REVISTA NORTE MINEIRA DE ENFERMAGEM

ISSN: 2317-3092

 

 

Recebido em:

11/02/2020

Aprovado em:

16/03/2020

Como citar este artigo

Gr�fico de linhas

 

Souza RP, Zanin L, Motta RHL, Ramacciato JC, Fl�rio FM. Parada cardiorrespirat�ria: avalia��o te�rica das condutas emergenciais de pessoas leigas. Rev Norte Mineira de enferm. 2020; 9(1):29-39.

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Autor correspondente

Gr�fico de linhas

 

Fl�via Mart�o Fl�rio.

Faculdade S�o Leopoldo Mandic, Campinas, SP Correio eletr�nico: flavia.florio@slmandic.edu.br

 

 

 

ARTIGO ORIGINAL

PARADA CARDIORRESPIRAT�RIA: AVALIA��O TE�RICA DAS CONDUTAS EMERGENCIAIS DE PESSOAS LEIGAS

 

Cardipulmonary resuscitation: theoretical evaluation of emergency conduct of lay people

Reginaldo Pereira de Souza1, Luciane Zanin2, Rog�rio Hel�dio Lopes Motta3, Juliana Cama Ramacciato4, Fl�via Mart�o Fl�rio5.

 

 

1 Enfermeiro. Mestre em Sa�de Coletiva. Departamento de Sa�de Coletiva, Faculdade S�o Leopoldo Mandic, Campinas, SP, Brasil; Faculdade de Enfermagem � Universidade do Estado de Mato Grosso. http://orcid.org/0000-0003-1979-3269

2 Cirurgi�-dentista. Departamento de Sa�de Coletiva, Faculdade S�o Leopoldo Mandic, Campinas, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0003-0218-9313

3 Cirurgi�o-dentista. Departamento de Farmacologia, Anestesiologia e Terap�utica Medicamentosa M�dicas, Faculdade S�o Leopoldo Mandic, Campinas, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-6983-7883

4 Cirurgi�-dentista. Departamento de Farmacologia, Anestesiologia e Terap�utica Medicamentosa M�dicas, Faculdade S�o Leopoldo Mandic, Campinas, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-3081-1504

5 Cirurgi�-dentista. Departamento de Sa�de Coletiva, Faculdade S�o Leopoldo Mandic, Campinas, SP, Brasil. http://orcid.org/0000-0001-7742-0255

 

 

 

Objetivo: avaliar o conhecimento e condutas relatadas por leigos frente a uma situa��o de parada cardiorrespirat�ria (PCR) em v�tima adulta, considerando a vigente diretriz da American Heart Association (2015). M�todos: Estudo quantitativo, transversal, de car�ter descritivo. Amostra probabil�stica, com representatividade municipal, de 397 transeuntes respondeu question�rio estruturado pr� testado. Resultados: Os respondentes tinham idade m�dia de 31,1 (�11,9) anos e a maioria possu�a ensino m�dio completo e/ou ensino superior incompleto (71,8%). A identifica��o te�rica da PCR foi respondida corretamente por 51,6% dos participantes e 41,8% acertaram sobre as a��es mais importantes de Suporte B�sico de Vida (SBV) no adulto. O local da compress�o no t�rax foi respondido corretamente por 72,8% embora a minoria tenha referido corretamente a profundidade (11,3%) e o n�mero de compress�es (9,8%). Conclus�o: Os participantes possuem conhecimentos limitados sobre o SBV e uso do desfibrilador externo autom�tico (DEA), e diante de uma situa��o real, poderiam comprometer o progn�stico das v�timas de PCR.

 

Descritores: Parada Card�aca; Reanima��o Cardiopulmonar; Socorristas; Parada Card�aca Extra-Hospitalar; Conhecimentos, Atitudes e Pr�tica em Sa�de.

