ARTIGO DE REVISÃO

 

GINÁSTICA PARA TODOS NOS PERIÓDICOS NACIONAIS (1979-2020)

 

GYMNASTICS FOR ALL IN NATIONAL JOURNALS (1979-2020)

 

GIMNASIA PARA TODOS EN REVISTAS NACIONALES (1979-2020)

 

Neil Franco1, Gustavo Bernardes Padovan Branquinho1, Karolina Silva Santiago1

 

 

Data de Submissão: 26/12/2021 Data de Publicação:30/12/2021

Como citar: SANTOA, M. C. A. Ginástica para todos nos periódicos nacionais (1979-2020). Revista Eletrônica Nacional de Educação Física, v. 12, n. 18, dez. 2021. https://doi.org/10.46551/rn2020121800054

 

RESUMO

Sob uma abordagem quanti-qualitativa, de caráter bibliográfico e inventariante, construir um estado da arte sobre a Ginástica Para Todos (GPT) em periódicos nacionais é o foco deste estudo. Assumindo o recorte temporal entre 1979 e 2020, 21 periódicos foram investigados dos quais 69 publicações sobre GPT foram identificadas em 16 deles. O contexto não escolar se exalta (34), seguido do escolar (23) e 12 trabalhos que se referem a ambos os contextos. Há prevalência de estudos empíricos (47) em relação aos bibliográficos e/ou documentais (22). Destaca-se a abordagem qualitativa de pesquisa que indica uma perspectiva mais interpretativa e subjetiva ao se pensar a GPT como objeto de estudo. A região sudeste é destacada na amostra tanto quanto às localidades onde foram realizadas as pesquisas, como em relação às instituições que são vinculadas. A GPT é confirmada como expressão gímnica integrativa e abrangente, aspecto verificado na diversidade de faixas geracionais e gêneros envolvidos, como sujeitos colaboradores, ressaltando, entretanto, o gênero feminino como prevalente, inclusive nas autorias dos estudos. Por fim, referenciais dos anos de 1990 e início dos anos 2000 são fortemente utilizados, confirmando a atualidade dessas produções e sua importância para nortear as discussões sobre GPT na atualidade.

Palavras-chave: Ginástica. Revisão Sistemática. Atividades de Lazer.

 

 

ABSTRACT

Under a quantitative-qualitative, bibliographic and inventory approach, building a state of the art on Gymnastics for All (GFA) in national journals is the focus of this study. Assuming the time frame between 1979 and 2020, 21 journals were investigated, of which 69 publications on GFA were identified in 16 of them. The non-school context is exalted (34), followed by the school (23) and 12 studies that refer to both contexts. There is a prevalence of empirical studies (47) in relation to bibliographic and/or documentary studies (22). The qualitative research approach that indicates a more interpretive and subjective perspective when thinking about the GFA as an object of study is highlighted. The southeast region is highlighted in the sample both as well as the locations where the researches were conducted, as well as in relation to the institutions that are linked. The GFA is confirmed as integrative and comprehensive gímnica expression, an aspect verified in the diversity of generational groups and genders involved, as collaborating subjects, highlighting, however, the female gender as prevalent, including in the authorship of the studies. Finally, references from the 1990s and early 2000s are strongly used, confirming the relevance and timeliness of these productions and their importance to guide discussions about GFA today.

Keywords: Gymnastics. Systematic Review. Leisure Activities.

 

RESUMEN

 

Bajo un enfoque cuantitativo-cualitativo, bibliográfico y de inventario, construir un estado del arte sobre Gimnasia para Todos (GPT) en revistas nacionales es el foco de este estudio. Asumiendo el marco temporal entre 1979 y 2020, se investigaron 21 revistas, de las cuales se identificaron 69 publicaciones sobre GPT en 16 de ellas. Se exalta el contexto no escolar (34), seguido del contexto escolar (23) y 12 obras que hacen referencia a ambos contextos. Hay un predominio de los estudios empíricos (47) en relación a los estudios bibliográficos y/o documentales (22). Se destaca el enfoque cualitativo de la investigación, lo que indica una perspectiva más interpretativa y subjetiva a la hora de pensar la GPT como objeto de estudio. La región Sudeste se destaca en la muestra tanto en términos de las localidades donde se realizó la investigación, como en relación a las instituciones que se vinculan. La GPT se confirma como una expresión gimnástica integradora y comprensiva, aspecto verificado en la diversidad de rangos generacionales y géneros involucrados, como sujetos colaboradores, destacando, sin embargo, el género femenino como predominante, incluso en los autores de los estudios. Finalmente, se utilizan mucho las referencias de la década de 1990 y principios de la de 2000, lo que confirma la relevancia de estas producciones y su importancia para guiar las discusiones sobre GPT en la actualidad.

Palabras clave: Gimnasia. Revisión sistemática. Actividades de ocio.

