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Editorial
Argumentos - Revista do Departamento de Ciências Sociais da Unimontes, vol.. 15, núm. 1, 2018
Universidade Estadual de Montes Claros

Editorial

Argumentos - Revista do Departamento de Ciências Sociais da Unimontes
Universidade Estadual de Montes Claros, Brasil
ISSN: 1806-5627
ISSN-e: 2527-2551
Periodicidade: Semestral
vol. 15, núm. 1, 2018

Prezadas(os) leitoras(es),

É com enorme prazer que publicamos o primeiro número do volume 15 da Argumentos, Revista do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes-MG). Nessa edição, damos início a uma nova fase da revista: a presença de dossiês. Contudo, sem abrir mão de uma seção livre, onde artigos que exploram outros temas caros às Ciências Sociais possam ser contemplados. Nosso objetivo, com esse novo formato, é oferecer números temáticos que ofereçam maior destaque aos artigos que os compõem, bem como às suas autoras e aos seus autores.

No presente número, portanto, trazemos o dossiê ?Pensamiento y metodologias cualitativas sobre migraciones en América Latina?, organizado pelas pesquisadoras Maria del Carmen Villarreal Villamar (UNIRIO), Lucila Nejamkis (UNSAM), Jacques Ramirez (UCUENCA) e Andréa Vettorrassi (UFG). Com o objetivo de travar um diálogo mais próximo com as Ciências Sociais produzidas na América Latina, o dossiê, através de pesquisadores oriundos de universidades da Argentina, Brasil, Uruguai e Equador, apresenta como o tema das migrações tem sido pensado metodologicamente na América Latina.

A proposta é fruto do Grupo de Trabalhos ?Etnografia em movimento: estudos migratórios e os desafios da pesquisa de campo? da XII Reunião de Antropologia do Mercosul (RAM), que ocorreu na Universidade Nacional de Misiones, em Posadas - etnográficos clássicos, mas explora, com especial atenção, as análises e reflexões sobre a etnografia multi-situada, também definida como multi-localizada ou transnacional.

Para ilustrar a edição com este importante dossiê, a Argumentos conta com a contribuição generosa de Pavel Égüez. Originário de Quito, o pintor e muralista equatoriano tem, em sua trajetória pessoal, importantes contribuições através de sua arte e posicionamento político na luta dos movimentos sociais da América Latina pela interculturalidade, diversidade e paz. Em um dos seus trabalhos mais recentes, "Travesías y Naufragios", Égüez trata das migrações e suas tragédias humanas. Sua exposição foi inaugurada no Centro Cultural Casa Égüez, localizado na cidade de Quito, em 23 de abril de 2017. A aflitiva pintura que ilustra nossa capa recebe o título de Huellas de las Corrientes Marinas (2015). De maneira angustiante, ela revela o drama vivido por migrantes anônimos que, ao buscar por dias melhores na margem norte do Mediterrâneo, encontram, silenciosamente, a morte coletiva no leito desse mar tão monitorado pelas fronteiras européias. Nas palavras da escritora mexicana, Avelina Lésper, ?El movimiento de los cuerpos que se disuelven en el oleaje, que se funden con su tumba, no puede poner rechazo a la condena, se abrazan para no estar solos.?

A edição ainda conta com a inestimável contribuição de dois pesquisadores que participaram como palestrantes convidados do V Encontro das Ciências Sociais no Norte de Minas, evento realizado entre 24 e 26 de julho de 2018. José Guilherme Cantor Magnani e Rosenilton Silva de Oliveira, professores e pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), apresentam, respectivamente, um relato etnográfico sobre uma caminhada realizada no Centro de Montes Claros e um artigo que problematiza os caminhos da inclusão da temática da diversidade étnica e racial no ensino escolar. Tais publicações marcam a realização deste importante evento regional que comemorou os 50 anos do curso Ciências Sociais da Unimontes.

Por fim, mas não menos importante e fatídico, é com profunda dor que entregamos essa edição especial com uma faixa de luto pela catástrofe vivida pelo Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Diante de intensos descasos, presenciamos atônitos, no último 02 de setembro, esse importante centro de pesquisa e ensino público arder em fogo noite adentro. O impacto para a ciência nacional e internacional é incalculável. Não menos trágico é o fato de que boa parte do acervo do Programa de Pós-Graduação em Antropologia do Museu Nacional, um dos principais do Brasil, não escapou. Enquanto um Departamento de Ciências Sociais, que sobrevive bravamente e a duras penas, deixamos, aqui, nosso profundo pesar pelo Museu.

Atenciosamente,

Gustavo Dias, Giancarlo Machado, e Comissão Editorial.



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