REVISTA NORTE MINEIRA DE ENFERMAGEM
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INTRODUÇÃO
O diagnóstico da gestação de alto risco
associado à necessidade de hospitalização desencadeia nas mulheres sentimentos
de medo, ansiedade, dúvida, incerteza do futuro e receio de que algo possa
acontecer consigo e com o bebê (1). Por essa razão, o ambiente
hospitalar deve proporcionar acolhimento integral da mulher, a fim de que sua
permanência neste local seja o menos traumatizante possível, por meio da
criação de ambientes confortáveis e acolhedores, que proporcionem luminosidade,
ruídos e temperatura adequada. Permita a livre deambulação, alojamento conjunto
para mãe, bebê e acompanhante, além de favorecer privacidade e individualidade
as usuárias, seus familiares, bem como para os profissionais de saúde (2-4).
No entanto, pesquisadores apontam que
estes aspectos não são garantidos, tendo em vista que procedimentos invasivos
são realizados em locais que não garantem a privacidade da mulher, há grande
quantidade de leitos em uma mesma enfermaria e a estrutura do banheiro é de tamanho
reduzido. Há ausência de estruturas de apoio para a realização de refeições,
disposição do aparelho televisor que impede a visualização por parte das
gestantes, que corrobora para o posicionamento inadequado, acarretando dores
musculares (4-5).
A falta de estrutura e especificidades do ambiente
hospitalar as necessidades que envolvem o período gravídico-puerperal de
mulheres com gestações de alto risco exacerbam a vivência de sentimentos negativos(6),
uma vez que a internação pode ser prolongada devido ao contínuo monitoramento e
avaliação da mãe e do bebê, promovendo o isolamento social, da família, dos
amigos e das atividades cotidianas(7).
Ademais, a carência de estrutura adequada
pode comprometer o atendimento de saúde a essas mulheres. Estudo realizado por
Albuquerque (4), com o objetivo de avaliar a adequação de uma
unidade de internação de alto risco gestacional ao conceito de ambiência da
Política Nacional de Humanização (PNH), identificou a ausência de iluminação
focal e de sistema de alarmes nos leitos, o que pode comprometer o atendimento
das gestantes internadas em eventuais intercorrências(4).
Pivatto(8), ao mensurar os níveis de ruído em uma unidade
materno-infantil de referência para gestação de alto risco em Curitiba-PR evidenciou
níveis de ruído acima do recomendado pela literatura em todas as áreas do
alojamento conjunto, afetando a recuperação das usuárias; com prejuízos no sono
e repouso, na concentração e nos níveis pressóricos. Também, o ruído excessivo comprometeu
o trabalho dos profissionais de saúde, causando fadiga, estresse, insônia,
irritabilidade, além de gerar perdas auditivas em longo prazo e promover erros
no processo de trabalho (8).
Considerando
que ambientes acolhedores e confortáveis contribuem de forma significativa para
o tratamento terapêutico e recuperação, além de proporcionar bem-estar físico,
psicológico e social no período gravídico-puerperal, faz-se imperativo
adequações nas instituições hospitalares(7,9). Nesse sentido, o
presente estudo teve por objetivo identificar os aspectos ambientais
relacionados a confortabilidade das mulheres com diagnóstico de gestação de
alto-risco internadas em uma unidade materno-infantil.
MÉTODO
O presente
estudo foi desenvolvido a partir de um recorte de uma pesquisa ampla intitulada
“Ambiência da unidade materno-infantil: percepção das usuárias e profissionais
de enfermagem”. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório e
descritivo.