 

Objective: to evaluate the knowledge and attitude of lay rescuers during a sudden cardiac arrest (SCA) in adults based on the current guidelines of basic life support (BLS) of the American Heart Association (2015). Methods: the study design was transversal, observational and descriptive. Probabilistic sample with local representation in which a total of 397 passers-by answered a pre-tested structured questionnaire. Results: The average age of the respondents was 31,1 (�11,9) years and the majority had completed high school education and/or had incomplete higher education (71.8%). The theoretical identification of cardiorespiratory arrest was correct for 51.6% of the participants and 41.8% answered appropriately about the most important actions of BLS in adults. The site of hand position to achieve a good quality compression was correct in 72.8%, although only 11.3% answered properly about depth of the compressions and rate (9.8%). Conclusion: the participants have limited knowledge about BLS and automated external defibrillator (AED), and when faced with a real situation they could compromise the prognosis of victims of cardiorespiratory arrest.

 

Keywords: Heart Arrest; Cardiopulmonary Resuscitation, Emergency Responders; Out-of-Hospital Cardiac Arrest; Health Knowledge, Attitudes, Practice.

INTRODU��O

 

As doen�as cardiovasculares representam a principal causa de �bito no mundo. Dados de 2015, mostram que aproximadamente 40 milh�es de mortes ocorreram devido a doen�as n�o transmiss�veis (DNT), representando 70% do total de 56 milh�es mortes, e as doen�as cardiovasculares representaram 45% de todos estes eventos1. Dois ter�os de mortes s�bitas ocorrem em ambientes extra hospitalares, o que representa uma parada cardiorrespirat�ria (PCR) a cada 1000 pessoas no ambiente comunit�rio a cada ano2.

 

A PCR, intercorr�ncia inesperada que constitui grande amea�a � vida3, permanece como um problema mundial de sa�de p�blica e caracteriza-se pela interrup��o da atividade mec�nica card�aca, pulmonar e cerebral que em conjunto promovem perda da responsividade e aus�ncia de batimentos card�acos e respira��o4.

 

No Brasil, os avan�os se estendem � legisla��o sobre acesso p�blico � desfibrila��o e obrigatoriedade de disponibiliza��o de desfibriladores externos autom�ticos (DEAs), bem como no treinamento emressuscita��o cardiopulmonar (RCP), podendo-se estimar cerca de 200.000 PCRs ao ano, das quais metade ocorre em ambientes comoresid�ncias,shopping centers, aeroportos, est�dios5. Em 2011 foi lan�ado o Plano Nacional de a��es estrat�gicas para o enfrentamento das doen�as cr�nicas n�o transmiss�veis (DCNT) 2011-2022 e para a preven��o da morbimortalidade das doen�as do cora��o, foram organizadas e implementadas, dentre outras, a��es para a melhora no diagn�stico, preven��o e tratamento da hipertens�o arterial sist�mica e o diabetes, bem como o controle e orienta��o sobre o tabagismo, o consumo de �lcool, a alimenta��o inadequada, o sedentarismo e a obesidade6.

 

Apesar destes esfor�os, muitas vidas ainda s�o perdidas todos os anos no Brasil, relacionadas �s doen�as card�acas que evoluem em paradas cardiorrespirat�rias5. Assim, o reconhecimento e identifica��o pelo leigo na comunidade � imperativo visto que a chance de sobreviver est� diretamente relacionada ao atendimento r�pido, seguro e eficaz7.

A assist�ncia prestada no atendimento pr�-hospitalar � de suma import�ncia sendo estimado que o �ndice de sobreviv�ncia do indiv�duo seja reduzido entre 7 a 10% para cada minuto de espera sem assist�ncia2. Por�m, quando h� interven��o, a taxa de sobrevida � de 75% nos primeiros quatro minutos, 15% entre quatro e 12 minutos e apenas 5% ap�s 15 minutos8.

 

Com base no exposto, a Sociedade Brasileira de Cardiologia ressalta a import�ncia da educa��o, implementa��o e treinamento da popula��o para que o in�cio da cadeia de sobreviv�ncia seja precoce, conforme enfatizado na I Diretriz de Ressuscita��o Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emerg�ncia5. Neste mesmo documento, destaca-se que infelizmente, as habilidades adquiridas ap�s um treinamento em RCP podem ser perdidas em tempo muito curto (3 a 6 meses), cason�outilizadasoupraticadas, o que refor�aanecessidade da simplifica��o do treinamento para leigos com o intuitodequeaspectosimportantesedeimpactonosdesfechostenhammaiorchancedeserretidospormaiores intervalos de tempos5.

