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AÇÕES EXTENSIONISTAS EM PROPRIEDADES RURAIS NO INTERIOR DE PRUDENTÓPOLIS-PR
Argumentos - Revista do Departamento de Ciências Sociais da Unimontes, vol.. 15, núm. 1, 2018
Universidade Estadual de Montes Claros

Artigos

Argumentos - Revista do Departamento de Ciências Sociais da Unimontes
Universidade Estadual de Montes Claros, Brasil
ISSN: 1806-5627
ISSN-e: 2527-2551
Periodicidade: Semestral
vol. 15, núm. 1, 2018

Recepção: 29 Novembro 2017

Aprovação: 27 Junho 2018

Resumo: Têm como objetivo abordar a importância de desenvolver a extensão universitária junto à comunidade. Portanto, apresenta as experiências obtidas na execução do projeto de extensão ?Roteiro Turístico no Meio Rural: uma alternativa não agrícola para complementação de renda das pequenas propriedades do município do Prudentópolis/PR?, vinculado ao Programa Universidade Sem Fronteiras (USF), à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e à Universidade Estadual do Centro-oeste (UNICENTRO). Através de pesquisa qualitativa, descritiva, utilizou-se de observação direta e análise documental em dados primários e secundários. Observou-se que a extensão universitária agrega ao processo de desenvolvimento comunitário. Ocorre o amadurecimento dos acadêmicos, aperfeiçoando os saberes, possibilitando o compartilhamento de informações e técnicas em variadas áreas do conhecimento. Por meio da execução destes projetos, a imagem da instituição de ensino vai sendo moldada pelos extensionistas, levando para a população as possibilidades e ações que podem ser desenvolvidas junto à comunidade.

Palavras-chave: Extensão, Comunidade, Turismo, Aprendizado, Desenvolvimento.

Resumen: Tiene como objetivo abordar la importancia de desarrollar la extensión universitaria en la comunidad. Por lo tanto, presenta las experiencias en la implementación del proyecto de extensión "Itinerario Turístico Rural: una alternativa no-agrícola para complementar la renta de las pequeñas propiedades de Prudentópolis/PR", vinculado al Programa Universidad sin Fronteras (USF), a la Secretaría de Ciencia, Tecnología y Educación Superior (SETI) y a la Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO). A través de la investigación cualitativa, descriptiva, se utilizó de la observación directa y análisis de documento en datos primarios y secundarios. Se observó que la extensión se añade al proceso de desarrollo comunitario. Se produce la maduración de los académicos, perfeccionamiento del conocimiento, permitiendo el intercambio de informaciones y técnicas en diversas áreas del conocimiento. A través de la ejecución de estos proyectos, la imagen de la institución educativa se estará formando por los trabajadores de extensión, conduciendo a la población las oportunidades y acciones que puedan ser desarrollados por la comunidad.

Palabras clave: Extensión, Comunidad, Turismo, Aprendizaje, Desarrollo.

Abstract: Aim to address the importance of developing the University extension in the community. Therefore, presents the experiences gained in the implementation of the extension project "Rural tourism itinerary: a non-agricultural alternative to complement the small income properties in Prudentópolis/PR", linked to the University Programme Without Borders (USF), the Secretariat of Science, Technology and Higher Education (SETI) and Midwestern State University (UNICENTRO). Through qualitative, descriptive research, used direct observation and document analysis in primary and secondary data. It was observed that the extension adds to the community development process. The ripening of the academics, improving knowledge, enabling the sharing of information and techniques in various areas of knowledge. Through the implementation of these projects, the image of the educational institution will be shaped by extension workers, leading to the population the opportunities and actions that can be developed by the community.

Keywords: Extension, Community, Tourism, Learning, Development.

Introdução

As universidades surgiram com o intuito de minimizar as carências da sociedade através de conhecimentos que as suprissem, difundindo o conhecimento adquirido com a comunidade. A extensão universitária passa a ser praticada no início do século XX, como um apoio antecedente à formação para comunidade, difundindo seus conhecimentos e colocando-os em prática, assim, contribuindo concomitantemente para sua formação e para o apoio à comunidade local.

Em 1968, a Lei Básica da Reforma Universitária (Lei nº 5.540/1968) fixou a obrigatoriedade das instituições de ensino superior, através das atividades de extensão, em proporcionar aos estudantes a oportunidade de participar de programas que instiguem a melhoria das condições de vida da comunidade e que façam parte do processo geral de desenvolvimento (BRASIL, 1968).

