REVISTA NORTE MINEIRA DE ENFERMAGEM
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INTRODU��O
A
adolesc�ncia � um per�odo caracterizado por experimenta��es, quando o indiv�duo
procura descobrir sua identidade no mundo. Nesse processo, o adolescente tente
a adotar comportamentos de sa�de influenciados pelo denominado pensamento m�gico,
que o faz acreditar que nada de ruim poder� lhe ocorrer(1-2). Diante
disso, o p�blico adolescente constitui-se como p�blico vulner�vel, com maior
pr�-disposi��o a comportamentos de risco para diversos problemas de sa�de, tais
como condutas sexuais inadequadas, incluindo a rela��o sem uso do preservativo(3).
Dados
justificam a preocupa��o da sa�de p�blica com os adolescentes, visto que o
boletim epidemiol�gico aponta que desde o ano de 2006 o n�mero de novos casos
de adolescente de 15 a 19 anos infectado com o v�rus da imunodefici�ncia
adquirida (HIV)/aids tem aumentado, onde em 2006, eram 2,4/100.000 habitantes;
j� em 2016, 6,7/100.000 habitantes, o que leva a concluir que os adolescentes
t�m adotado comportamentos inadequados frente �s pr�ticas sexuais(4).
Para alcan�ar a redu��o do n�mero de novos casos de adolescentes infectados com
HIV/aids � preciso garantir conhecimento sobre a transmiss�o de infec��es
sexualmente transmiss�veis (IST), como a do HIV/aids(5).
A
aquisi��o de conhecimento n�o garante a modifica��o do comportamento; por�m, �
um pr�-requisito para isto. Desse modo, quando o adolescente t�m conhecimento
adequado sobre sua sexualidade, tem mais oportunidades de ter pr�ticas sexuais
seguras, ao contr�rio dos que det�m conhecimento insuficiente, que s�o expostos
facilmente a situa��es de risco(5-6). O conhecimento � considerado,
ainda, um fator importante na altera��o comportamental do indiv�duo. Embora os
adolescentes tenham acesso a informa��es sobre a sexualidade em diversas
fontes, como amigos, escola, televis�o, Internet(7), nem sempre a
informa��o � adequada.
Existem
lacunas em rela��o ao conhecimento dos adolescentes sobre preven��o, mesmo
estes considerando seu conhecimento satisfat�rio. Estudos apontam a necessidade
informar os adolescentes quanto � promo��o de sua sa�de e a preven��o de
doen�as, principalmente as transmiss�veis(8). Para realizar esse
compartilhamento de informa��o se faz necess�rio que o informante (profissional
capacitado) se insira nos ambientes nos quais estes indiv�duos convivem,
podendo ser ambientes f�sicos como os virtuais, nos casos das redes sociais.
Destarte,
� imprescind�vel a cria��o de estrat�gias inovadoras que despertem o interesse
por parte dos adolescentes a participarem das a��es e se tornarem protagonistas
de seu cuidado.
Diante
dessa situa��o e da motiva��o do papel da Enfermagem na educa��o em sa�de,
surgiu o interesse no presente estudo, partindo do pressuposto de que uma
estrat�gia do tipo discuss�o em ambiente virtual (Whatsapp�), denominada nesta pesquisa como Grupo Virtual
de Sa�de (GVSau), poderia ser favor�vel para a promo��o de conhecimento e
atitudes adequadas para o uso adequado do preservativo por adolescentes
escolares. Nesse �mbito, o objetivo da presente pesquisa foi avaliar a estrat�gia
educativa Grupo Virtual de Sa�de (GVSau) como um recurso de promo��o do uso
adequado do preservativo por adolescentes escolares.
M�TODO
Estudo
quase experimental do tipo antes e depois, de abordagem mista, realizado em uma
escola de integra��o de ensino m�dio e profissionalizante de tempo integral,
situada na regi�o do Maci�o de Baturit�, Cear�, Brasil. No ano de 2018 haviam
360 alunos matriculados com a faixa et�ria desejada, nos diversos cursos
t�cnicos: Com�rcio, Enfermagem, Inform�tica e Redes de Computadores.