O
ambiente de investigação foi a unidade materno-infantil de um Hospital Escola
(HE) situado no Sul do Brasil, que dispõem todos os leitos pelo Sistema Único
de Saúde (SUS). A região do extremo sul possui como fonte econômica principal a
agropecuária, o comércio e serviços, apresentando 83,5% da população na zona
urbana (2010). Vale salientar que a gravidez, parto e puerpério são
responsáveis por 16,8% das internações da macrorregião, sendo a taxa de
mortalidade infantil 12,7/1000 nascidos vivos em 2014, superando os valores do
estado de 10,1/1000 nascidos vivos em 2015. Entre as prioridades da região está
o fortalecimento da Rede Cegonha(10). A escolha deste local foi
motivada pelo fato da instituição ser referência regional para o atendimento ao
pré-natal a gestação de alto risco para os 28 municípios pertencentes a 3º
Coordenadoria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul.
Participaram
do estudo 22 mulheres, no período gravídico-puerperal, com diagnóstico de
gestação de alto-risco, internadas na unidade materno-infantil do referido HE.
Foram estabelecidos como critérios de inclusão: mulheres no período
gravídico-puerperal, maiores de 18 anos; internadas na unidade materno-infantil
do HE e condição de saúde clinicamente estável; comunicar-se verbalmente na
língua portuguesa; e, consentir com a divulgação dos dados em meio científico.
O número de participantes foi determinado
pela saturação dos dados, ou seja, quando as informações fornecidas pelos
participantes se repetem, não sendo acrescentado nenhum dado significativo,
desta forma não apresentando mais relevância na coleta de dados(11).
O
presente estudo respeitou a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde do
Ministério da Saúde, que aborda a pesquisa envolvendo seres humanos; e obteve
parecer favorável à sua realização pelo Certificado de Apresentação e
Apreciação Ética no n° 08879619.3.0000.5316.
A coleta de dados ocorreu no primeiro
semestre de 2019, conforme dias pactuados previamente com a enfermeira
responsável pela unidade e em local que proporcionasse privacidade às
participantes. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado entrevista
semiestruturada gravada, a qual foi guiada por um roteiro com questões abertas que
exploravam a opinião das entrevistadas sobre a unidade que se encontrava
internada, incluindo os aspectos ambientais relacionados a confortabilidade da
mulher durante o trabalho de parto, parto e puerpério.
Com vistas a garantir o anonimato, as
falas das participantes foram identificadas pelas letras M, sucedidas de
algarismos arábicos que indicaram o número de ordem da entrevista. Para a organização e tratamento dos dados, foi
utilizado o software Nvivo 11, programa que auxilia na análise
de material qualitativo com ferramentas de codificação e armazenamento de
textos(12).
Posteriormente, os dados foram analisados por meio da análise temática(13).
RESULTADOS
E DISCUSSÃO
A
seguir serão apresentadas as características sociodemográficas das participantes
e as temáticas emergidas da análise dos dados: Aspectos que contribuem para a
confortabilidade das mulheres internadas na unidade materno-infantil e Aspectos
que dificultam a confortabilidade das mulheres internadas na unidade
materno-infantil.
Participaram
do estudo 22 mulheres, com idades que variavam entre 20 e 42 anos; sendo onze
gestantes e onze puérperas. Em relação ao estado civil, sete são casadas, 14
solteiras e uma divorciada. Quatro possuem grau de escolaridade correspondente
ao ensino fundamental incompleto, seis ao ensino fundamental completo, uma ao
ensino médio incompleto, nove ao ensino médio completo e duas com nível
superior. 13 participantes possuem atividade laboral e nove dedicam-se as
atividades domésticas.
Aspectos que contribuem
para a confortabilidade das mulheres internadas na unidade materno-infantil
Nesta
perspectiva as mulheres citam à atenção ofertada na assistência a elas e seus
filhos, por meio de esclarecimento de dúvidas e orientações sobre assuntos
relacionados a procedimentos; os quais geram sentimento de segurança durante o
período de internação.
