ARTIGO DE REVISÃO

PRINCIPAIS FATORES RELACIONADOS AO SOBREPESO E OBESIDADE INFANTIL

MAIN FACTORS RELATED TO OVERWEIGHT AND CHILDHOOD OBESITY

 

Anderson Silva Godinho1, Nadson Henrique Gonçalves2, Fernanda Silva Aguiar3,  Renê Ferreira da Silva Junior4, José Mansano Bauman5, Claudiana Donato Bauman6

 

Data de Submissão: 30/010/2018 Data de Publicação: 10/07/2019

Como Citar: GODINHO, Anderson Silva et al. Principais fatores relacionados à obesidade infantil na atualidade. RENEF, [S.l.], v. 9, n. 13, jul. 2019. ISSN 2526-8007. Disponível em: http://www.renef.unimontes.br/index.php/renef/article/view/190/350. Acesso em:  

doi: https://doi.org/10.35258/rn2019091300028

 

RESUMO

A obesidade é um dos maiores obstáculos para saúde, devido às consequências negativas que o excesso de peso pode causar à saúde humana. Neste contexto se insere a população infantil, na qual evidenciou-se nas últimas décadas um crescimento significativo no percentual de crianças obesas segundo a Organização Mundial de Saúde. Diante desse cenário a investigação acerca da obesidade infantil se torna alvo de extrema relevância, no sentido da execução de medidas que fomentem a mudança do estilo de vida. Nessa perspectiva a presente revisão integrativa teve como objetivo verificar os principais fatores relacionados ao desenvolvimento do sobrepeso e obesidade infantil. Nesta perspectiva foram identificados setenta estudos em relação a obesidade. Após uma análise criteriosa pautada na pergunta norteadora, a amostra final foi composta por vinte e sete artigos científicos, que abordaram especificamente crianças e adolescentes. Concluiu-se que os principais fatores para o desenvolvimento do sobrepeso e da obesidade entre crianças relacionam-se a: 1. Alimentação inadequada; 2. Inatividade física; 3. Equipamentos eletrônicos; 4. Fatores socioeconômicos; 5. Influência familiar. Ressaltou-se que o acompanhamento nutricional na infância e adolescência por parte da família, assim como outros ambientes, entre eles o escolar, são essenciais na criação de hábitos saudáveis na vida adulta.

Palavras-chave: Criança. Adolescente. Obesidade. Sobrepeso. Comportamento    alimentar. Sedentarismo.

 

ABSTRACT

Obesity is one of the biggest obstacles to health due to the negative consequences that overweight can cause to human health. In this context, the child population is inserted, in which a significant increase in the percentage of obese children according to the World Health Organization was evidenced in recent decades. In this context, research on childhood obesity becomes an of measures to promote a change in lifestyle. In this perspective, the present integrative review aimed to verify the main factors related to the development of overweight and childhood obesity. From this perspective, seventy studies on obesity were identified. After a careful analysis guided by the guiding question, the final sample consisted of twenty-seven scientific articles that specifically addressed children and adolescents. It was

_________________________

1 - Graduando em Educação Física Bacharelado - Universidade Estadual de -Montes Claros UNIMONTES  e-mail: andersonforever2009@gmail.com

2 - Profissional de Educação física - Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES

3 - Graduanda em Engenharia Ambiental e Sanitária - Faculdade Santo Agostinho

4 - Enfermeiro – Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde – PPGCS - UNIMONTES

5 - Docente do Departamento de Odontologia – Doutor - Universidade Estadual de Montes Claros -  UNIMONTES

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6 - Docente do Departamento de Educação física – Doutora – Orientadora –  Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES

 

concluded  that  the  main factors for the development of overweight and obesity among children are: 1. Inadequate feeding; 2. Physical inactivity; 3. Electronic equipment; 4. Socioeconomic factors; 5. Family influence. It was emphasized that the nutritional accompaniment in childhood and adolescence by the family, as well as other environments, among them the school, are essential in the creation of healthy habits in adult life.

Keywords: Children. Adolescent. Obesity. Overweight. Food behavior. Sedentary lifestyle.