A amostra inicial foi composta por 68 adolescentes escolares e se deu por ades�o volunt�ria. Foram inclu�dos adolescentes de 14 a 17 anos, regularmente matriculados e que possu�ssem telefone celular compat�vel com o aplicativo Whatsapp�. Houve perda do seguimento por parte de seis adolescentes, os quais voluntariamente desistiram da participa��o, e foram exclu�dos tr�s, por n�o compartilharem nenhuma mensagem no decorrer da interven��o educativa. A amostra final foi, portanto, composta por 59 participantes.
A pesquisa
foi desenvolvida em quatro fases:
Fluxograma 1: As quatro etapas
da pesquisa
O
convite para participar do estudo foi realizado em sala de aula, ocasi�o na
qual foi apresentado o projeto a todos os adolescentes, permitindo o igual
acesso de todos. Aos que apresentaram interesse, foi oferecido o Termo de
assentimento para assinatura do adolescente e o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) para assinatura de seus pais e/ou respons�vel legal.
Posteriormente ao recebimento de todos os termos preenchidos, aplicou-se o
pr�-teste a partir de um instrumento(9), sobre Conhecimento, Atitude
e Pr�ticas (CAP) acerca do uso do preservativo, o qual foi adaptado aos
objetivos deste estudo, sendo inclu�da uma se��o referente ao perfil dos
adolescentes.
Na
etapa seguinte, foram apresentados os cinco passos adotados no Arco de Maguerez(10),
os quais foram utilizados na interven��o educativa. Realizada a apresenta��o,
criou-se um grupo com todos os participantes e foi simulado como se daria a
din�mica da interven��o. Ap�s a realiza��o desta simula��o, os grupos foram
criados, respeitando os princ�pios da metodologia do Problem Based
Learning (PBL), a qual
aconselha que cada grupo de discuss�o deve ser formado por 6 a 15 pessoas,
oportunizando a todos expor suas considera��es(11-12).
Para
a interven��o educativa, foram criados cinco grupos no Whatsapp�, denominados
de Grupo Virtual de Sa�de (GVSau), dois grupos do sexo masculino (ambos com 11
participantes) e tr�s do sexo feminino (dois GVSau com 12 adolescentes e um com
13). A divis�o dos grupos por sexo foi estabelecida a fim de minimizar
eventuais constrangimentos advindos da exposi��o de quest�es particulares
relacionadas ao g�nero.
Cada
grupo foi conduzido por um profissional da Enfermagem do sexo correspondente
aos participantes. Os GVSau tiveram dura��o de tr�s semanas, cada situa��o
relacionada a uma vari�vel (Conhecimento, Atitude e Pr�tica) foi discutida
durante oito dias.
A
cada dia, os adolescentes eram conduzidos a desenvolver uma tarefa, seguindo os
cinco passos da metodologia problematizadora. No primeiro dia (segunda-feira),
a situa��o era lan�ada por cada facilitador em forma de imagem nos GVSau, este
dia e no seguinte (ter�a-feira), eram dedicados a leitura e compreens�o da
situa��o problema; na quarta-feira, os facilitadores/enfermeiros faziam
pequenas instiga��es, motivando os adolescentes a identificarem os
pontos-chaves do problema; na quinta-feira, os adolescentes deveriam apresentar
as hip�teses de solu��o; ap�s isso, da sexta-feira ao domingo, juntos, os
adolescentes criaram propostas para solucionar o caso, as quais eram
reafirmadas pelos facilitadores. A discuss�o resultou em 946 mensagens de
textos compartilhadas pelos participantes.
Ap�s
as tr�s semanas de interven��o, esperou-se um intervalo de 90 dias para
reaplicar o question�rio. Este tempo � suficiente para avaliar mudan�as das
vari�veis conhecimento e atitudes(13).
Os
dados quantitativos foram avaliados em categorias pr�-estabelecidas (Conhecimentos
e Atitudes) e, seguindo as indica��es do estudo(9), depois foram
organizados em tabelas e processados no programa estat�stico Epi info� (vers�o
7). Foram calculadas as frequ�ncias absolutas e relativas e a compara��o de
grupos por meio do teste Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher. Para a
avalia��o da efici�ncia da interven��o do antes e depois, foi aplicado
especificamente o teste Qui-quadrado de McNemar para comparar a frequ�ncia dos
dados pareados para cada vari�vel, onde cada participante era o seu pr�prio
controle. Foram considerados estatisticamente significativos os resultados com
n�vel descritivo (p-valor) inferior a 0,05.