INTRODUÇÃO

A Ginástica Para Todos (GPT), até 2007 nomeada como Ginástica Geral, foi proposta pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) entre 1970 e 1980 para diferenciar as modalidades de ginástica competitiva e não competitiva; sendo, com relação às não competitivas, a melhor expressão que pudesse representar “ginástica em geral” ou “ginástica em suas bases” (AYOUB, 2003; FERNANDES; EHRENBERG, 2012). Dessa forma:   

A Ginástica Geral é um campo bastante abrangente da Ginástica, valendo-se de vários tipos de manifestações, tais como danças, expressões folclóricas e jogos, apresentados através de atividades livres e criativas, sempre fundamentadas em atividades ginásticas. Objetiva promover o lazer saudável, proporcionando bem estar físico, psíquico e social aos praticantes, favorecendo a performance coletiva, respeitando as individualidades, em busca da auto superação pessoal, sem qualquer tipo de limitação para sua prática, seja quanto às possibilidades de execução, sexo ou idade, ou ainda quanto a utilização de elementos materiais, musicais e coreográficos, havendo a preocupação de apresentar neste contexto aspectos da cultura nacional, sempre sem fins competitivos (SANTOS, 2001, p. 23).

Desse modo, o lazer, a criatividade, a coletividade, a sociabilidade e a possibilidade de inspiração no campo da arte consistem em orientações básicas para a GPT. Permite a reconstrução e transformação de valores e conceitos que ao longo da história cristalizam e engessam a noção de humano, impossibilitando que o lúdico e a criatividade tornem-se fatores essenciais e constituintes das relações individuais e coletivas do sujeito social. Configura-se como um fator representativo na prática pedagógica da Educação Física (EF) nas dimensões comunitária e escolar (GALLARDO, 2008; ARAKI, 2017).

Com isso, problematizamos: considerando a relevância da GPT como um caminho para ressignificação da ginástica como conteúdo da EF, como essa temática tem sido contextualizada como objeto de investigação em periódicos nacionais da EF e áreas correlatas?

  Com enfoque na GPT, Andrade e Macias (2020) investigaram periódicos brasileiros entre 1980 e 2018. Numa abordagem quantitativa, destacaram o número de publicações em cada ano dos períodos em que GPT foi tematizada, assim como as temáticas abordadas nas produções e as referências mais utilizadas. Encontraram 34 publicações em 12 periódicos.

Andrade e Macias (2020) ressaltam que a maior parte da produção em GPT enfatiza a escola e a formação profissional, contudo, como a vertente de estudo de é quantitativa, não temos informações claras sobre essas dimensões nos periódicos descritos. Do mesmo modo, exaltam a prevalência das referências básicas desses artigos como estudos oriundos da Faculdade de EF (FEF) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). As instituições de origem desses estudos, assim como os lócus investigativos estariam também vinculados ao estado de São Paulo, como descrevem Carbinatto et. al. (2016). O que tem sido produzido sobre GPT em outras regiões do país ou mesmo na região sudeste fora das dimensões do estado de São Paulo?

Neste trajeto, seguindo o rastro já trilhado por esses estudos, propomos um estado da arte sobre GPT em periódicos nacionais da EF e áreas correlatas com o intuito de revisar e ampliar essa discussão construindo um “inventário” (FERREIRA, 2002) sobre o tema. Assim, primeiramente, o intuito é de quantificar essas publicações seguindo o trajeto já elaboradas por Andrade e Macias (2020), ampliando o recorte temporal até o ano de 2020. No segundo momento, propor a descrição, análise e discussão desses trabalhos que versam sobre a GPT em contextos comunitários e educacionais, sendo este um dos fatores representativos dessa proposta: contextualizar sobre o tema e disponibilizar as fontes dessa problematização.

 

METODOLOGIA

Este estudo se caracteriza como uma “revisão sistemática”, sustentada na correlação de fontes bibliográficas e documentais e estratégias de busca de dados explícitas (ROTHER, 2007), estabelecendo relações entre abordagens quantitativas e qualitativas, o que se aproxima da perspectiva de um “estado da arte” (FERREIRA, 2002). Se constituiu em duas etapas: uma de coletas de dados e outra de categorização, descrição, análise e discussão do material.

ETAPA DE COLETA DE DADOS

Conferimos, através da busca pelos descritores “Ginástica”, “Ginástica Geral”, “Ginástica para todos”, “Ginástica demonstrativa” e “GPT”, a incidência de artigos nas seguintes revistas: Cadernos de Formação RBCE, Educere Et Educare, Extramuros, Motriz, Movimento e Percepção, Revista Brasileira de Medicina do Esporte (RBME), Revista Contemporânea de Educação (RCE) e Revista Mackenzie de EF e Esporte (RMEFE), revisando o recorte temporal de Andrade e Macias (2020) que se encerrou em 2018 e ampliando-o até 2020.

Estendemos a pesquisa, ainda por descritores, para os periódicos: Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde (RBAFS); Revista de Educação Física (REF/UEM), Caderno de EF e Esporte (CEFE), Revista Brasileira de EF e Esporte (RBEFE) e Arquivos em Movimento. Já nos periódicos Conexões, Corpoconsciência, Motrivivência e Pensar a Prática, a busca foi realizada revisando cada volume lançado desde a criação das revistas. Também estendemos essa busca nos periódicos: Revista Brasileira de Ciência e Movimento (RBCM), Revista Brasileira de Ciência do Esporte (RBCE) e Movimento. Somamos, foram 19 periódicos, 07 além daqueles investigados por Andrade e Macias (2020).

