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EDITORIAL
Caminhos da História, vol. 27, núm. 1, pp. 1-3, 2022
Universidade Estadual de Montes Claros

Editorial

Caminhos da História
Universidade Estadual de Montes Claros, Brasil
ISSN: 1517-3771
ISSN-e: 2317-0875
Periodicidade: Semestral
vol. 27, núm. 1, 2022


Este trabalho está sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-Não Derivada 4.0 Internacional.

Desde a emergência da pandemia de coronavírus (SARS-CoV2, causador da COVID-19), já há quase dois anos, a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) teve grande parte de suas ações presenciais suspensas. Infelizmente, a doença segue alastrando-se e sofrendo mutações rapidamente por todo o planeta (como a mais recente descoberta – a variante ômicron), perante a qual, felizmente, até o momento, parece já termos vacinas que evitam sua manifestação grave, conforme apontado por cientistas. Agora, 27 de dezembro de 2021, chegamos à sombria marca de 619.046 mortes notificadas no Brasil.

Concomitantemente à pandemia e ao nosso drama nacional, alcançamos, assim, a quarta publicação da Caminhos da História no decorrer desse que representa o maior colapso sanitário da história do país. E, portanto, redigir um editorial perante tal conjuntura é uma tarefa nada agradável. Contudo, ainda bem que podemos contar com a ciência e sua consequente certeza de que as vacinas constituem o meio adequado para prevenir que a enfermidade seja grave e demande internação hospitalar.

Seguimos abrindo espaço para os debates acerca dos processos históricos dos vírus e de suas relações com a humanidade por meio da comunicação entre história, ciência, filosofia, literatura, geografia, biologia, astrofísica e arqueologia. Podemos refletir, assim, sobre como uma reaproximação à nossa existência humana pode ser promovida pela História e pela Arqueologia, no que se refere à defrontação às experiências passadas e às formas de conhecimento, organização e vivências adquiridas pela humanidade ao longo dos séculos. Isso por que a História e a Arqueologia, enquanto disciplinas das Ciências Humanas, abalizadas nesse campo científico, aplicam-se a entender e considerar, ao longo do tempo, as relações entre indivíduos e ambientes nas sociedades, dentre inumeráveis extensões da conduta humana.

Ao refletir sobre isso, bem como acerca da relevância que a Arqueologia, enquanto área do conhecimento estimada para as Ciências Humanas em âmbito internacional, a Caminhos da História apresenta o dossiê “Diálogos entre História e Arqueologia: métodos e abordagens teóricas”, estruturado e organizado por Margarida Maria de Carvalho, professora e historiadora vinculada à Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), e Viviana Lo Monaco, arqueóloga também vinculada à UNESP. O dossiê, que será elucidado com maior apuro no seu texto introdutório, agrupa seis artigos que, no conjunto, contribuem com múltiplas perspectivas sobre um diálogo dinâmico entre a Arqueologia e a História, acendendo aberturas originais para um avanço das Ciências Humanas acerca do conhecimento sobre o passado. Nesse admirável coletivo de pesquisadore(a)s, deparamo-nos com artigos que abordam desde a Antiguidade Clássica até o uso de abordagens e metodologias multidisciplinares. A incumbência competiu a Maria Beatriz Borba Florenzano, Janira Feliciano Pohlmann, Leonardo Fuduli, Juliana Figueira da Hora, Bufalini Margherita, Aringoli Domenico, Didaskalou Petros, Materazzi Marco, Pallotta Fabio, Pambianchi Gilberto, e, por fim, Pierantoni Pietro Paolo.

A revista Caminhos da História, como de costume, também traz a sua seção de artigos com temáticas livres e que discorrem acerca de assuntos condizentes ao campo da História. O primeiro deles, de autoria de Edilmar Ribeiro, se intitula “Administração de catequese e civilização dos índios” na Província da Bahia (1836-1887): entre civilização e questão de terra”, se baseia principalmente em fontes primárias e busca colocar em diálogo a documentação de arquivo dos diversos autores envolvidos direta ou indiretamente no processo de catequese e civilização dos índios. O artigo de Henrique Hettwer, “A controversa evolução da indústria brasileira de máquinas agrícolas de 1920 a 2020”, realiza uma análise histórica do segmento de máquinas agrícolas (tratores e colheitadeiras) no Brasil, refletindo os entraves geopolíticos para a indústria genuinamente nacional e sua evolução.

O autor Agnaldo Kupper explora, em seu artigo intitulado “À procura da identidade nacional, o futebol é absorvido como política de Estado (1930-1945)”, como o futebol foi introduzido no Brasil por setores privilegiados da sociedade e como se popularizou nas primeiras décadas do século XX. Já o artigo de Gustavo Feital Monteiro, “Propaganda e representação: analisando definições conceituais”, busca contrapor as definições formadas por diferentes pesquisadores e esclarecer os pensamentos e as práticas que corresponderiam com um conceito ou outro, facilitando o exercício de sua identificação analítica juntamente com o aprofundamento da observação de seus efeitos nas narrativas do passado.

Na seção Resenhas, a qual encerra a presente edição, temos o resultado da “Seleção de resenhistas 2022” – realização de chamada da revista Caminhos da História para pesquisadoras(es) interessadas(os) em desenvolver resenhas de livros para serem publicadas em nossas edições semestrais. Na primeira edição de 2022, contamos com as resenhas do doutorando Marcelo Douglas Nascimento Ribas Filho (UFPR), tendo como base o livro do professor Ildenilson Meireles (Transvaloração e Redenção na Filosofia de Nietzsche: o niilismo tornado história. 1. ed. Jundiaí: Paco, 2020) e do doutorando Jéfferson Balbino (UNESP-Assis) sobre o livro do professor César Porto (A Representação dos árabes e muçulmanos na televisão brasileira. 1. ed. Curitiba: Appris, 2020).

Desejamos uma prazerosa leitura e que consigamos continuar determinadas(os) na labuta para controlar a celeridade da pandemia!

Editora-chefe, Ester Liberato Pereira, Editor Adjunto, Rafael Dias de Castro, e Comissão Editorial.

Autor notes

1 Editora-Chefe
2 Editor Adjunto

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