A relação da extensão com a sociedade passou a ser percebida não só como uma função inerente à universidade concebida fora do espaço acadêmico, mas como um processo que articula o ensino e a pesquisa, onde se encontrariam formas de, durante a graduação, atender a maioria da população através de metodologias que propiciassem a participação da comunidade nas condições de sujeito, e não nas condições de meros expectadores (FORPROEX, 2012).

Através do I Encontro Nacional de Pró-Reitores de Extensão, a extensão universitária foi expressa como ?um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político, com a função de promover a interação de forma transformadora entre a universidade e os demais setores da sociedade? (FORPROEX, 2012).

O presente artigo busca abordar a importância de desenvolver a extensão universitária junto à comunidade. Para tanto, relata as experiências obtidas através da execução de um projeto de extensão, vinculado ao Programa Universidade Sem Fronteiras (USF), à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e à Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), intitulado Roteiro Turístico no Meio Rural: uma alternativa não agrícola para complementação de renda das pequenas propriedades do município do Prudentópolis/PR. O projeto iniciou suas atividades em setembro de 2015, estendendo-se até agosto de 2016.

Este projeto de extensão teve o objetivo de fomentar o turismo em áreas rurais do município de Prudentópolis, interior do estado do Paraná. Para isso, foram desenvolvidas oficinas temáticas, treinamentos contábeis e nutricionais, visando levar melhorias nos empreendimentos rurais participantes. Além disso, foram desenvolvidos produtos como: uma cartilha contendo os conteúdos abordados nas oficinas; um aplicativo para celular android; um website; um folder; e um mapa.

O município de Prudentópolis

O município de Prudentópolis possui um potencial turístico nítido, visto que podem ser explorados vários segmentos, como o ecoturismo, turismo de aventura, aspectos religiosos, culturais, gastronômicos, existência de comunidades tradicionais como o Sistema de Faxinais.

Esta pesquisa está estruturada da seguinte maneira: na primeira parte aborda o conceito e importância da extensão universitária e, na segunda, trata do turismo como fonte de renda em meio às áreas naturais. Na sequência, trata-se da metodologia utilizada e os resultados, que caracterizam o município de Prudentópolis e contextualizam as propriedades participantes do projeto em questão. Posteriormente, são relatadas as atividades e oficinas desenvolvidas, finalizando com as considerações finais.

O município de Prudentópolis, fundado em 1822, possui uma extensão territorial de 2.236,579 km² e 48.792 mil habitantes, sendo que 60% da população, cerca de 26.329 pessoas, residem na área rural (IBGE, 2010). Cerca de 80% da população possui descendência ucraniana, preservando suas tradições, cultura e fé (EMBAIXADA DA UCRÂNIA NO BRASIL, 2016). A presença de estabelecimentos como o Museu do Milênio retrata a homenagem ao milênio da conversão da Ucrânia ao cristianismo através de acervo histórico, cultural e religioso da colonização (GUIL, 2006). Imigrantes preservaram ritos religiosos em Igrejas como orações e cantos na língua ucraniana e na sua arquitetura, assim como o artesanato, a música e a culinária. São dezenas de igrejas no estilo bizantino, com suas cúpulas características e inconfundíveis, espalhadas por todo o município, principalmente nas comunidades rurais.

Na década de 1990 iniciou-se a exploração turística no município de Prudentópolis criando-se órgãos para favorecer a atividade e a divulgação por meio de revistas e televisão. Logo em 1993 foram feitos os primeiros cadastros dos atrativos culturais e naturais levando a público estes atrativos ainda desconhecidos.

Por ter o relevo ondulado, o município possui diversas áreas de interesse para o turismo, como serras, cânions, vales e grandes cachoeiras. Além da economia baseada na agricultura com o plantio de grãos e cultivo de tabaco, principalmente com a agricultura familiar, as atividades de turismo são encontradas em propriedades rurais como uma fonte alternativa de complementação de renda.

A extensão universitária, sua importância e indissociabilidade

A extensão universitária surge da necessidade da interação do meio acadêmico com a comunidade, tornando-se legal no ano de 1987 através do plano de Extensão Universitária, como mencionado anteriormente. Segundo Basil e Cook (1978, apud KUNSCH, 1992, p. 23), a universidade, através do seu caráter interdisciplinar, ?interage com o maior número de segmentos da sociedade do que qualquer outra organização isolada?. Elas vão além do conhecimento teórico e formação profissional, sendo um dos principais modelos para ?iniciador de mudança social?.

