REVISTA NORTE MINEIRA
DE ENFERMAGEM
ISSN: 2317-3092
Recebido em:
11/05/2021
Aprovado em:
05/10/2021
Como citar este artigo
Marchi MB, Gnoatto FR, Pretto CR, Freitas PH,
Freitas EO, Silva RM. Qualidade de vida de
pessoas com 50 anos ou mais em tratamento
com antirretroviral. Rev Norte Mineira de
enferm. 2021; 10(2): 01-11.
Autor correspondente
Nome: Carolina Renz Prettos
Universidade Federal de Santa Maria, Santa
Maria, RS, BR
E-mail: carol.renzpretto@gmail.com
ARTIGO ORIGINAL
QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS COM 50 ANOS OU MAIS EM
TRATAMENTO COM ANTIRRETROVIRAL
Quality of life of people aged 50 and older on antiretroviral
treatment
Marília Buss De Marchi1, Fernanda Regina Gnoatto2, Carolina Renz Pretto3, Paula Hübner Freitas4,
Etiane de Oliveira Freitas5, Rosângela Marion da Silva6.
1 Especialista em Gestão e Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde pela Universidade
Federal de Santa Maria RS, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, BR,
bussmarilia@gmail.com, ORCID:https://orcid.org/0000-0003-3338-0866
2 Especialista em Urgência e Trauma pela Universidade Feevale RS, Universidade Federal de Santa
Maria, Santa Maria, RS, BR, nutrifernandagnoatto@gmail.com, ORCID: https://orcid.org/0000-
0002-7600-8303
3 Mestra em Atenção Integral à Saúde pela Universidade de Cruz Alta e Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul RS, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria,
RS, BR, carol.renzpretto@gmail.com, ORCID: http://orcid.org/0000-0002-6925-7969
4 Mestra em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria - RS, Universidade Federal de
Santa Maria, Santa Maria, RS, BR, enf.paulahf@gmail.com, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-
9640-0388
5 Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria - RS, Universidade Federal de
Santa Maria, Santa Maria, RS, BR, etiof@yahoo.com.br, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8589-
2524
6 Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo SP, Universidade Federal de Santa
Maria, Santa Maria, RS, BR, cucasma@terra.com.br, ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3978-
9654
DOI: https://doi.org/10.46551/rnm23173092202100201
Objetivo: avaliar a qualidade de vida de pessoas com 50 anos e mais vivendo com o
Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, em uso de
terapia antirretroviral, e correlacioná-la às variáveis sociodemográficas e clínicas.
Métodos: estudo transversal desenvolvido de junho a setembro de 2017 em um
Hospital Universitário, com 50 pessoas com diagnóstico de HIV. Utilizados questionários
sociodemográficos, clínico, HIV/Aids Quality of Life e informações de sistema
eletrônico institucional. Dados analisados com estatística descritiva e analítica.
Resultados: dos participantes, 62% eram homens e 82,0% heterossexuais. Maior
comprometimento da qualidade de vida relacionado às preocupações com o sigilo,
financeiras e aceitação do HIV. Ser mulher, possuir companheiro, idade mais jovem,
trabalhar e apresentar níveis adequados de linfócitos T CD4+ se mostraram positivos.
Qualidade de vida de pessoas com 50 anos ou mais em tratamento com antirretroviral
2
Rev Norte Mineira de enferm. 2021; 10(2): 01-10.
Conclusão: a qualidade de vida das pessoas usando antirretroviral pode ser impactada
negativamente por fatores de ordem psicoemocional e econômico-financeiros e
positivamente por alguns fatores clínicos e sociodemográficos.
Palavras-chave: Qualidade de vida; Antirretrovirais; HIV; Síndrome de Imunodeficiência
Adquirida; Cuidados de Enfermagem.
Objective: to evaluate the quality of life of people aged 50 years and older living with
Human Immunodeficiency Virus/Acquired Immunodeficiency Syndrome, using
antiretroviral therapy, and correlate it with sociodemographic and clinical variables.
Methods: cross-sectional study developed from June to September 2017 in a University
Hospital, with 50 people diagnosed with HIV. Sociodemographic, clinical, HIV/AIDS -
Quality of Life and institutional electronic system information questionnaires were used.