Levando em consideração as possibilidades de equívocos em qualquer coleta de dados, chamou-nos a atenção que tínhamos registros de uma publicação sobre GPT na RBCM - periódico investigado por Andrade e Macias (2020), que não foi informado pelos autores. Dessa forma, visitamos todas as edições da RBCE e da RBCM, averiguando atentamente cada edição disponibilizada por esses periódicos. Por terem sido criadas em 1979 e 1987, várias edições foram disponibilizadas em formato de um único arquivo de PDF, o que pode gerar distorções na busca por descritores ou palavras chaves no ícone de “pesquisa”.

Cabe citar outras duas incongruências que encontramos relacionadas às buscas de Andrade e Macias (2020). Na revista Conexões, até 2018, encontramos 29 artigos sobre GPT, a despeito dos 20 encontrados pelos autores. Na Extramuros, identificamos 02 estudos sobre GPT no ano de 2018, diferente do único apontado pelos autores. Esse artigo talvez não tenha sido identificado devido à data de publicação do volume 06, n. 01, de 2018, ter sido após a finalização da busca feita por eles.

Com o intuito de ampliar nossas buscas, no segundo momento da coleta de dados dedicamos a bases de dados de pesquisa acadêmica. No Google Acadêmico, devido a sua alta abrangência de dados, elegemos os seguintes filtros em “busca avançada”: com todas as palavras “artigo”; com a frase exata (termos de busca); sem as palavras “artística, rítmica, academia, aeróbica, laboral”. Obtivemos os seguintes resultados: Ginástica Geral (205), Ginástica Para Todos (57), GPT (109) e Ginástica Demonstrativa (1). Em meio a diversas formas de publicações relacionadas à EF e ginástica, um novo artigo foi identificado fora daqueles que já conhecíamos.

Na base de dados Bireme, com o filtro “título, resumo, assunto”, a busca pelo descritor “Ginástica Geral” (entre aspas) resultou em 06 estudos, sendo que 03 não tratavam do tema e 03 já havíamos identificado. Com o termo “Ginástica Para Todos”, foram 07 achados, dos quais 06 já constavam em nosso levantamento e um citava a GPT, mas não a tratava como tema central. Quando inserido a sigla GPT, o sistema de busca não o identificou como um termo registrado, encontrando artigos de temas aleatórios que continham as iniciais distribuídas em seus títulos. Assim, optamos por selecionar o filtro “descritores de assuntos” e o resultado foi “nenhum artigo”. Ele se deu com a busca por Ginástica Demonstrativa.

No levantamento por Ginástica Geral, GPT e Ginástica Demonstrativa na base de dados Scielo semelhante resultado foi evidenciado. Na procura pelo termo “Ginástica Geral” (sem aspas) encontramos 25 artigos, dos quais apenas 01, já identificado por nós, tratava do tema. Já na busca pelo termo “Ginástica Para Todos” (com aspas) encontramos 17 resultados, dos quais 02 já constavam em nosso acervo.

Portanto, utilizando dos descritores mencionados nas buscas em 03 das mais relevantes bases de dados sul-americanas localizamos somente 01 novo artigo, oriundo da Coleção Pesquisa em EF (CPEF). Para finalização do levantamento, retomamos as páginas de todos os periódicos para verificar possíveis atualizações dos dados, partindo dos mesmos descritores. Até janeiro de 2021 não havia novas publicações. Assim, 21 periódicos delinearam nosso lócus investigativo com 69 publicações.

ETAPAS DE CATEGORIZAÇÃO, DESCRIÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO

Finalizada a coleta de dados, o material foi lido, fichado, categorizado, descrito e contextualizado quanti-qualitativamente, destacando: 1) o ano em que essas publicações passaram a integrar o panorama investigativo nacional;  2) a procedência dessas publicações quanto às revistas; 3) o contextos (escolar, não escolar, ou ambos) que versam essas investigações, assim como os focos e temáticas norteadoras; 4) os tipos de pesquisa, abordagens investigativas e instrumentos de construção de dados; 5) as instituições e regiões do país que tem se dedicado à temática; 6) o perfil de gênero dos sujeitos envolvidos e das autorias; e, por fim, 7) os referencias teóricos que norteiam as discussões e os campos teóricos  evidenciados.

As teorias críticas do conhecimento sustentam as análises e discussões do estudo devido à representativa e influência de produções como o Coletivo de Autores (1992), Bracht (1999), Ayoub (2003) e outros para o campo da EF.

 

GPT NOS PERIÓDICOS NACIONAIS: O INVENTÁRIO DA PRODUÇÃO

No levantamento realizado nos 21 periódicos, entre 1979 a 2020, 69 publicações sobre GPT foram encontradas em 16 revistas. Catorze delas abrangem a área das Ciências da Saúde e EF e 03 são de áreas correlatas: RCE e Educere Et Educare (Educação) e Extramuros (extensão universitária).

 

Quadro 01 - Publicações de GPT por periódico

Periódico/Contexto

Não escolar

Ambos

Escolar

Total

Conexões

19

4

10

33

Corpoconsciência

9

3

4

16

Motrivivência

1

1

1

3

Pensar a Prática

-

2

1

3

Movimento e Percepção

1

-

1

2

Extramuros

2

-

-

2

 CEFE

-

1

-

1

Cadernos de Formação RBCE

-

-

1

1

CPEF

1

-

-

1

Educere Et Educare

-

-

1

1

Motriz

 

 

1

1

RCE

-

-

1

1

REF/UEM

 

 

1

1

RMEFE

-

-

1

1

RBCE

-

1

-

1

RBCM

1

-

-

1

Arquivos em Movimento

-

-

-

0

Movimento

-

-

-

0

RBAFS

-

-

-

0

RBEFE

-

-

-

0

RBME

-

-

-

0

Total

34

12

23

69

Fonte: autores.

