faixas etárias variou entre 10 e 82 anos durante o
período observado. Segundo a distribuição geográfica, os casos foram dispersos e ocorreram em
todas as regiões do município de Montes Claros. Durante o período observado, foram registrados 3
óbitos onde a causa base descreveu SGB. Conclusão: mais estudos sobre a ocorrência da Síndrome
de Guillain-Barré no município de Montes Claros são necessários para melhor compreender a
doença e realização de intervenções assertivas no que tange ao diagnóstico precoce. É necessário
cuidado multidisciplinar para prevenir e tratar as complicações potencialmente fatais. Ressalta-se a
importância do acompanhamento epidemiológico no planejamento das medidas preventivas e
contribuição na implementação de políticas de saúde, bem como a participação na rede de atenção
do município de Montes Claros. Por fim, também é necessário o acompanhamento com uma equipe
multidisciplinar para a reabilitação, uma vez que os pacientes com SGB podem permanecer com
alterações motoras, dor e fadiga mesmo após o tratamento imunomodulador.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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Palavras-chaves: Síndrome de Guillain-Barré. Epidemiologia. Polirradiculoneuropatia.
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PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO EM MONTES CLAROS-MG
NASCIMENTO, Camila Kellen Teixeira¹;
BARBOSA, Henrique Andrade²;
CARRASCO, Viviane³
¹ Acadêmica de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
² Enfermeiro, Professor adjunto do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil
³ Enfermeira, Professora titular do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: caracterizar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes diagnosticados com infarto
agudo do miocárdio (IAM), atendidos em Montes Claros-MG no período de 2019 a 2021, para
evidenciar relação do evento com os casos de COVID-19. Metodologia: trata-se de uma pesquisa
descritiva com abordagem quantitativa. Foi feita uma busca ativa dos dados do Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (Data-SUS), banco de dados públicos o que dispensa parecer
do comitê de ética em pesquisa. Como critério de inclusão foi utilizado o município de Montes
Claros; no período de 2019 a 2021 e como variáveis: Internações, sexo, cor/raça, média de
permanência, óbitos, caráter de atendimento e como comorbidade foi selecionado a classificação
internacional de doenças (CID-10): Infarto Agudo do Miocárdio. Resultados: foi perceptível o
aumento dos números durante o período de pico da pandemia de COVID-19 em 2020. No total,
foram 2.168 pacientes internados por IAM. Com relação às internações, a faixa etária mais atingida
foi de 60 a 69 anos, 677 casos correspondendo a 31,0% das hospitalizações. O sexo masculino foi o
mais acometido durante os três anos, com 1.404 pacientes correspondendo a 64,0% dos números.
Quanto à cor/raça, a parda manteve-se também liderando com 1.709 pacientes, perfazendo 78,0%
das internações. Quanto ao número de óbitos, em 2019 obtiveram-se 13,0% dos pacientes
internados por IAM; em 2020 14,0% e, em 2021, 10,0%. Em relação à média de permanência, houve
queda no decorrer dos anos, de oito dias em 2019; sete dias em 2020 para seis dias em 2021.
Quando se analisa os óbitos, a faixa etária mais acometida durante o período foi de 80 anos e mais,
com 30,0% (84 óbitos). Desses óbitos 99,0% (275 óbitos) foram de caráter de urgência, ou seja,
pacientes advindos das portas de entrada dos hospitais e serviço de atendimento médico de
urgência (SAMU). O sexo masculino, assim como nas internações, também liderou a quantidade de
óbitos, totalizando 56,0% (156 óbitos) do total, assim como a cor parda com 75,0% de pacientes
que foram a óbito no período de 2019 a 2021 por IAM em Montes Claros- MG. Conclusão: os dados
obtidos confirmam a superioridade tanto do acometimento do IAM quanto aos óbitos na população
masculina. Os achados reforçam as características identificadas na literatura e permitem traçar
melhores estratégias de rastreamento dos desfechos das cardiopatias isquêmicas, ao passo que o
monitoramento dessas informações pode subsidiar comprobatórias que reforçam a importância da
prevenção primária e secundária de tais patologias.
Palavras-chave: Infarto Agudo do Miocárdio. Perfil Epidemiológico. Cardiologia.
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE: CONSCIENTIZAÇÃO DA PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA E
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
SANTOS, Danielle Ladeia1; GOMES, Beatriz Efigênia Nogueira Machado1; COSTA, Karine Melo de
Freitas1; SOUZA, Leoanardo Rodrigues1; MELO, Lilian de Souza1; RODRIGUES, Nadson Henrique
Gonçalves1; SILVA, Rosângela Ramos Veloso2
¹Mestrando do Programa de Pós graduação em cuidado Primário em Saúde, Universidade
Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. 2Doutora em Ciências da saúde, Professora do
departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais,
Brasil.
Objetivo: descrever as ações realizadas por uma intervenção de educação em saúde, com intuito
de sensibilizar sobre a importância da prática de atividade física e alimentação saudável.
Metodologia: a3 usuários, selecionados por conveniência. A primeira etapa da intervenção foi uma
aula expositiva sobre alimentação saudável, utilizando a Pirâmide Alimentar, com ênfase ao uso do
cloreto de sódio, óleos/ gorduras e açúcar recomendados pela OMS/dia. Posteriormente, cada
participante foi convidado a inserir a quantidade desses alimentos em um copo descartável e
transparente, com as medidas que de acordo com o seu julgamento seria o correto para o consumo
diário. Após a inserção desses alimentos, os mesmos foram pesados em uma balança digital de
cozinha, no qual cada participante pode verificar se as suas medidas estavam de acordo com o
recomendado e esternaram opiniões sobre os dados apresentados. Foi realizado a avaliação
antropométrica e cálculo do IMC de cada participante. Na segunda etapa os participantes foram
convidados pelo profissional Educador Físico a realizarem um alongamento e depois um circuito de
exercícios aeróbicos, com ambientação repleta de músicas de diversos tipos, no intuito de
proporcionar um ambiente de muita descontração. na terceira etapa, todos os usuários tiveram
as medidas antropométricas mensuradas. Resultados: a média de idade dos participantes foi de
54,4 anos, a maioria (56,5%) com Índice de Massa Corporal considerado normal; 26,0% classificados
com excesso de peso e 17,5% com obesidade classe I. Segundo os pontos de corte para a RCQ, 8,6%
das investigadas foram categorizadas com risco baixo; 39,1% moderado; 17,3% alto e 35,0% muito
alto. Com base nos indicadores antropométricos, observou-se um considerável número de usuários
com predisposição à obesidade. No que diz respeito ao conhecimento dos participantes relacionado
a quantidade ideal do consumo de sódio, açucares e óleos/gorduras, observou se que todos os
usuários desconheciam os valores adequados, ora superestimaram a quantidade preconizada, ora
subestimaram as quantidades recomendadas. Conclusão: diante o uso da utilização de recursos
visuais, promoção da interação, valorização da experiência de vida dos usuários, estímulo à reflexão,
é possível afirmar que houve a conscientização e o alcance a proposta da temática. Os usuários
demonstraram a todo momento grande interesse em todo o conhecimento compartilhado em
grupo. Sugere - se ainda, que novas investigações e educações em saúde como esta sejam realizadas
rotineiramente, de forma sobretudo, subsidiada em instrumentos que permitam aferição e
associação com os níveis de atividade física, padrões alimentares e condições socioeconômicas.
Palavras-chaves: Atividade Motora. Alimentação Saudável. Educação em saúde.
Aprovação Comitê de Ética: CEP/UNIMONTES4.964.131/2021
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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MANEJO DE PACIENTE ESQUIZOFRÊNICO HOSPITALIZADO COMNDROME DE FOURNIER:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
CAETANO, Vitoria Almeida ¹; RODRIGUES, Maria Eduarda Silva¹; SILVA, Maria Luiza Almeida¹; SILVA,
Maria Luiza Soares¹; ESTEVES,nia Alencar Fróes².
¹Acadêmico (a) do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes
Claros (UNIMONTES).
²Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) . Professora do
Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES).
Objetivo: Descrever experiências de cuidados e ações de enfermagem no manejo de um paciente
portador de lesões provocadas pela gangrena de Fournier. Metodologia: Trata-se de um estudo
descritivo, do tipo relato de experncia, baseado na vivência das acadêmicas do curso de
Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), durante
as atividades extracurriculares propostas pela Liga Acadêmica Norte Mineira de Lesões Cutâneas
(LANMILEC) supervisionado pelo professor(a) dentro do Hospital Universitário Clemente De Farias
no período de setembro a novembro de 2022. Resultados: Cliente do sexo masculino,
esquizofrênico, portador de Diabetes Mellitus tipo I, admitido em instituição de saúde no período
de setembro de 2022 para drenagem de abcesso perianal devido a ndrome de Fournier. Durante
o tempo de internação do cliente as alunas puderam desenvolver um plano de cuidados de acordo
com a evolução da lesão do paciente e acompanhar a realização da troca do curativo, bem como a
cnica adequada e os tipos de cobertura utilizados. Foi possível, também, mensurar os sinais vitais
e realizar uma educação em saúde na qual promoveu uma orientação quanto aos cuidados e higiene
a serem realizados no domicílio a fim de evitar uma infecção. Para embasar os cuidados foi utilizado
o Processo de Enfermagem (PE) que permitiu o levantamento de três diagnósticos de enfermagem:
integridade da pele prejudicada, risco de infecção e falta de apoio familiar levando em consideração
que o paciente esteve sozinho durante a internação e não possuía rede de apoio. As cnicas de
curativo feitas pelos acadêmicos e enfermeiro (a) foram eficientes e a reparação escrotal foi
satisfatória, a área lesionada apresentava melhora acentuada com fechamento parcial de lojas e
ausência de áreas de necroses visíveis na qual permitiu o fechamento cirúrgico completo. A
gangrena de Fournier é uma enfermidade polimicrobiana, com bactérias aeróbias e/ou anaeróbias,
entre as quais a Escherichia coli é a mais prevalente. O sexo que predomina é o masculino e dentre
a principal comorbidade encontrada pode-se citar o Diabetes Mellitus. Pelo fato de ser uma
patologia rara e com alta taxa de morbimortalidade se não tratada em tempo bil, pode levar à
falência de órgãos ou até a morte. Assim, a enfermagem deve privilegiar suas ações específicas e
próprias junto ao paciente e, atuar como parceira com os demais profissionais para assim garantir
uma qualidade na assistência aos pacientes acometidos com essa síndrome. Conclusão: Por fim, a
presente experiência permitiu os acadêmicos concluir que, as medidas terapêuticas, tais como a
pida intervenção, conhecimento e técnica sobre os tipos de cobertura e antibioticoterapia de
amplo espectro em conjunto com abordagem multidisciplinar são bastante efetivas no controle da
doença, permitindo o restabelecimento do paciente, diminuição no tempo de hospitalização e nos
custos gastos com o paciente portador da síndrome, consequentemente, contribui para diminuição
de índices de mortalidade.