“Atender a gente bem. Eles
estão sempre preocupados com a medicação e tudo direitinho [...]. Explicar as
coisas para a gente, não deixar a gente na dúvida.” (M5)
“O pessoal todo aqui dentro é muito atencioso,
respeita muito a gente, e preocupa com o bem-estar das gestantes e depois dos
nenéns [...].” (M4)
“[...]eu precisei que um
viesse falar comigo sobre a situação do meu bebê e ele conversou, me explicou
tudo bem direitinho certinho. Toda hora vem um e outro aqui conversar comigo e
me explicar tudo o que ela vai passar aqui e o que vão fazer.” (M13)
“Ambiente agradável, tanto
a equipe de enfermagem quanto os médicos são pessoas assim que se preocupam com
os pacientes. [...].”(M22)
“A turma da pediatria
então eu não tenho nada do que reclamar, porque o meu neném teve que fazer
banho de luz, ele teve amarelão e ele teve uma infecção do umbiguinho [...]desde
o primeiro momento eles explicaram o que estava acontecendo,[...]. Então para
mim foi assim, a melhor estadia que eu podia ter foi aqui.” (M14)
Atentar a ambiência da unidade materno-infantil torna-se
imprescindível para que o período gravídico-puerperal seja vivenciado e
lembrado como um momento feliz, tendo em vista que aspectos estruturais,
arquitetônicos e relacionais podem refletir no conforto físico e emocional da
mulher durante a internação hospitalar (6).
No
sentido de contribuir para a confortabilidade, os profissionais de saúde
possuem a obrigação ética e legal de oferecer informações pertinentes e
adequadas a respeito do estado de saúde da mulher e da criança, esclarecer
dúvidas e favorecer a participação ativa das usuárias na escolha do seu
tratamento, proporcionando assim a autonomia diante a tomada de decisões,
favorecendo o ciclo de confiança e empoderamento da mulher (14-15).
As
mulheres apontam ainda que a estrutura da unidade, bem como o mobiliário, a
alimentação ofertada, a higiene e o silêncio, contribuem o descanso durante o
período de internação, consequentemente, para a sensação de conforto.
“As camas são boas, tem
toda a alimentação, tem um banho muito bom, o chuveiro é muito bom. É bem
tranquilo.”(M8)
“, [...]tu vê desde a
qualidade das camas mesmo tipo, o banheiro, o local em si [...] ar condicionado
mesmo, isso não é nenhum pouco comum em outros hospitais.” (M4)
“Tem bastante conforto. A
cama, o quarto sempre limpinho. Eu acho muito boa a higienização.” (M1)
“Eu
gostei. Não tem barulho. No outro hospital que eu estava tinha um barulhão.
Aqui tudo é calminho. As pessoas se respeitam.” (M11)
“É confortável, camas,
alimentação muito boa, tipo aqui a equipe também de higiene, sempre
higienizando o ambiente, banheiro, nunca falta nada.” (M21)
Há
diversos elementos que contribuem para o conforto da mulher durante o período
de internação na unidade materno-infantil, dentre os quais estão o tipo de cama
utilizada, o mobiliário, o chuveiro e banheiro privativo, a iluminação, os
ruídos, a possibilidade de locomoção dentro da unidade, dentre outros (16).
Estudos
apontam que as instituições hospitalares possuem níveis de ruído acima do
esperado pela Organização Mundial de Saúde. Gestantes expostas a altos níveis
de ruídos podem apresentar maior probabilidade de agitação, estresse, alteração
no nível pressórico, alteração na posição fetal, levando a complicações durante
o trabalho de parto, além de reduzir a tolerância à dor e corroborar para o
aumento do consumo de alívio farmacológico da dor (8, 17).
Além
disso, a existência de experiências anteriores positivas torna-se gerador de
conforto durante o período de internação, tendo em vista o conhecimento sobre a
rotina da unidade hospitalar e qualidade da assistência prestada.