J�
para os dados qualitativos foram utilizados os crit�rios de an�lise de conte�do(14),
com base nos quais todos os textos foram lidos e relidos e
organizados/agrupados conforme as categorias preestabelecidas (conhecimento e atitude),
tais registros foram selecionados de acordo com sua relev�ncia no refor�o aos
dados quantitativos, assim como tamb�m por terem sido elementos disparadores
nas discuss�es, o qual representa uma vis�o geral do grupo.
O
projeto teve aprova��o do Comit� de �tica da Universidade da Integra��o
Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (CEP/UNILAB) sob o n�mero do parecer
1.800.088 e CAAE 60565216.8.0000.5576 e financiamento da Funda��o Cearense de
Apoio ao Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico. Os adolescentes que
aceitaram fazer parte da pesquisa receberam, em sala de aula, o Termo de
Assentimento (TA) e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os
adolescentes foram orientados a apresentarem os documentos em casa para leitura
de seus pais, bem como a convidarem os mesmos a entrarem em contato com os
pesquisadores caso houvesse alguma d�vida. Ap�s obten��o da assinatura do TCLE
pelos pais/respons�veis e do TA pelos adolescentes, a coleta de dados foi
iniciada.� Os participantes foram renomeados
para manter seu anonimato, utilizando P (participante), n�mero de ordem (1), G
(GVSau) o qual fizeram parte e F se do sexo feminino ou M se masculino
acompanhado de sua idade. Exemplo: (P1, G1, F16).
RESULTADOS
Dos
participantes do estudo, 44 (64,7%) eram do sexo feminino e 24 (35,3%) do sexo
masculino. Em rela��o �s idades, houve uma varia��o de 14,4 a 17,6 anos, com
m�dia de 15,7 anos (DP=0,71). Quanto a s�rie em que estudavam 48 (70,6%) eram
do primeiro ano do ensino m�dio, 15 (22,1%) do segundo ano e cinco (7,4%) do
terceiro ano. A respeito do estado conjugal, 53 (77,9%) responderam ser
solteiro e o restante 15 (22,1%) estavam namorando, quanto � orienta��o sexual,
64 (94,1%) afirmaram ser heterossexuais e apenas quatro (5,9%) bissexuais, a
m�dia da idade da sexarca foi de 14,8 anos (DP=1,09). Ao serem questionados
quanto sua etnia, a cor autodeclarada mais apresentada foi a parda 52 (76,5%),
seguida da branca com 10 (14,7%). A renda familiar mencionada foi de at� um
sal�rio m�nimo 44 (64,7%).
A
Tabela 1 apresenta o resultado da avalia��o do conhecimento, antes da
interven��o educativa, de acordo com as vari�veis preditoras.
Tabela
1 - Avalia��o do conhecimento (pr�-teste). Reden��o,
Cear�, Brasil, 2018
VARI�VEL
DESFECHO VARI�VEIS
PREDITORAS |
Conhecimento |
Estat�stica [p-valor] |
||
Adequado [%] |
Inadequado [%] |
Total |
||
Sexo |
|
|
|
|
Masculino |
10 [41,7] |
14 [58,3] |
24 |
0,4171 |
Feminino |
14 [31,8] |
30 [68,2] |
44 |
|
Orienta��o Sexual |
|
|
|
|
Heterossexual |
21 [32,8] |
43 [67,2] |
64 |
0,1223 |
Bissexual |
03 [75,0] |
01 [25,0] |
04 |
|
Estado Conjugal |
|
|
|
|
Solteiro |
17 [32,1] |
36 [67,9] |
53 |
0,2961 |
Namorando |
07 [46,7] |
08 [53,3] |
15 |
|
Curso
Profissionalizante |
|
|
|
|
Sa�de |
08 [44,4] |
10 [55,6] |
18 |
0,0921 |
Com�rcio |
05 [19,2] |
21 [80,8] |
26 |
|
Inform�tica |
11 [45,8] |
13 [54,2] |
24 |
|
Religi�o |
|
|
|
|
Cat�lica |
14 [31,8] |
30 [68,2] |
44 |
0,4171 |
Evang�lica |
10 [41,7] |
14 [58,3] |
24 |
|
Renda Familiar |
|
|
|
|
At� um sal�rio |
19 [43,2] |
25 [56,8] |
44 |
0,0651 |
Mais de um sal�rio |
05 [20,8] |
19 [79,2] |
24 |
1Qui-quadrado de
Pearson, 2Raz�o de verossimilhan�a.