Palavras-chave: Gangrena de Fournier; Curativos; Cuidado de Enfermagem.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EM UM GRUPO DE IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
SOUZA, Meriele Santos1; SANTOS, Danielle Ladeia1; GOMES, Beatriz Efigênia Nogueira Machado1;
SOUZA, Camilla dos Santos1; SOARES, Wivian Mariana Fonseca2; TELES, Mariza Alves Barbosa3;
CALDEIRA, Antônio Prates4
¹Mestranda do Programa de Pós Graduação em Cuidado Primário em Saúde, Universidade
Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Acadêmica do Curso de Enfermagem, Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna, Minas
Gerais, Brasil.
3Mestre em Ciências da Saúde. Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade
Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
4Doutor em Ciências da Saúde. Professor Adjunto da Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: relatar a experiência vivenciada por profissionais de saúde, em uma ação educativa sobre
alimentação saudável para um grupo de idosos. Metodologia: trata- se de um relato de experiência
desenvolvido com um grupo de idosos pertencentes a uma Estratégia em Saúde da Família (ESF),
localizada em um município no Norte de Minas Gerais, Brasil, no mês de março de 2023, por
profissionais atuantes na Atenção Primária à Saúde (APS). Foi desenvolvida uma ação educativa com
23 (vinte e três) idosos participantes do grupo de idosos intitulado Saúde em Movimento” sobre
alimentação saudável. Utilizou- se a Pirâmide Alimentar como referência, com ênfase ao uso do
cloreto de dio, óleos/ gorduras e açúcar, conforme quantidades de ingeso diárias
recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Cada participante foi convidado a inserir
a quantidade desses alimentos em um copo descartável e transparente, com as medidas que, de
acordo com o seu julgamento, seria o correto para o consumo diário. Após a inserção desses
alimentos, eles foram pesados em uma balança digital de cozinha, em que cada participante pôde
verificar se suas medidas estavam de acordo com o recomendado pela (OMS). Resultados:
considerando as observações do grupo e comentários dos idosos, conseguiu-se constatar que os
longevos estavam interessados no assunto, uma vez que a maioria entendia que uma alimentação
saudável tinha que ser rica em produtos industrializados. Porém no decorrer da atividade puderam
perceber que uma alimentação saudável pode ser proveniente de um hábito simples, de baixo custo
e com mais qualidade. Alguns idosos mencionaram ter dificuldades para ter uma alimentação
saudável pelo fato de morarem com outras pessoas que não estavam dispostas a seguirem seus
mesmos hábitos alimentares. Por outro lado, alguns disseram apenas não conseguir alimentar-se
de outra maneira, mesmo sabendo que o tipo alimentar de que fazia uso não era adequado. Foi
possível perceber também que os participantes demonstraram interesse nas mudanças dos bitos
alimentares que comprometam a sua saúde com a incorporação de sugestões abordadas no grupo.
Conclusão: as ações educativas representam ferramentas de grande importância para promoção,
prevenção e/ou recuperação da saúde dos indivíduos idosos, pois é um instrumento de autonomia
e estímulo ao autocuidado. O grupo voltado ao idoso mostrou-se como método eficiente por
permitir agregar conhecimento, informação e emancipação dos participantes. Além disso,
promoveu integração, estímulo cognitivo e fortalecimento de vínculos entre profissionais e
usuários, gerando possibilidades para que o idoso se conscientize e empodere, objetivando sua
qualidade de vida.
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Palavras-chave: Saúde do Idoso. Atenção Primária à Saúde. Promoção da Saúde
Apoio financeiro: Financiamento próprio.
Aprovação Comitê de Ética: CEP/UNIMONTES 4.964.131/2021.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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O IMPACTO DAS SEQUELAS EM PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM NEUROCISTICERCOSE: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA
SILVA, Dayane Indyara de1; LOMES, Mariany Lara Rocha1;
FERREIRA, Roger Vicente dos Reis1; RODRIGUES, Sarah Michaele Coimbra1;
PEREIRA, Victor Guilherme1; JESUS, Ely Carlos Pereira de3
1Acadêmico de Enfermagem, Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeiro, docente do curso de Enfermagem da Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: investigar as principais sequelas da neurocisticercose que interferem na qualidade de vida
e bem-estar biopsicossocial. Metodologia: estudo de revisão integrativa, descritivo, apoiado nas
recomendações de redação do Preferred Reporting Itens for Systematic Reviews and Meta-Analyses
(PRISMA). A coleta de dados foi realizada a partir de consulta às bases Literatura: PubMed, Latino-
Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Base de
Dados em Enfermagem (BDENF). Os descritores utilizados nas buscas o cadastrados na Medical
Subject Headings (MeSH), sendo: Neurocysticercosise complications”. Destaca-se os termos de
busca foram adaptados para o idioma português, quando necessário, por meio de consulta aos
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foram incluídos estudos quantitativos, ensaios clínicos,
pesquisas quase-experimentais, estudos de coorte, estudos qualitativos e revisões publicados no
período de 2019 a 2023. A avaliação da qualidade metodológica dos estudos foi medida pela
classificação hierárquica das evidências científicas. Resultados: a amostra final deste estudo foi
constituída por 12 publicações. As produções selecionadas foram publicadas entre o período de
2020 a 2022, sendo cinco indexadas na PubMed, cinco na BVS e três na Cochrane Library. Ressalta-
se que foi encontrado um número satisfatório de estudos direcionados à temática proposta nesta
revisão. As investigações selecionadas foram construídas na Alemanha, Brasil, China, Estados
Unidos, França e Reino Unido, publicadas, predominantemente, em periódicos internacionais
(66,7%). Em relação ao delineamento de estudo, sete (58,3%) eram ensaios clínicos randomizados,
três (25,0%) estudos longitudinais e dois (16,7%) estudos transversais. Investigações internacionais
destacam que cerca de 75% dos pacientes acometidos pela neurocisticercose, possuem sequelas
como crise epiléptica - que podem ser focais ou generalizadas, cefaléia, frequentemente definida
como um desconforto latejante devido ao aumento da pressão intracraniana e pode estar associada
a useas e vômitos, além dos déficits motores e sensitivos dependem da localização dos cistos no
cérebro, podendo incluir fraqueza muscular, tremores, alterações da sensibilidade e da
coordenação. As alterações visuais podem variar desde visão embaçada até cegueira devido ao
envolvimento do nervo óptico. Os transtornos cognitivos e psicológicos incluem problemas de
memória, atenção e concentração, depressão, ansiedade e alterações de comportamento. Essas
sequelas podem gerar mudanças causando grande impacto na vida do indivíduo como, por
exemplo, sua capacidade de trabalhar, se relacionar e até mesmo desenvolver atividades do dia a
dia como dirigir e cozinhar. Em casos mais graves o paciente pode ficar impossibilitado de realizar
atividades básicas de vida diária. Esses sintomas e sequelas podem ser transitórios ou permanentes,
e sua gravidade depende do tamanho e da localização dos cistos larvais, bem como da resposta do
sistema imunogico à infecção. Conclusão: Ressalta-se que o diagnóstico precoce é a forma mais
fácil de evitar formas graves da doença, diminuindo o mero de ciclos de tratamentos e os custos
hospitalares, além de garantir qualidade de vida aos pacientes.
Palavras-chave: Neurocisticercose. Cognição. Saúde blica.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE, EM MONTES CLAROS-MG ENTRE OS ANOS DE 2010 A
2023
SANTOS, Andressa Francine Souza1; ANTUNES, Herick Antônio Mendes2;
CORDEIRO, Higor da Siva3; SOUZA, Jady Nayara Mendes de4;
SIQUEIRA, Leila das Graças5
1 Estudante de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros UNIMONTESMontes
Claros-MG, Brasil.
2 Estudante de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros UNIMONTESMontes
Claros-MG, Brasil. 3 Estudante de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros
UNIMONTESMontes Claros-MG, Brasil.
4 Estudante de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros UNIMONTESMontes
Claros-MG, Brasil.
5 Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem, da Universidade Estadual de Montes
ClarosUNIMONTES- Montes Claros-MG, Brasil.
Objetivo: identificar o perfil epidemiológico dos casos da hanseníase, registrados na cidade de
Montes Claros-MG, no período de 2010 a 2023. Metodologia: trata-se, portanto, de um estudo
quantitativo, documental, retrospectivo e descritivo, realizado a partir de informações disponíveis
no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para o Portal de
Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Minas Gerais. Nesta pesquisa, foram seguidos os
preceitos éticos da Resolução 466 de 2012, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e, por se tratar de
dados blicos, disponibilizados na internet, não houve a submissão do projeto ao Comitê de Ética.
Resultados: os principais achados demonstraram que foram notificados, no período de 2010 a 2023,
um total de 880 notificações de hanseníase em Montes Claros/MG. Além disso, destaca-se que, em
2022, ocorreu maior quantidade de registros. Sendo assim, ficou evidente que 179 casos
demonstraram que a etiologia multibacilar foi a mais prevalente ao apresentar 124 notificações .
Em relação às faixas etárias, foi constatado o registro em todas as idades abaixo de 79 anos, em que
quase todas notificaram mais de 20 casos. Desse modo, tal estudo evidenciou maior predominância
nas raças parda e branca. Conclusão: o perfil epidemiológico da hanseníase, no período pesquisado,
foi constituído por mulheres de 20 a 79 anos, pardas, com vel de escolaridade de vel dio,
acometidas pela doença. Ademais, o estudo foi necessário e relevante para conhecer o perfil da
hanseníase na população estudada, sendo necessário, ainda, a realização de novos estudos com
intuito de verificar o impacto da doença na saúdeblica.