Em meio às carências da sociedade, a universidade surge com o intuito de supri-las. Após sua conclusão, o esperado é que os acadêmicos apliquem seus conhecimentos buscando o melhoramento da sociedade através dos conteúdos apreendidos em sala de aula. A extensão surge como um apoio antecedente a essa formação, de forma a embasar o processo de aprendizagem.

Em contraponto, a comunidade desfruta dos benefícios durante o desenvolvimento do acadêmico, antecedendo a preocupação com a situação em que ela se defronta e somando à formação do aluno a consciência das adversidades vigentes, com as suas atividades e responsabilidades que serão encontradas posteriormente, a disseminação de todo conhecimento adquirido, de forma a amparar e entender suas aplicações.

Esse processo além da sala de aula é efetivado de acordo com a realidade da comunidade, qualificando os acadêmicos e professores e beneficiando a comunidade ao entorno dela (FORPROEX, 2012). A extensão ?tem um compromisso através dos seus integrantes ? docentes, discentes, funcionários ? com os grupos de situação de vulnerabilidade, os movimentos sociais?, desenvolvendo seu papel social (FACULDADES FORMAÇÃO MOCOCA, 2009, p. 4)

A necessidade de concretizar ensino e aprendizagem problematizadoras e produtoras de conhecimento, confrontadas com a realidade brasileira e regional resulta em: democratização do conhecimento acadêmico, instrumentalização do processo dialético teoria/prática, promoção da interdisciplinaridade, participação efetiva da comunidade na universidade, visão integrada do social, relação transformadora entre universidade e demais instâncias sociais (FORPROEX, 2006).

Segundo a Política Nacional de Extensão Universitária, um dos objetivos propostos é o estímulo das relações multi, inter e transdisciplinares da universidade e da sociedade, a priorização das práticas que atendam aos problemas sociais e estimular o desenvolvimento sustentável nas atividades como componentes da atividade extensionista (FORPROEX, 2006).

A extensão no meio rural tem a missão de inserir os moradores de modo a desenvolvê-los educacionalmente e como cidadãos, com metodologias que apoiem a geração de renda contribuindo para a melhoria das condições sociais envolvendo treinamentos em diversas áreas de modo a assegurar o funcionamento do turismo na região de forma sustentável (FORPROEX, 2006).

A universidade, no seu âmbito tradicional, é voltada para a produção de conhecimento novo, contribuição para a ciência universal e avanço do conhecimento científico tecnológico mundial. Por outro lado, ?volta-se para a interdisciplinaridade, vista na perspectiva da estruturação dos problemas sociais e do desenvolvimento regional e local? (FORPROEX, 2006 p. 41).

Porém, visando a melhor qualificação do indivíduo, o ensino não pode restringir-se apenas à sala de aula. Neste momento, ingressa a necessidade da pesquisa e da extensão para formação não apenas restrita a aspectos técnicos, mas a criação de um pensamento crítico disposto a conhecer as realidades sociais e políticas da sociedade (FORPROEX, 2006).

As disciplinas abordadas no curso passam a existir de forma integrada, deixando de ser apenas ferramentas e questionamentos e passando a ser uma produção coletiva e ação crítica, determinando um ponto de referência para novas buscas, conhecimentos, tornando-se, assim, indispensável a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

A relação entre ensino e extensão traz a socialização do conhecimento acadêmico, destinado a formação de profissionais do nível superior centrando-se na disseminação do saber científico. A relação entre a extensão e a pesquisa surge na produção de conhecimento através da ampliação do saber humano, aplicáveis na articulação da universidade com a sociedade contribuindo para a melhora das condições da sociedade (SANTOS, 2012).

Para que a extensão universitária seja satisfatória, é necessária a intervenção das funções básicas da universidade: ensino e pesquisa. A ligação entre elas é concedida a partir da pesquisa com a necessidade do conhecimento do ?novo?, assim o ensino decorre a pesquisa para a produção de conhecimentos sistematizados. ?A medida que esses conhecimentos são produzidos, é possível difundi-los, ensiná-los a outras pessoas; daí resulta a necessidade de articular ensino e pesquisa às atividades extensionistas no âmbito das universidades? (SANTOS, 2012, p. 157).

Turismo e geração de renda em áreas naturais

A atividade turística é conceituada pela Organização Mundial do Turismo (OMT) como englobando aquelas ?atividades que as pessoas realizam durante viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras? (OMT, 2001 apud BRASIL, s. l, p. 4).