 

Desta maneira � primordial o conhecimento e habilidade t�cnica-cient�fica visando a r�pida recupera��o, diminui��o do sofrimento e ocorr�ncia m�nima de sequelas para o paciente3. Entretanto, um problema muito comum na comunidade � a dificuldade em reconhecer os sintomas correspondentes a um evento tr�gico como a PCR, levando � demora nas a��es em reanima��o cardiopulmonar e desta maneira promovendo sequelas neurol�gicas graves e antecipando o fim da vida4,9. O desfecho das v�timas de PCR na comunidade somente ser� favor�vel se a RCP for iniciada precocemente por pessoas da pr�pria comunidade e posteriormente por profissionais capacitados e receber um suporte avan�ado de vida no pr�-hospitalar e em centros de refer�ncias7.

 

Embora a literatura apresente estudos realizados em cidades brasileiras que demonstraram que o p�blico leigo avaliado apresentou conhecimento incompleto ou incorreto sobre o atendimento pessoas desacordadas e/ou em parada cardiorrespirat�ria10-11, ainda s�o escassos os estudos recentes sobre o tema realizados em outras regi�es do Brasil. Adicionalmente, nenhum destes estudos considerou o conhecimento do leigo de acordo com o mais recente protocolo da American Heart Association (AHA)12, o que direcionou a realiza��o do presente estudo. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o conhecimento e condutas te�ricas relatados por leigos frente a uma situa��o de parada cardiorrespirat�ria (PCR) em v�tima adulta, considerando as vigentes diretrizes da American Heart Association, publicadas em 2015.

 

M�TODOS

 

Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, de car�ter descritivo. A coleta de dados foi realizada em mar�o de 2017, em munic�pio de m�dio porte localizado na regi�o centro-oeste do pa�s (Mato Grosso), que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) apresentava, em 2019, uma popula��o estimada de 94.376 habitantes, IDH considerado m�dio (0,708) e 97,8% de taxa de escolariza��o de 6 a 14 anos.

 

A amostra deste estudo foi probabil�stica. Para o c�lculo amostral foi considerada a popula��o do munic�pio, que conforme dados do IBGE apresentava, em 2017 uma popula��o de 60.764 pessoas com mais de 18 anos. Estabeleceu-se a preval�ncia de 50%, j� que este valor possibilita o maior grau de vari�ncia, correspondendo ao tamanho m�nimo aceito para a amostra ser representativa da popula��o, com n�vel de confian�a de 95%, precis�o de 5% resultando em um tamanho amostral m�nimo de 382 transeuntes.

 

Os transeuntes foram aleatoriamente abordados no per�metro urbano em locais de grande circula��o, como pra�as, pronto atendimento m�dico, feira livre e nas imedia��es de uma universidade p�blica da cidade e participaram do estudo ap�s aceite e confirma��o da adequa��o aos crit�rios de inclus�o pr�-estabelecidos: idade superior a 18 anos, n�o fossem estudantes da �rea da sa�de, profissionais de sa�de e militares11,13. Excluiu-se os participantes que n�o responderam � todas as perguntas.

 

A equipe de pesquisa foi constitu�da por seis pesquisadoras que foram calibradas em duas reuni�es previamente agendadas quanto �s condutas para a realiza��o da abordagem dos transeuntes e comportamento durante a coleta de dados. A abordagem ao transeunte respeitou as seguintes etapas: apresenta��o, execu��o e conclus�o, seguindo as orienta��es que constam no Plano de A��es de Servi�os de Sa�de para pesquisa de usu�rios do Sistema �nico de Saude (SUS)14.