 

Como descrito no Quadro 01, duas revistas abarcam cerca de 70% das publicações, sendo a revista Conexões a mais expressiva com 33 artigos (47,8%), devido, em especial, a 03 números especiais sobre o tema publicados e também por ser vinculada à FEF/UNICAMP - instituição referência em investimentos no ensino, pesquisa e extensão em GPT. O outro periódico, Corpoconsciência, exalta seu dossiê publicado em 2020, totalizando 16 (23,2%) publicações desde sua criação.

O contexto não escolar foi o mais representativo nas produções, 34 artigos (49,3%), alinhando-se com Ferreira, Almeida e Franco (2019) e Carbinatto et al. (2016) ao investigarem a ginástica em periódicos da EF. Nesses dois estudos temos o valor aproximado de 17,5% de publicações de ginástica na área educacional, diferindo-se de nossos dados ao apresentar a GPT no contexto escolar, 23 trabalhos (33,3%). A perspectiva pedagógica, inclusiva e não competitiva da GPT parece crucial à compreensão de que ela seria mais adequada a propostas curriculares de EF nas escolas (AYOUB, 2003; SERON et al., 2008; SILVA et al., 2015; CARVALHO et al. 2018).

Os estudos que abarcam os contextos escolar e não escolar foram inseridos na categoria “Ambos”, 12 publicações (17,4%), evidenciando uma linha tênue separando contexto escolar e não escolar.

 

Quadro 02 - Artigos de GPT e ano de publicação

Ano

1

9

9

2

2

0

0

4

2

0

0

8

2

0

0

9

2

0

1

0

2

0

1

2

2

0

1

3

2

0

1

4

2

0

1

5

2

0

1

6

2

0

1

7

2

0

1

8

2

0

1

9

2

0

2

0

T

O

T

A

L

Não Escolar

1

1

-

-

1

6

1

-

4

7

1

3

2

7

34

Ambos

-

-

1

-

-

-

-

-

3

-

1

2

-

5

12

Escolar

-

-

2

1

-

1

-

1

5

3

-

2

2

5

23

Total

1

1

3

1

1

7

1

1

12

10

2

7

4

17

69

  Fonte: autores.

 

Como descrito no Quadro 02, os períodos com mais representatividade na produção de conhecimento sobre GPT, pela via de periódicos científicos, foram os anos de 2015 e 2020, devido a publicação de dois dossiês sobre GPT nas revistas Conexões e Corpoconsciência.

O primeiro estudo publicado sobre GPT foi no ano de 1992 e o tema reaparece em 2004 e 2008, porém, o gradual incremento nas publicações só aconteceu a partir de 2012, o que parece evidenciar que o crescimento da produção científica na área da ginástica está atrelado à criação de programas de pós-graduação em EF no Brasil, especialmente, em meados do ano 2000 (LIMA et al., 2015).

No panorama geral, percebemos que, considerando o recorte temporal de 40 anos e os 21 periódicos pesquisados, a produção acadêmica sobre GPT ainda é tímida, assim como descrito por Kauffman et al. (2016), mas, a segunda década dos anos 2000 levanta perspectivas de ampliação dessa produção, exaltando o ano de 2020, com 17 produções.  

Dos 69 artigos sobre GPT encontrados, 47 são de caráter empírico e 22 bibliográfico e/ou documental, prevalecendo a abordagem qualitativa em 57 deles. Sete são identificados como de abordagem quanti-qualitativa e 05 quantitativa. Para os estudos empíricos, os instrumentos de coleta de dados mais utilizados foram, respectivamente, questionário, entrevista e observação. González Rey (2005) entende o questionário (aberto ou semiaberto) e a entrevista como mais apropriados a pesquisas qualitativas que proporcionam acesso às percepções de mundo dos sujeitos investigados produzindo material interpretativo.

O menor número de estudos quantitativos encontrados indica, a nosso ver, uma contraposição à prevalência histórica da relação ginástica/aptidão física e o predomínio do viés biologista e tecnicista (BRACHT, 1999; FERREIRA; ALMEIDA; FRANCO, 2019). Da mesma forma, exalta o caráter pedagógico, não competitivo e inclusivo da GPT, para o qual uma abordagem mais subjetiva e contextualizada se faz mais adequada (AYOUB, 2003), considerando a amplitude de vertentes que a GPT nos permite vivenciar.  Este aspecto pode ser visualizado no Quadro 03 em que os 69 artigos foram organizados em grupos e subgrupos.

 

Quadro 03 – Grupos e subgrupos

Não Escolar – 34 artigos

T

Atividade Física e Saúde - Souza Júnior et al. (2012); Lima, Nascimento e Lemos (2018); Moreno e Tsukamoto (2018); Lima e Lemos (2019); Bonfim et al. (2020); Lopes et al. (2020); Santos e Tsukamoto (2020);  Ambrósio et al. (2020).