 

INTRODUÇÃO

O crescimento da obesidade na atualidade se caracteriza como um grave problema de saúde pública a ser enfrentado pela sociedade mundial. Trata-se de umas das questões periodicamente discutidas no meio cientifico, devido às consequências negativas que o excesso de peso pode acarretar à saúde humana. Nesse contexto, destaca-se a população infantil, na qual, evidenciou-se nas últimas décadas um aumento significativo no percentual de obesidade, segundo a Organização Mundial de Saúde (CARVALHO et al., 2013; WHO, 2014).

A obesidade infantil é um dos maiores desafios para saúde. Estima-se que 11% das crianças menores de 5 anos de todo o mundo terão sobrepeso no ano de 2025, principalmente se persistirem na continuidade de estilos inadequados de vida (WHO, 2014). No Brasil as estatísticas não têm sido diferentes. Estima-se que 33,5% de crianças entre 5 e 9 anos possuem excesso de peso. Segundo os dados, uma a cada três crianças se encontra acima do peso, de acordo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010).

A obesidade infantil é identificada como doença (classificação internacional de doenças – CID) sendo caracterizada como um acúmulo de gordura corporal se comparado à massa magra, proporcionando impactos negativos a saúde (RIBEIRO, 2014). Ademais, a obesidade é um transtorno metabólico e crônico que é fisiopatologicamente definido, pelo balanço positivo entre o consumo e o gasto energético.

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O crescimento demográfico e os hábitos de vida moderna estão comumente interligados a qualidade da saúde populacional, ocasionando sobremaneira uma transição nutricional, principalmente no meio infantil (SOUZA, 2010). Em vista disso, os danos resultantes desse novo estilo de vida, têm refletido negativamente na saúde das crianças e adolescentes, onde a inatividade física e o consumo de alimentos impróprios têm sido relatados, como uma das principais causas de obesidade infantil (POSSO et al., 2014).

Diante desse cenário, a investigação acerca da obesidade infantil se torna alvo de extrema relevância, no sentido da execução de medidas que fomentem a mudança do estilo de vida. Evidências demonstram que o aumento do peso na infância intensifica os riscos de desenvolvimento de doenças metabólicas nessa fase, assim como, se relaciona à obesidade na idade adulta e risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares (SILVA, 2010).

Na atualidade, a população infantil se encontra cada vez menos ativa, devido ao fácil acesso de tecnologias como, celulares, computadores dentre outros, no qual permanecem por longos períodos conectados a estes meios tecnológicos (MARIZ et al., 2015). Entre outros aspectos o sedentarismo na infância propicia o desenvolvimento da obesidade infantil, e pode acarretar sérias doenças associadas ao aumento de peso, como a dislipidemia, hipertensão arterial, resistência insulínica, diabetes melittus, doenças cardiovasculares entre outras (MOREIRA et al., 2014).

Nesse sentido, a prática de atividade física tem se destacado principalmente pela importância para o balanço energético, sobretudo, para o decréscimo e prevenção da obesidade infantil, além de doenças associadas ao excesso de peso (LOBO, 2012). Aliado à falta de exercícios físicos, os hábitos alimentares constituem um importante fator para a construção dos níveis de obesidade infantil no Brasil, destacando-se os alimentos industrializados e nocivos à saúde - produtos cada vez mais presentes nas refeições da população (SOUZA, 2010).

A bibliografia especializada enfatiza que a alimentação inadequada na idade infantil, pode levar ao desenvolvimento de afecções em algum estágio da vida, em vista disso, é imprescindível a adesão de novos hábitos alimentares, visando a manutenção da qualidade de vida principalmente durante a infância (BERNADO et al., 2017). A alimentação apropriada proporciona um melhor desenvolvimento físico e psicológico, e sobretudo, previne contra deficiências e doenças crônicas não transmissíveis, tais como a obesidade infantil (SILVA et al., 2014).

Diante dessa problemática, é de suma importância a promoção de medidas que instiguem as crianças a aderirem novos hábitos de vida, tanto alimentares quanto físicos, sendo esta considerada a fase ideal para o estabelecimento de ações que objetivam a intervenção e orientação de hábitos saudáveis (BERNADO et al., 2017).