 

A apresenta��o se deu em abordar, cumprimentar, se apresentar, e expor o conte�do incluindo os principais benef�cios para o transeunte e a solicita��o da sua colabora��o no estudo. Todos os que decidiram participar foram convidados para assinar o Termo de Conhecimento Livre e Esclarecido. O participante foi informado de que poderia interromper a sua participa��o a qualquer momento e tirar d�vidas sobre a formula��o das quest�es a serem respondidas antes de qualquer apontamento no question�rio.

 

A etapa da execu��o ocorreu por meio do fornecimento de informa��es sobre o question�rio e o n�mero de perguntas. O instrumento de coleta de dados foi baseado no utilizado em estudo anterior13 e atualizado segundo a mais recente diretriz em reanima��o da American Heart Association12, que contemplou, para leigos, a elimina��o de avalia��o de presen�a de respira��o bem como da manobra de ventila��o; incluiu-se a verifica��o simult�nea da responsividade e respira��o ausente ou apenas ag�nica (gasping), devendo-se nestes casos presumir PCR e tomar tr�s atitudes: acionar o servi�o m�dico de emerg�ncia, pedir o desfibrilador e iniciar compress�es sem interrup��es em ritmo de 100 a 120 por minuto. Ap�s estas adapta��es no instrumento original, o novo instrumento passou por um pr�-teste para que as perguntas fossem avaliadas quanto a pertin�ncia, objetividade e qualidade por dois m�dicos especialistas emergencistas, dois profissionais do Corpo de Bombeiros e quatro leigos.

 

O instrumento de avalia��o de conhecimento e de condutas te�ricas diante de uma parada cardiorrespirat�ria contemplou dois eixos: no primeiro buscou-se identificar o perfil s�cio demogr�fico do participante (idade, sexo, escolaridade e ocupa��o). O segundo contemplou a investiga��o t�orica do conhecimento e das condutas que seriam adotadas sobre o suporte b�sico de vida na v�tima adulta, em sete quest�es de m�ltipla escolha, organizadas em 3 blocos relacionados ao conhecimento sobre a identifica��o de uma PCR no adulto; as condutas que seriam adotadas ap�s a identifica��o de uma PCR em v�tima adulta na comunidade, envolvendo a decis�o em realizar ou n�o compress�es no t�rax e o consequente conhecimento relacionado � esta conduta al�m do entendimento sobre o desfibrilador externo autom�tico e sobre qual servi�o acionar para solicitar socorro.

 

Cada pergunta continha quatro op��es de respostas sendo que apenas uma era a correta segundo a AHA12 e em todas as quest�es incluiu-se a op��o �n�o sei responder�. O entrevistado pontuava com um X a op��o adequada ao seu entendimento.

Finalizava-se com um agradecimento e entrega de um folder ilustrativo com orienta��es gerais sobre as principais recomenda��es para RCP no adulto.

 

Os dados foram analisados e tabulados utilizando ferramentas do Microsoft Office Excel 2010, utilizando a estat�stica descritiva por meio de m�dia, desvio padr�o, frequ�ncias absoluta e relativa. Este estudo foi aprovado pelo Comit� de �tica da Faculdade S�o Leopoldo Mandic (Campinas, S�o Paulo), sob parecer n�mero 2.019.448 e CAAE 62972216.8.0000.5374.

 

RESULTADOS

 

Foram abordadas 412 pessoas sendo que 11 delas n�o quiseram participar do estudo em fun��o do desinteresse com o tema e/ou aus�ncia de disponibilidade de tempo no momento da abordagem, e 04 question�rios foram exclu�dos por n�o terem respondidos todas as quest�es, resultando ent�o em uma amostra de 397 transeuntes respondentes. Na tabela 1 verifica-se o perfil dos transeuntes abordados, envolvendo adultos jovens, em sua maioria estudantes com ensino m�dio completo e/ou ensino superior incompleto.


 

Tabela 1 - Perfil dos respondentes do question�rio sobre reanima��o cardiopulmonar (C�ceres � MT, Brasil, 2017).