 

 

08

Composição Coreográfica – Bortoleto et al. (2015); Scarabelim e Toledo (2015); Silva e Zylberberg (2016); Carbinatto; Soares; Bortoleto (2016); Oliveira et al. (2018); Corrêa et al. (2020).

 

 

06

Formação Profissional – Bahu e Carbinatto (2016); Murbach et al. (2016); Leles et al. (2016); Menegaldo e Bortoleto (2017).

 

04

História – Pinto (1992); Paoliello et al. (2012); Lacerda, Bortoleto e Paoliello (2012) Carvalho et al. (2016).

 

04

Lazer e Sociedade - Matos e Ehrenberg (2010); Oliveira e Marroni (2012); Silva (2015); Oliveira e Reis (2015).

 

04

Difusão da GPT - Cruz, Souza e Toledo (2012); Link, Mantovani e Carbinatto (2016); Oliveira e Toledo (2019).

 

03

Capoeira - Chiquito, Bandeira e Venditti Júnior (2013); Pascoal, Hess e Toledo (2020).

02

Deficiência – Mayeda e Araújo (2004); Garcia et al. (2012).

02

Composição Corporal - Gomes et al. (2020).

01

Ambos – 12 artigos

T

Revisão de Literatura - Silva et al. (2015); Bezerra et al. (2015); Carvalho et al. (2018); Patrício et al. (2020); Menegaldo e Bortoleto (2020); Andrade e Macias (2020).

 

06

Extensão Universitária - Sargi et al. (2015); Oliveira et al. (2017); Sarôa e Ayoub (2018); Pinheiro e Matos (2020).

 

04

Ginástica e suas características - Toledo e Silva (2020). 

01

Formação Docente - Rinaldi e Paoliello (2008).

01

Escolar – 23 artigos

T

Vivências da GPT - Ramos e Viana (2008); Seron et al., (2008); Gama (2012); Lima et al. (2015); Gallardo (2016); Costa et al. (2016); Santos et al. (2018); Maldonado, Soares e Schiavon (2019).

 

 

08

Formação Docente - Pizani et al. (2009); Ferreira e Rodrigues (2014); Ferreira et al. (2015); Lopes et al. (2015); Caetano et al. (2015); Gonçalves, Assis, Lopes (2018); Costa e Gomes (2020).

 

07

Propostas Didático-Pedagógicas – Maroun (2015); Oliveira e Lourdes (2006); Menegaldo e Bortoleto (2020); Toledo (2020).

 

04

Extensão Universitária - Acacio e Venditti Junior (2016); Batista et al. (2020).

02

Festivais - Paula et al. (2020).

01

Infância -  Oliveira, Lopes e Nobre (2019).

01

Total

69

Fonte: autores.

 

Gallardo (2008) reflete sobre o profissional da área de EF em relação à GPT, mostrando a ginástica sob um olhar diferente, em que a pedagogia da GPT não esteja ligada apenas ao ensino de habilidades para uma performance e sim um espaço para aprimorar valores humanos e físicos, não diferenciando sua abordagem no ensino escolar e no comunitário. A variedade de enfoques descritas nos subgrupos apresentados no Quadro 03 ressaltam essa percepção que, independentemente do contexto, transitam por diversificadas práticas corporais, gerações, processos formativos, espaços, perspectivas históricas, sociais e culturais, concepções teóricas etc.

O caráter pedagógico apontado pelo autor é exaltado diretivamente em 12 dos estudos da amostra (07 do grupo não escolar, 04 do escolar e 01 do ambos), enfatizando também processos de formação docente e/ou profissional (07 artigos do grupo escolar, 03 do não escolar e 02 do ambos).  A extensão universitária perpassa todos os grupos, 15 dos artigos (08 do grupo não escolar, 04 do escolar e 01 do ambos), o que nos permite entender que o caráter pedagógico é evidente nessa vertente considerando ser a extensão a articulação entre ensino e pesquisa com as demandas da sociedade, desencadeando proximidade entre sociedade e universidade, ou seja, a extensão se justifica pela sua característica de relevância social, assumindo uma posição de “plano social da universidade” (SILVA, 2000).

Assim como indicado pela literatura, a potencialidade de estimular o interesse pela prática de atividades físicas que beneficiem a saúde dos praticantes é exaltada por 08 estudos no contexto não escolar, assim como o caráter demonstrativo (composição coreográfica) dessa manifestação gímnica indicado ao verificarmos 06 publicações.

Em “Ambos”, 06 estudos tratam de revisões de literatura que, sistematizadas ou não, delineiam trajetórias de descrição e reflexão sobre o campo contribuindo para a ampliação de novas compreensões sobre a inserção da GPT no contexto nacional (e internacional). As vivências da GPT são enaltecidas no contexto escolar, entretanto, essas experiências se mesclam aos demais grupos e subgrupos, confirmando que interpretar a percepção do outro sobre a GPT tem se constituído em um potente caminho para a construção teórica sobre a temática.  