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Portanto, o propósito deste estudo foi trazer à luz do conhecimento algumas considerações e discussões importantes a respeito dos aspectos científicos sobre a obesidade em crianças. Nessa perspectiva, a presente revisão integrativa da literatura, tem como objetivo verificar os principais fatores relacionados ao desenvolvimento do sobrepeso e obesidade infantil.  

 

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura - método de pesquisa que permite a síntese e conclusões gerais do estado do conhecimento, além de possibilitar suporte para a tomada de decisão e a melhoria da prática clínica (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). A pergunta norteadora da presente investigação foi: quais os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento do sobrepeso e obesidade infantil?

As bases de dados utilizadas para a busca foram a BIREME, LILACS e GOOGLE acadêmico, no período de julho de 2017. Os descritores utilizados foram: sobrepeso “OR” obesidade infantil “OR” excesso de peso “AND” “comportamento alimentar inadequado “OR” alimentação inadequada “OR” ingestão calórica excessiva “AND”, sedentarismo “OR” inatividade física. Delimitou-se estudos publicados no período de 2007 a 2017.

Todos os descritores se encontravam referidos no DECs/MeSH. Como critério de inclusão optou-se por estudos disponíveis na íntegra, em português, inglês e espanhol. Foram identificados setenta estudos com a descrição acima. Após uma análise criteriosa relacionando a pergunta norteadora, a amostra final foi composta por vinte e sete artigos científicos, que abordaram especificamente crianças e adolescentes.

Os estudos que corresponderam à pergunta norteadora possuem delineamentos diversificados, destacando-se os estudos transversais (resultados de pesquisas) e revisões (sistemáticas e integrativas). Quanto à classificação do nível de evidência científica (NEC) seguiu-se as normas da Oxford Centre Evidence Based Medicine (2009), na qual a classificação “1A” relaciona-se às revisões sistemáticas e metanálises de ensaios clínicos comparáveis (maior consideração científica), e a “5” - opinião de autoridades respeitadas ou especialistas, considerado o menor nível de evidência.

 

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RESULTADOS

De acordo com os resultados, vinte e sete estudos foram encontrados na perspectiva da presente investigação, dos quais 67% artigos possuíram nível de evidência científica “2C”, 27% “2A” e 6% com NEC “3A”. Serão apresentados no quadro a seguir, de acordo com o ano (crescente) de publicação (quadro1).

                       

               Quadro 1: apresentação dos estudos de acordo com o título, periódico, autores

 e ano de publicação

 

 

Título

Revista

Autores

Ano

01

Excesso de peso, atividade física e hábitos alimentares entre adolescentes de diferentes classes econômicas em Campina Grande (PB)

Revista da Associação Médica brasileira

Nunes; Figueiroa; Alves

2007

02

A influência dos pais no estilo de vida dos filhos e sua relação com a obesidade infantil

RBONE - Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento

Dalcastagné et al.

2008

03

Contribuições das práticas alimentares e inatividade física para o excesso de peso infantil

Revista Paulista de Pediatria

Rinaldi et al.

2008

04

Fatores associados ao excesso de peso em crianças de uma favela do Nordeste brasileiro

Revista Paulista de Pediatria

 

Siqueira; Alves;

 Figueiroa

2009

05

Fatores de risco associados à obesidade e sobrepeso em crianças em idade escolar

Revista brasileira de enfermagem

Lopes; Prado; Colombo

 

2010

 

06

Qualidade de vida relacionada à saúde de crianças obesas

Revista da Associação Médica Brasileira

Poeta; Duarte; Giuliano

2010

07

Importância do tratamento e prevenção da obesidade infantil

 

Educação Física em Revista

Neves et al.

2010

08

Obesidade na adolescência e seus principais fatores determinantes

Revista Brasileira de Epidemiologia

Enéas; Slater

2010

09

Influência da mídia no comportamento alimentar de crianças e adolescentes

Revista Segurança Alimentar e Nutricional

Moura

2010

10

Excesso de peso e inatividade física em crianças moradoras de favelas na região Metropolitana do Recife, PE

Jornal de pediatria

Alves; Siqueira; Figueiroa

2010

11

Relação Entre o Comportamento Alimentar de Pais e Filhos

Esc Anna Nery

Melo; Tapadinhas

2012

12

Associação entre estado nutricional, hábitos alimentares e nível de atividade física em escolares

Jornal de pediatria

Coelho et al.