Data was analyzed with descriptive and analytical statistics. Results: of the participants,
62% were male and 82.0% heterosexual. Greater impairment of quality of life related to
concerns about secrecy, financial and acceptance of HIV. Being female, having a partner,
younger age, working, and presenting adequate levels of TCD4+ lymphocytes proved
positive. Conclusion: the quality of life of people using antiretroviral therapy can be
negatively impacted by psycho-emotional and economic-financial factors and positively
impacted by some clinical and sociodemographic factors.
Keywords: Quality of Life; Anti-Retroviral Agents; HIV; Acquired Immunodeficiency
Syndrome; Nursing Care.
INTRODUÇÃO
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) é uma doença causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV),
caracterizada pela deficiência no funcionamento do sistema imunológico que predispõe o organismo humano às infecções
oportunistas e que podem levar à morte. No final de 2019, 38 milhões de pessoas estavam vivendo com HIV em todo o mundo,
destas, 67% possuíam acesso à Terapia Antirretroviral (TARV) e 7,1 milhões não sabiam que estavam infectadas(1). No Brasil,
em 2018, o mero estimado de pessoas vivendo com HIV era de 900.000, 85% tinham conhecimento sobre ser portador da
doença e 66% estavam em uso de terapia antirretroviral(2).
Atualmente, tem-se observado mudança no perfil epidemiológico em relação ao HIV/Aids. A população em geral está
envelhecendo e o aumento da prevalência do vírus em adultos mais velhos está relacionada ao fato das pessoas poderem
contraí-lo em idades mais avançadas, particularmente devido à desmistificação do sexo na terceira idade, ao acesso a
medicamentos para distúrbios eréteis, resistência ao uso de preservativo(3). Além disso, a infecção pelo HIV que antes era
considerada progressiva e fatal passou a ser considerada tratável e crônica. As melhorias contínuas no tratamento têm
possibilitado às Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA) maior longevidade, embora tenham experimentado mais sintomas
associados à doença e seu tratamento e aqueles relacionados ao processo normal de envelhecimento(4).
Desde o recebimento do diagnóstico da infecção pelo o HIV/Aids as pessoas vivenciam uma série de prejuízos psicológicos e
sociais. A vivência é marcada por choque emocional, preocupação com a saúde, ansiedade, angústia, medo da morte, de
abandono da família e amigos, raiva, vergonha e culpa. Ao mesmo tempo, um reforço à resiliência, com valorização de si
mesmo e da vida, compreensão do diagnóstico, com potencial de mudanças e novas oportunidades. Embora a doença ainda
permaneça carregada de estigma, em especial quando os portadores possuem idade avançada, o apoio social promove a
capacidade de enfrentar a doença, o tratamento e seus desdobramentos(5). A TARV também tem impactado positivamente na
qualidade de vida das PVHA(5).
Qualidade de vida de pessoas com 50 anos ou mais em tratamento com antirretroviral
3
Rev Norte Mineira de enferm. 2021; 10(2): 01-10.
A QV é definida pela Organização Mundial da Saúde como a percepção dos indivíduos acerca da posição que ocupam na sua
vida, no contexto cultural, valores em que vivem e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações(6). A
crescente inquietação com a QV das PVHA relaciona-se à influência de múltiplos fatores, que refletem experiências,
conhecimentos e valores individuais e coletivos(7). A literatura tem demonstrado que os principais fatores que comprometem
a percepção da QV são as preocupações com o sigilo e aspecto financeiro, mas divergem quanto a função sexual, satisfação
com a vida e aceitação da doença(8-9), o que realça a individualidade e subjetividade do conviver com HIV/Aids.
Diante do exposto, compreender a percepção da QV de pessoas com 50 anos e mais, em cada local de atenção, faz-se
necessário, porque esta faixa etária apresenta número de casos com tendência crescente no Brasil, de 2010 a 2020(10). É uma
oportunidade de refletir sobre o atendimento prestado e demandas de cuidados. Ademais, a avaliação da QV juntamente às
características socioeconômicas e clínicas permitem identificar fatores negativos que contribuem para problemas
biopsicossociais e as prerrogativas para o enfrentamento positivo da doença a fim de convertê-los em ações de saúde. Assim, é
objetivo desta pesquisa avaliar a QV de pessoas com 50 anos e mais vivendo com HIV/Aids, em uso de TARV, e correlacioná-la
às variáveis sociodemográficas e clínicas.