Palavras-chave: Perfil epidemiológico. Hanseníase. Vigilância Epidemiológica.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
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ABORDAGEM FAMILIAR NO TRANSTORNO AUTISTA: IMPORTÂNCIA DA FERRAMENTA NA
MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA
MELO, Giovanna Cristina Carneiro de1; MARQUES, Talles Rodrigues1; BRANT, Camila Magalhães1;
BATISTA, Maria Geovania Cardoso1; OLIVEIRA, Débora Virgínia1; DIONÍZIO, Andra Aparecida da
Silva2; PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes2
1Acadêmico(a) de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
Objetivo: verificar na literatura a importância da aplicação da abordagem familiar em famílias
integradas por membros diagnosticados com autismo. Metodologia: realizou-se uma revisão
integrativa da literatura nas bases de dados BVS, Scielo, Pubmed e Google Acadêmico, durante o
mês de Abril de 2023, utilizando os descritores Autismo”, “Estratégia Saúde da Família e
“Abordagem Familiar”, e o boleano and”. Foram utilizados os filtros de artigos completos em
português e datados a partir de 2020 e localizados 58 artigos. Os critérios de exclusão baseavam-se
em publicações repetidas e que não responderam à questão norteadora ao ler os resumos, sendo
3 artigos selecionados ao final. Resultados: a literatura aponta que as famílias compostas por
indivíduos autistas possuem inúmeras dificuldades no que tange à promoção da qualidade de vida,
tanto para o paciente índice, como para demais membros familiares. A maioria dos diagnósticos de
autismo ocorrem entre 2 à 4 anos, quando geralmente se percebe um atraso do desenvolvimento,
ausência da fala, além de certas estereotipias que são características. Seus impactos envolvem
necessidades específicas que interferem no convívio diário, tornando-se primordial a ação da Saúde
da Família, promovendo suporte e apoio profissional, tendo em vista que o conhecimento dos pais
acerca do autismo se principalmente através dos meios de comunicação, mídias e redes sociais,
na qual se interagem, compartilhando sentimentos e vivências parecidas. Diante disso, os artigos
evidenciam que expor a realidade vivida pelos pais de um membro autista para a Estratégia de
Saúde da Família, proporciona sua assistência e acesso aos servos de saúde com qualidade tendo
também como benefício um melhor entendimento acerca da doença, sendo fundamental para o
melhor desenvolvimento e dimica familiar, além disso facilita o direcionamento e
encaminhamento para especialidades sobre a demanda do paciente. A aplicação das ferramentas
de abordagem familiar permitiu um estabelecimento da confiança entre a família e a equipe,
conhecer as estruturas do núcleo familiar por meio do genograma, uma representação gráfica das
gerões, composições, comorbidades, nculo entre os integrantes e informações úteis para os
profissionais entenderem o contexto. O ecomapa também foi um instrumento presenciado, onde
possibilitou reconhecer o contexto ambiental, descrever as ligações do indivíduo e da família com o
meio, a intensidade das relações e fluxos de energia para estabelecer soluções. Por fim, o ciclo de
vida familiar foi utilizado, possibilitando a identificação da etapa em que a família se encontrava
para que viabilizasse a capacidade de resolver situações conflituosas e propor saídas para as
mesmas. Conclusão: faz-se necessárias novas pesquisas e publicações que envolvam o estudo de
família como ferramenta, a fim de melhorar a qualidade de vida dos envolvidos, uma vez que foi
evidenciado que o preconceito e exclusão do autista se faz presente. A abordagem familiar é
importante para a compreensão do contexto de vida das famílias estudadas, como a sobrecarga dos
cuidadores, além de favorecer a criação de nculos entre a equipe de saúde e a família, podendo
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assim elaborar a construção de um plano de intervenção mais individualizado e integrado de acordo
às suas necessidades.
Palavras-chave: Abordagem Familiar. Autismo. Estratégia Saúde da Família.
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FATORES ASSOCIADOS À NÃO ADESÃO AOS IMUNOBIOLÓGICOS CONTRA A COVID-19 NO
BLICO INFANTIL
VIEIRA, Michele Meira1; ALVES, Ellen Patrícia Fonseca1
PEREIRA, Victor Guilherme1; MURÇA, Lady Tainara Santos1;
JESUS, Ely Carlos Pereira de2; RIBEIRO, Claudia Danyella Alves Leão3;
MENEZES, Agna Soares da Silva3
1Acadêmico de Enfermagem, Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeiro, Faculdades Integradas Pitágoras, Minas Gerais, Brasil.
3Enfermeira, doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: investigar os fatores maternos de o adesão aos imunobiológicos contra a COVID-19 em
crianças com idade entre 05 a 11 anos. Materiais e todos: estudo transversal, descritivo, com
abordagem qualitativa, apoiado nas recomendações dos Critérios Consolidados para Relatar uma
Pesquisa Qualitativa (COREQ), conduzido a partir da análise das falas das participantes aplicando-se
o método de Bardin. Foram incluídos na investigação mães de crianças com idade entre 05 a 11
anos, que optaram por não vacinar seus filhos contra a COVID-19. Para isso, foi realizada,
previamente a coleta de dados, a análise da situação vacinal das crianças na faixa etária pretendida,
cadastradas em duas unidades básicas de saúde em Minas Gerais. As participantes foram
submetidas a entrevistas gravadas e norteadas por um questionário aberto composto por seis
questões e em seguida, as falas obtidas foram transcritas e as gravações excluídas. Após essa etapa
realizou-se a categorização dos dados pelo critério de semelhança. Resultados: participaram do
estudo 14 mulheres, com idade entre 26 e 40 anos. Em relação ao estado conjugal, 50,0% das
participantes se declararam casadas e, quanto à escolaridade, 50,0% relataram possuir ensino
médio completo. No que tange a religião, sete (50,0 %) participantes relataram ser católicas, seis
(42,9%) evangélicas e uma (7,1%) informou não ter religião. Durante as falas das participantes foi
possível detectar, de modo significativo, o medo das mães em relação aos possíveis efeitos adversos
da vacinação das crianças. Registrou-se que esse fator foi intensificado em mulheres que relataram
terem vivenciados a ocorrência de efeitos adversos em crianças conhecidas ou próximas e, além
disso, houve forte influência das notícias vinculadas às redes sociais, compartilhadas em páginas ou
grupos/comunidades com pouco ou nenhum critério de avaliação quanto a veracidade das
informações e dos questionamentos em relação a elaboração das vacinas e sua disponibilização
para a população. Assim, emergiram três categorias temáticas após a análise dos discursos
maternos: tempo de pesquisa curto das vacinas contra a COVID-19, medo em relação aos efeitos
adversos nas crianças e influência de notícias sobre eventos adversos da vacina. Considerações
finais: ressalta-se que desde o início da vacinação, instituídas outras faixas etárias e condições
prioritárias, houve um relevante declínio no número de casos de infecção por SARS-CoV-2, sendo
um reflexo direto do crescimento dos indicadores de vacinação no Brasil e no mundo. Apesar de
uma vertente intensa de estudos constatarem que os benefícios dos imunobiológicos contra a
COVID-19 superamos eventos adversos notificados, observou-se que as notícias falsas influenciaram
na tomada de decisão em não aderir à vacinação. Diante disso, percebe-se um desafio importante
que exige esforços dos governos, em conjunto com os profissionais de saúde, com a finalidade de
interromper a propagação de falsas informações e fornecer à população informações seguras, com
capacidade de sensibilizar e estimular maior adesão por parte dos responsáveis pelo público infantil
às vacinas contra a COVID-19.
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Palavras-chaves: Vacinação. Imunização. Saúde da Criança. COVID-19. Saúde Pública.
Aprovação Comitê de Ética: CEP/UNIMONTES 5.584.914.
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VIVÊNCIAS PET-SAÚDE GESTÃOSETOR DE COMPRAS
ROCHA, Amanda Steffane Gomes de Jesus1; FERNANDES, Felipe Alves1; LIMA, Renata Francine
Rodrigues2; FERNANDES, Viviane Braga Lima2
1 Acadêmico de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2 Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais,
Brasil.
Objetivo: descrever a experiência de acadêmicos na realização de processos licitatórios do
município. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo de um relato de experiência vivenciado
por dois acadêmicos do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros
(UNIMONTES), integrantes da equipe do programa Pet-Saúde/Gestão, em Montes ClarosMG. As
atividades vivenciadas pelos acadêmicos ocorreram na secretaria de saúde, onde os mesmos
acompanharam o dia a dia do processo de trabalho referente ao setor de Compras durante o s
de março de 2023. Resultados: as vivências que o Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde
(Pet-saúde) proporciona são amplamente diversas. Nesse contexto, o eixo gestão, focado nas
necessidades e potencialidades dos serviços e dos usuários do SUS, aplicou atividades voltadas para
o entendimento dos processos de licitações. A licitação é um processo obrigatório previsto por lei,
em que a administração pública realiza a aquisição de bens e contratação de serviços. Esse processo
permite que interessados em fornecer bens ou servos apresentem suas propostas e concorram
entre si. Por exemplo, obras blicas, serviços de limpeza urbana, ou ainda aquisição de materiais
hospitalares e medicamentos o exemplos de bens e serviços que podem ser adquiridos por meio
do processo de licitação. O processo de licitação inclui diversas etapas, que envolvem a elaboração
e publicação do edital de licitação, a apresentação das propostas pelos interessados, a análise
dessas propostas, a habilitação dos fornecedores, a classificação das propostas e a homologação e
adjudicação do objeto da licitação ao vencedor. Cada uma dessas etapas possui exigências legais
específicas. Por exemplo, o edital de licitação deve conter informações detalhadas sobre o objeto
da licitação, a documentação necessária para participação, prazos, critérios de seleção, entre outros
aspectos importantes. Portanto, é fundamental que os participantes da licitação cumpram todas as
exigências legais e apresentem suas propostas de forma clara, objetiva e com preços competitivos
para que possam ser habilitados e, eventualmente, escolhidos como vencedores. Com isso, a
administração pública poderá garantir a escolha da melhor proposta para aquisição dos bens e
serviços necessários, de forma transparente e justa. Os acadêmicos participaram da montagem do
edital, construindo a descrição criteriosa de produtos odontológicos, parte orçamentária e na
análise das propostas dos candidatos a fornecedores. Conclusão: diante disso, notou-se a relevância
da participação acadêmica nas vivências das práticas da gestão de saúde do município, uma vez que,
conhecer esses processos garante a correta aplicação dos recursos públicos e, por consequência, a
manutenção dos serviços de saúde que são prestados na ponta.
Palavras-chave: Gestão. Licitação. PET- Saúde. Vivência.