2012

13

Obesidade Infantil a Partir de um Olhar Histórico Sobre Alimentação

Interação em psicologia

Morais; Dias

2012

14

Fatores ambientais e psicológicos que influenciam na obesidade infantil

 

Revista Saúde e Pesquisa

Silva;Bittar

2012

15

Doenças associadas à obesidade infantil

Revista Odontológica de  

 Araçatuba

 

Moreira et al.

 

2014

16

Qualidade da dieta e fatores associados em crianças matriculadas em uma escola municipal de Itajaí, Santa Catarina

 

Cadernos Saúde Coletiva

 

Momm;

Höfelmann

 

 

 

2014

17

Análise da prevalência de sobrepeso e obesidade e do nível de atividade física em crianças e adolescentes de uma cidade do Sudoeste de São Paulo

Revista brasileira de crescimento e desenvolvimento humano

Cabrera et al.

2014

18

Frequência de consumo de fast food em crianças de uma escola pública e uma escola privada do município de Nova Iguaçu no Rio de Janeiro e sua influência no perfil nutricional

Acta Pediátrica  Portuguesa

Porto; Pires; Coelho

2014

19

Television viewing habits and their influence on physical activity and childhood overweight

Jornal de Pediatria

Dutra et al.

2015

20

Causas de obesidade infanto-juvenil: reflexões segundo a teoria de Hannah Arendt

 

Texto & Contexto - Enfermagem

 

 

Mariz et al.

 

 

2015

21

Excesso de peso e obesidade em pré-escolares e a prática de atividade física

 

Journal of Science and Movement

Costa et al.

31

 
2015

22

Effect of Television on Obesity and Excess of Weight and Consequences of Health.

Journal of Environmental Research and Public Health

Rosiek et al.

2015

23

Associação entre equipamentos eletrônicos no quarto com tempo sedentário, atividade física e índice de massa corporal de crianças

Jornal de Pediatria

Ferrari et al.

2015

24

Sedentarismo e práticas alimentares inadequadas na infância: um estudo de coorte

 

Revista Ciência & Saúde Coletiva

 

Dutra et al.

 

2016

25

Associação entre a obesidade infantil e a capacidade cardiorrespiratória: revisão sistemática

Revista Brasileira em Promoção da Saúde

Borfe et al.

2017

26

Hábitos alimentares e sedentarismo em crianças e adolescentes com obesidade na admissão do programa de obesidade do hospital universitário Bettina Ferro de Souza

RBONE - Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento

Oliveira et al.

2017

27

Prevalência de obesidade em escolares no município de Cônego Marinho - Minas Gerais

REAS,  Revista  Eletrônica  Acervo  Saúde

Pereira et al.

2017

 

DISCUSSÃO

No presente estudo a discussão será apresentada em tópicos de acordo com as temáticas elencadas em grau de citação nas pesquisas: 1. Alimentação inadequada; 2. Inatividade física; 3. Equipamentos eletrônicos; 4. Fatores socioeconômicos; 5. Influência familiar. As investigações incluídas abordaram de forma clara a realidade inerente à obesidade infantil e os problemas gerados à saúde pública, em especial crianças e adolescentes.          

Relacionando os 27 artigos analisados, infere-se que 19 estudos concluíram que a alimentação inadequada é um dos principais fatores que leva à obesidade infantil. O consumo excessivo de alimentos industrializados, alta ingestão de alimentos processados e ultra processados, uma pior qualidade da dieta com balanço calórico desproporcional, associado a um gasto energético reduzido, são os principais fatores destacados pelos investigadores. Dessa maneira ressalta-se que foi evidenciado em todos os estudos analisados que a orientação nutricional deve ser construída desde da infância na obtenção de hábitos saudáveis beneficiando o desenvolvimento e crescimento das crianças e prevenindo a obesidade.

A nutrição e a prática de atividades físicas representam importantes fatores de influência no desenvolvimento da saúde de crianças e adolescentes. Os autores evidenciaram a preocupante realidade, representada pelo aparecimento precoce de patologias, antes caracterizadas pelo maior acometimento de adultos (PAZ et al., 2017).