Caracter�sticas

M�dia (� DP*) Idade em anos

Frequ�ncia absoluta

Frequ�ncia relativa

Sexo

 

 

 

Feminino

28,3�11,8

221

55,7

Masculino

33,7�12,0

176

44,3

Escolaridade

 

 

 

M�dio completo ou superior incompleto

 

285

71,8

Fundamental completo ou m�dio incompleto

 

41

10,3

Superior completo

 

37

9,3

Sem instru��o ou fundamental incompleto

 

34

8,6

Ocupa��o

 

 

 

Estudantes (ensino m�dio completo e/ou ensino superior incompleto.

 

174

43,8

Servi�os Dom�sticos

 

30

7,6

Vendedores

 

28

7,1

Professores

 

10

2,5

Outras ocupa��es

 

155

39,0

* DP - desvio padr�o

 

Os resultados referentes aos conhecimentos e condutas em casos de PCR est�o apresentados nas tabelas a seguir e as respostas adequadas � evid�ncia atualmente dispon�vel est�o marcadas em it�lico. A tabela 2 aponta que a maioria das respostas foi a correta para as quest�es relacionadas � identifica��o da parada cardiorrespirat�ria (51,6%, 205) e tipo de socorro prestado por transeuntes (41,8%, 166), embora chame aten��o a soma das frequ�ncias das op��es incorretas e �n�o sei�.

 

Tabela 2 - Respostas dos transeuntes a respeito da identifica��o, tipo de socorro em uma parada cardiorrespirat�ria na comunidade na v�tima adulta (C�ceres � MT, Brasil, 2017).

Caracter�sticas

Frequ�ncia absoluta

Frequ�ncia relativa

Identifica��o da parada cardiorrespirat�ria

 

 

Na aus�ncia de movimentos no t�rax e sem resposta aos chamados e/ou est�mulos dolorosos

205

51,6

N�o sei responder

82

20,7

Quando a v�tima n�o apresenta movimentos, somente gemidos aos est�mulos dolorosos

76

19,1

Fechando o nariz e boca para identificar se a v�tima tem alguma rea��o

34

8,6

Tipo de socorro prestado por transeuntes

 

 

Chama ajuda e faz compress�es (fortes e r�pidas) no t�rax at� a chegada do socorro especializado

166

41,8

N�o fa�o nenhuma manobra, mas encaminho-o para o pronto atendimento mais perto

118

29,7

Liga para o socorro, faz-se boca-a-boca e algumas compress�es no t�rax at� a chegada do socorro especializado

99

24,9

N�o sei responder

14

3,5

Total

397

100,0

 

A tabela 3 apresenta a descri��o das respostas relacionadas �s a��es e/ou conhecimentos fundamentais em casos de uma parada cardiorrespirat�ria no adulto. Embora a maioria das pessoas tenha marcado a correta localiza��o da compress�o no t�rax (72,8%, 289), a minoria soube indicar a profundidade (11,3%, 45) e o n�mero de compress�es (9,8%, 39) corretos. Sobre o desfibrilador externo autom�tico (DEA), a minoria dos respondentes (9,3%, 37) soube apontar a resposta correta.

 

Tabela 3 - Decis�o do transeunte quanto a profundidade e quantidade da compress�o tor�cica, a localiza��o das m�os no t�rax durante e o uso do Desfibrilador Externo Autom�tico (DEA) na reanima��o cardiopulmonar no adulto (C�ceres � MT, Brasil, 2017).

Caracter�sticas

Frequ�ncia absoluta

Frequ�ncia relativa

Localiza��o da compress�o no t�rax

 

 

No meio do peito (sobre o osso do centro do t�rax)

289

72,8

Do lado esquerdo do peito

52

13,1

N�o sei responder

46

11,6

Em qualquer local do peito, o importante � comprimir o t�rax

10

2,5

Profundidade da compress�o do t�rax

 

 

N�o sei responder

186

46,9

03 a 04 cent�metros

118

29,7

02 cent�metros

48

12,1

05 a 06 cent�metros

45

11,3

Quantidade de compress�es por minuto no t�rax

 

 

Aproximadamente 30 vezes

208

52,4

N�o sei responder

118

29,7

De 100 a 120 vezes

39

9,8

De 80 a 100 vezes

32

8,1

Conhecimento sobre o Desfibrilador Externo Autom�tico

 

 

� um aparelho de uso exclusivo hospitalar para dar choques em v�timas de parada cardiorrespirat�ria

173

43,6

� um aparelho que comprime e dispara choque em t�rax de v�timas de parada cardiorrespirat�ria

104

26,2

N�o sei responder

83

20,9

Aparelho que verifica ritmo card�aco de v�timas em parada cardiorrespirat�ria e quando indicado dispara choque

37

9,3

Total

397

100,0

 

Na tabela 4 pode-se notar que a maioria dos respondentes (93,2%, 370) soube responder corretamente o servi�o a ser acionado em caso de PCR.