Quanto à localização onde as 47 investigações empíricas foram realizadas, temos 30 localidades, em que a região sudeste se destaca com 19 artigos, sendo no estado de São Paulo predominante. Por outro lado, as regiões centro-oeste e nordeste apresentam valores bem próximos à região Sul - também considerada precursora no campo das ginásticas -, no entanto, talvez a questão central seja: qual vertente de ginástica? Nisso, os dados informam que nas regiões centro-oeste e nordeste evidencia-se um crescente investimento investigativo na área da GPT advinda, em especial, de instituições de Ensino Superior que entrelaçam essa temática junto ao ensino, pesquisa e extensão.

 

Quadro 04 – Localizações das pesquisas por regiões

Sudeste

Centro-oeste

Nordeste

Sul

Norte

Internacional

Não identificado

Total

19

06

05

05

02

01

09

47

Fonte: autores.

 

Em relação às instituições envolvidas nas 69 publicações, a região sudeste também se enaltece, evidenciando 49 instituições com prevalência para a UNICAMP em 21 das investigações; seguida Universidade de São Paulo (USP) em 08 e Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) em 05. Regiões sul e nordeste aparecem na sequência com 10 instituições cada, destacando, para a primeira, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) em 06 estudos e, para a segunda, a Universidade Federal do Ceará (UFC) em 07. Das 09 instituições da região centro-oeste, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) se destaca em 05 estudos e a Universidade Federal do Pará (UFPA) está presente em 03 produções, assumindo a frente das 05 instituições da região norte. Os estudos também exaltam 02 instituições europeias nas produções sobre GPT (Quadro 05).

 

Quadro 05 – Instituições por região envolvidas nos 69 estudos sobre GPT

Sudeste

Sul

Nordeste

Centro-oeste

Norte

Internacional

Total

49

10

10

09

05

02

85

Fonte: autores.

 

Sidone, Haddad e Mena-Chalco (2016) descrevem que as regiões sudeste e sul são aquelas de maior índice econômico e de investimento, o que ressoa nas suas instituições e pesquisas por elas realizadas. Dessa forma, entende-se que essas regiões são beneficiadas com melhores perspectivas de políticas públicas e sociais e que a colaboração acadêmica está diretamente relacionada a este desenvolvimento regional.

Quando lançamos o olhar sobre as localizações das pesquisas realizadas sobre GPT e as instituições vinculadas a essas investigações, a afirmativa dos autores se exalta, em especial no que se refere à região sudeste. Este fato também é confirmado por Carvalho et al. (2018) ao investigarem os anais do Fórum Internacional de GPT e por Toledo e Silva (2020) que destacam as vertentes federativa, acadêmica e comunitária na qual essa expressão gímnica é enfocada no sudeste.

Em ponderação à contraposição que os dados aqui levantados evidenciam quanto a afirmativa dos autores, uma vez que as regiões nordeste, sul e centro-oeste apresentam valores bem similares, Patrício, Bortoleto e Toledo (2020) nos informam que apenas 04 estados brasileiros possuem um comitê de GPT frente à Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), sendo 02 na região sudeste, 01 no centro-oeste e 01 no nordeste. Essa seria uma evidência.

Com relação aos sujeitos envolvidos nos 47 estudos de caráter empírico, não foi possível traçar proporcionalidades seguras entre faixa geracional e de gênero, uma vez que em 22 deles não são identificados a faixa geracional e em 30 não é indicado de forma clara o gênero dos participantes.

 

Quadro 06 – Sujeitos envolvidos nos 47 estudos empíricos

Idosos

Adultos

Jovens

Crianças

Não identificado

NE

A

E

NE

A

E

NE

A

E

NE

A

E

NE

A

E

07

01

01

10

01

02

03

-

03

03

-

06

07

04

12

09

13

06

09

23

NE – Não Escolar, A – Ambos, E – Escolar.

Fonte: autores.

 

O que os dados do Quadro 06 nos permitem afirmar é que todas as faixas geracionais são evidenciadas e, em alguns artigos, mais de uma dessas faixas se inter-relacionam. Menores índices aparecem para a população jovem. Idosos e adultos são evidenciados nos estudos com enfoque não escolar e crianças no escolar. Ainda que com um alto número de faixa geracional não identificada, esses dados levantam indícios de alguns dos pilares da GPT de acordo com a norma da FIG, quais sejam, estar situada num plano básico, da simplicidade, aberta a participação irrestrita possibilitando a integração entre diversificadas pessoas e grupos (SANTOS, 2001; AYOUB, 2003). Essa afirmativa também se confirma ao observarmos os dados referentes ao gênero dos participantes das investigações descritos no Quadro 07.

 

 

 

Quadro 07 – Gênero dos sujeitos envolvidos nos 47 estudos empíricos

Não Escolar

Ambos

Escolar

Feminino

Masculino

Não Id.

Feminino

Masculino

Não Id.

Feminino

Masculino

Não Id.

1.600

133

385

27

15

26

316

93

119

2116

68

523

Não Id. – Não identificado

Fonte: autores.

 

Aproximadamente identificamos 2707 pessoas envolvidas nos 47 estudos empíricos, delineando a prevalência do gênero feminino, 1.943, seguido de 523 pessoas cujo gênero não foi identificado e 241 do gênero masculino. O contexto não escolar se ressalta neste quantitativo, em especial, devido a pesquisa de Bortoleto et al. (2015) que discutiram sobre a tipificação das coreografias de GPT apresentadas no primeiro dia do Festival Nacional de Ginástica do Japão realizado em 2013, sendo envolvidos no estudo o total de 1620 ginastas.