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Conforme a organização mundial da saúde (WHO, 2016) a comercialização de alimentos pouco saudáveis e bebidas não alcoólicas foram fatores intrínsecos para o aumento do número de crianças com sobrepeso e obesidade. Boné et al., (2015) referem à alimentação adequada como sendo o fundamento da existência do ser humano, contribuindo na formação do ser integral e harmônico do indivíduo, além da formação dos bons hábitos, práticas e comportamentos.

Em relação a inatividade física, 17 artigos evidenciaram a alta prevalência de inatividade física que é associada ao sedentarismo como um dos motivos que leva a obesidade infantil. Os artigos apontaram que a inatividade física (não realização ou pouca prática de atividades físicas), se relacionam à uma grande parcela da população infantil com excesso de peso.

De acordo com Oliveira e Costa (2016), conscientizar as crianças sobre os benefícios de um estilo de vida equilibrado e mais saudável é prioritariamente função dos seus responsáveis legais, que atuam juntamente com o desenvolvimento pleno dos mesmos. O ambiente escolar deve proporcionar à criança a prática de atividades físicas regulares, orientação acerca de hábitos alimentícios apropriados, necessidade de horas de sono e hidratação adequada. 

Consoante Oliveira e Costa (2016), ressaltaram que a implementação da atividade física, é importante para que a instituição de ensino desenvolva ações diversificadas, incentivando a escolha de alimentos essenciais para o ser humano, considerando o seu valor nutricional. A preservação da saúde da criança associa-se à valores pautados em uma vida saudável (o que pode ser orientado desde cedo), e poderá culminar em um adolescente/adulto preocupado em hábitos saudáveis, prevenindo futuras doenças cardiovasculares. A obesidade é caracterizada como um estado clínico de doença.

O uso de equipamentos eletrônicos e o fato de as crianças permaneceram muito tempo assistindo televisão, constitui um dos grandes problemas associado à obesidade de acordo com nove artigos. De acordo com os estudos o hábito da utilização dos eletrônicos acima do tempo recomendado, pode desestimular a prática de atividades físicas e além da influência e motivação ao consumo de alimentos inadequados, impulsionados pela mídia que é acessada livremente através de aparelhos. Outra questão relaciona-se ao fato do consumo alimentar em posse desses equipamentos, proporcionando aos indivíduos uma alimentação inconsciente, ou seja, de forma excessiva, pois a concentração está voltada para os equipamentos e não no alimento.

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Segundo Ferruzzi et al., (2016) no Brasil, a maioria dos comerciais veiculados na televisão aberta e internet é relacionado a alimentos ricos em açúcar, gordura e sódio. Moura (2010) evidenciou que uma análise das propagandas de três emissoras da televisão brasileira aberta, revelou que 44% das propagandas de alimentos voltadas ao público infantil eram de alimentos ricos em açúcar e gordura.

Conforme Gonçalves (2015) técnicas como o neuromarketing acabam influenciando as escolhas alimentares das pessoas, inclusive das crianças, pois elas ficam vulneráveis as propagandas, visto que o público infantil é bombardeado com publicidade por toda a parte, na escola, na rua, nos playgrounds e etc.

De acordo com Bruce et al., (2016) os comercias de alimentos levam as crianças tomarem mais gosto pelo alimento, independentemente do seu valor nutricional ou benefícios, indicando que as decisões são amplamente baseadas no prazer. De acordo com os autores, uma investigação utilizando-se ressonância magnética, demonstrou que os comerciais de alimentos não saudáveis aumentaram a atividade cerebral. Isso mostra que esses comerciais estimulam mais o cérebro da criança do que os comercias não alimentares. Esses resultados também sugerem que quando as crianças estão com fome, os efeitos dos comerciais de alimentos aumentam a atividade cerebral, fazendo com que elas façam escolhas alimentares mais rapidamente.

O fator socioeconômico mais elevado relaciona-se ao maior consumo de alimentos industrializados, pois de acordo com quatro estudos incluídos, viabilizam o acesso a uma variedade de opções alimentares e em grandes quantidades. Nesta investigação os resultados apontaram que o alto poder aquisitivo dos pais, podem proporcionar poder de compra de variedades de alimentos e equipamentos eletrônicos - os quais associam-se com a alimentação inadequada e sedentarismo.