MÉTODOS
Estudo quantitativo, transversal, analítico e correlacional, realizado nos meses de junho a setembro de 2017, em um Hospital
Universitário (HU) referência para atendimentos ambulatoriais e internações às PVHA para toda região central do estado do
Rio Grande do Sul. No HU são realizados os exames de carga viral e contagem de linfócitos T CD4+ para avaliação da
terapêutica, através do Laboratório Central de Análises Clínicas, no setor de Biologia Molecular, que faz parte da Rede Nacional
de Contagem de Linfócitos T CD4+/CD8+ e Carga Viral, cujos resultados são armazenados no Sistema de Controle de Exames
Laboratoriais (SISCEL).
Foram elegidas para o estudo pessoas acima de 50 anos de idade, com diagnóstico de HIV e em uso de TARV, cadastrados em
uma Unidade de Dispensação de Medicamentos (UDM) e que frequentavam o Ambulatório Multiprofissional de Doenças
Infecciosas do referido hospital. As pessoas com diagnóstico de HIV e em uso de TARV realizavam consultas multiprofissionais
mensalmente, momento em que também havia a retirada dos antirretrovirais da UDM. Assim, durante os meses de junho a
setembro de 2017, foram realizadas visitas ao ambulatório, em três turnos semanais, e todos os indivíduos que foram para as
consultas multiprofissionais e para retirada dos medicamentos, foram convidados a integrar a pesquisa. A técnica para seleção
da amostra foi não probabilística, por conveniência e resultou na participação de 50 pessoas. Todos os convidados a integrar a
pesquisa aceitaram o convite.
A coleta de dados ocorreu a partir de entrevistas individuais e por obtenção de informações em sistemas eletrônicos da
instituição. As entrevistas foram realizadas pelas próprias pesquisadoras, em sala privativa no ambulatório, com aplicação de
questionário sociodemográfico e de parâmetros clínicos e questionário HIV/Aids Quality of Life (HAT-QoL). Nos sistemas
eletrônicos, por meio da observação dos resultados do exame mais recente registrado, foram recolhidas as informações dos
pacientes entrevistados quanto ao estágio clínico da infecção, contagem de linfócitos T CD4+ e carga viral.
O questionário sociodemográfico incluiu as variáveis sexo, idade, cor, filhos, presença de parceiro, atividade laboral, orientação
sexual, sorologia do cônjuge, uso de preservativo, número de pessoas que conhecem a condição sorológica. Quanto aos
parâmetros clínicos foram coletadas informações relativas ao tempo de diagnóstico da doença, uso e tempo de TARV (dados
obtidos dos prontuários).
Qualidade de vida de pessoas com 50 anos ou mais em tratamento com antirretroviral
4
Rev Norte Mineira de enferm. 2021; 10(2): 01-10.
Para avaliação da QV, foi utilizado o questionário HIV/Aids Quality of Life (HAT-QoL), validado para PVHA no Brasil(11). O HAT-
QoL apresenta 34 questões, distribuídas em nove domínios: função geral, satisfação com a vida, preocupação com a saúde,
preocupações financeiras, preocupações com a medicação, aceitação do HIV, preocupações com o sigilo, confiança no
profissional e função sexual. As respostas dos itens que compõem o instrumento estão organizadas em uma escala do tipo
Likert de cinco pontos: todo o tempo, a maior parte do tempo, parte do tempo, pouco tempo e nunca. Valores aproximados ou
igual a zero correspondem a pior QV, e números próximos a 100 indicam melhor QV. O ponto de corte utilizado neste estudo
foi de 75 pontos, valor também utilizado em estudos semelhantes(12), considerando-se valores inferiores a este como prejuízo
na QV das PVHA. Assim, quanto maior o escore, menor o impacto da infecção pelo HIV na QV dos idosos.
Os dados foram analisados com estatística descritiva (frequência absoluta e relativa e medidas de tendência central). Para
verificar a normalidade dos dados do questionário HAT-QoL foi realizado o teste Kolmogorov-Smirnov. A comparação entre os
domínios da QV e variáveis foi verificada por meio do teste t de Student. Para a análise das variáveis quantitativas utilizou-se
coeficientes de correlação, no qual foram considerados de fraca magnitude r = 0,10 até 0,30, magnitude moderada r = 0,40 até
0,6 e r = 0,70 até 1 de magnitude forte(13). Considerou-se intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5%. Esta
pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria em maio de 2017, mero
do parecer 2.054.552.