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SÍFILIS EM GESTANTES E FILIS CONGÊNITA EM INDÍGENAS EM MINAS GERAIS
DIAS, Cristiano Leonardo de Oliveira1; BATISTA, Maria Geovania Cardoso2;
HOLZAMANN, Ana Paula Ferreira1; VERSIANI, Clara dessia3;
VOGT, Sibylle Emilie1; DIAS, Orlene Veloso1; PEREIRA, Luciana Barbosa3
1 Professor(a) Doutor(a), Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES).
2 Acadêmica do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES).
3Mestre em Ciências da Saúde. Docente do Departamento de Enfermagem - Universidade
Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Objetivo: descrever a distribuição de casos de filis em gestantes e de filis congênita em indígenas
no Brasil, devido a população indígena sofrer com uma situação de vulnerabilidade e subnotificação
de casos de sífilis em gestantes e de sífilis congênita, além da inadequação na realização das ações
do pré-natal e de testes para diagnóstico da sífilis entre as mulheres indígenas. Metodologia: trata-
se de uma coorte retrospectiva, referente ao período de 2012 a 2022. Foram coletados dados de
banco secundário público (Indicadores e Dados Básicos da Sífilis nos Municípios Brasileiros) sobre a
sífilis em gestantes e a sífilis congênita na população indígena em Minas Gerais. O processamento e
a análise dos dados foram feitos a partir dos programas DATASUS (TabWin) e Microsoft® Excel 2016,
cujos resultados estão apresentados por meio da estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo
Comi de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros, mediante parecer
consubstanciado 4.272.156. Resultados: no período descrito, foram registrados em Minas
Gerais, 33.681 casos de sífilis em gestantes e 16.861 casos de filis congênita em menores de um
ano, com taxa de incidência de sífilis congênita de 9,4 por 1000 nascidos vivos. Houve um aumento
de 113,5% considerando 511 casos de filis congênita em 2012 em relação aos 1.091casos
notificados no primeiro semestre de 2022 no estado de Minas Gerais. Em relação à população
indígena avaliada, foram registrados 38 casos de filis em gestantes indígenas e 19 casos de sífilis
congênita em crianças indígenas menores de um ano com maior taxa de incidência, de 9,4 por 1000
nascidos vivos em 2018. Em, 2012, foram notificados 2 casos de filis congênita em crianças
indígenas, em 2021, 8 casos notificados, aumento de 300%. Quando se avalia o ano de 2012 em
relação ao ano de 2021, houve também de 100% no número de casos de sífilis em gestantes
indígenas. O coeficiente bruto de mortalidade por filis congênita geral estado de Minas Gerais (por
100.000 nascidos vivos) em 2017 foi de 8,4. Conclusão: os resultados apresentados mostraram que
a sífilis constitui um grave problema de Saúde Pública entre os povos indígenas. É necessário
estabelecer estratégias com o objetivo de minimizar o problema, como a capacitação técnica das
equipes de saúde atuantes nas aldeias e nos municípios do estado onde a incidência da doença for
mais expressiva, ações de educação e promoção da saúde e de prevenção das infecções
sexualmente transmissíveis devem ser efetivadas para redução dos casos.
Descritores: Gestação. Indígenas. Sífilis. Sífilis congênita.
Apoio financeiro: PIBIC/FAPEMIG
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AS VANTAGENS DO USO DO PERICÁRDIO BOVINO NAS CIRURGIAS CARDÍACAS EM
COMPARAÇÃO AO TODO DE DACRON
MARINHO¹, Bianca Pabline Veiga; QUEIROZ¹, Ellem Vitória Ferreira; PEREIRA¹, Esther Martins e
ARAÚJO², Diego Dias de
¹Acadêmicas de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
² Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
Objetivo: identificar na literatura as vantagens do uso do pericárdio bovino em cirurgias
cardiovasculares e comparar tal conduto com a prótese de Dacron, avaliando a eficácia e segurança
desses materiais. Metodologia: efetuou-se uma revisão integrativa da literatura realizada no Portal
Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O levantamento das publicações indexadas foi
realizado em março de 2023, com estratégia que envolveu o cruzamento na língua portuguesa, dos
seguintes descritores: “procedimentos cirúrgicos cardiovasculares” AND pericárdioe prótese
ANDpericárdio”. Após a pesquisa nas bases de dados foram adotados para selão dos artigos os
seguintes critérios de inclusão: textos completos publicados no idioma português, sem limite de
tempo. Resultados: foram identificados 65 estudos potencialmente elegíveis, selecionando-se ao
final 9, que atenderam aos critérios de inclusão. Após a análise dos artigos foi identificado que o
pericárdio bovino possui flexibilidade superior ao Dacron e melhor adaptabilidade do conduto
dentro do saco pericárdio. Além disso, esses condutos apresentam baixo custo quando comparados
às próteses sintéticas. Foi relatado também, menor incidência de infecções em procedimentos
envolvendo pericárdio preservado em glutaraldeído. O procedimento do pericárdio bovino com
anel de implantação de Dacron foi considerado mais simples e reprodutível. Outro ponto é que a
correção da geometria do ventrículo esquerdo com prótese semirrígida de pericárdio bovino
também mostrou resultados promissores, com a técnica sendo utilizada em pacientes com
disfunção ventricular esquerda. a operação de Rastelli utilizando-se conduto valvulado de
pericárdio bovino teve uma experiência inicial positiva, com os resultados evidenciando que essa
técnica pode ser uma opção segura e eficaz para pacientes com complexas anomalias cardíacas
congênitas. O pericárdio também apresentou resultados favoráveis em termos de durabilidade,
reoperações e complicações relacionadas a calcificação, tornando-se uma opção de preferência em
determinados procedimentos. Conclusão: conclui-se que embora o Dacron seja um material
amplamente utilizado na cirurgia cardíaca, outros materiais, como o pericárdio bovino, têm se
mostrado uma opção segura e eficaz. Houve indícios de redução da ocorrência de infecções,
entretanto, os resultados ainda não comprovam se foi em decorrência do pericárdio utilizado ou do
glutaraldeído residual. É importante que as equipes de cirurgia avaliem cuidadosamente cada caso
individualmente para determinar o melhor material a ser utilizado, com base na anatomia, patologia
e fatores de risco do paciente. Faz-se necessário, portanto, realizar mais estudos a fim de esclarecer
essas questões, tendo em vista o potencial enriquecedor desse material para a qualidade de vida
das pessoas e possibilitando que cirurgiões efetuem escolhas informadas.
Palavras-chaves: Bovino. Cardiovascular. Cirurgia. Pericárdio. Vantagens.
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PREVALÊNCIA DE CASOS DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM ADOLESCENTES E
ADULTOS: REVISÃO INTEGRATIVA
PINHEIRO, Marcia Eduarda Mendes¹; PAULA, Isabella Higino de¹; SANTOS, Kaíky Guilherme
Macedo¹; ARAÚJO, Diego Dias de²
¹Acadêmicos de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
²Enfermeiro, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de
Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
Objetivo: identificar na literatura a prevalência de casos de infecções sexualmente transmissíveis
em adolescentes e adultos. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada
no Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O levantamento das publicações indexadas
foi realizado em março de 2023. Para a identificação dos estudos sobre a temática foi utilizada a
estratégia de busca com os seguintes descritores: "prevalência", "infecções sexualmente
transmissíveis", "adolescente" e "adulto". Empregando-se como critérios de seleção: textos
completos, idioma português, publicados nos últimos 5 anos. Resultados: foram identificados 30
estudos potencialmente elegíveis, selecionando-se ao final 8 artigos relacionados diretamente com
a temática. Em relação à prevalência de casos de infecções sexualmente transmissíveis, essas
ocorrem principalmente em adolescentes e adultos, com uma taxa de variação de 6,3% a 25% a
depender do tipo de infecção analisada. Dentre as principais infecções sexualmente transmissíveis
foram identificadas, predominantemente, a ndrome da imunodeficiência adquirida, a sífilis, as
hepatites virais, a herpes genital, a gonorreia, a tricomoníase e o papilomavírus humano. Entre os
possíveis fatores associados aos casos de infecções sexualmente transmissíveis em adolescentes e
adultos destacam-se: o não uso de preservativo na relação sexual, a troca frequente de parceiros
casuais, o início precoce da atividade sexual, a dificuldade de acesso ao tratamento adequado, a
falta de compreensão da vulnerabilidade exposta, a ausência de informações, a utilização de
aplicativos para fins sexuais, a omissão dos portadores acerca da infecção contraída e o uso de
drogas ilícitas e citas, as quais influenciam no comportamento dos indivíduos, estimulando a
prática sexual insegura. A respeito das complicações das infecções sexualmente transmissíveis em
adolescentes e adultos foram apontados: infertilidade em homens e mulheres, infecção dos órgãos
reprodutores femininos e masculinos, gravidez ectópica (gestação em que o óvulo fertilizado é
implantado fora do útero), câncer do colo de útero, ncer de pênis e natimortos (morte do feto
após 20 semanas de gravidez). Conclusão: assim, evidencia-se que as infecções sexualmente
transmissíveis em adolescentes e adultos é uma questão de importante relevância para a saúde
pública em todos os veis de atenção à saúde e com carência de problematização na literatura,
apesar de suas consequências prejudiciais na qualidade de vida dessas pessoas. Espera-se que essa
revisão promova a discussão e a visibilidade sobre o tema, visando principalmente a implementação
de ações de educação sexual para adolescentes e adultos, que possibilitem a prevenção de
infecções sexualmente transmissíveis e a promoção da saúde em diferentes níveis assistenciais.
Palavras-chave: Prevalência. Infecções Sexualmente Transmissíveis. Adolescente. Adulto.
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SINTOMAS MAIS PREVALENTES RELATADOS POR MULHERES DURANTE A FASE DE TRANSIÇÃO
MENOPAUSAL
BARCO, Giovana Galante 1; OLIVEIRA, Débora Virginia 2; SILVA, Yan Lucas Martins 2;
DE OLIVEIRA, Patrícia Alves Paiva 3; DIAS, Orlene Veloso 4;
SILVA, Jefferson Oliveira 5; RIOS, Everton Barroso 6
1 Acadêmica de Medicina, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2 Acadêmicos de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3 Enfermeira, Doutorando em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
4 Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes
Claros, Minas Gerais, Brasil.