 

Tabela 4 - Onde as pessoas leigas solicitam socorro diante de uma reanima��o cardiopulmonar (C�ceres � MT, Brasil, 2017).

Op��o de solicitar socorro do transeunte

Frequ�ncia absoluta

Frequ�ncia relativa

192 Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (SAMU) ou 193 Corpo de Bombeiros

370

93,2

Para o hospital mais pr�ximo

17

4,3

190 Pol�cia militar

6

1,5

N�o sei responder

4

1,0

Total

397

100,0

 

 

DISCUSS�O

 

Identificou-se na presente investiga��o que embora os leigos tenham demonstrado conhecer conceitualmente alguns aspectos do atendimento da PCR e manobras de RCP, as respostas relacionadas �s condutas relatadas para a ressuscita��o, apontam que estas seriam realizadas de forma incorreta, levando inevitavelmente ao progn�stico indesej�vel e com risco de sequelas neurol�gicas permanentes e/ou a morte. A parada cardiorrespirat�ria s�bita coloca o socorrista leigo frente a decis�es e condutas desafiadoras, j� que ele deve ser capaz de identificar se a v�tima est� responsiva, e n�o confundir a PCR com outros eventos como desmaios ou convuls�o e, acima de tudo, iniciar a RCP imediata e corretamente al�m de chamar socorro especializado.

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, estudos revelam que o treinamento de indiv�duos leigos pode elevar substancialmente a probabilidade de um espectador realizar a RCP e aumentar a sobrevida de uma v�tima que sofreu parada card�aca, al�m disso, leigos devem ser treinados para desempenhar as instru��es dadas pelo servi�o m�dico de emerg�ncia por telefone5.

 

Dentro deste contexto, verificou-se que pouco mais da metade dos leigos abordados demonstraram reconhecer os sinais de uma PCR, frequ�ncia esta menor e maior do que a verificada em estudos anteriores: 83,1% e 27,3% respectivamente11,13, que pautaram-se em recomenda��es anteriores � vigente utilizada no presente estudo12. Tais diferen�as podem estar associadas ao grau de instru��o da amostra avaliada, visto que 34% participantes de um destes estudos13 possu�a cursos e/ou orienta��es em SBV enquanto que no outro11 19,9% possu�a. Embora no presente estudo n�o tenha sido verificada a qualifica��o dos respondentes quanto ao SBV, os resultados obtidos podem ter sido influenciados pelo cen�rio atual, no qual jovens, grupo et�rio predominante no estudo, obt�m informa��es com elevada rapidez, principalmente por meio das m�dias eletr�nicas e redes sociais que facilitam a comunica��o em decorr�ncia de compartilhamentos de mensagens, fotos e v�deos. Este fen�meno potencializa diretamente a aprendizagem formal e informal15.

 

As respostas citadas sobre o que fariam diante de uma PCR resultaram com 41,8% (166) respondendo adequadamente a op��o chamam ajuda e fazem compress�es (fortes e r�pidas) no t�rax at� a chegada do socorro especializado, atitude esperada de quem assiste a parada ocorrer fora de ambiente hospitalar12, frequ�ncia maior do que a encontrada na literatura - 18,7%13. Ressalta-se que h� relato de que 75,5% dos respondentes11 corretamente ligariam para o servi�o especializado. Todavia 72,5% e 94,2% respectivamente da popula��o em geral dos dois estudos j� citados afirmaram n�o se sentir preparada para socorrer emerg�ncias na comunidade.