RESULTADOS
Participaram do estudo 50 pessoas com HIV/Aids, a média de idade foi de 59,64 (±7,26) anos, com mínimo de 50 anos e
máximo de 79 anos. A média de tempo de diagnóstico encontrada foi de 7,71 anos, enquanto que a de tempo de tratamento
foi de 6,81 anos. Houve predomínio do sexo masculino, heterossexuais, com parceiros sorodiscordantes, maioria faz uso de
preservativo, possui exames laboratoriais de carga viral indetectável e linfócitos T CD4+ ≥500 células/mm³ como se verifica na
Tabela 1 (próxima página).
Na Tabela 2, são apresentados os resultados relacionados à análise descritiva dos domínios do HAT-QoL. Nota-se que o
domínio com maior escore médio encontrado foi preocupações com a medicação. Os domínios, função geral, preocupações
financeiras, aceitação do HIV, preocupações com o sigilo e função sexual apresentaram média de escores com valores
indicativos de comprometimento da QV. Evidencia-se também que os escores apresentados pelos participantes em cada
domínio não são homogêneos, pois o desvio padrão em relação à média é grande.
Qualidade de vida de pessoas com 50 anos ou mais em tratamento com antirretroviral
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Tabela 1 - Distribuição das variáveis sociodemográficas das pessoas com 50 anos ou mais vivendo com HIV/AIDS, Rio Grande
do Sul, Brasil, 2017
Variáveis
Frequência
Sexo
Feminino
19
Masculino
31
Presença de parceiro
Sim
28
Não
22
Atividade laboral
Sim
20
Não
30
Orientação sexual
Heterossexual
41
Outra
9
Sorologia do parceiro*
Soroconcordante
10
Sorodiscordante
21
Não sei
17
Uso de Preservativo
Sim
36
Não
14
Carga Viral
Não detectável
42
Detectável
8
TCD4+ (cél/mm³)
<500
17
≥500
33
Fonte: Elaborado pelos autores, 2017* Duas pessoas não responderam.
Tabela 2 - Distribuição dos valores descritivos dos domínios do questionário HAT-QoL das pessoas com 50 anos ou mais
vivendo com HIV/AIDS, Rio Grande do Sul, Brasil, 2017
Fonte: Elaborado pelos autores, 2017
Na Tabela 3 (a seguir), são apresentados alguns resultados com associação estatisticamente significativa da comparação entre
os domínios do HAT-QoL com a presença de companheiro e em relação ao sexo das pessoas com 50 anos ou mais vivendo com
HIV/AIDS. Identificou-se que o sexo feminino está associado a melhor QV no domínio função sexual (p=0,029). Constatou-se,
também, diferença significativa entre a variável presença de companheiro e os domínios função geral (p=0,043) e satisfação
com a vida (p=0,001), na qual pessoas com companheiro possuem melhor percepção da QV nestes domínios.
Domínios
Média
Desvio padrão
Mediana
Mínimo
Máximo
Função geral
70,17
22,58
75,00
4,17
100,00
Satisfação com a vida
76,63
22,69
81,25
12,50
100,00
Preocupações com a saúde
76,00
28,33
81,25
0,00
100,00
Preocupações financeiras
59,67
39,50
75,00
0,00
100,00
Preocupações com a medicação
84,08
21,08
95,00
20,00
100,00
Aceitação do HIV
59,75
35,65
62,50
0,00
100,00
Preocupações com o sigilo
46,40
28,93
40,00
0,00
100,00
Confiança no profissional
78,83
25,27
83,33
0,00
100,00
Função sexual
70,66
32,53
75,00
0,00
100,00
Qualidade de vida de pessoas com 50 anos ou mais em tratamento com antirretroviral
6
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Tabela 3 - Comparação dos domínios do HAT-QoL em relação ao sexo das pessoas com 50 anos ou mais vivendo com HIV/AIDS,
Rio Grande do Sul, Brasil, 2017
Domínio
Sexo
p*
Companheiro
p*
Feminino
Masculino
Com
Sem
Função geral
Média±dp
Mediana (I.I.Q.)
