Qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes submetidos à prostatectomia
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Rev Norte Mineira de enferm. 2022; 11(1): 34-43.
Verificou-se que 67 participantes (95,8%) referiram que raramente ou nunca tiveram hematúria e este mesmo
número relatou que este fator é nada problemático. Do total de pacientes, 49 (70,0%) raramente ou nunca apresentaram dor
ou ardor ao urinar e 11 (15,8%) apresentaram dor ou ardor ao urinar mais de uma vez por semana, sendo que 50 deste (71,4%)
disseram que este fator é nada problemático e 8 pacientes (11,4%) disseram que é muito problemático.
Em relação ao controle urinário, 34 (48,5%) participantes do estudo relataram apresentar controle total urinário
e 23 (32,9%) apresentaram gotejamento ocasional, sendo que 53 (75,7%) referiram que não necessitam usar nenhuma fralda
durante o dia. Neste estudo, 46 pacientes (65,7%) não apresentaram problemas em relação ao jato de urina ser fraco e 9
(12,9%) disseram ser moderadamente problemático.
Em relação a acordar frequentemente para urinar, 23 (32,9%) disseram não ser problemático, 19 (27,1%) muito
pouco problemático e 12 (17,1%) muito problemático. Quando à necessidade frequente de urinar durante o dia, 29 (41,4%)
disseram ser nada problemático, 17 (24,3%) muito pouco problemático e 12 (17,1%) pouco problemático. No geral, a função
urinária foi classificada como não problemática por 19 (27,1%) pacientes e muito problemática por 8 (11,4%).
As respostas do EPIC quanto aos hábitos intestinais, 66 (94,3%) participantes raramente ou nunca apresentaram
urgência em evacuar e 70 (100%) relataram não ter sido nada problemático este item.
Um total de 68 (97,1%) pacientes nunca apresentaram fezes com sangue e 69 (98,6%) disseram que este fator
não foi nada problemático. Destes, 54 (77,1%) nunca tiveram evacuações dolorosas e 13 (18,6%) raramente apresentaram
evacuações dolorosas. No geral, os hábitos intestinais, não foram problemáticos para 58 (82,9%) e para 8 participantes (11,4%)
muito pouco problemáticos.
As respostas da Função sexual no estudo mostraram que 28 (40%) participantes referiram que o nível de desejo
sexual após a PR se manteve muito bom, 27 (38,6%) disseram estar bom e 10 relataram estar deficiente (14,3%), sendo que 30
pacientes (42,9%) disseram ser nada problemático, 15 (21,4%) pouco problemático e 6 (8,6%) muito problemático.
Em relação à capacidade de ter uma ereção, 37 (52,9%) disseram ser muito deficiente a nulo e 7 (10%) bom.
Trinta e cinco pacientes (50%), classificaram como muito problemática a capacidade de ter uma ereção e 14 (20%)
classificaram como pouco problemática.
Observamos também que 40 (57,2%) participantes relataram ser muito deficiente a nulo a capacidade de ter um
orgasmo e apenas 7 (10%) referiram boa capacidade. Trinta e cinco (50%) dos pacientes, alegaram ser muito problemática, 14
(20%) pouco problemática e 10 (14,3%) muito pouco problemática.
Em relação à qualidade das ereções, 40 (57,1%) referem ter absolutamente nenhuma e apenas 9 (12,9%) estão
bem-dispostos para a relação sexual. Trinta e oito pacientes (54,3%) nunca tiveram uma ereção quando queriam, 15 (21,4%)
tiveram menos da metade das vezes e 7 (10%) conseguiam toda vez.
Dos participantes, 51 (72,9%) nunca acordaram de manhã ou à noite com uma ereção, 44 (62,9%) não possuíam
qualquer atividade sexual, 15 (21,4%) realizavam atividade sexual menos de uma vez por semana e 2 (2,9%) várias vezes por
semana. Já 46 (65,7%) não possuíam nenhuma relação sexual, 13 (18,6%) menos de uma vez por semana e 3 (4,3%) várias
vezes por semana. Em relação à capacidade do desempenho sexual, 42 pacientes (60%) referiram ser muito pobre, 12 (17,1%)
razoável e 2 (2,9%) muito bom. No geral, a função sexual foi classificada como muito problemática por 33 participantes
(47,1%), 13 (18,6%) disseram ser pouco problemática e 10 (14,3%) moderadamente problemática.
Em relação à função hormonal, 49 (70%) referiram que raramente ou nunca tiveram ondas de calor, apenas 9
(12,9%) relataram ter mais de uma vez por semana e 5 (7,1%) cerca de uma vez ao dia. Cinquenta e seis pacientes (80%)
disseram que as ondas de calor não foram nada problemáticas.
Raramente ou nunca apresentaram sensibilidade nas mamas 100% dos pacientes, resultando em nada
problemático em relação a este item. Verificou-se que 55 (78,6%) raramente ou nunca se sentiram deprimidos, 6 (8,6%) cerca
de uma vez por semana e 4 (5,7%) se encontraram deprimidos mais de uma vez ao dia. Sendo que para 57 pacientes (81,4%)
não foi nada problemático e para 6 pacientes (8,6%) muito problemático.
Raramente ou nunca sentiram falta de energia para desenvolver suas atividades diárias 54 pacientes (77,1%) e
apresentam falta de energia mais de uma vez por semana 9 (12,9%). Sendo que 58 (82,9%) disseram ser nada problemática a
falta de energia e 5 (7,1%) disseram ser pouco problemática.