5 Médico, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
6 Cirurgião Dentista, Mestrando em Cuidado Primário, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: descrever os sintomas mais prevalentes durante o climatério. Metodologia: trata-se de
uma revisão integrativa da literatura, desenvolvida por meio da pergunta norteadora: Quais são os
sintomas mais prevalentes durante o climatério? Foi feito levantamento nas bases de dados
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Biblioteca Virtual de Saúde
utilizando o operador booleano “and” e os Descritores em Saúde “climatério” e “Sintomas
prevalentes” e Google Acadêmico, sendo incluídos artigos em português e espanhol, publicados
entre 2018 e 2022. Foram excluídos artigos que não tratavam diretamente do tema e sem
disponibilidade na íntegra. A amostra final resultou em quatro artigos. Resultado: evidenciou-se
que o climatério causa um desequilíbrio hormonal comum nas mulheres que durante esse período
80% apontam alguns tipos de sintomas. É uma fase antecedente a menopausa, tornando-se a
passagem do período reprodutivo para o não reprodutivo, caracterizado por eventos fisiológicos
determinados pela diminuição hormonal do estrogênio e progesterona pelos ovários, o que causa
grande mudança no corpo da mulher, e traz consigo variados sintomas durante essa fase de
transição, justo pela diminuição da secreção de estradiol devido a redução dos folículos ovarianos.
Entre os diversos sintomas mencionados, tais como a sudorese noturna, nervosismo, vertigem,
depressão, insônia, desânimo, irritabilidade, melancolia, cefaleia, diminuição da libido e fogachos,
foram citados os mais prevalentes na peri e pós-menopausa os fogachos, sudorese noturna,
depressão, irritabilidade e insônia. Porém, a persistência e intensidade dos sintomas estão
relacionados a fatores individuais, como exemplo a obesidade, fatores populacionais e
socioculturais. Os estudos apontam ser essencial que, os profissionais de saúde e as mulheres se
apropriem de informações sobre a saúde nesse período da vida da mulher, da importância de uma
alimentação saudável e equilibrada durante a vida, cuidados com a saúde bucal, bem como uma
adesão contínua de atividades físicas e o manejo do climatério para amenizar a sintomatologia, o
que é comprovado que aprimora a funcionalidade do organismo. Conclusão: este estudo
possibilitou descrever os sintomas mais prevalentes durante o climatério e destacar que, diversos
fatores interferem nesse processo sintomatológico. Portanto, a conscientização das mulheres, a
promoção de um estilo de vida saudável e os cuidados bucais, são algumas medidas simples que,
fundidas na vida diária se tornam primordiais para a melhora na qualidade de vida. Sendo assim, é
notável que a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo ocasiona grande impacto na
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vida das mulheres. Por esse motivo, é importante contar com ajuda profissional, a compreensão e
apoio de todos aqueles que estão presentes na vida da mulher durante esse período.
Palavras-chave: Sintomas prevalentes. Mulheres. Climatério. Menopausa.
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ALEITAMENTO MATERNO NA PRIMEIRA HORA DE VIDA DE PARTOS NORMAIS EM UM HOSPITAL
AMIGO DA CRIANÇA
SOUSA, Rafael Gomes1; PINTO, Brenda Oliveira Nascimento2; LOPES, Kahena Giullia de Deus
Lopes3; RODRIGUES, Viviane Alves4; PEREIRA, Luciana Barbosa5; VERSIANI, Clara dessia6; VOGT,
Sibylle Emilie 7
1,2,3,4 Residentes em Enfermagem Obstétrica da Universidade Estadual de Montes Claros.
5,6 Mestres em Ciências da Saúde. Universidade Estadual de Montes Claros.
7 Doutora em Saúde da Mulher e da Criança. Universidade Estadual de Montes Claros.
Objetivo: apresentar a taxa de amamentação na primeira hora de vida de partos normais ocorridos
em um hospital de ensino credenciado na Iniciativa Hospital Amigo da Criança - IHAC. Metodologia:
foi realizada uma pesquisa documental, de caráter quantitativo, com dados obtidos a partir dos
registros do caderno de partos vaginais das mulheres atendidas em um hospital público e de ensino
do norte de Minas Gerais, ocorridos entre o período de janeiro à março de 2023. Resultados: no
intervalo de tempo mencionado foram realizados 394 partos normais na instituição (média mensal
de 131). Desse total, em 82% (323) dos casos a amamentação foi iniciada na primeira hora de vida,
dados superiores aos registrados na Pesquisa Nacional de Saúde, de 2019, na qual identificou uma
taxa nacional de amamentação na primeira hora de vida, em partos normais, de 60,8%. Contudo,
em 18% (71) dos casos pesquisados não houve registros sobre a amamentação na primeira hora de
vida, evidenciando falhas de anotações. No hospital analisado treinamento anual dos
profissionais sobre as práticas exigidas pela política da IHAC. O credenciamento do referido hospital
na IHAC pode ter impactado diretamente nos resultados positivos obtidos, uma vez que a promoção
e a adoção de práticas que favoreçam o nculo entre mãe e filho, incluindo a amamentação, é
critério essencial para a acreditação deste selo. Sobre as causas para o atraso no início da
amamentação encontrou-se a prematuridade e a nota de Apgar menor que sete no minuto de
vida. Entretanto, outros fatores podem influenciar a o adesão a essa prática como a falta de
informação dos profissionais sobre os benefícios da amamentação precoce; a separação entre e
e bebê logo após o parto e problemas de saúde maternos ou neonatais que impeçam a
amamentação imediata. Ademais, o apoio profissional e familiar às lactantes, o conhecimento das
mães sobre a importância da amamentação na primeira hora e o fomento de políticas institucionais
favorecedoras da amamentação para recém-nascidos de risco, como a Metodologia Canguru o
estratégias que podem impactar positivamente nesses índices. Conclusão: pode-se notar que a taxa
de amamentação na primeira hora de vida na instituição analisada encontra-se acima dos dados
nacionais, considerando-se somente os partos vaginais. Todavia, condutas de incentivo à
amamentação ainda representam um desafio, mesmo nos hospitais detentores do título “Amigo da
Criança”, visto que são práticas que devem ser periodicamente reforçadas para que se consolidem
como cultura institucional do estabelecimento de saúde.
Palavras-chave: Aleitamento Materno. Parto Normal. Hospital de Ensino.
Aprovação Comitê de Ética: CEP/UNIMONTES 4272156/2020.
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EPIDEMIOLOGIA DOS PACIENTES NOTIFICADOS COM TUBERCULOSE EM MONTES CLAROS-MG
NO ANO DE 2022
RABELO,lice Néria Leite1; ARAUJO, Nathália Kamilly Santos2; SANTOS, Luiza Vitória Lopes3;
ALMEIDA, Sarah Silva4; SIQUEIRA, Leila das Gras5
1Acadêmica do curso de graduação de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros-
UNIMONTES.
2Acadêmica do curso de graduação de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros-
UNIMONTES
3Acadêmica do curso de graduação de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros-
UNIMONTES.
4Acadêmica do curso de graduação de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros-
UNIMONTES.
5Professora da Universidade Estadual de Montes Claros-UNIMONTES.
Objetivo: analisar os casos notificados de tuberculose na cidade de Montes Claros MG no ano
de 2022. Metodologia: trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, do tipo Transversal e
de abordagem quantitativa. Para a coleta de dados acerca das notificações de Tuberculose no
município de Montes Claros/MG, no ano de 2022. Este estudo foi realizado a partir de
informações e dados epidemiológicos disponíveis no banco de dados do Boletim Epidemiológico
publicados no painel de monitoramento de vigilância a Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de
Minas Gerais em formato eletrônico e acesso livre. A população estudada foi constituída
conforme os dados de indivíduos montesclarenses com a Tuberculose e as variáveis analisadas
referem-se ao: sexo, faixa etária, Grupo étnico, comorbidades e tipos de Tuberculose. Nesta
pesquisa foram seguidos os preceitos éticos da resolução 466 de 2012, do Conselho Nacional de
Saúde (CNS) e, por se tratar de dados blicos, disponibilizados na internet, não houve submissão
ao comitê de ética. Resultados: em Minas Gerais no ano de 2022, foram notificados um total e
5.390 casos de Tuberculose, sendo que destes 425 foram oriundos da região Macro Norte do
estado. Destes 131 casos pertencem a Microregião de Montes Claros, dos quais 126 (96,18%) dos
casos de tuberculose referem ao município de Montes Claros - MG. Além disso, os dados
identificados permitem descrever que o ano de 2022 foi o que teve maior aumento de casos
notificados dos últimos 10 anos no município avaliado. Destaca-se que do total de 126
notificações, 63 casos foram confirmados através de Exame Teste Rápido Molecular para
Tuberculose (TRM-TB) e Tuberculose Pulmonar foi a forma mais comum identificada,
representado (79,37%) dos casos. em relação ao perfil dos casos, percebeu-se o predomínio
do sexo masculino (71,43%), a raça parda se destaca com (78,57%) dos casos. Quanto as
comorbidades identificadas como doenças e agravos associados a Tuberculose o destaque vai
para o alcoolismo seguido do tabagismo. Conclusão: conclui-se que o perfil epidemiológico para
a tuberculose no período pesquisado foi caracterizado por homens alcoolistas e tabagistas de 60
a 69 anos de cor parda foram os mais acometidos pela doença no ano de 2022 em Montes
Claros/MG. Assim. faz-se necessário a realização de novos estudos e investigações
epidemiológicas com o objetivo de verificar o impacto da doença na população e na saúde pública
como um todo, e se houve a notificação de novos casos, sendo que por meio dessas pesquisas
torna-se mais cil traçar medidas preventivas para a doença.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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Palavras-chave: Perfil Epidemiológico. Vigilância Epidemiológica. Tuberculose.
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(ISSN 2317-3092)
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A CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM NOS CUIDADOS DIRECIONADOS A PACIENTES COM
FIBROMIALGIA
OLIVEIRA, Débora Virginia 1; SILVA, Yan Lucas Martins 1; GUEDES, Ana Beatriz Mota 1; RODRIGUES,
Aislin Julia Mota 1; DE MELO, Giovanna Cristina Carneiro 1;
DE OLIVEIRA, Patrícia Alves Paiva 2;
DIAS, Orlene Veloso 3
1 Acadêmicos de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2 Enfermeira, Doutoranda em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
3 Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: descrever as contribuições do profissional enfermeiro nos cuidados direcionados a
pacientes com a ndrome da fibromialgia. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da
literatura desenvolvida por meio da pergunta norteadora: Como a enfermagem contribui nos
cuidados do paciente fibromiálgico? Foi feito levantamento nas bases de dados Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando o operador
booleano ande os Descritores em Saúde “Enfermagem” e “Fibromialgia”, sendo incluídos artigos
em português e espanhol, publicados entre 2015 e 2022. Foram excluídos artigos que não tratavam
diretamente do tema e sem disponibilidade na íntegra. A amostra final resultou em três artigos.