64,25 (27,19)
75,00 (41,67 -83,33)
73,79 (18,79)
75,00 (62,50-87,50)
0,341
76,42 (16,84)
61,40 (26,50)
0,043
79,00 (69,00-87,00)
62,00 (43,25-82,00)
Satisfação com a
vida
Média±dp
Mediana (I.I.Q)
71,05 (28,12)
75,00 (50,00-100,00)
80,04 (12,29)
81,25 (75,00-93,75)
0,407
86,35 (14,45)
63,68 (25,24)
0,001
87,00 (81,00-100,00)
68,50 (44,75-79,5)
Função sexual
Média±dp
Mediana (I.I.Q)
81,94 (31,86)
100,00 (62,50-100,00)
64,11 (31,58)
75,00 (37,50-100,00)
0,029
71,71 (27,65)
65,86 (40,69)
0,548
75,00 (50,00-100,00)
93,50 (25,00-100,00)
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017
* Teste t de Student
Ao se analisar a associação entre os domínios do HAT-QoL com atividade laboral, verificou-se associação significativa com os
domínios função geral (p=0,029), preocupações com a saúde (p=0,021), preocupações financeiras (p=0,036) e confiança no
profissional (p=0,006). Observa-se que possuir uma atividade laboral significou melhor QV. Quando comparados os resultados
de linfócitos T CD4+ (<500/≥500) com os domínios, identificou-se diferença significativa em relação à função geral (p=0,018) e
preocupação com a saúde (p=0,017), aquelas pessoas com linfócitos T CD4+ ≥500 possuíam melhor percepção da QV.
Na análise de correlação entre aspectos sociodemográficos, clínicos e QV, foi constatada correlação significativa negativa fraca
entre a idade e função sexual (r=-0,288), isto é, à medida que aumenta a idade, diminui a percepção de QV nesse domínio,
conforme Tabela 4.
Tabela 4 - Distribuição das correlações entre os domínios do HAT-QoL e idade das pessoas com 50 anos ou mais vivendo com
HIV/AIDS, Rio Grande do Sul, Brasil, 2017
Idade
Tempo de
diagnóstico (TD)
Tempo de
tratamento
(TTO)
Função geral
(FG)
Satisfação com a
vida (SV)
Preocupações
com a saúde
(PS)
Preocupações
financeiras (PF)
Preocupações
com a
medicação (PM)
Aceitação do
HIV (AHIV)
Preocupações
com o sigilo
(PSI)
Confiança no
profissional (CP)
Função sexual
(FS)
Idade
1
TD
r=0,016
p=0,910
1
TTO
r=0,061
p=0,676
r=0,967
p<0,001
1
FG
r=-0,114
p=0,429
r=-0,200
p=0,164
r=-0,295
p=0,037
1
SV
r=-0,189
p=0,189
r=-0,154
p=0,287
r=-0,242
p=0,091
r=0,496
p<0,001
1
PSA
r=-0,087
p=0,549
r=0,105
p=0,466
r=0,039
p=0,789
r=0,780
p=0,007
r=0,341
p=0,015
1
Qualidade de vida de pessoas com 50 anos ou mais em tratamento com antirretroviral
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Idade
Tempo de
diagnóstico (TD)
Tempo de
tratamento
(TTO)
Função geral
(FG)
Satisfação com a
vida (SV)
Preocupações
com a saúde
(PS)
Preocupações
financeiras (PF)
Preocupações
com a
medicação (PM)
Aceitação do
HIV (AHIV)
Preocupações
com o sigilo
(PSI)
Confiança no
profissional (CP)
Função sexual
(FS)
PF
r=0,121
p=0,403
r=-0,115
p=0,427
r=-0,156
p=0,279
r=0,497
p<0,001
r=0,388
p=0,005
r=0,412
p=0,003
1
PM
r=-0,004
p=0,979
r=-0,028
p=0,849
r=-0,090
p=0,537
r=0,284
p=0,048
r=0,225
p=0,121
r=0,471
p=0,001
r=0,495
p<0,001
1
AHIV
r=-0,240
p=0,094
r=0,106
p=0,463
r=0,027
p=0,854
r=0,178
p=0,216
r=0,081
p=0,577
r=0,533
p<0,001
r=0,309
p=0,029
r=0,449
p=0,001
1
PSI
r=-0,084
p=0,560
r=-0,113
p=0,435
r=-0,151
p=0,294
r=0,276
p=0,053
r=0,026
p=0,860
r=0,241
p=0,091
r=0,122
p=0,400
r=0,065
p=0,660
r=0,164
p=0,256
1
CP
r=0,275
p=0,054
r=0,048
p=0,742
r=0,138
p=0,340
r=-0,140
p=0,332
r=-0,115
p=0,425
r=-0,319
p=0,024
r=-0,187
p=0,194
r=-0,143
p=0,328
r=-0,306
p=0,031
r=-0,201
p=161
1