A atividade turística é uma grande geradora de divisas para o país, sendo que representou, no ano de 2014, 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB), gerando 8,8 milhões de empregos diretos e indiretos, movimentado mais de R$ 490 bilhões de reais. Com esses dados, o Brasil se enquadra na décima posição entre as economias do turismo no mundo (BRASIL, 2015).

De forma a organizar o setor, surgiram os segmentos, ou seja, ramificações do turismo de acordo com as afinidades e objetivos da motivação. Um segmento em alta na atualidade é o que envolve as atividades ao ar livre, denominado aqui de Turismo em Áreas Naturais. Dentre os segmentos inclusos nessas áreas, destacamos o turismo rural, ecoturismo e turismo de aventura. Por meio desses segmentos são oferecidas diversas atividades de lazer aos visitantes, tais como trilhas, rapel, tirolesa, rafting, cascading, ?atividades ligadas a lazer, esporte, cultura, gastronomia, hospedagem, técnicas produtivas? (BRASIL, 2004, p. 4-5).

Proporcionam vivências únicas para os turistas e impactos na economia local, configurando-se como fontes de renda não agrícolas para as propriedades rurais. Para Philerano, Souza & Bagolin (2009, p. 5) as atividades não agrícolas no meio rural ?estão sendo responsáveis cada vez mais pela ocupação econômica do campo, introduzindo nas propriedades novas estratégias familiares de produção?.

Este desenvolvimento do campo, através das atividades ligadas ao turismo não diz respeito apenas a dimensão econômica, mas também envolve o desenvolvimento social e ambiental, ou seja, o conceito de desenvolvimento engloba ?a ideia de sustentabilidade. Este conceito, desenvolvimento econômico sustentável, visa uma melhora do desenvolvimento social e com respeito ao meio ambiente? (FARESIN, 2016, p. 2).

Quando se trata de desenvolvimento sustentável no setor turístico, é preciso ter em mente que se trata de ?um processo contínuo que requer monitoramento constante dos impactos que a atividade pode causar? (OMT, 2004 apud BRASIL, 2007, p. 18) e que, por meio de ações de manejo, seja possível minimizar os impactos negativos e potencializar os benefícios.

Desenvolver ações empreendedoras pode ser um meio de aliar desenvolvimento e sustentabilidade e, por meio de alternativas não convencionais para o desenvolvimento do meio rural, a atividade turística se apresenta como uma oportunidade de negócio. Como salienta Baggio e Baggio (2014, p. 26) ?o bom empreendedor, ao agregar valor a produtos e serviços, está permanentemente preocupado com a gestão de recursos e com os conceitos de eficiência e eficácia?.

Pensando em como diversificar a renda de forma empreendedora, parte das propriedades ?que combinam atividades agrárias e turísticas entraram no comércio turístico oferecendo, em pequena escala, alojamento de alta qualidade e/ou atividades de desenvolvimento específico para os visitantes? (DIEGUEZ-CASTRILLON et al, 2012, s. p.).

Grande parte destes empreendimentos oferece serviços variados aos visitantes, incluindo atividades de recreação, hospedagem e alimentação. Quando se trata de alimentação, é preciso ter cuidado redobrado com questões de segurança alimentar, de modo que o produto ofertado seja de qualidade e que atenda os padrões mínimos exigidos pelo órgão de controle sanitário.

Considerando que a alimentação vai além de saciar uma necessidade biológica e que ?vem se consolidando como uma prática de interação e distinção social? (FELIX e MARTINS, 2013, p. 357) é fundamental que as pessoas envolvidas com os processos produtivos, realizem cursos voltados para a gastronomia e treinamentos nutricionais para atender o visitante de forma satisfatória.

Seguindo essa linha de pensamento, o projeto Roteiro Turístico no Meio Rural, entra em cena como uma ferramenta de auxílio para as propriedades que já atuam com o setor turístico e como uma ponte de ligação, introduzindo novos interessados no processo produtivo. Ao todo, estão inseridas atividades ligadas aos segmentos de turismo religioso, turismo cultural, em áreas naturais com o turismo rural, de aventura e ecoturismo.

Procedimentos Metodológicos

Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, que é aquela que ?trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos? (MINAYO, 2010, p. 21-22), pois, se preocupa em entender a profundidade dos dados coletados. Enquadra-se como pesquisa descritiva, pois ?[...] tem como objetivo primordial as descrições das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis? (GIL, 2010, p. 44).