Resultado: Evidenciou-se que a fibromialgia é uma doença reumática crônica e difusa, a dor é a sua
principal característica, o que leva a limitação na capacidade sica, dificultando a realização das
atividades diárias. Afeta 2,5% da população geral no Brasil com maioria do sexo feminino. É uma
enfermidade de etiologia desconhecida e que possui controversas na perspectiva de rios
profissionais, sendo, o seu tratamento individualizado e exclusivamente sintomático. Deste modo,
os cuidados da enfermagem são essenciais e contribui na qualidade de vida desses pacientes, o que
torna a procura por profissionais especializados cada vez mais frequentes. Os estudos apontam que
o enfermeiro é um profissional capacitado para orientação e planejamento individual dos cuidados,
visto que, aplica intervenções educativas, informa os pacientes sobre a doença, o tratamento e o
manuseio dos sintomas, isso contribui significativamente na melhoria da qualidade de vida diária
dos pacientes. Destaca-se que, a intervenção da enfermagem proporciona a redução do sofrimento
em função do manejo das dores, diminuição dos sintomas depressivos existentes, melhora da
funcionalidade e na medida do possível da autonomia pessoal de cada sujeito, indo desde a
educação em saúde do indivíduo ao monitoramento do processo de gestão dos cuidados. Portanto,
o acompanhamento contínuo da enfermagem no monitoramento e orientações dos pacientes,
contribui para estimular o autocuidado desses indivíduos, bem como, no manuseio da síndrome, o
que colabora para a estabilização da doença. Conclusão: Diante dos achados, é evidente as
contribuições do profissional enfermeiro no cuidado ao paciente com fibromialgia. Tanto na
aplicação da educação em saúde como no alívio da dor, o que contribui na melhora da qualidade de
vida dos mesmos. Além disso, es claro a necessidade de realizar mais estudos na busca pelo
aprimoramento do tratamento, para que este seja utilizado pelos profissionais, o que possibilita um
aumento da satisfação e a qualidade de vida dos que convivem com essa doença.
Palavras-chave: Fibromialgia. Enfermagem. Pacientes. Cuidados.
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PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS A AMPUTAÇÕES PORDIABÉTICO: REVISÃO
INTEGRATIVA DA LITERATURA
SILVA, Gabriela Karine Mendes ¹; TEIXEIRA, Daiane Santos ¹; REIS, Isabella Cristina Alves ¹; DURÃES,
Nathalia Lorenny Souza ¹; ARAÚJO, Diego Dias ²
¹ Acadêmica de Enfermagem, Universidade Estadual de
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
² Enfermeiro, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: identificar na literatura a prevalência de fatores associados a amputações por
diabético. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada no Portal
Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O levantamento das publicações indexadas foi
realizado em outubro de 2022, com estratégia que envolveu o cruzamento na língua portuguesa,
dos seguintes descritores: Prevalência, Fatores De Risco,Diabético e Amputação. Após pesquisa
nas bases de dados, foram estabelecidos como critérios de inclusão: idioma português, texto
completo, artigos publicados nos últimos cinco anos. Foram identificados dezessete estudos
potencialmente elegíveis, selecionando-se ao final sete, que estavam diretamente relacionados
com a temática e atenderam aos critérios estabelecidos. Resultados: relacionado à prevalência,
estima-se que 25 a cada 100 pessoas com Diabetes Mellitus apresentam anualmente uma
ocorrência de úlceras nos pés de 2% e um risco de 25% em desenvolvê-las ao longo da vida, e, ainda,
o responsáveis por 40 a 70% do total de amputações sem eventos traumatizantes de membros
inferiores. Nessa revisão, os fatores mais importantes relacionados com o desenvolvimento destas
úlceras foram: neuropatia periférica, deformidades, doea vascular periférica e traumas no pé.
Devido às diferenças econômicas e sociais, a localização e o tipo de úlceras nos s estão associados
com diferentes regiões mundiais, qualidade do calçado e padrões de cuidados com os s.
Conclusão: dada a magnitude do problema de saúde blica, relacionada à complexidade do
diabético e sua alta prevalência, torna-se necessário para sua prevenção e controle, o
desenvolvimento de ações em saúde e o envolvimento de toda equipe multidisciplinar, pois requer
um processo de educação contínuo, de atendimento integral e multiprofissional, além de acesso
facilitado aos servos de saúde.
Palavras-chave: Prevalência. Fatores de Risco. Amputação.Diabético. Diabetes Mellitus.
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RODA DE CONVERSA COMPAIXÃO: CUIDAR E SER CUIDADO
ALVES, Elaine Cristina Santos¹; LOPES, Joanilva Ribeiro¹; SOUSA, Luis Henrique²; SILVA, Yan Lucas
Martins²; FERREIRA, Lorena de Souza²; LIMA, Ana Laura Silveira²; DIAS, Orlene Veloso1
1Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
2Acadêmico (a) de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: relatar a experiência de uma enfermeira e um grupo de estudantes de enfermagem na
construção dos significados de cuidar e ser cuidado no cultivo da compaixão. Metodologia: trata-se
de um relato de experiência que envolve uma enfermeira em tratamento oncológico e estudantes
do curso de graduação em enfermagem. A proposta da roda de conversa foi construir os significados
de cuidado de enfermagem/ser cuidado, por meio da experiência de ser cuidadora e ser cuidada de
uma enfermeira em tratamento oncológico. A roda de conversa ocorreu no dia 02 de maio de 2023,
na Universidade Estadual de Montes Claros, como atividade da disciplina Introdução ao Estudo da
Enfermagem e do Projeto de Extensão Liga Acadêmica de Oncologia e Cuidados Paliativos - VITAL,
Resolução CEPEX - Unimontes291 de 15 de dezembro de 2022. Resultados: a roda de conversa
transcorreu de forma interativa entre a enfermeira convidada e os estudantes com a mediação da
professora. Os significados de cuidar e ser cuidada foi sendo compreendido, a partir das reflexões
sobre atitudes e atributos gerais do cuidado como interação, amor, empatia, ética, solidariedade,
responsabilidade, competência técnica, zelo, até estabelecer a compaixão. Ficou evidente que o
profissional de saúde é um cuidador na medida em que se propõe a lidar com pessoas que padecem
de doenças físicas ou mentais. Foram destacadas as influências no cuidado de enfermagem, o qual
tem relação com a etapa do Modelo de Análise de Conceito Evolucionário que identifica os
antecedentes ocorridos antes da existência do cuidado e os consequentes percebidos após a
realização deste cuidado. E como antecedentes do cuidado de enfermagem foram citados os
seguintes: necessidades, conhecimento, sensibilidade, interação, escuta ativa e interesse, e como
consequentes: satisfação, bem-estar, cura, alívio, conforto, confiança, saúde e mudança no estilo
de vida. Estes atributos aparecem em vários momentos na experiência da enfermeira, como na
comunicação efetiva e solidaria ao revelar o diagnóstico, internação, cirurgia e alta hospitalar.
Foram destacados os instrumentos básicos do cuidado: Comunicação, Criatividade, Planejamento,
Trabalho em equipe, Conhecimento Científico, Destreza manual e Avaliação, como ferramentas
essenciais no processo do cuidar. Conclusão: o relato da experiência de migrar do ser cuidador para
ser cuidada vivenciada pela enfermeira na trajetória do tratamento de câncer possibilitou a
construção dos significados de cuidar e ser cuidado, proporcionando aos estudantes compreender
o cuidado de enfermagem da teoria à prática. Ficou evidente que a atitude do profissional
fundamenta nos instrumentos básicos do cuidado de enfermagem e na compaixão possibilita a
interação entre os sujeitos do cuidado que envolve o paciente, equipe e familiares e impactam
positivamente no processo do cuidado.
Palavras-chave: Enfermagem. Cuidado. Empatia. Comunicação.
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PERFIL SOCIOECONÔMICO E DEMOGRÁFICO DE PUÉRPERAS ACOMPANHADAS NA
MATERNIDADE DE UM HOSPITAL EM MINAS GERAIS
ALVES, Ellen Patrícia Fonseca1; PEREIRA, Victor Guilherme1;
LEOPOLDO, Anielly Geovanna Santos1; OLIVEIRA, Sabrina Ferreira de1;
CRUZ, Brenda Letícia Moura1; JESUS, Ely Carlos Pereira de2;
RIBEIRO, Claudia Danyella Alves Leão3
1Acadêmico de Enfermagem, Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeiro, Faculdades Integradas Pitágoras, Minas Gerais, Brasil.