FS
r=-0,288
p=0,045
r=0,163
p=0,264
r=0,116
p=0,426
r=0,084
p=0,568
r=0,232
p=0,108
r=0,344
p=0,016
r=0,141
p=0,332
r=0,253
p=0,079
r=0,246
p=0,088
r=0,018
p=0,900
r=-0,032
p=0,828
1
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017
Ao se correlacionar os domínios da HAT-QoL, observa-se que aquele referente às preocupações com a saúde está
correlacionado positivamente, com forte magnitude, com a função geral (r=0,780), ou seja, a preocupação com a saúde
aumenta na medida que aumenta a limitação causada pelo HIV/Aids. A confiança no profissional correlacionou-se de forma
negativa e fraca com a preocupação com a saúde (r=-0,319), ou seja, quanto mais preocupada a pessoa está com a saúde mais
confiança ela deposita no profissional. Ainda, verificou-se que o domínio confiança no profissional esteve correlacionado
negativamente com o domínio aceitação do HIV, ou seja, na medida em que aumenta a confiança no profissional, diminui a
aceitação da doença.
DISCUSSÃO
Entre os principais achados deste estudo evidencia-se que, a partir da avaliação da qualidade de vida e do ponto de corte
explicitado no método, a vida de pessoas vivendo com HIV/AIDS com 50 anos ou mais apresenta a qualidade comprometida e
isso está relacionado especialmente às preocupações com sigilo, à aceitação da doença e às preocupações financeiras. Por
outro lado, o domínio preocupações com medicações revelou-se como positivo na percepção da qualidade de vida. Da mesma
forma, verificaram-se entre os principais fatores sociodemográficos e clínicos com maior impacto positivo na qualidade de
vida, o trabalho, possuir companheiro, sexo feminino, idade mais jovem, resultados de linfócitos T CD4+ ≥500 e confiança no
profissional.
Na avaliação da QV, dos nove domínios analisados, mais da metade apresentou média abaixo do ponto de corte (75 pontos),
embora os resultados não sejam homogêneos indicam comprometimento da QV(12). Estudos(12,14) que utilizaram o HAT-QoL
reforçam estes achados. Pode-se inferir que os baixos escores estão relacionados com o impacto causado pelo diagnóstico,
com a preocupação sobre o adoecer, exposição/estigma e com a adaptação a uma nova realidade.
Nesta pesquisa, a pior avaliação da QV foi evidenciada no domínio preocupação com o sigilo. Este tipo de preocupação está
relacionada ao medo de revelar a doença e ficar sujeito à discriminação e estigmatização no ambiente social, entre pessoas do
cotidiano e colegas de trabalho(14). O preconceito, a desvalorização, a discriminação e o julgamento interferem negativamente
na vida das PVHA, desde à adesão ao tratamento e à realização de testes laboratoriais, pelo receio de comparecer à unidade
de saúde(14).
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O domínio aceitação da doença que apresentou o segundo menor escore, com impacto negativo na QV, diverge dos achados
de estudo com idosos atendidos em um Serviço de Referência para o tratamento do HIV em Recife/PE(9). A não aceitação da
doença pelo paciente, para além do estigma social, pode sinalizar concepções da família e de sua rede de apoio. Por outro
lado, a maior aceitação pode estar ligada ao tempo de convívio com a doença, o diagnóstico recente, ao apoio social e ao
desenvolvimento de estratégias de enfrentamento e superação(15), como por exemplo, o desenvolvimento da religiosidade e
da espiritualidade(16).
