@article{Soares França_2020, title={INDICADORES SOCIAIS E ECONÔMICOS PARA UMA LEITURA DO PROCESSO DE FRAGMENTAÇÃO DO ESPAÇO URBANO E DESIGUALDADE SOCIAL NA CIDADE MÉDIA DE MONTES CLAROS/MG}, volume={1}, url={https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/rds/article/view/1655}, abstractNote={<p>O presente trabalho analisa os aspectos concernentes à fragmentação do espaço urbano na cidade de Montes Claros/MG, em particular, dos aspectos econômicos a qual engendrou tal fenômeno. Montes Claros, cidade pólo do Norte de Minas, região tida como pobre em vários aspectos se viu eleita recentemente como a cidade mais dinâmica do estado mineiro (Gazeta Mercantil, SP, 2008), devido à alocação de obras infra-estruturais e respectivamente à atração industrial, estando a mesma, entre as dez cidades mais ricas do estado. De acordo com o BGE Cidades (2011), no ano de 2009 Montes Claros/MG apresentou PIB no valor de R$ 3.815.101.000,00. Tal colocação é ostentada, também, pelas variadas atividades econômicas, destacando-se o setor de serviços, a produção têxtil e a biotecnologia. Montes Claros, também, se figura, entre as dez maiores cidades mineiras em tamanho populacional, ocupando a 6ª posição, com população estimada em 361.971 habitantes (IBGE, 2010). Tal contraste se manifesta de maneira vultosa na paisagem, produzindo a fragmentação e até mesmo segregação do espaço. O espaço urbano produzido por um modelo concentrador guarda as marcas da desigualdade social. Tal fator mostra que o cerne da questão não está na pobreza, tratada de maneira generalizante, mas no modelo excludente e centralizador de concentração de renda, que no caso do Brasil, se manifesta demasiadamente exacerbada. Assim, esse trabalho pautar-se-á na discussão desses fatores, a fim de se conhecer as reais condicionantes da fragmentação socioespacial em Montes Claros. Dentre essas condicionantes, podem-se citar os níveis de Desenvolvimento Humano da cidade, do qual, a porcentagem de pobres entre os anos de 1991 e 2000 sofreu declínio passando de 48,16% para 34,53%. A renda per capta média cresceu 45,74%, passando de R$168,40 em 1991 para R$245,43 em 2000, todavia a porcentagem dos 20% mais ricos se expandiu passando de 65,5 para 66,0. Respectivamente a desigualdade cresceu e o Índice de Gini elevou-se de 0,61 em 1991 para 0,62 em 2000, (Atlas de Desenvolvimento Humano/ FJP, 2008) fruto da crescente concentração de renda. A manutenção das desigualdades permite o desenvolvimento de algumas frentes de luta relacionadas ao direito ao espaço geográfico ou à cidade, tendo em vista que as intervenções do poder público acabam sempre beneficiando os grupos hegemônicos, o que irá produzir a segregação e respectiva fragmentação do espaço. Para produção desse trabalho, realizou-se revisão literária, a fim de se dar suporte teórico para as proposições levantadas, além de consulta e análise de dados econômico-sociais, entre eles, PIB, IDH, Índice de Gini, Mortalidade Infantil; e posterior confrontamento de números e conclusão. De acordo com os dados e inferências apresentados, percebe-se, portanto, que a fragmentação sócio-espacial na cidade de Montes Claros, ganha os contornos do sistema social dominante, em que as transformações espaciais são transformações sociais, sub-reptícias às contradições urbanas. Destarte, reafirma-se, a abordagem aqui inscrita, sobre a fragmentação do espaço urbano em Montes Claros, está no imo da desigualdade de acesso à riqueza engendrada, assim como no Brasil e, não numa perspectiva simplista e globalizante de pobreza, que dissimula a desigualdade existente</p>}, number={6}, journal={Revista Desenvolvimento Social}, author={Soares França, Iara}, year={2020}, month={mar.} }