Para a coleta de dados, utilizou-se instrumentos como a observação direta por meio de saídas a campo, realizadas com a equipe do projeto durante todo o ano de execução. A equipe multidisciplinar formada por 4 estudantes de graduação, uma recém-formada, o coordenador e 2 professores colaboradores, englobou os cursos de Ciências Contábeis, Engenharia Ambiental, Geografia e Turismo.

Utilizou-se de análise documental, através de materiais diversos, como arquivos, mapas, fichas cadastrais confeccionadas nas visitas, artigos a respeito do tema, entre outros. Para Ludke e André (1986), essa técnica é uma ferramenta importante na pesquisa qualitativa, complementando informações obtidas por outras técnicas ou revelando aspectos novos de determinado tema.

Resultados

Nessa seção serão abordados tópicos referentes ao projeto proposto, à caracterização das propriedades atendidas, as ações que foram realizadas na prática e como elas contribuíram para o desenvolvimento da comunidade envolvida, mostrando a importância da extensão universitária, nesse caso, no meio rural.

Caracterização das propriedades participantes do projeto

Identificar as propriedades com potencial turístico e interesse em aderir ao projeto, de forma voluntária, foi uma ação realizada por cerca de 3 meses. Munidos de conhecimentos prévios sobre possíveis participantes, foram selecionadas algumas propriedades e posteriormente, foram feitas visitas a campo, convidando-os e investigando a existência de novas propriedades com algum valor turístico.

Dessa forma, após processos de seleção e checagem de adequação às condições mínimas de higiene e atendimento ao cliente, obteve-se 10 propriedades participantes, listadas a seguir, acompanhadas de um breve resumo das atividades e/ou serviços oferecidos:

Quadro 01
Propriedades participantes do projeto

Fonte: os autores (2017)

Dentre as 10 propriedades parceiras, sete já estão desenvolvidas e empreenderam no ramo turístico há mais de cinco anos, sendo que uma delas têm no turismo sua única fonte de renda. As outras quatro tiveram, por meio desse projeto, uma abertura para a inserção de seus recursos e serviços no setor turístico.

Todas as propriedades são de pequeno porte, a maioria administrada pela agricultura familiar e com distâncias variadas em relação ao centro urbano do município, indo de 10 a 47 km, intercalando asfalto e estrada de chão.

De modo geral, buscou-se mesclar propriedades com experiência, agregando valor ao projeto e aos resultados esperados, a outras propriedades menores, com potencial e vontade de desenvolver o turismo. Assim, além de instigar o espírito empreendedor, acreditou-se que se tornaria passível de aplicar de forma eficaz os objetivos da extensão universitária, propiciando o contato e desenvolvimento do estudante e da comunidade participante, seja social, econômica e/ou ambientalmente.

Aplicação prática dos conhecimentos teóricos

Por entender que a concretização do roteiro, aliada a orientação das pessoas envolvidas no projeto, se configuraria como uma fonte alternativa que poderia vir à complementar a renda dos agricultores envolvidos, assim, como uma nova oferta de produto turístico ao município de Prudentópolis, desenvolveram-se algumas atividades práticas. Essa ação foi possível aliando os conhecimentos adquiridos por cada participante e a receptividade da comunidade em acolher o projeto e participar.

As atividades práticas envolveram questões voltadas ao meio ambiente, à educação e sensibilização ambiental além de sinalização turística e orientações sobre as trilhas existentes. Ainda, foram realizadas atividades que auxiliariam no marketing turístico das propriedades, pois ao final do projeto foram lançados: um site, um aplicativo para celular android e um foldercontendo um mapa detalhado com todas as propriedades parceiras, além de informações e fotos sobre cada uma. A seguir, estão detalhadas as atividades realizadas.

Oficina de Meio Ambiente

Buscando melhorias nas condições ambientais das propriedades foram realizados momentos de conversa em todas as propriedades, focando a importância de preservar o meio ambiente, destacando o papel de cada um, enquanto sociedade, na conservação do meio ambiente e repassando práticas de reutilização de produtos recicláveis que são descartados.

Através da demonstração da aplicação de métodos acessíveis foram abordados temas como saneamento básico, destinação do resíduo gerado, limpeza das caixas d?água e qualidade da água, a reutilização do óleo de cozinha por meio de fabricação de sabão (Figura 01) e técnica de compostagem (Figura 02).