Fonte: pr�prios
autores.
A
Tabela 2 apresenta o resultado da avalia��o da atitude, antes da interven��o
educativa, de acordo com as vari�veis preditoras.
Tabela 2 - Avalia��o da
atitude (pr�-teste). Reden��o, Cear�, Brasil, 2018
VARI�VEL DESFECHO VARI�VEIS
PREDITORAS |
Avalia��o da atitude |
Estat�stica [p-valor] |
||
Adequado [%] |
Inadequado [%] |
Total |
||
Sexo |
|
|
|
|
Masculino |
9 [37,5] |
15 [62,5] |
24 |
0,6491 |
Feminino |
19 [43,2] |
25 [56,8] |
44 |
|
Orienta��o Sexual |
|
|
|
|
Heterossexual |
26 [40,6] |
38 [59,4] |
64 |
0,5483 |
Bissexual |
2 [50,0] |
2 [50,0] |
4 |
|
Estado Conjugal |
|
|
|
|
Solteiro |
22 [41,5] |
31 [58,5] |
53 |
0,9161 |
Namorando |
6 [40,0] |
9 [60,0] |
15 |
|
Curso
Profissionalizante |
|
|
|
|
Sa�de |
9 [50,0] |
9 [50,0] |
18 |
0,1711 |
Com�rcio |
7 [26,9] |
19 [73,1] |
26 |
|
Inform�tica |
12 [50,0] |
12 [50,0] |
24 |
|
Religi�o |
|
|
|
|
Cat�lica |
20 [45,5] |
24 [54,5] |
44 |
0,3321 |
Evang�lica |
8 [33,3] |
18 [66,7] |
24 |
|
Renda Familiar |
|
|
|
|
At� um sal�rio |
20 [45,5] |
24 [54,5] |
44 |
0,3321 |
Mais de um sal�rio |
8 [33,3] |
18 [66,7] |
24 |
1Qui-quadrado de
Pearson, 2Teste Exato de Fisher.
Fonte: pr�prios autores.
Em
rela��o � avalia��o das vari�veis conhecimento (Tabela 1) e atitude (Tabela 2)
antes da interven��o educativa e as vari�veis sociodemogr�ficas n�o houve
diferen�a estat�stica significativa entre as vari�veis preditoras e as de
desfecho. Dessa forma, constatou-se a inadequa��o do conhecimento e da atitude
relacionado ao uso do preservativo.
Os
dados apresentados nas tabelas tamb�m foram confirmados nas mensagens
compartilhadas nos GVSau, segundo as quais ou nas quais a maioria dos
adolescentes relataram n�o saber quais os cuidados que devem ter com o
preservativo, conforme expresso nas unidades de contexto a seguir:
�Cuidado em esticar bem o preservativo
antes do uso e verificar se o mesmo se encontra com algum tipo de furo�. (P1,
G2, M15)
�N�o sei nenhum cuidado que se deve
ter com o preservativo (P4, G5, F17)
Cuidado ao colocar, ao tirar e
principalmente onde vai colocar depois de usado�. (P6, G3, F16)
Ainda
quanto � vari�vel conhecimento, ressalta-se a fonte de informa��o dos
adolescentes sobre o uso do preservativo, identificando-se que 62 (91,2%) dos
relatos demonstram que os adolescentes conheceram o preservativo no contexto
escolar, outras fontes foram elencadas, a saber: internet, nove (13,2%); TV,
sete (10,3%); fam�lia, cinco (7,4%), amigos, quatro (5,9%) e Unidade de Aten��o
prim�ria � Sa�de (UAPS), tr�s (4,4%).