“Ah eu adoro esse
hospital, já é o terceiro parto que eu venho aqui. Sempre sou muito bem
atendida, a qualidade e limpeza tudo é ótimo.” (M5)
“Pra mim é o melhor
hospital em que eu já fui.. Todos os meus filhos nasceram por aqui.” (M6)
“Eu tive que vir um mês
antes porque estava com sangramento. Desde já o atendimento foi bom. Eu
tenho um menino de cinco anos e eu precisei consultar aqui também na gestação
dele e fui tão bem atendida quanto agora.” (M21)
Nesse
sentido, a Rede Cegonha com o intuito de assegurar a mulher e à criança o
direito de atenção humanizada, acessibilidade, acolhimento e resolutividade
durante o pré-natal, parto, puerpério e atenção infantil, propõe a criação de
uma rede humanizada. Essa rede visa
assegurar as mulheres o direito de realizar visitas aos serviços de saúde
previamente, de forma a receber informações acerca das rotinas da unidade
materno-infantil, estimulando a criação de vínculo com o serviço e a equipe,
evitando a propagação de sentimentos negativos durante o trabalho de parto e
parto, gerados a partir da exposição da usuária a um ambiente desconhecido (18-19).
Aspectos que dificultam a
confortabilidade das mulheres internadas na unidade materno-infantil
As
mulheres apontam que a unidade materno-infantil necessita de reformulações que
atentem aos aspectos ambientais para, assim, proporcionar comodidade tanto para
a gestante ou puérpera hospitalizada quanto para o acompanhante. Por meio das
falas, constata-se que a confortabilidade é direcionada somente para à mulher,
enquanto que ao acompanhante é disponibilizado apenas uma cadeira próximo ao
leito, sem qualquer recurso que possibilite o repouso noturno.
“Pra
quem está internada sim, mas para os acompanhantes não, por causa que essas
cadeiras para eles são totalmente desconfortável, principalmente na madrugada
que dão umas cochiladas, coitados, fico até com pena.” (M7)
“É
junto ou na cadeira. Podia melhorar também a cadeira porque se fica sentado a
circulação não ajuda [...] podia pelo menos a cadeira ser aquelas com conforto
melhor.” (M10)
“Só
a única dificuldade que eu encontrei assim foi pro acompanhante, que é só uma
cadeirinha. O acompanhante acaba dormindo com a gente porque não aguenta, a
gente passa dias aqui [...] porque já tive internada a umas duas semanas atrás
e o meu esposo ficou todas as noites assim. Se ele tivesse trabalhando, não
aguentaria todas as noites sentadinho na cadeira.” (M22)
Embora
a unidade materno-infantil seja projetada para a mãe e o bebê, não se deve
negligenciar a oferta de acomodações que proporcionem a permanência e conforto
do acompanhante, visto que a presença dos mesmos está relacionada a maiores
taxas de recuperação e probabilidade de satisfação da mulher com a experiência
de internação (16).
Outro
aspecto que dificulta a confortabilidade é a falta de privacidade na unidade
materno-infantil, a mesma é apontada pelas mulheres como geradora de
constrangimento, além de dificultar o descanso das usuárias devido a
movimentação nos demais leitos.
“Eu
acho que se essas unidades aqui tivessem tipo, sei lá umas cortinas envolvendo
cada leito seria bem bacana, porque eu fico constrangida sabe?” (M9)
“[...] pelas visitas, tipo,
está certo que todo mundo precisa receber visita, mas ontem mesmo eu estava
cansada, aí aqui do lado tinha umas dez pessoas... aí com a luz [...] depois de
um momento como este a gente quer descansar um pouquinho, sabe? E não tem como
descansar assim, ficar quietinha [...]”. (M7)
Corroborando
com os achados desta pesquisa, estudo realizado com pacientes que haviam sido
internadas por uma gravidez de alto risco, com o objetivo de explorar as
necessidades das mulheres que passam por um período prolongado de internação,
revelou o incomodo gerado pela falta de privacidade durante o período de
hospitalização, que é potencializado principalmente pela rotina hospitalar e
pela estrutura física das unidades (7).
Neste
sentido, aspectos físicos e ambientais devem ser levados em consideração quando
se busca proporcionar privacidade na unidade materno-infantil, como: a
instalação de grades com vãos de janelas, a fim de não propiciar a exposição da
mulher, iluminação natural sem visibilidade das atividades por pessoas
externas, instalação de cortinas secundárias, proporcionando assim barreira
visível (16-17).