3Enfermeira, doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: descrever o perfil socioecomico e demográfico de puérperas acompanhadas na
maternidade de um hospital localizado no norte de Minas Gerais. Metodologia: estudo transversal,
descritivo, com abordagem quantitativa, conduzido com puérperas acompanhadas na maternidade
de um hospital localizado no norte de Minas Gerais, no período de janeiro a abril de 2023. O
processo de amostragem foi por conveniência, mas não intencional, a partir da identificação e
seleção sequencial das puérperas admitidas na maternidade. Ressalta-se que não houve cálculo
amostral, considerando o interesse em avaliar todo o contingente de puérperas. Durante o período
de coleta de dados houve um total de 175 partos (linha de base), sendo a amostra desta investigação
composta por 148 puérperas que concordaram em participar da pesquisa. As variáveis consideradas
para avaliação foram: idade, escolaridade, renda familiar, estado conjugal e mero de filhos. As
análises dos dados foram processadas por meio do software Statistical Packages for the Social
Sciences (SPSS), versão 28.0. Resultados: participaram do estudo 148 puérperas, sendo 23 (15,5%)
com idade entre 17 e 22 anos, 55 (37,2%) na faixa-etária de 23 a 28 anos, 51 (34,5%) com idade de
29 a 34 anos e 19 (12,8%) entre 35 e 40 anos. Observou-se uma média de idade de 28,20 (IC95% =
27,31-29,10) e desvio padrão de 5,52. Quanto a escolaridade, o grupo avaliado relatou,
predominantemente, ter concluído o ensino médio completo (50,1%), seguido por 20,3% com
ensino superior completo, 10,1% superior incompleto, 8,8% ensino médio incompleto, 4,7% ensino
fundamental completo, 4,0% declararam conclusão de s-graduação e, por fim, 2% possuíam
ensino fundamental incompleto. Em relação ao estado conjugal, 69 (46,6%) puérperas eram
casadas, 48 (32,4%) solteiras e 31 (21,0%) em união estável. No que concerne à renda familiar, a
maioria declarou receber menos que 1 salário-nimo (58,8%), além disso, 33,1% relataram renda
de 1 a 2 salários-mínimos e 8,1% recebiam mais que 2 salários. Registrou-se uma média de 1,49
salários-mínimos (IC95% = 1,39-1,60) e desvio padrão de 0,64. Quanto ao número de filhos, 126
(85,1%) mulheres informaram possuir de 1 a 2 dois filhos, 20 (13,5%) de 3 a 4 filhos e 2 (1,4%)
relataram 5 ou mais filhos. Verificou-se uma média de 1,72 (IC95% = 1,58-1,85) no que tange ao
número de filhos e desvio padrão de 0,85. Conclusão: destaca-se que a avaliação do perfil
socioeconômico e demográfico das puérperas auxilia no reconhecimento da condição de acesso a
tecnologias de saúde, bem como demonstra a situação de alfabetização materna, panorama
fundamental para compreender o vel de letramento em saúde e direcionar a implementação de
cuidados de saúde, principalmente no que tange a prevenção de processos infecciosos materno-
infantil, sendo fatores primordiais para auxiliar no fomento de políticas blicas e intervenções em
saúde condizentes com a realidade do contingente avaliado.
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Palavras-chaves: Período Pós-Parto. Fatores Socioeconômicos. Saúde Materno-Infantil. Saúde
Pública.
Aprovação Comitê de Ética: CEP/UNIMONTES 5.769.558.
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EDUCAÇÃO CONTINUADA: UMA ABORDAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA SOBRE O CANCER DE
TESTÍCULO
RIBEIRO, Renata Monise Mascimento1; FERREIRA, Giovana1; OLIVEIRA, Valdira Vieira2
1Discente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros
Unimontes.
2Mestre em Ciências da Saude, Docente da da Universidade Estadual de Montes Claros
Unimontes.
Objetivo: relatar a experiência de acadêmicas do curso de Enfermagem durante a realização de uma
educação em saúde sobre o ncer de testículos. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo,
do tipo relato de experiência sobre educação em saúde, abordando a temática de ncer de
testículos. As atividades foram desenvolvidas durante o estágio curricular em Atenção primária à
saúde, com foco em Saúde do Adulto, compreendido entre os meses de agosto a dezembro de 2022,
por acadêmicas de enfermagem do timo período da Universidade Estadual de Montes Claros-MG,
em uma Unidade sica de Saúde do Município. Inicialmente, as discentes reuniram-se para uma
discussão sobre a temática a ser abordada em conjunto com a preceptora a fim de avaliar a
demanda apresentada pela unidade, tornando-se necessário a elaboração de um planejamento da
Educação saúde em um quadro organizacional contendo conteúdo a ser ministrado, tempo para
apresentação, recursos (humanos, financeiro e tecnológicos) a serem empregados e todo de
avaliação Resultados: no primeiro momento, foi feito a realização de uma pesquisa de referências
bibliográficas sobre o ncer de testículo e sua sintomatologia para demonstração em dados
científicos e epidemiológicos sobre sua importância e maneiras de prevenção. Em um segundo
momento, ocorreu a confecção de uma cartilha através do Canva, uma plataforma gratuita e online
que permite a elaboração de design, onde foram abordados os principais sinais e sintomas de alerta,
orientações quanto o autoexame como também a importância da procura ao serviço de saúde. Para
a ação houve o agendamento prévio da educação em saúde com local, data e hora. Dessa forma,
foi escolhido a sala de espera da Unidade de Saúde como local adequado em decorrência da
quantidade de pessoas com intuito de atingir um maior blico. A educação em saúde foi
desenvolvida com os usuários presentes durante o acolhimento. Utilizou-se de apresentação
expositiva e dialogada com entrega da cartilha sobre a existência do ncer, sinais e sintomas e
populações de risco. Houve grande participação da comunidade sobre a temática, relatos de
experiência da patologia em algum familiar como também surpresa sobre o assunto e comentários
da frequente abordagem somente do ncer de próstata e mamas. Conclusão: o direcionamento
do aprendizado referente ao ncer de testículo é de fundamental importância no contexto da
Atenção Primária em função dos tumores malignos serem agravos com alta incidência na população
ativa. Assim, a abordagem sobre canceres masculinos apresenta-se como uma metodologia lida
para profissionais que atuam na saúde do adulto e para a população, uma vez que é um assunto
pouco discutido, mas de grande importância para a saúdeblica.
Palavras-Chaves: ncer de testículo. Educação em Enfermagem. Saúde do Adulto
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MITOS E VERDADES SOBRE VACINAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA
AGENTES COMUNITÁRIOS
ANDRADE, Nadia Jordana Oliveira ¹; BARBOSA, Laura Victória ²; MACIEL, Ana Paula Ferreira ³;
BRITO, Maria Fernanda4
1Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
²Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
³Enfermeiro, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
4Enfermeiro, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: relatar a experiência frente à realização de educação permanente para agentes
comunitários de saúde sobre as vacinas disponíveis pelo Programa Nacional de Imunizações.
Metodologia: trata-se de um relato de experiência, decorrente das atividades curriculares do
internato em Atenção Primária à Saúde, realizado por acadêmicas do período do curso de
graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros. A atividade foi realizada
em abril de 2023, com quatro agentes comunitários de saúde de uma equipe da estratégia de saúde
da família do município de Montes Claros/MG. O tema da educação permanente emergiu a partir
da demanda dos próprios agentes comunitários, como também da avaliação do cenário de
cobertura vacinal local feita previamente pelas acadêmicas. Para a realização da atividade foi
realizado um planejamento prévio, optando-se para abordagem do assunto o uso de metodologias
ativas. No primeiro momento fez-se uma introdução genérica sobre o tema vacinas com perguntas
norteadoras para avaliar o vel de entendimento dos agentes sobre o assunto. Posteriormente foi
realizada uma dinâmica com uso de metodologia de gamificação com os participantes e com o
auxílio de placas indicando “verdade” ou mito”, os participantes sinalizaram sua opinião sobre
afirmativas expostas. Após a resposta de cada pergunta, realizou-se uma breve explanação sobre
cada tema abordado, neste momento foi feita a exposição de situações vivenciadas pelos agentes,
acadêmicas e professora, valorizando os conhecimentos prévios dos participantes, e
oportunamente aproveitando para sanar as dúvidas que surgissem e para a construção de
aprendizagem significativa a partir de conhecimentos científicos sobre o assunto. Resultados:
durante a realização da atividade, todos os agentes demonstraram conhecimento sobre a
importância da vacinação no combate de endemias. As principais dúvidas que surgiram foram
referentes à contraindicação da vacina contra influenza na presença de sintomas gripais e sobre a
possibilidade de desenvolver a doença após imunização. Ao fim da dinâmica foi reforçada a
importância dos agentes comunitários de saúde na busca ativa, busca ativa da população em atraso
vacinal e sensibilização para vacinação nos casos de hesitação vacinal, para de tal forma alcançarem
uma ampliação da cobertura vacinal local e todos benefícios advindos deste feito. Conclusão: a
capacitação realizada possibilitou a análise do conhecimento dos agentes comunitários de saúde
referente às vacinas, além da oportunidade de desmitificar algumas fakenewssobre a temática.
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Tal ação mostra-se especialmente importante no cenário atual de baixas coberturas vacinais,
considerando os agentes como protagonistas para a transmissão de informações confiáveis para a
comunidade e por conseguinte melhorar a adesão vacinal.
Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família. Agentes Comunitários de Saúde. Vacinas.
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OFICINA TERAPÊUTICA COM PACIENTES COM DOR CRÔNICA POR CHIKUNGUNYA NA
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
AMARAL, Laís Lopes1; VELOSO, Ivana Aparecida Mendes1; PEREIRA, Zilá Aparecida Soares1;
VELOSO, Cleide Rocha1; REIS, Luiz Binício1; ARAÚJO, Valéria Gonçalves De1; SILVA, Rosângela
Ramos Veloso2
1Mestrandos em Cuidado Primário em Saúde. Universidade Estadual de Montes Claros.
2Doutora em Ciências da Saúde. Universidade Estadual de Montes Claros.
Objetivo: o presente trabalho teve como objetivo descrever as ações realizadas com pacientes
acometidos com dor crônica por Chikungunya, por meio de uma oficina terapêutica, em uma
unidade de Estratégia Saúde da Família. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, do tipo
relato de experiência, desenvolvido por mestrandos do Programa de s-Graduação em Cuidado
Primário em Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros. Para operacionalização das ações
foi realizado o levantamento dos usuários que apresentavam dor crônica após quadro característico
de Chikungunya e foram convidados a participar da oficina. A participação ocorreu após assinatura
do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) e do Termo de Autorização de Imagem (TAI).
Este trabalho respeitou o que determina na resolução 466 de 2012, que regulamenta pesquisas
envolvendo seres humanos, conforme aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, sob Parecer
Consubstanciado 5.691.870/2023. Resultados: participaram da proposta 11 usuários, sendo
72,7% do sexo feminino e 27,2% do sexo masculino, com idades entre 36 a 78 anos. Dentre as
comorbidades prévias, Hipertensão Arterial Sistêmica 50%, Diabetes Mellitus 37,5%, Cardiopatias
25% eram as mais comuns. O tema foi abordado com questões norteadoras para compreender a
experiência pessoal e a refleo de cada participante sobre o processo de adoecimento. A partir das
expressões, foi possível observar a interação entre os participantes, que revelou o impacto da
vivência da dor no cotidiano. Observou-se a incapacidade para realizar atividades básicas da vida
diária, como ir ao banheiro, lavar o cabelo e vestir-se, necessitando de ajuda dos familiares, mas
demonstraram satisfeitos com o fortalecimento de vínculos. Além disso, os usrios relataram as
medidas mais utilizadas para o alívio da dor, como o uso de chás caseiros, compressas frias,
pomadas, escalda pés, repouso, entre outras. Os profissionais apresentaram outras medidas o
farmacológicas para alívio da dor crônica por Chikungunya e realizaram sessão de auriculoterapia e
laser terapia nos participantes. Conclusão: a Chikungunya tem caráter epidêmico com elevada taxa
de morbidade associada à artralgia persistente, que leva à diminuição da produtividade e da
qualidade de vida. Dessa forma, a oficina terapêutica possibilitou um momento de escuta,
acolhimento, participação ativa dos usuários, fortalecimento de vínculos, troca de experiências e
construção de saberes, tornando a terapia como parte fundamental no cuidado desses pacientes.