Fato
a ser destacado na vari�vel atitude, � que os adolescentes apresentam pensamento
positivo ao apresentarem a import�ncia de utilizar corretamente o preservativo
em todas as pr�ticas sexuais (anal, oral e vaginal):
�A
camisinha � indicada em todos os tipos de pr�ticas sexuais, no caso da oral e
anal muitas pessoas n�o utilizam por n�o acharem necess�rio, como se a
camisinha fosse prevenir somente gravidez�. (P5, G4, M15)
�O objetivo de usar a
camisinha n�o � somente prevenir a gravidez, � tamb�m evitar qualquer IST, seja
em qualquer tipo de pr�tica sexual�. (P7, G4, F17)
�� necess�rio utilizar a
camisinha em todas pr�ticas sexuais, pois tanto no sexo oral, anal e vaginal
estamos expostos �s ISTs�. (P4, G2, M14)
A
Tabela 3 ilustra a descri��o da rela��o significativa nas vari�veis
conhecimento (p=0,007) e atitude (p = 0,009) antes e ap�s interven��o
educativa.
Tabela
3 - Compara��o dos conhecimentos e atitudes de
adolescentes escolares antes e ap�s do GVSau. Reden��o - Cear�, Brasil, 2018
Avalia��o
do Conhecimento |
P�s-Teste |
[p-valor]1 |
||||
Adequado |
Inadequado |
Total |
||||
Pr�-Teste |
|
|
|
|
||
Adequado
[%] |
19 [82,6] |
04 [17,4] |
23 [100,0] |
0,007 |
||
Inadequado
[%] |
17 [47,2] |
19 [56,8] |
36 [100,0] |
|||
Total
[%] |
36 [61,0] |
23 [39,0] |
59 [100,0] |
|
||
Avalia��o da Atitude |
P�s-Teste |
|
||||
Adequado |
Inadequado |
Total [%] |
||||
Pr�-Teste |
|
|
|
|
||
Adequado
[%] |
19 [76,0] |
06 [24,0] |
25 [100,0] |
0,009 |
||
Inadequado
[%] |
20 [58,8] |
14 [41,2] |
34 [100,0] |
|||
Total
[%]� |
39 [66,1] |
20 [33,9] |
59 [100,0] |
|
||
1Teste
Qui-quadrado de McNemar.
Fonte: pr�prios
autores.
Uma
vis�o geral dos dados proporciona a identifica��o de um acr�scimo em rela��o ao
conhecimento nas respostas adequadas e redu��o nas inadequadas em 22,1%;
enquanto na atitude este �ndice foi de 23,8%. Sendo assim, constata-se que a
estrat�gia educativa GVSau contribuiu para a aquisi��o de conhecimento e
atitude adequados quanto ao uso do preservativo.
Considerando
que, para a Avalia��o de Conhecimento, a propor��o total de respostas adequadas
foi de 23/59 (38,98%) no pr�-teste e passou para 36/59 (61,02%) no p�s-teste,
observa-se uma diferen�a de 22,04% de incremento significativo nos acertos de
quest�es do instrumento (p = 0,007)
ap�s a interven��o. Uma tend�ncia positiva tamb�m pode ser observada no caso da
Avalia��o da Atitude, com um �ndice de convers�o de 25/59 (42,4%) para 39/59
(66,1%) de respostas adequadas (23,7%) entre o pr� e o p�s-teste (p = 0,009). Sendo assim, constata-se que
a estrat�gia educativa GVSau contribuiu para a aquisi��o de conhecimento e
atitude adequados quanto ao uso do preservativo.
O
acr�scimo no conhecimento e atitude adequados ap�s a interven��o tamb�m foi
evidenciado nos depoimentos a seguir:
�
A camisinha deve ser
colocada desde o in�cio da rela��o sexual at� o fim. Sempre tomando os devidos
cuidados para que a sua fun��o seja a desejada, evitando gravidez indesejada e
IST�s (P6, G3, F16)
N�o abrir a embalagem com
o dente; colocar a camisinha de maneira correta e o cuidado para que a
camisinha n�o esteja furada. (P4, G5, F17)
A camisinha deve ser colocada
desde o in�cio da rela��o sexual. � poss�vel ter pequenas e impercept�veis
por��es de espermatozoides que s�o liberadas antes da ejacula��o propriamente
dita (P6, G3, F16)
DISCUSS�O
Os
adolescentes participantes do estudo, em sua maioria meninas que ainda n�o
haviam vivenciado a sexarca, apresentavam conhecimento e atitude inadequados
acerca do uso do preservativo. Ressalta-se que o ambiente escolar foi o mais
citado e a Unidade B�sica de Sa�de foi a menos citada como fonte destas
informa��es pelos adolescentes. A interven��o educativa com base em metodologia
ativa via Whatsapp�
promoveu aquisi��o de conhecimento adequado (p = 0,007) e atitude adequada (p
= 0,009) acerca do uso do preservativo.