As
usuárias referem ainda aspectos estruturais e mobiliário que dificultam a
confortabilidade durante a internação na unidade materno-infantil, tendo em
vista que o leito em que permanecem é desconfortável, há presença de mofo nas
paredes dos quartos e a luminosidade é incompatível para o descanso.
“O colchão é horrível, mas
eu acho que é este daqui porque os outros parecem ser melhores.” (M8)
“Eu acho que essas paredes
assim, esse mofo que tu olha não é tão agradável de se olhar, mas de resto
tranquilo.” (M8)
“Essa luz é bem forte. Se
cada um tivesse a sua luz de cabeceira pelo menos[...]Até pela privacidade do
paciente, que nem, as pessoas tem que fazer exame e está tudo apagado, escuro
no lugar, aí chega a enfermeira e tem que colocar uma sonda ou alguma coisa e
tem que ligar todas as luzes, tipo isso incomoda um pouco.” (M9)
“Só as camas que não são
muito boas, o colchão que não é muito bom. Ainda mais para gestante. Às vezes,
eles vêm de madrugada trocar o lixo, então não é o silêncio que a gente quer de
noite né, para dormir e descansar[...]” (M13)
O
ambiente físico da unidade materno-infantil deve possibilitar aos profissionais
de saúde estrutura adequada que priorize a privacidade da mulher durante a
realização de exames invasivos, tendo em vista que estes elementos contribuem
para que a experiência da internação seja satisfatória e proporcione maior segurança(4).
De acordo com a Cartilha da Ambiência do Ministério da Saúde, a iluminação
adequada proporciona um ambiente aconchegante, auxilia na privacidade do
usuário e na maior segurança ao profissional de saúde durante a prestação da
assistência(2).
A
iluminação natural proporciona a usuária internada a percepção da passagem do
tempo(16). Porém, estudos apontam que parte das unidades
hospitalares não possui iluminação adequada que contribua de forma
significativa no processo de trabalho dos profissionais e propicie conforto aos
seus usuários, o que prejudica a qualidade de sono(4,20).
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Os
resultados apontam que há aspectos que contribuem e dificultam a
confortabilidade das mulheres internadas na unidade materno-infantil. Dente os
aspectos que contribuem destacam-se aspectos que envolvem a relação entre as
mulheres e os profissionais de saúde, como a atenção e as orientações
ofertadas, uma vez que geram segurança; bem como a estrutura e funcionamento da
unidade, principalmente se há experiências de hospitalizações anteriores
positivas.
Já,
os aspectos que dificultam a confortabilidade das mulheres internadas na
unidade materno-infantil evidenciam a necessidade de reformulações na estrutura
física e mobiliário para que, de fato, se promova a comodidade tanto da
gestante ou puérpera hospitalizada quanto para o acompanhante; bem como a
adequação da iluminação, que interfere no descanso das mulheres; e a falta de
privacidade, que inibe o protagonismo das mesmas por colocá-las em situações
constrangedoras.
Assim,
faz-se imperativo o investimento na implementação da Rede Cegonha que valoriza
e estimula a vinculação com o serviço e a equipe de saúde, buscando
proporcionar as mulheres bem-estar por meio de ambientes preparados para que
possam exercer as suas escolhas. Para tanto, atentar a ambiência é fundamental,
qualificando os serviços, com projetos estruturais, arquitetônicos e
relacionais que privilegiem a privacidade da mulher e um atendimento centrado
na mulher e na família.
O
presente estudo possui como limitação o fato de ser uma pesquisa local, cujos
dados não podem ser generalizados. Propõe-se que outros estudos sejam
desenvolvidos em maternidades que atendam gestantes de risco habitual, a fim de
retratar os aspectos que contribuem ou dificultam a confortabilidade nestes
ambientes.
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