Para além desses dados quantitativos apresentados, ao se ter acesso sobre qual a percepção dos envolvidos nessas pesquisas em relação à GPT, ela é entendida como um caminho para o desenvolvimento do interesse pela prática da ginástica inspirada na dimensão prazerosa e criativa, reafirmando características que a situam num plano à parte das modalidades competitivas de ginástica: sua abrangência ao abrir a possibilidade ilimitada de participantes, a ausência de regras estanques preestabelecidas, o entendimento da ginástica como um fenômeno amplo em que o que está em jogo é a participação coletiva (AYOUB, 2003).

O perfil de gênero das autorias envolvidas na produção de GPT foi outro aspecto que observamos. Como descrito no Quadro 07, o gênero feminino é exaltado, evidenciando autoras em todos os artigos referente ao contexto não escolar e praticamente em todos referentes ao contexto escolar e ambos (percentuais acima de 87%). Autores se evidenciam nas 03 categorias, entretanto, como percentuais inferiores, variando entre 52% e 62%, sendo o maior percentual para o contexto não escolar (Quadro 08).

Quadro 08 – Participação de autoras e autores nas 69 publicações

Gênero/Contexto

Não Escolar

Ambos

Escolar

Total

Feminino

34

11

20

65

Masculino

21

07

12

40

Fonte: autores.

Detalhando essas informações, nos 69 estudos estão envolvidas 225 autorias, sendo o gênero feminino predominante, 167 no total, seguido de 58 autores. Como destaque para as autorias femininas, Eliana Ayoub/Eliana de Toledo é autora e/ou coautora em 10 investigações; Michele Carbinatto em 06; Ieda Barbosa-Rinaldi, Elizabeth Paoliello e Priscila Lopes em 05, Michelle Oliveira, Lorena Reis, Laurita Schiavon e Fernanda Menegaldo em 04. Para as autorias masculinas, apenas Marco Bortoleto se destaca, sendo autor e/ou coautor de 09 estudos. Essas autoras e este autor demarcam um forte viés investigativo associado ao contexto não escolar, assim como confirmam o investimento teórico no campo da GPT advindo da UNICAMP, USP. UFVJM, UFG e UFC.

Do mesmo modo que nos dados referentes ao gênero dos sujeitos envolvidos nas 47 pesquisas empíricas, as autorias parecem também enfatizar uma estreita relação social e cultural do gênero feminino com as práticas artísticas e de demonstração (danças e ginásticas) somado ao preconceito enraizado historicamente e ao machismo estrutural que, provavelmente, dificultam que a cultura gímnica seja mais acessível ao gênero masculino (ALONSO, 2003, TRAJANO et al. 2017). Paula et al. (2020) e Carbinatto, Soares e Bortoleto (2016) confirmam essa percepção ao problematizarem sobre a prevalência feminina em festivais ginásticos, manifestando seus anseios de que este quadro seja alterado.

Encaminhando para o último eixo de análise e discussão, Andrade e Macias (2020) elencaram os referenciais mais destacados nos 34 artigos sobre GPT envolvendo os contextos escolar e não escolar que do mais para o menos citado, temos: Ayoub (2003), Souza (1997), Paoliello (2008), Coletivo de Autores (1992) e Santos (2001). Nos 69 estudos aqui identificados parcialmente esses referenciais se mantêm, como podemos observar no Quadro 09.

 

Quadro 09 – Referenciais mais acionados nas 69 publicações

Ayoub

(2003)

Souza

(1997)

Paoliello

(2008)

FIG

Coletivo de Autores

(1992)

Santos

(2001)

Barbosa-Rinaldi

(2005)

CBG

 

48

29

23

14

13

13

10

10

Fonte: autores.

 

Identificamos que Ayoub (2003) é o estudo mais citado, em 48 deles, ademais de 10 artigos que referenciam a tese da autora (AYOUB, 1998) que resultou na produção do livro. Souza (1997) se mantém como a segunda obra mais citada, em 29 investigações, seguida de Paoliello (2008) com 23 indicações. Normativas da FIG são indicadas em 14 estudos. Destoando um pouco do indicado por Andrade e Macias (2020), o Coletivo de Autores (1992) e Santos (2001) assumem a quinta posição, seguido de Barbosa-Rinaldi (2005) e normativas da CBG em sexta posição.

Esses dados demonstram que entre 1992 e 2020, enfocando publicações sobre GPT em periódicos nacionais, ressaltam-se referenciais teóricos produzidos nos anos de 1990 e início de 2000, confirmando a relevância e atualidade desses estudos na produção de conhecimento na área na atualidade. Confirma-se também a influência do Movimento Renovador da EF que nos anos de 1980 e 1990 colocaram em suspensão os princípios do paradigma da aptidão física, potencializando as problematizações realizadas (BRACHT, 1999).

Neste entorno e enfatizando a produção de conhecimento no campo da ginástica, os estudos também destacam personalidades significativas para essa área de conhecimento em produções individuais ou coletivas em diversas modalidades (livros, capítulos, artigos, trabalhos completos publicados em eventos etc) evidenciando também, para além dos já citados, Carmen Lúcia Soares, Jorge Gallardo, Vilma Nista-Picolo, Marco Bortoleto, Mariana Tsukamoto, Myrian Nunomura, Michele Carbinatto, dentre outros.