Uma vez que a possibilidade de ouvir a si mesmo e aos outros participantes traz outros significados
às suas vivências, conquistas, potencialidades e aos seus sofrimentos, diminuído o processo de
somatização e complicações clínicas.
Palavras-chave: Chikungunya. Dor Crônica. Práticas Integrativas e Complementares. Promoção da
saúde.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM HEMODIÁLISE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
FREITAS, Alexsander Quésede Fonseca1; CARNEIRO, Helen Maria Sousa1;
PEIXOTO, Maria Fernanda Rodrigues1 ,DIONÍZIO, Andra Aparecida da Silva2;
PEREIRA, Fabíola Afonso Fagundes2.
1Acadêmico de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
Objetivo: Apresentar segundo a literatura científica, os principais cuidados de enfermagem que
devem ser fornecidos a pacientes que fazem hemodiálise, para garantir uma recuperação eficaz e
minimizar os riscos associados ao tratamento. todo: Trata-se de uma revisão integrativa da
literatura, na base de dados da biblioteca virtual de saúde (BVS). Foram encontrados quarenta e
sete estudos com a estratégia de busca “Enfermagem” ANDHemodiálise”. Com base nos critérios
de inclusão: estudos disponíveis na íntegra nos últimos cinco anos e que abordaram os cuidados de
enfermagem no tratamento do paciente em diálise renal, dez estudos foram selecionados a partir
da leitura do resumo. Os critérios de exclusão foram: o responder à questão norteadora e revisão
de literatura. Resultados: A hemodiálise é um tratamento comum para pacientes com insuficncia
renal, que trata a incapacidade dos rins de filtrar os resíduos produzidos pelo corpo e o excesso de
líquidos do sangue. Portanto, cuidados de enfermagem de qualidade são essenciais para garantir
que o tratamento seja eficaz e para prevenir futuras complicações. Os cuidados de enfermagem
descritos o orientação e auxilio na adesão ao tratamento, monitoramento da pressão arterial,
temperatura e dos sinais vitais além da preservação do acesso venoso e da integridade da pele do
paciente. É crucial que o enfermeiro identifique quaisquer mudanças na condição do paciente que
possam sinalizar uma possível complicação durante o tratamento, seja uma mudança no humor ou
nos sinais vitais. O enfermeiro deve avaliar regularmente o acesso vascular do paciente, garantindo
que o mesmo esteja funcionando corretamente e evitando complicações, como infecções e
coágulos sanguíneos. O acesso vascular é a via utilizada para retirar o sangue do paciente e devol-
lo após o processo de filtragem, e sua disfunção pode prejudicar significativamente o tratamento.
Os enfermeiros também devem garantir que o paciente esteja confortável durante o tratamento,
fornecendo suporte emocional e psicológico, se necessário. O tratamento de hemodiálise é longo e
pode ser desconfortável, gerando ansiedade e estresse ao longo do tempo. O enfermeiro pode
ajudar a aliviar esses sentimentos, fornecendo apoio emocional e educando o paciente sobre o
processo de tratamento. Conclusão: Os cuidados de enfermagem para pacientes que fazem
hemodlise são essenciais para garantir que o tratamento seja seguro e eficaz. O monitoramento
frequente dos sinais vitais e do acesso vascular, bem como o fornecimento de suporte emocional e
psicogico, são fundamentais para garantir uma recuperação eficaz e minimizar os riscos
associados ao tratamento. Os enfermeiros desempenham um papel crucial nesse processo, pois o
responsáveis por garantir que o paciente esteja recebendo o melhor tratamento possível e que seus
direitos e bem-estar estejam sempre em primeiro lugar.
Palavras-chave: Diálise Renal. Enfermagem. Cuidados.
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(ISSN 2317-3092)
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A CARTOGRAFIA PROCESSUAL APLICADA À SAÚDE
GOMES, Beatriz Efigênia Nogueira Machado1; SANTOS, Danielle Ladeia1; SOUZA, Camilla dos
Santos1 SOUZA, Meriele Santos1; DIAS, Orlene Veloso2; SILVEIRA, Aparecida Rosângela3
¹Menstranda do Programa de Pós graduação em cuidado Primário em Saúde, Universidade
Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Doutora em Ciências da saude. Professora do departamento de Enfermagem da
Universidade Estadual de Montes Claros, Brasil.
3Doutora em Psicologia. Professora do departamento de Enfermagem da Universidade
Estadual de Montes Claros, Brasil.
Objetivo: o presente estudo objetivou descrever através da literatura, as principais
caracteristicas dos estudos cartográficos com metodologia de pesquisa processual, aplicado a
área da saúde. Metodologia: trata-se de uma pesquisa de revisão da literatura realizada através
de buscas de artigos científicos nos portais: Biblioteca Virtual em Saúde e Biblioteca Regional de
Medicina (BVS/BIREME). Os descritores utilizados para a seleção dos artigos estão inseridos nos
Descritores em Ciência da Saúde (DeCS), sendo eles: Cartografia, Pesquisa Qualitativa e Prestação
de cuidados em Saúde. Os critérios de inclusão para seleção dos artigos foram os que estivessem
relacionados a estudos cartográficos aplicados a saúde. Resultados: a cartografia processual é
uma abordagem metodológica na pesquisa qualitativa que se concentra em mapear e analisar os
processos em andamento em um determinado fenômeno social. Essa abordagem destaca a
importância de entender como as práticas sociais se desenvolvem e mudam ao longo do tempo.
Os estudos cartogficos aplicados à saúde têm como objetivo analisar as relações entre a saúde
e o espaço geográfico, buscando compreender como os aspectos sociais, econômicos e
ambientais afetam a saúde da população em diferentes regiões. As principais características de
estudos cartográficos aplicados a saúde incluem: Análise espacial que mapea e visualiza a
distribuição geográfica de diferentes condições de saúde; Abordagem interdisciplinar, através da
colaboração entre profissionais de diferentes áreas, como geógrafos, epidemiologistas e
profissionais de saúde; Foco na determinação social da saúde que buscam entender como os
determinantes sociais da saúde, como a renda, a educação e o acesso aos serviços de saúde,
afetam a saúde da população em diferentes regiões; Uso de dados geográficos que utilizam de
dados geográficos, como mapas, coordenadas geográficas e sistemas de informação geográfica
(SIG), para analisar e visualizar as relações entre a saúde e o espaço geográfico; Aplicação prática,
que fornece informações úteis para a tomada de decisões em saúde pública. Conclusão: a
cartografia processual contribui para que os pesquisadores capturem e analisem os processos
complexos e dinâmicos que ocorrem em fenômenos sociais, e forneçam uma compreensão mais
profunda dos mesmos.
Palavras-chaves: Pesquisa Qualitativa. Cartografia. Cuidados em Saúde.
Revista Norte Mineira de EnfermagemRENOME. v. 12 n. Especial 1 (2023)
(ISSN 2317-3092)
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ENFERMAGEM E A REPRESENTATIVIDADE POLÍTICA
MAGALHÃES, Luciana Gabriella Caires Sousa¹; ARAÚJO, Diego Dias de²
¹Acadêmica de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
²Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas
Gerais, Brasil.
Objetivo: identificar na literatura os fatores associados ao engajamento político do profissional
da enfermagem, bem como seus fatores históricos relacionados. Metodologia: trata-se de uma
revisão integrativa da literatura, realizada no Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).
O levantamento das publicações indexadas foi realizado em abril de 2023, com estratégia que
envolveu o cruzamento na ngua portuguesa, dos seguintes descritores: Política AND
Enfermagem. Após a pesquisa na base de dados, foram adotados para seleção dos artigos os
seguintes critérios de inclusão: textos completos, publicados no idioma português, nos últimos 5
anos, que o assunto principal fosse enfermagem e política. Resultados: o estudo realizado
identificou 56 artigos potencialmente elegíveis, mas somente 4 estavam diretamente
relacionados à temática escolhida. Ao analisar esses artigos na íntegra, foi constatado que havia
um distanciamento em relação ao tema e uma tipificação marcada pelo cunho partidário e a
execução de práticas corruptas. Além disso, foi revelado que uma certa aversão dos
profissionais de enfermagem à política temática, o que pode ser atribuído a um modelo
educacional básico conservador, focado na transmissão superficial e vertical de conhecimentos
políticos, em detrimento do pensamento crítico-reflexivo. Esse modelo favorece o
desenvolvimento de uma postura política passiva, o que pode estar refletindo no quantitativo
reduzido de profissionais de enfermagem inscritos em partidos e com intenção de concorrer a
cargos políticos. Os resultados do estudo sugerem que as dificuldades vivenciadas pela
enfermagem podem ser reflexo desse problemático engajamento político. Para enfrentar esse
desafio, é necessário repensar estratégias eficazes e eficientes que acrescentaram a reunião da
temática, principalmente nos ambientes de formação. Também é necessário aumentar o
quantitativo de profissionais de enfermagem junto às instâncias decisórias políticas, sejam elas
municipais, estaduais ou nacionais, ou seja, em todas as dimensões constitutivas e
representativas. Dessa forma, se possível promover uma participação mais ativa e qualificada
da enfermagem no cenário político, ansiosa para a construção de políticas blicas mais
adequadas às necessidades da população. Conclusão: em suma, os resultados desse estudo
indicam a necessidade de uma mudança de paradigma em relação ao engajamento político dos
profissionais de enfermagem, bem como a adoção de medidas concretas para promover a
formação e a participação política da categoria. Somente dessa forma será possível enfrentar os
desafios que se apresentam e construir um futuro mais justo e equitativo para todos. Portanto,
é crucial que sejam tomadas medidas efetivas para capacitar e engajar os profissionais de
enfermagem em questões políticas, a fim de garantir uma representação justa e adequada da
categoria nos espaços de decisão e promover a construção de políticas públicas mais inclusivas e
equitativas.
Palavras-chave: Representatividade. Política. Enfermagem.