Praticamente
todos os adolescentes (92,7%) deste estudo ainda n�o tiveram sua sexarca.
Resultado semelhante foi encontrado em outras pesquisas, nas quais destaca-se a
import�ncia em educar esses sujeitos antes de iniciarem sua pr�tica sexual, com
o intuito de prevenir as IST, bem como a gravidez na adolesc�ncia, colocando
ainda a necessidade de educar a fam�lia desses adolescentes, para assim
ajud�-los na transi��o da fase da inf�ncia para a adulta de forma saud�vel(15).
A participa��o ativa da fam�lia na adolesc�ncia garante seguran�a aos
adolescentes, proporcionando assim muitas vezes o distanciamento destes
indiv�duos das zonas de vulnerabilidade.
Por
outro lado, outros adolescentes tiveram sua primeira rela��o sexual em m�dia
aos 14,8 anos de forma precoce, essa idade � similar � de v�rios outros
estudos, que apontam que esse fato se d� entre os 13 e 15 anos(16-17).
V�rios fatores contribuem para essa precocidade, a quest�o da autoafirma��o de
sua masculinidade, a influ�ncia negativa sofrida pelos amigos, quest�es
culturais, sociais e de g�nero(18,19).
Dentre
os comportamentos de risco para a gravidez na adolesc�ncia e a exposi��o �s
IST, encontra-se o in�cio precoce da rela��o sexual. A vulnerabilidade se
agrava ainda mais quando o adolescente faz uso de drogas, sejam elas l�citas ou
il�citas(18-19). O problema principal n�o est� na primeira rela��o
sexual precoce, mas sim no fato de o adolescente n�o ter conhecimento suficiente
para adotar atitudes e pr�ticas sexuais seguras.
Estudo
realizado em Teresina, Piau�, com 258 adolescentes gestantes de 13 a 19 anos,
revela os adolescentes s�o carentes de informa��es quanto aos m�todos
contraceptivos(20). Esses achados se assemelham aos deste estudo, no
qual mesmo todos os adolescentes conhecendo os preservativos, muitos apresentam
conhecimento e atitude inadequados, uma vez que n�o sabem os cuidados
necess�rios para o devido uso do preservativo. O fato de ouvir falar sobre o preservativo
n�o garante ao adolescente conhecimento adequado para que tenha pensamento e
pr�tica adequados.
A
escola se destacou neste estudo por ser o local em que o adolescente mais teve
contato com a informa��o sobre o preservativo. Resultado que corroboram com o
estudo(21), que tamb�m destaca o ambiente escolar como o mais citado
pelos adolescentes como o local que tiveram seu primeiro contato com
informa��es sobre preservativos, isso porque este ambiente � considerado a
segunda casa dos adolescentes, por passarem grande parte seu tempo.
Al�m
do ambiente escolar, a internet tamb�m se destaca, principalmente em suas redes
sociais virtuais como no Facebook�,
Instagran�, Whatsaap�, sendo estes ambientes
favor�veis � dissemina��o de informa��es. Um estudo destaca que o ambiente
virtual proporciona um ideal espa�o para a troca de experi�ncias, podendo ser
utilizado para a discuss�o de assuntos relacionados a sa�de sexual, pois os
adolescentes se sentem � vontade para discutir temas que s�o estigmatizados e
rodeados de tabus(21).
Por
outro lado, os achados deste estudo revelam que os adolescentes pouco buscam
informa��es nas Unidades de Assist�ncia Prim�ria � Sa�de (UAPS). Um estudo(22)
explica esse achado em sua pesquisa com 122 adolescentes, os quais referiram
n�o procurar as UAPS devido � falta de um ambiente acolhedor para que possam
apresentar seus anseios, devido � falta de profissionais capacitados para
realizar a abordagem das necessidades dos adolescentes, assim como tamb�m pela
compreens�o de muitos adolescentes ao entender que somente h� a necessidade de
buscar assist�ncia na presen�a de uma morbidade.�
O
fato de os adolescentes n�o terem conhecimentos adequados pode induzi-los a
adotarem atitudes err�neas. Em estudo realizado com 208 jovens, verificou-se
que 40% referiram n�o haver a necessidade de usar preservativo quando o
relacionamento � est�vel e outros 20% afirmaram que quando seu parceiro pede
para usar o preservativo se sentem constrangidas(23). O agir dos
adolescentes � por impulso, pois mesmo tendo conhecimento adequado, tomam
atitudes impensadas(20).