 

Nesta linha, 54,7% dos respondentes do presente estudo apontaram respostas incorretas sobre as a��es iniciais diante de uma PCR, por�m � necess�rio exaltar que, como na afirmativa liga para o socorro, faz-se boca-a-boca e algumas compress�es no t�rax at� a chegada do socorro especializado, o trecho liga para o socorro e faz-se compress�es no t�rax at� a chegada do socorro especializado, s�o condutas corretas ap�s a identifica��o de uma PCR na comunidade5,12, por�m as demais afirmativas compostas por estes trechos foram consideradas incorretas, por ser avaliada no seu contexto geral, e conter intervalos comerros b�sicos, boca-a-boca � conduta retirada do protocolo de RCP em adultos para leigos5,12. A atual orienta��o � para que seja dada �nfase �s compress�es no t�rax, buscando facilitar a execu��o pelo socorrista n�o treinado e assim obter maior iniciativa por parte deste p�blico.

 

Se o SBV for iniciado imediatamente a chance de uma v�tima de PCR sobreviver pode duplicar ou at� mesmo triplicar16, e iniciado nos primeiros 4 minutos a taxa de sobrevida poder� chegar a 75% e ap�s 15 minutos, ela cai para m�dia de 5%8. Em contraponto, sendo o diagn�stico inadequado e demorado, al�m da ado��o de condutas incorretas e ineficientes, as sequelas neurol�gicas ser�o graves e o fim da vida antecipado2,4.

 

A maioria dos respondentes demonstrou conhecer o local das compress�es tor�cicas, com o posicionamento das m�os no meio do peito sobre a regi�o esternal entre os mamilos12. No entanto, tanto a for�a de compress�o e consequente profundidade, quanto a frequ�ncia de realiza��o foram respondidas de maneira incorreta fato tamb�m observado em estudos anteriores11,17, mesmo ap�s treinamento em manequins de alta precis�o, os resultados mostram-se insatisfat�rios no quesito profundidade17. Neste contexto, quanto maior a frequ�ncia (superior � 120/minuto) menor � a profundidade tor�cica, a exemplo quando o reanimador implementa frequ�ncias acima de 140/minuto h� um d�ficit de at� 70% na profundidade.

 

Desta forma, frequ�ncias menores que 100 ou maiores que 120/minuto, ou ainda profundidades menores que 5 ou maiores que 6 cent�metros geram fluxos sangu�neos inadequados12. O in�cio das compress�es fortes e r�pidas deve ser imediato12,18 visto que estas a��es s�o fundamentais para o fornecimento de fluxo sangu�neo, oxig�nio e energia para �rg�os cr�ticos, como cora��o e c�rebro e, quando realizada corretamente aumenta a taxa de sobrevida5,12.

 

O cen�rio encontrado sobre a percep��o do desfibrilador externo autom�tico neste estudo representa a realidade de como a popula��o � carente de informa��es visto que 9,3% dos respondentes referiram conhecer o que � o desfibrilador. Embora preocupante � necess�rio enfatizar que na regi�o avaliada no presente estudo, n�o � conhecido nenhum local com a disponibiliza��o de um DEA e, portanto, talvez seja um dos motivos deste resultado. Este equipamento verifica o ritmo card�aco e condiciona a desfibrila��o em casos de fibrila��o ventricular (FV) ou taquicardia ventricular sem pulso (TVSP) e, portanto, pode interromper a PCR e reorganizar o ritmo card�aco12.

 

O DEA est� inserido no terceiro elo da cadeia de sobreviv�ncia, ou seja, o leigo ao iniciar uma reanima��o, dever� solicitar que algu�m chame o socorro especializado e busque um DEA, iniciar compress�es no t�rax e ao chegar o DEA, desfibrilar imediatamente. Este procedimento pode ser realizado por profissional de sa�de ou pelo leigo12 e quando usado precoce e corretamente, melhora o progn�stico das v�timas no pr�-hospitalar9,12,19. Estudos realizados no Jap�o20 e nos Estados Unidos19 evidenciam estes resultados com �ndices de sobreviv�ncia sem sequelas neurol�gicas aparentes de 46,6% de uma amostra de 43.762 v�timas de PCR por fibrila��o ventricular e 46,3% de uma amostra de 203 acometidos, respectivamente. Em ambos os estudos, as v�timas foram atendidas por leigos no ambiente extra hospitalar e receberam terapia el�trica com o DEA.