Neste trajeto, uma perspectiva progressista e/ou crítico-superadora é significativamente ressaltada na maioria dos estudos estabelecendo uma relação muito proximal dessa produção com a vertente das teorias críticas do conhecimento, especialmente, ancoradas na teoria marxista (SILVA, 2007). Ainda que de forma tímida, indícios de problematização da GPT sob o viés das teorias pós-críticas insurge em artigos relacionados ao contexto escolar (MAROUN, 2015; GALLARDO, 2016; MALDONADO; SOARES; SCHIAVON, 2019) ao se sustentarem em autorias fortemente vinculadas aos Estudos Culturais.

Levanta-se, com isso, novos caminhos para se contextualizar a GPT, no contexto escolar ou não escolar, de forma mais ampliada, incluindo nessas reflexões outros demarcadores de exclusão (gênero, raça, etnia, geração, sexualidade etc.) além das importantes problematizações desencadeadas pelas questões de classe social levantadas pelas teorias críticas que se fazem atuais (SILVA, 2007).

CONCLUSÃO

Propomos construir um estado da arte ou revisão sistemática sobre GPT em periódicos nacionais da EF e áreas correlatas com o intuito de revisar e ampliar a discussão iniciada por Andrade e Macias (2020). Diferente desses autores, nossa proposta situa-se como abordagem quanti-qualitativa em que elaboramos um “inventário” sobre o tema delineando também outros focos de discussão. 

Entre 1979 e 2020 identificamos 69 publicações oriundas de 16 dos 21 periódicos pesquisados. As revistas Conexões e Corpoconsciência foram as que mais publicaram sobre o tema no período descrito, sendo, respectivamente, 33 e 16 investigações. A exaltação da revista Conexões já era esperada devido ser um periódico da FEF/ UNICAMP, instituição de referência na área da GPT, entretanto, ressaltamos a relevância que possuem outros periódicos na produção nessa área, dos quais evidenciamos publicações em 03 periódicos de áreas correlatas (Educação e extensão universitária).

Em 1992 foi publicado o primeiro estudo sobre GPT nos periódicos, reaparecendo a temática a partir de 2004, potencializada, entretanto, após 2012, alcançando maiores índices em 2015 e 2020. A maioria dos estudos focam o contexto não escolar (34), se alinhando com outros estudos já conhecidos, ressaltando discussões sobre atividade física e saúde, composição coreográfica e formação profissional. Esse aspecto não desmerece o quantitativo relacionado ao contexto escolar (23), em que as vivências da GPT são fortemente evidenciadas, assim como a formação docente e propostas didático-pedagógicas. Dos 12 estudos que transitavam suas temáticas por ambos os contextos, elucidam-se estudos de revisão de literatura e extensão universitária.  Interessa-nos ressaltar que independente do contexto, a perspectiva pedagógica e inclusiva da GPT é fortemente evidenciada nos estudos.

A amostra evidencia uma prevalência de estudos empíricos (47) em relação a investigações de cunho bibliográfico e/ou documental (22). A abordagem qualitativa de pesquisa é recorrente em 57 das publicações, ressaltando uma perspectiva mais interpretativa, interativa e subjetiva no que se refere em pensar a GPT como objeto de estudo. A região sudeste é destacada quando lançamos o olhar sobre as localidades onde foram realizadas as pesquisas empíricas, assim como quando levantamos quais instituições brasileiras têm se dedicado a esta área de conhecimento. As regiões sul, nordeste e centro-oeste assumem índices bem próximos nestes itens, rompendo com prerrogativas que, no contexto mais amplo das investigações nacionais, indicam essas duas últimas regiões como as com menor influência.

A GPT é confirmada como uma expressão gímnica com forte caráter integrativo e abrangente, aspecto que toma forma quando verificamos que, nos estudos, diversas faixas geracionais são destacadas e inter-relacionadas, assim como, ainda que com a prevalência do gênero feminino, há uma diversidade generificada em pauta. Essa prevalência do feminino também foi notada nas autorias dos artigos, nos conduzindo a prerrogativas históricas que associam o gênero feminino à dança e à ginástica.

Outro ponto a destacar é que estudos produzidos nos anos de 1990 e início de 2000 são fortemente referenciados nos 69 artigos, o que confirma a relevância e atualidade dessas produções e sua importância para nortear as discussões sobre GPT na atualidade.

Por fim, todas essas conclusões se baseiam em uma única fonte de investigação, periódicos da EF e áreas correlatas, aspecto claramente delineado na problemática e objetivo da pesquisa, o que, distante de ser interpretada como uma limitação do estudo, aponta novas possibilidades de perspectivas investigativas a serem realizadas.

 

AGRADECIMENTOS

Este estudo foi financiado pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vinculado ao XXXIII Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica/UFJF, referente ao edital 01/2020-PROPP/Pesquisa.

A proposta deste artigo de revisão sistemática trata-se da descrição, análise e discussão de todo o material coletado para o projeto de Bolsa de Iniciação Científica (BIC), envolvendo o contexto não escolar, escolar e ambos (escolar e não escoar juntos). Um recorte dos dados específico sobre a GPT e Educação Física escolar foi publicado na Revista Educação em Foco da UFJF em 2021.

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