Figura 01
Fabricação de Sabão
Acervo pessoal


Figura 02
Compostagem
Acervo pessoal

A compostagem feita de modo incorreto poderá causar a contaminação do solo e, consequentemente, do ser humano e animais. Em geral, percebeu-se que a maioria das propriedades necessita de melhorias na questão ambiental para destinação correta de resíduos, tratamento de esgoto e água.

Todas as propriedades possuíam caixa d?água nas casas e/ou empreendimentos turísticos. Preocupados com a qualidade da água utilizada para preparo de alimentos e para o consumo humano, a equipe articulou a coleta da água (Figura 3) e análise junto ao Departamento de Engenharia Ambiental da UNICENTRO. Ao todo, foram feitas 5 análises, custeadas pelos empreendimentos.

Os resultados apresentaram alguns elementos com percentuais mínimos acima do que a legislação ambiental permite para inclusão nos padrões de potabilidade. Foi retornado a campo, levando um manual contendo o passo a passo para a manutenção da cloração da água, feita através de um equipamento com cano PVC, de forma econômica e sustentável (Figura 4). Alguns proprietários aderiram à ideia e 3 deles solicitaram auxílio com a confecção e instalação.



Figura 03

Coleta de água para análise

Acervo pessoal


Figura 04
Confeccionando o clorador
Acervo pessoal

Para casa situação encontrada, a equipe propôs melhorias e orientou, segundo os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula, de forma que fossem adotadas soluções práticas e sustentáveis para minimizar danos ambientais.

Oficina de Sinalização e Trilhas

Considerando que a maioria das propriedades participantes possuía trilhas em suas áreas de interesse turístico, essa oficina foi parte fundamental do projeto, buscando indicar melhorias nas trilhas existentes por meio de sugestões de instalação de placas e adequações nos traçados. Como um dos atrativos principais das propriedades são as cachoeiras, fez-se necessário trabalhar com o acesso até elas, proporcionando mais condições de trafegabilidade.

As situações encontradas nas propriedades em relação ao turismo, foram: propriedades que já trabalham com o turismo onde o local é organizado, limpo e estruturado adequadamente com espaços específicos para estacionamento, áreas de hospedagem, espaço para camping,banheiros novos, espaço para alimentação, trilhas abertas ao público e sinalizadas (Figura 5), algumas precisando de alguns ajustes (Figura 6) e outras não; locais que já trabalham com o turismo e precisam de algumas adequações em relação à estrutura, alimentação, trilhas e sinalização e; locais que ainda não trabalham com turismo, com a existência de trilhas não abertas ao público e sem sinalização.

A reabertura de trilhas foi uma opção para algumas propriedades, seguido da readequação para recebimento de turistas, com a sinalização adequada e também a divulgação da existência de hortas e produtos que a propriedade comercializa.


Figura 05
? Placa já instalada na trilha


Figura 06
Trilha a ser melhorada
Acervo pessoal

Em meio às situações encontradas, tais como trilhas com a sinalização depredada, sugeriu-se a repintura, preferencialmente nas cores verde, marrom ou cinza, ficando neutras com o meio ambiente. Além disso, confeccionar as placas em madeira pode ser uma opção economicamente viável e harmônica com a natureza (Figura 7).

Também sugeriu-se colocar um painel de informações na entrada de algumas trilhas, contendo as informações do trajeto, como: distância até os pontos principais, nível de dificuldade das trilhas e orientação para que o lixo não seja deixado no percurso, mas sim levado de volta até a recepção. Saber a distância da trilha e o grau de dificuldade é importante para que o visitante esteja ciente de como pode ser o passeio e possa optar por aquele que se adéque com suas condições físicas.

Acrescentar placas educativas, por exemplo, a respeito de espécies de animais e de árvores nativas existentes no local, é uma forma de conscientizar e promover no turista a ideia de preservação do local que ele está desfrutando.

Outra dificuldade encontrada foi em relação aos degraus, pela inexistência (Figura 8) ou pelas más condições, alguns desgastados e escorregadios. Uma solução apontada foi fazer em madeira ou pedras, sendo vistas como boas opções para evitar a erosão. A utilização de cordas também foi uma opção sugerida em alguns pontos, servindo para a segurança e para facilitar o deslocamento.