 

Em contraponto, no Brasil, estudos apontam que as pessoas da comunidade apresentam conhecimentos limitados sobre o SBV9,13, especialmente quanto ao uso dos desfibriladores, o que pode ser contornado mediante a participa��o em cursos e atualiza��es em SBV9,12,21.

 

A maioria dos respondentes demonstrou conhecer o servi�o a ser acionado em casos de urg�ncia e emerg�ncia na comunidade na cidade de C�ceres-MT, assim como verificado em estudos anteriores11,13, o que � bastante relevante j� que esta conduta faz parte do primeiro elo da cadeia de sobreviv�ncia no SBV12, sendo que todos estes estudos consideraram os dois servi�os principais de solicita��o de socorro (192 e 193). Por�m, quando considerado apenas o 192,estudo pr�vio5 apontou que dentre as 814 pessoas avaliadas em quatro cidades brasileiras, somente 35% reconheciam o 192 como n�mero telef�nico nacional de emerg�ncia m�dica.

 

Considerando os resultados desta pesquisa torna-se evidente que os leigos possuem dificuldades para apresentar um conhecimento te�rico e iniciativas eficientes frente a uma PCR no adulto na comunidade. Neste sentido, evidencia-se que a assist�ncia e iniciativas prestadas por pessoas da comunidade s�o fracas e inadequadas, em fun��o da inseguran�a, da demora na identifica��o da PCR e nas a��es b�sicas de socorro16. Desta forma, a American Heart Association12 e outros autores11,13,16 refor�am a necessidade de planejamentos em sa�de coletiva com amplo investimento e abordagem reflexiva sobre este assunto ao p�blico em geral por meio de materiais ilustrativos, divulga��o nas m�dias, escolas, universidades e disposi��o de desfibriladores para acesso ao p�blico, a fim de treinar e capacitar estas pessoas -para melhorar o conhecimento, as iniciativas e a��es dos transeuntes com a inten��o de aprimorar o cen�rio atual e diminuir a morbimortalidade nestas emerg�ncias na comunidade.

 

Sugere-se, portanto, que sejam realizadas a��es sociais com vistas a orienta��es e treinamentos para este p�blico como implementa��o de projetos que ensinem condutas de reanima��o em PCR nas escolas em parcerias com as faculdades da �rea da sa�de, e promova-se a��es de certifica��o com os participantes durante os testes para condutores ou ainda quando do registro da Carteira de Trabalho. E ainda que novas pesquisas sejam realizadas para investigar como os socorristas sem instru��o promovem suporte b�sico de vida na comunidade de forma pr�tica, visto que no presente estudo n�o foram contemplados conhecimentos baseados em pr�tica, o que se constitui a limita��o do estudo.

 

CONCLUS�O

 

Aproximadamente metade dos leigos avaliados sabem identificar a PCR e proceder condutas adequadas como chamar o socorro especializado bem como o local em que se deve fazer as compress�es no t�rax. Entretanto apresentam saberes limitados que podem comprometer o progn�stico das v�timas, especialmente quanto as iniciativas, a profundidade e quantidade de compress�es no t�rax e sobre o uso desfibrilador externo autom�tico. Embora o presente estudo tenha se pautado apenas na avalia��o te�rica dos conhecimentos e condutas que seriam adotadas por um leigo e n�o em simula��es real�sticas, os resultados obtidos colaboram com a possibilidade de simplifica��o do treinamento para leigos, por ter possibilitado a identifica��o dosaspectos de maior confus�o e erros, que devem ser enfatizados nesse tipo de treinamento, sugerindo-se como oportunidades para sua realiza��o a oferta de cursos de certifica��o para a popula��o em geral quando da habilita��o ou ainda como requisito para o registro da Carteira de Trabalho.

 

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