Percebe-se
que os adolescentes n�o apresentam conhecimento suficiente para tomar atitudes
adequadas, pelo simples fato de o adolescente n�o saber os cuidados essenciais
que se deve tomar com o preservativo, isso corrobora com outros estudos que
demonstram a necessidade de ado��o de pr�ticas educativas voltadas para esse
p�blico, antes mesmo que estes tenham rela��o sexual(23).
Para
que haja uma adequa��o desse conhecimento e dessa atitude, se requer a ado��o
de estrat�gias educativas que contribuam com essa mudan�a, assim como o GVSau.
Quando a interven��o � fundamentada nas caracter�sticas do p�blico-alvo, se
torna mais eficiente, podendo dessa forma promover conhecimentos e atitudes
favor�veis � sa�de(23). Estudo reafirma, ao ser constru�do um jogo
educativo com 1176 adolescentes de 12 a 16 anos, que houve aumento do
conhecimento e da atitude ap�s a interven��o educativa(24).
Dessa
mesma forma, o GVSau possibilitou aos adolescentes conhecimentos acerca do
preservativo o que pode diretamente modificar sua atitude, mostrando que �
preciso haver associa��o direta entre o conhecimento e a atitude relacionado ao
uso do preservativo, pois, se n�o houver, poder� acarretar na n�o ades�o na
pr�tica. Estudos mostram que na maioria das vezes os adolescentes t�m
conhecimento quanto � necessidade do uso do preservativo; por�m, possuem
atitudes inadequadas, ao considerar pouco necess�rio o uso do preservativo em
todos tipos de rela��o sexual (anal, oral e vaginal), bem como em rela��o ao
momento de utiliz�-lo, as vezes atribuindo seu uso apenas no momento da
ejacula��o(25).
Nota-se
que se faz premente criar estrat�gias que visem adequar tanto o conhecimento
como a atitude, que consequentemente mudar� a pr�tica. Visto que ao final da
interven��o educativa houve mudan�as no conhecimento e na atitude dos
adolescentes ao apresentarem conhecimentos adequados quanto ao uso do
preservativo.
Apesar
da relev�ncia dos dados apresentados, o estudo limitou-se a avaliar as
vari�veis conhecimento e atitude, devendo ser inclu�da, em estudos futuros, a
vari�vel pr�tica. Sugere-se, ainda, que essa estrat�gia seja utilizada com
adolescentes sexualmente ativos, com o intuito de avaliar se a estrat�gia �
capaz de modificar o comportamento dos indiv�duos. Outra importante limita��o �
o fato deste estudo n�o permitir uma generaliza��o, por n�o conseguir uma
amostragem probabil�stica.
CONCLUS�O
A
estrat�gia GVSau apresentou efeitos positivos no �mbito da promo��o de conhecimentos
e atitudes adequados ao uso do preservativo pelos adolescentes escolares. Dessa
forma, aconselha-se utilizar esta estrat�gia quando se h� a inten��o de
modificar o conhecimento e a atitude dos indiv�duos. Destaca-se a import�ncia
de se utilizar a tr�ade adotada neste estudo: uma ferramenta educativa e
atrativa (Whatsapp), um m�todo
educativo eficaz (Arco de Maguerez) e um conte�do recomendado pelas pol�ticas
p�blicas, o qual seja de interesse e necessidade dos participantes.
AGRADECIMENTOS
Agrade�o ao programa de P�s-Gradua��o de
Enfermagem da Universidade da Integra��o Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira e a todos os doutores e colegas mestres por todo o conhecimento
adquirido nesse tempo, bem como ao financiamento da Funda��o Cearense de Apoio
ao Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico.
Declaramos que n�o h� conflitos de
interesse.
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