Figura 07
Sugestão de placa para trilha
Acervo pessoal


Figura 08
Sugestão de escada para a trilha
Acervo pessoal

No decorrer do projeto, a equipe percebeu que algumas das sugestões oferecidas foram acatadas pelos proprietários, tornando as trilhas mais estruturadas, tais como construção de pequenas pontes, adequação de degraus para evitar quedas, instalação de corrimão de cordas e de placas de sinalização e direção.

Oficinas de Turismo/Empreendedorismo/Treinamento Contábil

A oficina de turismo foi realizada a partir do objetivo principal do projeto, que consistia na demonstração da possibilidade de trabalhar com o turismo rural, utilizando-o para complementação de renda. Portanto, tentou-se aproximar os interessados à temática proposta e como forma de gerar renda, sugeriu-se a cobrança de taxa de visitação, adequação de valores de alimentação valorizando o produto oferecido, a mão de obra familiar disponível e a propriedade.

O tema de empreendedorismo foi abordado em menores proporções, apenas levando a eles a opção de gerenciar os gastos da propriedade por meio de anotações em planilha específica (Figura 9). Percebeu-se que a maioria não adotou a técnica e acredita-se que tenha ocorrido por ser algo completamente novo e, para alguns, muito complexo. Por outro lado, a propriedade que adotou esse sistema, afirmou progresso no controle financeiro e se adaptou facilmente.


Figura 09
Planilha sugerida para o controle financeiro da Vinícola
Acervo pessoal

Em algumas propriedades, com a parceria de uma professora colaboradora e outra docente da UNICENTRO, foi desenvolvido o treinamento contábil. A finalidade foi levar os conhecimentos básicos para que eles pudessem compreender como se dá o processo contábil e para que se tornem sustentáveis no gerenciamento de suas propriedades, fazendo os controles financeiros e planejamentos básicos para o desenvolvimento de seus empreendimentos turísticos.

Treinamento Nutricional

O treinamento nutricional (Figura 10) foi desenvolvido em propriedades que trabalhavam com a alimentação para os turistas, a produção e cultivo de alimentos, ou seja, aquelas que possuíam restaurantes, a Vinícola e a Horta Orgânica. Dentre os assuntos abordados, se destacaram os tipos de contaminação (química, física, biológica e cruzada), higiene dos alimentos, pessoal e das mãos, boas práticas de manipulação e no setor da cozinha. Ao final do projeto, foi elaborada uma cartilha com as informações abordadas na atividade prática (Figura 11).


Figura 11
Treinamento nutricional
Acervo pessoal


Figura 11
Cartilha
Acervo pessoal

Foi destacada a importância da relação entre manuseio dos alimentos e a disseminação de doenças o qual é essencial que seja feito de forma adequada. As orientações na produção de alimentos também foram de extrema importância, apesar de os proprietários manifestarem um prévio conhecimento através de treinamentos anteriores pelo fato de já comercializarem os produtos e necessitarem de treinamentos para o melhoramento e obtenção do certificado para comercialização.

Houve uma conversa dinâmica, relembrando e aprimorando práticas, onde várias dúvidas foram colocadas em questão contribuindo para o melhoramento da qualidade dos produtos ofertados.

Coleta de pontos GPS

A fim de confeccionar o mapa impresso e o guia para deslocamento do aplicativo, foram coletados os pontos de GPS de todas as propriedades envolvidas. Tal medida foi necessária para que o turista possa acessar o aplicativo e se orientar adequadamente do seu ponto de partida até o de chegada.

Essa atividade foi importante para que a equipe tivesse acesso a essa técnica de coleta de dados, bem como poder manusear o equipamento e se inteirar das ações práticas que posteriormente deram forma ao folder e ao aplicativo.

Folder, site e aplicativo

Como produtos finais do projeto de extensão, foi desenvolvido um foldercontendo as informações básicas de cada propriedade, tais como a localização, contatos, bem como os serviços e produtos disponíveis para os turistas. Constam, também, informações sobre a infraestrutura básica de atendimento ao turista, como restaurantes, hotéis, farmácia, posto de combustível, etc.


Figura 11
Folder
Acervo pessoal

Tal material gráfico é munido de um mapa (Figura 12) confeccionado através da coleta dos pontos de GPS mencionados anteriormente, possibilitando a visualização de todos os locais envolvidos, com sugestão de rotas a serem percorridas. Esse material foi disponibilizado aos participantes do projeto para que pudessem entregar aos turistas.