A média do tempo de diagnóstico do HIV nos participantes dessa pesquisa foi semelhante àquela obtida em estudo(17) que
identificou conhecimento do diagnóstico menos de 10 anos. Salienta-se que a revelação do diagnóstico, em um primeiro
momento, gera impacto, desperta medos, angústias, dúvidas e sentimentos desestruturantes e até mesmo mecanismos de
defesa frente à nova condição(15). Diagnosticar pacientes soropositivos mais velhos é um desafio por se tratar de mais um
diagnóstico diferencial para um grupo exposto a múltiplas comorbidades, além disso, o diagnóstico tardio pode estar
relacionado aos estereótipos e discriminação social nessa faixa etária em relação à atividade sexual(18).
Ainda em relação à aceitação da doença, o achado desta pesquisa de que o aumento da confiança no profissional diminui a
aceitação da doença pode ser esclarecido pela esperança de cura ao estar sendo cuidado por profissionais que a pessoa
considera competente, em quem confia, ao mesmo tempo em que a chance de cura, atualmente, não é possível e, portanto, a
doença é inaceitável.
Quanto à confiança no profissional, constatou-se que quanto mais preocupada a pessoa está com a saúde maior a confiança
que ela deposita no profissional. Isso pode ser reflexo do cuidado dispensado ao paciente com esclarecimentos sobre a
doença, opções de tratamento, incentivo ao estabelecimento e à manutenção do autocuidado, entre outros. Infere-se que a
abordagem multiprofissional é um componente que pode auxiliar na melhoria da QV das pessoas com HIV/Aids, sobretudo
quando ocorre de forma humanizada e pautada na confiança.
No domínio preocupações financeiras, o prejuízo na QV pode estar ligado ao significado que as PVHA atribuem ao trabalho,
uma vez que consideram o benefício financeiro, a forma de inserção social, emocional e de identidade que o mesmo
possibilita. O poder aquisitivo também garante, de certa forma, independência e juntamente com as condições
socioeconômicas são importantes para adesão ao tratamento(18). Assim, as pessoas que não desempenham atividade laboral,
aquelas que não estavam na condição de aposentados ou recebendo benefícios apresentaram pior QV quando comparadas às
que trabalham(17,20). Infere-se que possuir algum rendimento pode se traduzir em menos preocupações financeiras.
Quanto aos relacionamentos afetivos e sexuais, estes o fundamentais na vida desses pacientes e contribuem para uma
melhor QV. Ter um companheiro pode proporcionar suporte emocional, auxílio nos cuidados e realização de atividades diárias,
acompanhamento às consultas e estímulo para manutenção do tratamento(17). Do ponto de vista das atividades sexuais,
encontrou-se associação entre o sexo feminino e o domínio função sexual, a partir do qual se pode inferir que as mulheres
apresentaram uma melhor QV neste aspecto, dado divergente ao encontrado em pesquisa que identificou que a QV foi
influenciada negativamente pela função sexual, conjuntamente com a idade e outros fatores(21).
Ainda em relação ao comportamento sexual, os achados deste estudo evidenciaram uma correlação negativa fraca entre a
idade e a qualidade de vida quanto ao domínio função sexual, o que pode ser aprofundado em pesquisas futuras. Sugere-se
que o envelhecimento vem acompanhado de mudanças fisiológicas, hormonais e psicológicas entre homens e mulheres, que
os problemas de saúde se acentuam e as expectativas socioculturais se alteram, e que talvez, isso possam impactar na
atividade sexual. Nesse momento de vida, a atividade sexual pode representar um gesto de carinho e respeito para com o
outro(22).
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Sobre a prevenção do HIV/Aids, uma condição importante é o uso de preservativo nas relações sexuais e que demonstra bons
níveis de eficácia e baixo custo(23). Em um estudo com PVHA, identificou-se que 67,8% usavam preservativo nas relações
sexuais, e 6,8% não usavam, mesmo após o diagnóstico da doença(17). A presente pesquisa encontrou percentual de 28% de
pessoas que não faziam uso de preservativo durante as relações sexuais e 43,8% com parceiro sorodiscordantes, o que os
expõem à (re) infecção pelo HIV, infecção por cepas resistentes e/ou à adquirirem outras Infecções Sexualmente
Transmissíveis (ISTs), situação que requer a atenção dos profissionais de saúde e o desenvolvimento de ações educativas(24).