Referindo-se à ideia de que a maior parcela das crianças na atualidade possui acesso à educação - tanto a promoção da saúde, como a prevenção de doenças no ambiente escolar - é uma excelente forma de conscientização. Entendendo a relevância da discussão, Romanholo (2016) discorreu em suas considerações a importância de promoção de políticas educativas que proponham ações diretas ao enfrentamento desses hábitos inadequados desenvolvidos pelos escolares.

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A influência familiar em relação ao estilo de vida da criança e do adolescente possui um grande potencial, de acordo com cinco artigos incluídos. Os autores defenderam que os filhos tendem a seguir o comportamento alimentar dos pais os quais são determinantes na quantidade e tipo de alimentos consumidos, uma vez, que são eles quem possuem o poder da compra.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2018 o excesso de peso infantil, permanece com prevalências extremamente relevantes. Estima-se que 41 milhões de crianças com idade abaixo de 5 anos são obesas ou estão acima do peso no mundo. Estes números justificam a preconização de uma alimentação adequada, estabelecendo-se a formação de hábitos saudáveis desde os primeiros anos de vida, visando a diminuição no índice de obesidade infantil e a formação da compreensão do papel da família, da escola e da sociedade neste contexto.

De acordo com Fechine (2015) hábitos alimentares inadequados se conectam diretamente à influência da mídia sobre os pais, que, embora estejam conscientes dos malefícios inerentes à utilização de produtos industrializados, permanecem optando pelos mesmos pela facilidade do consumo. Neste contexto vale ressaltar a realidade encontrada em grande parte das escolas – fato talvez desconhecido pelos pais: a preparação da merenda escolar possui um seguimento que inclui diversos itens alimentícios industrializados (facilidade no armazenamento e validade dos produtos) como componentes primordiais para o preparo, o que corrobora com o cenário exposto.

Rocha e Facina (2017) relataram o valor da família neste contexto, e a importância que a mesma possui na conscientização alimentar. Suas práticas educacionais devem estar atreladas às leis de promoção da saúde, assim como pais e a comunidade devem estar integrados no esforço em transformar a escola em um ambiente saudável.

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Barros (2015) ressaltou que as crianças estão sendo expostas cada vez mais à alimentação industrializada e fast foods, principalmente devido ao aumento da jornada de trabalho dos pais ou pela falta de opções de alimentos saudáveis nas escolas, uma vez, que se trata do local que passam uma grande parte do seu tempo. É extremamente importante considerar que as crianças e adolescentes exercem significativa influência nas compras da família, surgindo nesta perspectiva uma tendência, em relação à vontade dos filhos, ou seja, um consumismo que foge dos padrões considerados adequados para um estilo de vida, que refletirá em saúde para a vida do indivíduo.

 

CONCLUSÃO

Conclui-se, que os principais fatores para o desenvolvimento do sobrepeso e da obesidade entre crianças relacionam-se a: Alimentação inadequada; Inatividade física; Equipamentos eletrônicos; Fatores socioeconômicos; Influência familiar. As investigações abordam de forma clara a realidade inerente à obesidade infantil e os problemas gerados à saúde pública, em especial crianças e adolescentes.

Os fatores listados contribuem para a diminuição da capacidade cardiorrespiratória entre crianças e adolescentes, propiciando um menor gasto energético condicionado à uma ingestão calórica excessiva, que se concatena com o risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares precoce, do diabetes, da hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e o aumento do risco de morte precoce.

Nesse estudo, pode-se observar que, para a prevenção do aumento da população obesa, é fundamental que seja feito um acompanhamento nutricional rígido na infância pela família e também o ambiente escolar, além do estímulo à prática de atividade física. Verificou-se ainda que a causa da obesidade infantil pode estar relacionada com o desmame precoce e com a introdução de alimentos inadequados na dieta da criança devido ao incentivo dos pais ou pelas variedades de escolhas das crianças devido a condição socioeconômica. Por essas razões um estilo de vida saudável deve ser estimulado desde o nascimento.

         

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