Figura 12
Mapa
acervo pessoal

O desenvolvimento do site [4] é visto como uma ferramenta completa de informações, visto que possui, de forma mais detalhada e ampla, as informações sobre as propriedades. Por fim, o aplicativo ?iPrudi? foi o carro chefe do projeto, em meio à modernização e ampla tecnologia disseminada por todas as regiões e segmentos. O fácil acesso da população é tido como uma forma eficaz de acessar esse material gratuito e direcionar o visitante até o município de Prudentópolis.

Através da aplicação das atividades descritas a cima, foi possível verificar que por meio da extensão universitária, aliando conhecimento teórico e necessidades da comunidade, pode-se agregar muito ao processo de desenvolvimento de uma propriedade, de uma família,de uma localidade.

Com ações que, para o meio acadêmico, podem se configurar como simples e corriqueiras, é possível instigar e/ou promover a transformação social de uma comunidade, mostrando como é possível, por exemplo, cuidar do meio ambiente de maneira sustentável, convertendo as boas atitudes em benefícios a médio e longo prazo. Um exemplo disso é a prática da compostagem e a coleta de lixo.

Por meio da extensão universitária ocorre o amadurecimento dos acadêmicos, aperfeiçoando os saberes, possibilitando o compartilhamento de informações e técnicas diversas em variadas áreas do conhecimento. Pode ser considerado como uma experiência construtora da formação complementar do acadêmico, visto que propicia o contato prático com a realidade do campo de estudo, abrindo possibilidades de conhecimento, de trabalhos profissionais, técnicos e científicos.

Por fim, é perceptível que por meio da execução de projetos de extensão universitária, a imagem da instituição de ensino vai sendo moldada pelos profissionais que estão atuando em campo, levando para a população as possibilidades e ações que são e podem ser desenvolvidas junto à comunidade.

Considerações Finais

As propriedades rurais possuem um potencial turístico notório, aliado às belezas cênicas do município como um todo. Para o aproveitamento desse potencial e a geração de renda das famílias, algumas adequações foram e serão necessárias, ficando a critério de cada proprietário adota-las ou não.

As comunidades necessitavam de uma base para que o turismo fosse usufruído pelos visitantes da melhor forma, dando condições para melhorar a trafegabilidade nas trilhas, divulgação, a inserção de uma rota para os turistas e também situações ligadas ao meio ambiente e alimentação, visando o melhoramento da oferta dos seus produtos, evitando desconfortos posteriores.

Em relação aos treinamentos, houve conversas dinâmicas, onde os participantes puderam interagir e tirar suas dúvidas. Notou-se um grande interesse por parte dos proprietários nas opções das alterações necessárias para a adequação e também no entendimento e assentimento.

Para a equipe de estudantes, foi a oportunidade de vivenciar situações estudadas em sala de aula, externar os conhecimentos apreendidos e ter contato com a realidade do interior de Prudentópolis.

De modo geral, percebe-se que a extensão universitária contribuiu econômica, social e ambientalmente para todos os envolvidos, englobando todas as dimensões do desenvolvimento. Para a comunidade, há o fornecimento gratuito de auxílio por meio de ideias, troca de conhecimentos, oficinas e vivências com os acadêmicos e profissionais da área. Para os estudantes, há o contato direto com o campo, possível local de trabalho e onde podem aplicar parte dos conhecimentos adquiridos.

Para a universidade, o fato de haver grupos de acadêmicos e egressos desenvolvendo atividades junto à comunidade, mostra-se como uma ferramenta de divulgação dos trabalhos realizados, levando para diversas partes da região a existência desse espaço público de ensino.

O que se percebe é a necessidade de capacitação e profissionalização dos colaboradores, pois, por se tratar de propriedades rurais, são os próprios agricultores que trabalham nos respectivos empreendimentos.

Vale ressaltar que, para isso, é necessário investimento tanto particular para desenvolvimento profissional e capacitação, quanto do poder público na melhoria nas vias de acesso, sinalização e divulgação do turismo regional, melhorando assim a sua comercialização.

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Notas

[1] Possui graduação em Turismo (2013) e mestrado no Programa Interdisciplinar em Desenvolvimento Comunitário (2016), ambos pela UNICENTRO, campus Irati - Paraná. Desenvolve pesquisa na área de turismo em áreas naturais, turismo de aventura e ecoturismo.
[2] Graduando em Engenharia Ambiental na Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO).
[3] Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), docente no Departamento de Turismo e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Desenvolvimento Comunitário da UNICENTRO.
[4] http://roteiroprudentopolis.wixsite.com/iprudi


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