O uso da TARV e uma adequada adesão permitem inibir a replicação do vírus no organismo e preservar a função imunológica,
com um nível mínimo de vírus circulante no organismo, denominada carga viral indetectável, o que diminui, significativamente,
as chances de sua transmissão e eleva a sobrevida(23). No presente estudo, a maioria das pessoas apresentavam carga viral
indetectável, juntamente com registros de exames com linfócitos T CD4+ > 500 células/mm³, que indicam um bom prognóstico
para os pacientes, redução da suscetibilidade individual às doenças oportunistas, diminuição de internações e mortalidade(25).
Esta condição reforça o que foi evidenciado nessa pesquisa, que pessoas com níveis de linfócitos T CD4+ > 500 células/m
apresentam melhor QV, particularmente devido à função geral e menos preocupação com saúde. Assim, pode-se inferir que a
TARV e sua variabilidade existente m possibilitado maior adequação do tratamento às necessidades de cada pessoa,
afetando a maneira de se enfrentar o HIV/Aids e o convívio de melhor qualidade com o HIV(24).
O domínio relacionado às preocupações com medicações apresentou a melhor percepção de QV, o que corrobora com estudo
semelhante em que, entre os resultados, identificou-se maior média de QV em questões relativas ao tratamento. Este dado
pode estar relacionado aos avanços tecnológicos, a redução do número de comprimidos diários da TARV e a associação de
medicamentos, fatores que facilitam a adesão à terapêutica medicamentosa(17). A consciência sobre a importância do
tratamento, a correta administração da terapia medicamentosa e a menor incidência de efeitos adversos também facilitam a
manutenção das rotinas nos cuidados com a saúde e podem influenciar no sucesso do tratamento.
Em relação aos dados sociodemográficos, a predominância de indivíduos do sexo masculino pode ser esclarecida pela
amostragem ter sido por conveniência, contudo, vai ao encontro do panorama brasileiro, no qual de 2007 a junho de 2020
foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação 237.551 casos de infecção por HIV em homens e
104.824 em mulheres, razão equivalente a 26 casos em homens para cada dez em mulheres(10).
De forma geral, pode-se inferir que a percepção da QV em pessoas maiores de 50 anos vivendo com HIV/Aids é resultante de
uma combinação de fatores biopsicossociais e, portanto, a participação dos profissionais de saúde no auxílio e fortalecimento
de estratégias de enfrentamento da doença e na realização de intervenções em condições que afetam negativamente a QV é
necessária.
Como limitações deste estudo, pode-se destacar que o estudo transversal não permite comparar a QV dos pacientes
anteriormente ao diagnóstico do HIV. Por não haver um grupo controle, composto por pacientes o portadores do vírus, não
possibilidade de realizar avaliação causa-efeito e a amostra pequena aliada aos dados heterogêneos pode restringir
generalizações. No entanto, este estudo pode subsidiar práticas assistenciais pautadas numa perspectiva ampla do processo
saúde-doença, pela análise da QV e sua correlação com os aspectos sociodemográficos e clínicos de pessoas com 50 anos e
mais vivendo com HIV/Aids. Também, pode motivar pesquisas futuras que considerem as variáveis sociais relacionadas à
regionalidade. Ademais, a compreensão da percepção da QV dessas pessoas faz-se necessária por ser um aspecto influenciado
pelo tempo de diagnóstico, se tratar de uma doença crônica, estigmatizante, transmissível e incurável até o momento, com
possibilidade de tratamento, maior sobrevida e com consequências além das físicas, que implicam no bem-estar.
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CONCLUSÕES
A QV de pessoas com 50 anos e mais vivendo com HIV/Aids, em uso de TARV, pode ser impactada negativamente por fatores
de ordem psicoemocional (aceitação da doença, preocupação com sigilo, confiança profissional) e de ordem econômico-
financeira (trabalho). Por outro lado, fatores clínicos (uso de medicações e linfócitos T CD4+ ≥500) e sociodemográficos
(possuir companheiro, sexo feminino, idade mais jovem) podem estar relacionados a melhor qualidade de vida. Estes
resultados podem sensibilizar os profissionais de saúde ligados diretamente ao atendimento de PVHA, a fim de inovar as
intervenções assistenciais conforme as necessidades de cada um, promovendo bem-estar.
Declaração de conflito de interesse: não há conflitos de interesse.
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